Diário do Hospício e O Cemitério dos Vivos

Diário do Hospício e O Cemitério dos Vivos Lima Barreto




Resenhas - Diário do Hospício e O Cemitério dos Vivos


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Marina 30/12/2023

"É incrível que se possa simpatizar ou antipatizar com malucos e com a maluqueira deles"
Queria ler esse livro há tanto tempo... a temática da loucura me interessa e me amedronta muito. Lima Barreto viveu tudo isso no Hospício Pedro II, que atualmente é o Palácio da UFRJ, onde estudei e escutei muitas histórias sobre esses tempos, e isso também me cativou.

"De mim para mim, tenho certeza que não sou louco, mas devido ao álcool, misturado com toda a espécie de apreensões que as dificuldades de minha vida material há 6 anos me assoberbam, de quando em quando dou sinais de loucura: deliro."

O livro é bom, mas não é nada excepcional. Esperava que Lima Barreto narrasse com mais autoria e detalhes, mas achei um livro distante, pouco pessoal, embora seja quase uma autobiografia. Os melhores trechos são os que ele fala da loucura, da convivência com os internos e do seu alcoolismo. Há muitas partes em que me cansei, pois não achei que acrescentaram à narrativa. Li esse livro meio voando e meio presente...
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Filipe Candido, o otimista 29/02/2020

A
Aaaaaaa
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Barbara 03/07/2021

Chatooo
O diário é chato: ele só reclama o tempo todo, ele se sente superior a qualquer um que lá estava e ainda me fez odiar literatura russa só pelas "citações intelectuais" que ele fazia. O romance é inacabado e por isso não posso falar muito, mas não vi propósito na história, talvez fosse melhor contratar alguém para terminar a obra do que publicar desse jeito. Outra reclamação que tenho é que todos os personagens pretos eram simplesmente pretos, não tinham outro traço de personalidade além de serem pretos - entendo que era outra época, mas me irritou do mesmo jeito - e por algum motivo ele insulta os brasileiros duas vezes no livro e elogiava alguns falando que eles tinham "qualidades estrangeiras" (colonizado pra caramba esse cara). Enfim... Foi uma leitura demorada e sem propósito pra mim, além de irritante.
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Ramon 24/10/2021

...
"Parece tal espetáculo com os célebres cemitérios de vivos que um diplomata brasileiro, numa narração de viagem, diz ter havido em Cantão, na China. Nas imediações dessa cidade, um lugar apropriado de domínio público era reservado aos indigentes que se sentiam morrer. Dava-se-lhes comida, roupa e o caixão fúnebre em que se deviam enterrar"
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Dressinhadessa 31/07/2023

Assim você conhece melhor Lima Barreto nesse trecho da sua vida depois que é internado fragmentos e manuscritos reunidos para melhor compreensão recomendo muito a leitura
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Carol 31/01/2022

superou minhas expectativas! muito interessante ter esse conhecimento ainda mais diretamente de um cara que lidou com tantos conflitos expostos no livro
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fran 08/02/2022

Li por ser uma das leituras obrigatórias da UFSC e dos três, foi o que menos me interessou. Não acho que o livro seja ruim, ele é complexo e com uma grande importância histórica, seu conteúdo é interessante mas a escrita muito detalhista e cheia de refêrencias a outros livros e academicos me deixava perdida muitas vezes.
Talvez eu leia novamente daqui um tempo e flua melhor, mas dessa vez eu me arrastei para terminar.
(Quero deixar claro que estou avaliando O Cemitério dos Vivos e não Diário de Hospício, que em minha opinião por ser um relato pessoal não deva receber uma resenha crítica)
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Thiago662 23/04/2022

A lucidez de um homem considerado louco pela sociedade
"Não me incomodo muito com o Hospício, mas o que me aborrece é essa intromissão da polícia na minha vida. De mim para mim, tenho certeza que não sou louco; mas devido ao álcool, misturado com toda espécie de apreensões que as dificuldades de minha vida material há seis anos me assoberbam, de quando em quando dou sinais de loucura: deliro".

"Um maluco vendo-me me passar com um livro debaixo do braço, quando ia para o refeitório, disse: - Isto aqui está virando colégio".

"Mais do que os grandes acontecimentos, na nossa vida, são os mínimos que decidem o nosso destino" (Cap. 1 Cemitério dos Vivos).

"Suicidou-se no pavilhão um doente. O dia está lindo. Se voltar a terceira vez aqui, farei o mesmo. Queira Deus que seja um dia tão belo como o de hoje".

Diários do Hospício é composto das notas escritas por Lima em sua segunda internação, entre dezembro de 1919 e fevereiro de 1920. Diagnóstico: alcoolismo. Tudo era tratado como loucura e degenerescência na Primeira República. É um relato extremamente lúcido sobre as instituições para alienados, na pena cáustica de Lima Barreto. Ele reconhece o seu vício, as suas causas e queria, e muito, combatê-lo.

Há a definição de hospício enquanto um cemitério de vivos, lá estão enterrados literalmente. As cenas de humilhação descritas doem em qualquer um: "Todos nós estávamos nus, as portas abertas, e eu tive muito pudor. Chorei". Lima crítica os médicos, tão letrados, mas pouco conhecedores da alma humana, que diziam tentar curar. Critica a ideia de uma suposta herança que levava a degeneração, tese muito difundida no Brasil preconceituoso das primeiras décadas do XX.

Pudera Lima Barreto saber que ele ainda vive, um século depois da sua morte prematura. E aqueles que ele criticavam, muitos membros da Academia Brasileira de Letras, tornaram-se ilustres desconhecidos. Viva Lima!

Cemitério dos Vivos é uma forma de transformar em romance toda a vivência do Hospício, por isso há muita repetição em relação as discussões tratadas no "Diário do Hospício". O livro ainda apresenta alguns contos escritos por Lima, cuja loucura é o tema central.

Em síntese, é uma obra fundamental para se conhecer a pessoa Lima Barreto (mais do que as biografias escritas sobre ele).
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Thifanie 31/07/2020

obrigação...
li como leitura obrigatória por causa do vestibular, não é o estilo de livro que eu gosto e provavelmente eu não leria se não fosse obrigada. A história não é tão chata e ele é tranquilo de ler mas no geral não gostei por não ser meu gênero preferido
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gabi 24/07/2020

Surpreendente
Demorei um pouco para começar a ler esse livro, mas quando comecei, não consegui mais parar. Lima Barreto conta sobre sua segunda passagem pelo Hospício e sobre as dificuldades que encontrou. Em Cemitério dos Vivos, faz uma ficção sobre o mesmo hospício.
Há trechos tocantes, dolorosos. Nos apresenta a vida em um hospício no século 20. Vale muito a pena a leitura.
Achei o começo, com o prefácio, um pouco lento. Resolvi pular para o Diário (recomendo) e para o Cemitério e só depois voltar para o prefácio.
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gabi 24/07/2020

Surpreendente
Demorei um pouco para começar a ler esse livro, mas quando comecei, não consegui mais parar. Lima Barreto conta sobre sua segunda passagem pelo Hospício e sobre as dificuldades que encontrou. Em Cemitério dos Vivos, faz uma ficção sobre o mesmo hospício.
Há trechos tocantes, dolorosos. Nos apresenta a vida em um hospício no século 20. Vale muito a pena a leitura.
Achei o começo, com o prefácio, um pouco lento. Resolvi pular para o Diário (recomendo) e para o Cemitério e só depois voltar para o prefácio.
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Isadora.cobra 20/03/2023

Nhe
Não gostei muito porque não é meu estilo de i livro favorito e muito menos meu estilo de leitura ?fav
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Spolaor 15/04/2022

Objetivo
O escritor descreve sua vida durante a estadia no hospício contando sobre sua convivência com os outros internos e alguns dos seus sentimentos. Misturando um pouco a realidade com personagens do livro que escreveria(Cemitério dos vivos) que ficou inacabado.
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regifreitas 14/09/2017

Duas obras póstumas encontram-se nesta edição. No Diário, Lima Barreto registra todo o seu drama pessoal ao ser recolhido em uma instituição para doentes mentais, por conta dos abusos de álcool; abusos esses que o tornavam uma pessoas excitável e dado a delírios e alucinações, obrigando a família a interná-lo, o que acontece em pelo menos duas oportunidades. Percebe-se nas anotações do Diário a clara intenção do autor em ficcionalizar posteriormente essas experiências – em determinadas passagens, chega a confundir os fatos vivenciados com as notas para o futuro romance.

Este romance seria O cemitério dos vivos, no qual o protagonista, Vicente Mascarenhas, passa pela mesma experiência do autor – por conta de uma vida repleta de dificuldades financeiras, frustrações e desilusões, e também por um profundo remorso provocado pela perda da esposa (a qual só passa a compreender depois de morta), acaba, igualmente, enveredando pelo alcoolismo.

Infelizmente a obra ficou incompleta, pois Lima Barreto veio a falecer antes de poder concluí-la. Sua primeira edição só veio a público em 1956, por conta dos esforços do biógrafo Francisco de Assis Barbosa. Contudo, em O cemitério já se encontra o germe do que poderia se tornar a obra-prima do autor. O dia a dia na instituição psiquiátrica e a relação com os outros pacientes, médicos e funcionários; fatos inusitados e personalidades pitorescas que atravessam o caminho de Vicente; além de reflexões sobre a própria loucura, bem como sobre a finalidade e o funcionamento do hospício, e a marginalização das pessoas ali internadas. Uma pena um material tão rico não poder ter uma merecida finalização!

Nesta edição constam extras que enriquecem bastante a obra, começando por um prefácio esclarecedor de Alfredo Bosi. Além dele, textos (contos, crônicas, entrevistas) do próprio Lima Barreto, todos relacionados às suas sucessivas internações ou tendo como tema a loucura. Também fazem parte outros textos (crônicas e reportagens) de Machado de Assis, Raul Pompeia e Olavo Bilac, autores que em algum momento escreveram sobre o Hospício Nacional de Alienados, instituição na qual Barreto foi recolhido.
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