A Mão Esquerda da Escuridão

A Mão Esquerda da Escuridão Ursula K. Le Guin...




Resenhas - A Mão Esquerda da Escuridão


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Ana Luiza Silva 10/01/2024

"Sozinho, não posso mudar seu planeta. Mas posso ser mudado por ele. Sozinho, tenho que escutar, além de falar. Sozinho, os relacionamentos que eu tiver, se tiver, não serão impessoais e nem somente políticos. Não Nós e Eles; não Eu e Ele; mas Eu e Tu. Não políticos, nem pragmáticos, mas místicos." (p. 254)

Queria poder dizer que a minha leitura de A mão esquerda da escuridão foi fluida e envolvente, mas infelizmente não foi. Demorei a submergir na narrativa e no mundo apresentado na história, que, reconheço, é revolucionário. Imagino que seria mais fácil de visualizar a androginia dos "alienígenas" se eu estivesse lendo em inglês, já que os pronomes neutros they/them contribuem para que não se veja apenas um gênero ou outro - que é o que ocorre na leitura em português, que trata apenas d"eles".

A ambientação rural me lembrou a série The Wheel of Time, o mais próximo que já cheguei de uma saga num ambiente semelhante à Idade Média. Gostei muito da dedicação do protagonista a descrever os costumes dos povos que ele encontrava, um trabalho verdadeiramente antropológico.

Enfim, é um livro bom. Me lembrou mais fantasia do que ficção científica propriamente dita. A leitura demorada deve ter sido mais pelo fato de eu estar longe dos livros. Recomendo a leitura, é um clássico que, mais do que nunca, permanece atual.
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Lari 09/01/2024

Quase abandono, no meio a leitura fluiu
Início foi um pouco lento, cheguei a abandonar o livro por achar confuso e chato demais. Insisti na leitura por causa das recomendações e depois não me arrependi. Nesse cenário distópico, vemos os jogos políticos e de interesse de quem está no poder, como uma pessoa pode rapidamente deixar de ser influência para ser persona non grata, que certas alianças não merecem ser feitas. A questão do gênero também é interessante. Recomendo, mas já informo que o início da leitura pode ser desafiador.
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Dayane.Farinacio 08/01/2024

Bem diferente do que eu esperava, mas muito bom
Fui pensando que a questão de gênero (as personagens são, em grande maioria, e ao mesmo tempo, mulheres e homens em potencial, que desenvolvem um gênero durante um período específico) seria a grande condutora da história, mas não foi. Tem disputa política, tem jornada épica, então isso foi bem diferente e me surpreendeu positivamente. Essa questão de gênero é mais presente no início, quando você ainda está entendendo o que está rolando - e entra mais no aspecto cultural da coisa depois, deixando esse aspecto bem mais sutil.
Falando no início, ele é bem confuso mesmo. A aurora te insere no meio de uma situação em andamento, com termos que você nunca ouviu falar, e você fica perdido, mas depois que pega a ideia é de boa. Ela também insere muitos termos e palavras criadas, o que também pode impactar a leitura, mas eu só passava reto por eles e continuava, não me apeguei a nenhum e acho que isso me ajudou a não empacar. Pode ser uma informação relevante caso você queira começar.
De resto, eu gostei bastante. Tem uma parte específica pro meio que eu achei um pouquinho longa demais, e por conta disso e pelo início confuso, tirei meia estrela.
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Viny 08/01/2024

Um beijo pras não bináries
Esse aqui é pra vc q quer se desconstruir q quer falar de sexo q não é nem homem nem mulher mas a secret third thing esse é pra vc q gosta de pensar em mamar uma rola ao msm tempo q gosta de pensar em política e ficção cientifica esse é pra todos os q não abrem mão de uma bucetinha enquanto estão congelando no topo de uma grande barreira de gelo
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Éric Kundlatsch 31/12/2023

Leitura essencial
O livro "A mão esquerda da escuridão" é uma leitura fundamental para qualquer um que goste do gênero de ficção científica, ou de romances em geral. Vou além, é essencial para qualquer um que goste de literatura, e que tenha os olhos abertos para o mundo atual.

É fundamental e excelente não apenas pela temática e premissa interessante, a frente de seu tempo, e mais atual do que nunca, de um planeta não-binário, mas também pela sua leitura absolutamente envolvente, e por uma aula de narrativa, religiosidade, antropologia e literatura, tudo em uma única obra.

Com narradores e gêneros se alternando ao longo do livro, em nenhum momento a obra se torna entediante, com uma curiosidade incessante de como será o capítulo seguinte.

Leitura basilar, de uma escritora basilar.
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Dani Doehler 30/12/2023

Muita ficção científica pro meu caminhãozinho
Curti muito a sociedade construída pela autora e a sagacidade na questão de gênero que foi abordada de uma forma muito natural, ao meu ver. Porém, ficção científica não é mesmo a minha praia e me senti muito limitada para compreender o planeta criado pela autora.
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Mayara 16/12/2023

Maravilhoso
A Mão Esquerda da escuridão já chama atenção por ser do gênero ficção científica (gênero dominado por autores homens) escrito por uma autora mulher. E após ler entendo que é daqueles livros que só uma mulher poderia ter escrito.

É um livro sobre um terráqueo que visita outros planetas como se ele fosse uma espécie de diplomata da "onu" planetária, que tem o objetivo de fazer com que outros planetas façam parte desta união.
E o planeta que se passa a missão, os indivíduos não possuem nem gênero masculino e nem feminino.
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debora-leao 15/12/2023

Fantástico
Foi meu primeiro livro de ficção científica e segundo da autora (o primeiro foi Terramar, que não me marcou). Fiquei encantada. Depois de certo momento na história passei a devorar o livro e ficava ansiosa por pausas no meu dia para conseguir continuar lendo.

Os maiores méritos do livro pra mim são três:

1 - a ideia de um planeta com humanos sem gênero, muito criativa e sensível;

2 - a forma que ela trata os assuntos, que é leve e dividida, espalhada no livro. Quem espera um livro com discussões aprofundadas e filosóficas não vai encontrar. O livro é profundamente filosófico, mas é filosofia contada como história, com calma, e é você quem tem que notar a lição que está sendo trabalhada ali.;

3 - a multiplicidade de vozes. Como é dito logo no começo, a história é majoritariamente contada por Genly Ai, mas não totalmente. A questão é que em muitas vezes (excetuando-se as histórias de outros pesquisadores, mitos de Gethen, etc) a autora faz 0 esforço de te situar e adiantar quem está falando. Aliás, isso é um grande ponto positivo na minha visão: a autora não subestima o leitor nem o pega pela mão, precisa ser perspicaz o suficiente pra ler e entender o que está sendo dito - seja pela filosofia/profundidade que está contida no livro, seja para compreender a própria história.

É um livro que te convida a refletir sobre gênero, mas também sobre o que é humanidade, o que é orgulho, com até onde a tecnologia muda nossa natureza, sobre o papel correto de religiões em nossa vida... Envolve até uns questionamentos filosóficos mais existencialistas - a questão da "não-sombra" e O PRÓPRIO NOME DO LIVRO (É explicado mais à frente na história) me deixaram muito reflexiva.

Eu adorei cada página, me surpreendi muito (vale avisar que a autora muda tudo DO NADA, quando eu menos esperava, vinha plot twist, fiquei umas 3x achando q ela escrever na próxima página q era brincadeira e que foi tudo um sonho do protagonista, e não foi oq rolou). Me empolgou muito para começar a ler mais coisas de ficção científica.

PS: as discussões sobre uso de pronomes masculinos e etc são válidas mas anacrônicas. Sinceramente, acho que seria a cereja do bolo se ela tivesse adaptado a linguagem para ser neutra, mas mesmo não tendo feito isso o livro não deixa de brilhar nem um pouco!

PS2: queria deixar isso pra quem leu mas não quero marcar como spoiler então direi da seguinte maneira: sim, eu fiquei ATÉ O ÚLTIMO SEGUNDO torcendo MUITO pra ROLARRRRRRR. E na boa na minha cabeça só não rolou pela época em que o livro foi escrito e o final foi outro. That's it.
Vania.Cristina 16/01/2024minha estante
N minha meta do ano de 2024


debora-leao 16/01/2024minha estante
Foi um dos melhores livros do ano passado! Achei simplesmente fantástico! Recomendo muito! Depois me diz oq achou. :D




Melissa 12/12/2023

Li por recomendação de uma amiga muito querida que conhece e acompanha meu interesse por teoria de gênero. Uma leitura bem fora da minha zona de conforto e surpreendente. Recomendaria também pela temática e proposta, mas não me senti particularmente atraída pelas forma como o livro é escrito (uma das partes mais importantes para mim).
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mai 05/12/2023

é uma história genial por si só, mas lembrar que foi publicado originalmente em 1969 aumenta esse sentimento em muito. a Ursula foi gigante não só quando concebeu essa narrativa que ainda hoje quebra paradigmas, mas, e arrisco dizer que especialmente, na nota que essa edição trás no começo do livro. ela reconhece as falhas que reproduziu na narrativa por ser fruto de sua época, e convida a gente a seguir sempre pensando sobre. já vi outros autores não chegarem nem perto dessa humildade.
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Eduarda2103 15/11/2023

O protagonista é tipo "Eu tenho orgulho de ser heterotop no meu conceito... eu sou hetero ?? e eu me considero top ?"

o começo é meio difícil de pegar, mas quando vc engata a leitura fica difícil de parar. o livro é basicamente uma etnografia e isso é genial demais! rip Margaret Mead vc amaria esse daqui....!
Pevoka 16/11/2023minha estante
Boa noite Duda tbm sou fã do Gustavo do BBB22 devia ter ganhado mas não dá pra concorrer com a fazenda de bots da Maíra Cardi né




Daniel.Tschiedel 08/11/2023

Difícil de avaliar e dar uma nota
Pra começar, só a Introdução escrita pela autora, onde ela debate sobre o papel da ficção científica, já vale o livro.

Depois, esse universo criado por ela é super interessante, principalmente a questão do gênero, onde no planeta onde a história se passa, os humanos são andróginos e assexuados a maior parte do tempo, e apenas durante o período fértil, desenvolvem um dos sexos (masculino ou feminino) e efetivamente possuem desejo e relações sexuais (inclusive qualquer humano desse planeta pode engravidar dependendo do gênero que desenvolve a cada período fértil.

E é feito um contraponto ao humano alienígena e protagonista do livro, que é um homem cis terráqueo, o qual é tratado como um "pervertido", que está sempre no período fértil. Além disso, é demonstrado como a falta de um gênero definido faz com que todos sejam tratados igualitariamente quanto a esse aspecto físico.

Mas, pra mim, morre aí o lado positivo. A verdade é que todo o livro se desenrola em uma trama política chata e arrastada, e praticamente metade dele é dedicada a uma viagem do protagonista, isolada na natureza do planeta, onde por todas essas páginas a autora fica apenas descrevendo a paisagem. É uma lenga lenga em que o enredo não sai do lugar, e estamos falando de quase 120 páginas disso...

Por causa do que relatei acima, é difícil avaliar o livro. É um livro ao mesmo tempo brilhante e enfadonho.
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Lusiana 26/10/2023

Triste pq acabou
O que eu mais achei lindo nesse livro foi a amizade.
No fim das contas as ações significaram mais que mil palavras!
Triste com o final!
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