A mão esquerda da escuridão

A mão esquerda da escuridão Ursula K. Le Guin...




Resenhas - A Mão Esquerda da Escuridão


508 encontrados | exibindo 91 a 106
7 | 8 | 9 | 10 | 11 | 12 | 13 |


Daniel.Tschiedel 08/11/2023

Difícil de avaliar e dar uma nota
Pra começar, só a Introdução escrita pela autora, onde ela debate sobre o papel da ficção científica, já vale o livro.

Depois, esse universo criado por ela é super interessante, principalmente a questão do gênero, onde no planeta onde a história se passa, os humanos são andróginos e assexuados a maior parte do tempo, e apenas durante o período fértil, desenvolvem um dos sexos (masculino ou feminino) e efetivamente possuem desejo e relações sexuais (inclusive qualquer humano desse planeta pode engravidar dependendo do gênero que desenvolve a cada período fértil.

E é feito um contraponto ao humano alienígena e protagonista do livro, que é um homem cis terráqueo, o qual é tratado como um "pervertido", que está sempre no período fértil. Além disso, é demonstrado como a falta de um gênero definido faz com que todos sejam tratados igualitariamente quanto a esse aspecto físico.

Mas, pra mim, morre aí o lado positivo. A verdade é que todo o livro se desenrola em uma trama política chata e arrastada, e praticamente metade dele é dedicada a uma viagem do protagonista, isolada na natureza do planeta, onde por todas essas páginas a autora fica apenas descrevendo a paisagem. É uma lenga lenga em que o enredo não sai do lugar, e estamos falando de quase 120 páginas disso...

Por causa do que relatei acima, é difícil avaliar o livro. É um livro ao mesmo tempo brilhante e enfadonho.
comentários(0)comente



Will 11/08/2021

Experiência única
Desde antes de começar a ler já estava muito empolgado pra essa história que prometia muita coisa diferente e interessante. Confesso que até a primeira metade não estava gostando tanto quanto imaginava, talvez porque estava esperando mais ação e menos trama política, mas logo percebi que não seria assim. Da metade pra frente, algumas poucas coisas começaram a acontecer, mas que impactavam muito, comecei a me importar muito mais com os personagens, me amarrei bastante na história e gostei demais, não sou alguém que chora muito mas mesmo assim o livro me tirou lágrimas que não estava esperando, a conclusão deixa o resto muito lindo e coerente.
Além disso, o livro propõe, indiretamente, muitos questionamentos sobre as relações é diferenças entre uma sociedade dividida entre sexos e outra que não é, me fez pensar bastante sobre como somos definidos por essas características e do quanto as convenções sociais definem muito nossa visão dos outros.
Enfim, é um livro sensacional, mesmo sem me agradar no começo, ainda virou um favorito por tudo que ele fala, propõe e mostra, uma experiência muito diferente de todas que já tive, simplesmente incrível.
comentários(0)comente



Helano 12/03/2021

Antropologia e ficção científica.
Por ser uma obra bastante aguardada por min, confesso que o começo deixou um pouco a desejar. Não tanto pela narrativa em si, mas por seu ritmo e, também, pela leve dificuldade imposta por um novo vocabulário.
Todavia, após esse começo um pouco extenuante, tem-se uma narrativa ímpar, com um universo singular e bastante bem construído. Os planetas, as raças, as relações, etc é tudo brilhantemente elaborado.
Creio que os pontos altos da leitura sejam, não a história em si, mas o modo como ela é descrita e as reflexões sociológicas que ela suscita. Nesse sentido, o leitor é conduzido a pensar em uma sociedade na qual o gênero não define condicionamentos sociais. Algo diametralmente oposto ao que se verifica na Terra, por exemplo.
Enfim, é um clássico do sci-fi. Não recomendo como primeira leitura para os não iniciados. Porém, deve estar na biblioteca de todos os amantes do gênero.
comentários(0)comente



Juh 30/09/2021

Acho que não estava preparada para essa obra.
Já esclarecendo que eu entendi o poder revolucionário dessa obra, ainda mais pelas notas iniciais de grandes nomes, eles já deixaram isso bem claro. Não é uma ficção científica fácil, nela encontramos muitos termos e explicações difíceis, palavras inventadas, o que acaba quebrando a fluidez do livro. Destaquei várias passagens que me fizeram refletir mas não tirou o peso de concluir essa obra. É um livro bom que eu esperava que fosse se tornar uma das ficções favoritas e especiais da minha vida mas não foi isso que ocorreu.
comentários(0)comente



jotaefesanchez 16/03/2021

Uma viagem magnífica...
A profundidade do universo criado e as reflexões que desperta, colocaram esse livro naquele pedestal imaginário de "favorito instantâneo".

Meu primeiro contato com a obra de Ursula K. Le Guin é, com certeza, um marco pessoal como leitor.

Seu estilo e texto é impecável e de uma fluidez, sensibilidade e detalhes impressionante. Uma leitura rica e com várias camadas.
Fabio293 16/03/2021minha estante
É meu próximo. Depois daqurle do cornwell




spoiler visualizar
comentários(0)comente



yomaeli 07/02/2021

"Luz é a mão esquerda da escuridão e escuridão, a mão direita da luz. Dois são um, vida e morte"
"No princípio havia o sol e o gelo, e não havia sombra. No fim, quando tudo estiver terminado para nós, o sol irá devorar a si mesmo e a sombra engolirá a luz, e não restará nada senão o gelo e escuridão."

Um marco da ficção científica que consagrou Ursula K. Le Gun como uma grande autora do gênero, publicado em 1969 mas que se faz atual. À luz da época, os temas debatidos aqui são inéditos e imensamente relevantes, como ainda são.

Acompanhamos Genly Ai, um emissário, nativo da Terra, enviado a Gethen para convencer o povo getheniano a se integrar ao Ekumen, de onde vem. Essa proposta de integração, a priori, causa medo e distanciamento, e a partir daí já podemos fazer uma leitura de como sociedades diferentes se repelem à oferta alheia - cautela justificável, pois aqui, Genly, o Enviado, é visto como um pervertido, um estranho, uma ameaça aos costumes. Em Gethen, as pessoas não possuem um sexo fixo. Não há mulher e nem homem permanentemente. Eles passam por um período chamado kemmer, que é uma espécie de cio, quando se envolvem e se atraem por outro ser humano, e nessa relação cada um desenvolve e assume o órgão e a personalidade feminina ou masculina. Aliás, isso acabou me lembrando o conceito jungiano de anima e animus. Já Genly, para eles, está sempre no estágio do kemmer, sempre com o seu órgão e gênero desenvolvido, e por isso é um "pervertido", além de todas diferenças de altura, idioma, traços, projeções, etc.

Também é curioso acompanhar o personagem Estraven, que articula reflexões acerca do patriotismo - "o que é o amor pelo seu país? É o ódio pelo seu não-país?", o apego aos ideais, o pertencimento, a honestidade, humanidade e amizade.

Ursula não se explica excessivamente aqui. Ela apenas cria um universo e nos convida a uma experiência de imersão. É orgânico como vamos nos adaptando aos termos, às formas diversas de interpretações do clima, temporalidade e das tradições. Foi uma leitura que me tirou da minha zona de conforto e me propôs um lugar além. E foi prazeroso conhecê-lo.

E, sim, o livro pode demorar um pouco a engatar, são descrições e observações excessivas, mas um esforço que acaba valendo a pena final.

Em suma, a obra consegue nos fazer repensar sobre gênero, também sobre o tratamento com imigrantes - com toda a jornada, as dificuldades e os sofrimentos de Genly Ai -, sobre política e, acima de tudo, sobre como se estrutura o poder numa sociedade, que mesmo fictícia aqui, é ainda um aperitivo da nossa própria.
comentários(0)comente



Sandro 06/01/2016

Um planeta onde seus habitantes não possuem sexo definido. Só isso já é o suficiente pra chamar a atenção de qualquer um.
Mas esse não foi um livro fácil pra mim. A leitura não é fluida e levei um tempo pra me acostumar com os nomes próprios tanto dos personagens quanto dos lugares, mesmo já tendo lido outras obras de ficção científica.
Algumas descrições do Planeta Inverno ao longo da obra são um pouco repetitivas e maçantes, principalmente durante a fuga dos protagonistas.
Os pontos positivos do livro são as conversas entre o humano Genly Ai e o alienígena Estraven, que não compreende como o gênero de um indivíduo influenciaria tanto no curso de sua vida em outro planeta, já que essa distinção não existe no Planeta Inverno fora do kemmer.
Em muitos momentos a leitura me remeteu à "Orlando" da Virginia Woolf.
De qualquer maneira, o esforço em ler "A Mão Esquerda da Escuridão" foi válido.
comentários(0)comente



Lendo no mato 12/04/2021

Exagerado.
Não tô sabendo discernir bem o que achei sobre esse livro. Talvez uma expectativa criada sem sentido.
É legal, traz umas reflexões legais, é uma ficção científica das brabas, mas o excesso de detalhes acabou por me incomodar. Muita minúcia na hora da criação de seu mundo acabou por me afastar do livro em si.

O livro tem um contexto muuuito formidável que tentarei reduzir para fins de sinopse. Ele se passa no planeta Inverno, um planeta extremamente frio (óbvio) onde as pessoas são "ambissexuais". Pois sim, as pessoas não possuem sexo definido e uma vez por mês adquirem órgãos reprodutores femininos ou masculinos dependendo do tipo de influência externa que receber. O livro acompanha um enviando alienígena que foi a esse planeta com uma proposta intergaláctica para que se unam a um conglomerado planetário para fins comerciais.

Sensacional, não?

Pensando assim já tô até reconsiderando e achando o livro melhor. ?

Enfim, o que me atrapalhou foi o excesso de palavras inventadas e criadas que faz com que você demore a se situar nessa loucura toda.
comentários(0)comente



Cammy 24/10/2020

Um livro qur vale a pena ser lido
Muito incrível todo o universo criada pela Úrsula, ela conseguiu pensar nos minimos detalhes... Mas achei a história um pouquinho arrastada no começo... Mas é uma leitura que vale muito a pena se vc souber ter paciência hehe
Ela aborda questões TÃO pertinentes e importantes de serem discutidas... Tem muita filosofia e antropologia envolvida na história... Muito bacana hehe
comentários(0)comente



Ingrid 21/04/2021

Ficção Científica de 1969 com questionamentos de gênero totalmente atuais, aqui, somos convidados assim como antropólogos, a entrar em uma cultura diferente e testemunhar suas distinções, hábitos, vocabulário. Nesta história acompanhamos Genly Ai um mensageiro que vai ao planeta Gethen em uma tentativa de persuadir os governantes a entrarem para o acordo do Ekumen que propõe trocas de tecnologias e também culturais entre planetas.
É incrível como a autora criou culturas tão complexas em um livro com pouco mais de 300 páginas. Por diversas vezes a leitura é nebulosa e confusa, é totalmente desafiador tentar compreender a dinâmica desse planeta, mas ao mesmo tempo instigante. É engraçado como a capa de publicação da editora Aleph em 2019 é exatamente como me sinto sobre a leitura desse livro.
O que me incomodou foi que a história em si não foi tão interessante quanto a complexidade do mundo que a Le Guin criou. Queria muito ter entendido as motivações de Genly Ai para ir em uma expedição sozinho com poucas oportunidades de comunicação com o planeta de origem, poder ler relatos de como o tratado funcionou em outros planetas e como iria se ajustar em Gethen e outros assuntos. É definitivamente uma obra para releitura e quem sabe assim fazer novas interpretações.
Tati 24/04/2021minha estante
Pensei a mesma coisa ao ler! O mundo que ela criou é incrível e teria sido interessante um enredo mais complexo. Mas da mesma forma também penso que releitura seria importante pra perceber coisas que não vimos numa primeira leitura.




luiza lima 06/06/2020

Grande expectativa para quase nada
Não sei se criei muita expectativa, mas eu não consegui gostar do livro. Me pergunto até mesmo se li ele todo de maneira errada.

É claro que considero o contexto histórico em que o livro foi escrito, nos primórdios da luta feminista e o quão revolucionário deve ter sido para a época escrever sobre um universo em que sua sociedade não foi construída em função dos gêneros, já que nessa sociedade eles basicamente não existem.

Porém, o livro já começa com uma frase machista, dizendo que uma pessoa sem gênero parecia uma fêmea por alguma característica negativa. E pelo livro tem várias dessas analogias ao sexo feminino quando os personagens são fofoqueiros, ou apresentam alguma característica ou comportamento negativo. Não consegui interpretar de outra maneira que não de cunho machista, não consegui ver uma crítica da autora nessas partes.

Por ser apresentado como uma obra tão revolucionária nesses aspectos de gênero, eu realmente me decepcionei com o que li e não achei nada demais, apesar de ainda achar válida a reflexão sobre essa questão, apenas não acho que tenha sido construída de maneira tão incrível assim.

Quanto a história em si, achei lenta e não fluida. Os capítulos são longuíssimos, sem pausas, os acontecimentos arrastados. O meio foi quando me interessei mais, mas o final foi decepcionante.

No geral acho que foi uma leitura válida, pois pôde me fazer refletir sobre todos esses aspectos de gênero e até mesmo da evolução do feminismo, do quanto coisas bobas que antigamente passavam despercebidas hoje em dia já não passam mais. Então, apesar de não ter gostado da obra em si, não acho que foi perda de tempo.
Leticia.Revitto 04/07/2020minha estante
falou tudo!
é a primeira resenha sobre o livro que concordo. não entendi como pode ser considerado uma obra tão feminista, se o tempo todo me incomodei com a maneira como o gênero feminino era abordado.
faço parte de um clube do livro em que apenas 2 de 7 integrantes (mulheres!) conseguiram concluir a leitura. e, quando fomos procurar outras opiniões, nos surpreendemos com as avaliações extremamente positivas. parecia que tínhamos lido o livro errado.
estou profundamente contemplada ao encontrar a sua resenha. obrigada.
se quiser depois conferir, vamos fazer uma resenha pela página no Instagram (@webook.club) falando nossas opiniões. seria ótimo te ter como parte dos nossos seguidores - foi de fato um alívio encontrar alguém de fora com quem concordamos tanto!


Jessica1248 06/01/2021minha estante
Me sinto igualmente contemplada kkkkkk estou em 60% e não entendo o hype desse livro. O tempo todo os seres são chamados de ?homens? e ?ele?, o que a própria autora admite que pode ter sido um erro. Mas fora isso, eu esperava que a ambissexualidade dos indivíduos influenciasse na política, religião e etc, e essa relação não acontece. O livro é basicamente gente andando de um lado pro outro.




Maisa @porqueleio 07/02/2023

Motivos para ler / A mão esquerda da escuridão /@porqueleio
O livro foi escrito há 50 anos, um marco na literatura de fantasia e ficção científica, aborda temas importantes como: a polarização política, conflitos religiosos e a inevitável discussão sobre a igualdade entre os sexos.

O romance ganhou os prêmios Nebula e Hugo de Melhor Romance. Em 1987, a revista Locus colocou-o em segundo lugar entre romances de ficção científica, atrás de Duna e Harold Bloom afirmou: "Le Guin, mais do que Tolkien, elevou a fantasia à alta literatura, para o nosso tempo."

Listei alguns motivos no Instagram: https://www.instagram.com/p/Cn5LIOEp2RW/

site: https://www.instagram.com/p/Cn5LIOEp2RW/
comentários(0)comente



Matheus.Andrade 26/06/2020

Úrsula K. Le Guin deixou um legado para a ficção científica, e eu não poderia demorar nem mais um segundo pra ler a sua obra mais famosa. Em A mão esquerda da escuridão, Le Grin usou questões de gênero e assuntos antropológicos para construir uma história refinada, um universo que se tornou muito influente dentro do gênero.
Pouco tempo atrás eu li Orador dos Mortos e fiquei impressionado com as ideias da história. O que mais me surpreendeu, agora, foi perceber que a base principal deste livro já havia sido criada, na verdade, por Úrsula Le Grin. E o principal ponto que ela antecipara foi a ideia de uma confederação intergalática que regula as relações comerciais e diplomáticas entre os diversos mundos que os humanos colonizaram.
A mão esquerda da escuridão recebeu a alcunha de "ficção científica feminista" porque fala de uma missão diplomática de um homem em um mundo com população andrógina, onde simplesmente não existe a lógica patriarcal da Terra e nem a separação por gêneros. As pessoas do planeta Inverno não sabem o que é mulher e homem.
A jornada árdua dos protagonistas em meio às intrigas dos governos e ao clima implacável do planeta Inverno se confunde com a escrita densa de Le Guin. Uma história pra lá de complexa, que só se tornou possível pelo profundo conhecimento de geologia, astronomia, mecânica - uma ficção científica das mais bem elaboradas.
Essa complexidade não prejudica a imersão na história, por isso não se acanhe. Vá ler, que vai ser sucesso!
comentários(0)comente



Mialle @mialleverso 22/12/2021

Quando comecei este livro, li o começo dele umas três vezes antes de desistir de entender os vários nomes que são jogados na cara do leitor. Então fui lendo e aí foi passando o estranhamento, ainda tinha um monte de nome complicado de entender o que significavam, mas os personagens iam movimentando a história e os nomes ficavam em segundo plano.

A Mão Esquerda da Escuridão é sobre um emissário de uma aliança interplanetária que vai até o planeta Inverno (ou Gethen) para convencer os líderes de lá a se juntarem a tal aliança, mas acontece que lá não é um lugar tão convencional para o emissário.

Um planeta novo e costumes novos, mas um dos principais pontos de Inverno (além do frio e da neve) é que seu povo não tem gênero. Não existe masculino e feminino.

Ursula trabalha um livro incrível sobre como é uma sociedade que não é afetada por papéis impostos a gêneros, não é um lugar utópico, mas claramente é bem diferente do que o emissário estaria acostumado num mundo tão dividido entre homens e mulheres e seus lugares.

Não foi meu livro favorito e nem foi o mais fácil de ler dela, muita descrição de neve, frio e gelo e outras coisas. O protagonista não é uma pessoa carismática e foi um livro um pouco cansativo, mas no final valeu muito a pena.
comentários(0)comente



508 encontrados | exibindo 91 a 106
7 | 8 | 9 | 10 | 11 | 12 | 13 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR