Diário do Hospício e O Cemitério dos Vivos

Diário do Hospício e O Cemitério dos Vivos Lima Barreto




Resenhas - Diário do Hospício e O Cemitério dos Vivos


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Gabriel Barbosa 08/03/2024

Arrepio do começo ao fim. A solidão imensa, a falta profunda, a raiva que chega a adormecer, o lugar terrível do gênio massacrado pelo racismo.
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diskjessica 08/04/2024

O lugar de fala dos loucos...
Uma leitura que vale a pena do início ao fim. Quanto mais você lê, melhor fica. E quando acaba, você sente que ainda não sabe o suficiente sobre o hospício e a vida de Lima Barreto.

Os trechos soltos acabaram comigo. Como eu queria ler essa obra completa, os escritos sobre a ala feminina, todas as anotações perdidas de Lima Barreto!

O que mais impressionou foi a lucidez de todos os personagens, principalmente Lima Barreto. Quem que dentre tantas marginalizações, opressões e estigmatizações consegue ser tão lúcido? Quando ele diz que merece aquilo, não dá pra entender se está sendo irônico ou não.

Os relatos do autor sobre o trabalho de Juliano Moreira no Hospital são preciosíssimos.

E a parte das crianças no final do livro é de cortar o coração. Viva a luta antimaniconial!
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carol2170 12/04/2024

Livro incrível
O diário do Hospício de Lima Barreto, faz uma análise extremamente crítica sobre o desejo falho de compreender sua loucura, e sobre as diversas violências e dificuldades vividas por ele na época. O livro é uma junção de pedaços de papel manuscritos contando seu dia a dia. Acabei de ler toda a parte do diário para agora conseguir compreender o livro ?Cemitério dos Vivos?, que é um livro inacabado, devido a morte do autor, que mistura suas vivencias no manicômio com uma narrativa ficcional.
Na minha opinião o livro é uma grande crítica à forma que a ciência na época lidava com a loucura e todos os preconceitos sociais causados por isso
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Thiago662 23/04/2022

A lucidez de um homem considerado louco pela sociedade
"Não me incomodo muito com o Hospício, mas o que me aborrece é essa intromissão da polícia na minha vida. De mim para mim, tenho certeza que não sou louco; mas devido ao álcool, misturado com toda espécie de apreensões que as dificuldades de minha vida material há seis anos me assoberbam, de quando em quando dou sinais de loucura: deliro".

"Um maluco vendo-me me passar com um livro debaixo do braço, quando ia para o refeitório, disse: - Isto aqui está virando colégio".

"Mais do que os grandes acontecimentos, na nossa vida, são os mínimos que decidem o nosso destino" (Cap. 1 Cemitério dos Vivos).

"Suicidou-se no pavilhão um doente. O dia está lindo. Se voltar a terceira vez aqui, farei o mesmo. Queira Deus que seja um dia tão belo como o de hoje".

Diários do Hospício é composto das notas escritas por Lima em sua segunda internação, entre dezembro de 1919 e fevereiro de 1920. Diagnóstico: alcoolismo. Tudo era tratado como loucura e degenerescência na Primeira República. É um relato extremamente lúcido sobre as instituições para alienados, na pena cáustica de Lima Barreto. Ele reconhece o seu vício, as suas causas e queria, e muito, combatê-lo.

Há a definição de hospício enquanto um cemitério de vivos, lá estão enterrados literalmente. As cenas de humilhação descritas doem em qualquer um: "Todos nós estávamos nus, as portas abertas, e eu tive muito pudor. Chorei". Lima crítica os médicos, tão letrados, mas pouco conhecedores da alma humana, que diziam tentar curar. Critica a ideia de uma suposta herança que levava a degeneração, tese muito difundida no Brasil preconceituoso das primeiras décadas do XX.

Pudera Lima Barreto saber que ele ainda vive, um século depois da sua morte prematura. E aqueles que ele criticavam, muitos membros da Academia Brasileira de Letras, tornaram-se ilustres desconhecidos. Viva Lima!

Cemitério dos Vivos é uma forma de transformar em romance toda a vivência do Hospício, por isso há muita repetição em relação as discussões tratadas no "Diário do Hospício". O livro ainda apresenta alguns contos escritos por Lima, cuja loucura é o tema central.

Em síntese, é uma obra fundamental para se conhecer a pessoa Lima Barreto (mais do que as biografias escritas sobre ele).
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regifreitas 14/09/2017

Duas obras póstumas encontram-se nesta edição. No Diário, Lima Barreto registra todo o seu drama pessoal ao ser recolhido em uma instituição para doentes mentais, por conta dos abusos de álcool; abusos esses que o tornavam uma pessoas excitável e dado a delírios e alucinações, obrigando a família a interná-lo, o que acontece em pelo menos duas oportunidades. Percebe-se nas anotações do Diário a clara intenção do autor em ficcionalizar posteriormente essas experiências – em determinadas passagens, chega a confundir os fatos vivenciados com as notas para o futuro romance.

Este romance seria O cemitério dos vivos, no qual o protagonista, Vicente Mascarenhas, passa pela mesma experiência do autor – por conta de uma vida repleta de dificuldades financeiras, frustrações e desilusões, e também por um profundo remorso provocado pela perda da esposa (a qual só passa a compreender depois de morta), acaba, igualmente, enveredando pelo alcoolismo.

Infelizmente a obra ficou incompleta, pois Lima Barreto veio a falecer antes de poder concluí-la. Sua primeira edição só veio a público em 1956, por conta dos esforços do biógrafo Francisco de Assis Barbosa. Contudo, em O cemitério já se encontra o germe do que poderia se tornar a obra-prima do autor. O dia a dia na instituição psiquiátrica e a relação com os outros pacientes, médicos e funcionários; fatos inusitados e personalidades pitorescas que atravessam o caminho de Vicente; além de reflexões sobre a própria loucura, bem como sobre a finalidade e o funcionamento do hospício, e a marginalização das pessoas ali internadas. Uma pena um material tão rico não poder ter uma merecida finalização!

Nesta edição constam extras que enriquecem bastante a obra, começando por um prefácio esclarecedor de Alfredo Bosi. Além dele, textos (contos, crônicas, entrevistas) do próprio Lima Barreto, todos relacionados às suas sucessivas internações ou tendo como tema a loucura. Também fazem parte outros textos (crônicas e reportagens) de Machado de Assis, Raul Pompeia e Olavo Bilac, autores que em algum momento escreveram sobre o Hospício Nacional de Alienados, instituição na qual Barreto foi recolhido.
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Anna 09/04/2019

Acredito que pelo fato de ser leiga em literatura nacional, tive grande dificuldade de me encontrar nessa leitura.
A história chamou atenção pelo "Diário do hospício", dessa forma, imaginei detalhes dos detalhes de tudo o que aconteceu durante a estadia do autor por lá. Realmente são descritas
diversas características do local, como são alguns médicos e enfermeiros. Porém, considerei a narrativa sobre o hospício em si e como é o tratamento dado aos pacientes, superficial.
Retifico que não tenho o hábito desse tipo de leitura, mas achei lenta e maçante.
Não conheço as outras edições da obra, mas essa tem no final o adicional de contos de outros autores consagrados. Onde são relacionados com o hospícios e os tipos de "loucura".
A linguagem do autor trás momentos de lucidez e de tormentos, narra fatos que não aconteceram em sua vida "real". Muitas notas explicativas esclarecem essas narrativas, como por exemplo, ao mencionar sua esposa e filho. Ele não chegou a se casar e também não teve um filho. Mas o narra, como se os tivessem tido.
Em suma, não satisfez a minha curiosidade antecipada em conhecer Lima Barreto em seus devaneios.
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notexist 16/12/2019

Quando o real e o fictício se entreune
Uma obra escrita com a pena d'angústia.
Antes mesmo da internação do protagonista, contra a sua vontade, no hospício, toda uma série de infortúnios prorromperam ao seu redor.
Como ele próprio dissera, teve sorte em nada de mais grave ter-lhe acontecido após seus momentos de embriaguez, que se repetiam como uma constância fora de controle.
Então, posto em reclusão psiquiátrica sentiu na pele toda uma série de contratempos e pequenas, mas profundas humilhações em seu forçoso exílio, repleta de outras pessoas aviltadas em suas consciências e, com hábitos insuportáveis e inescapáveis para àqueles que ainda tinham alguma sanidade, mas que pouco a pouco participavam de sua esfera de loucura.

Entretanto, diante de tal degradação moral, sempre houve declarações de sua parte, por uma redenção; uma nova e recuperada vida - mais salutar e com uma perspectiva financeira melhor. E, se possível, por um acerto de contas com um passado de remorsos e de debilidade.
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gabi 24/07/2020

Surpreendente
Demorei um pouco para começar a ler esse livro, mas quando comecei, não consegui mais parar. Lima Barreto conta sobre sua segunda passagem pelo Hospício e sobre as dificuldades que encontrou. Em Cemitério dos Vivos, faz uma ficção sobre o mesmo hospício.
Há trechos tocantes, dolorosos. Nos apresenta a vida em um hospício no século 20. Vale muito a pena a leitura.
Achei o começo, com o prefácio, um pouco lento. Resolvi pular para o Diário (recomendo) e para o Cemitério e só depois voltar para o prefácio.
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gabi 24/07/2020

Surpreendente
Demorei um pouco para começar a ler esse livro, mas quando comecei, não consegui mais parar. Lima Barreto conta sobre sua segunda passagem pelo Hospício e sobre as dificuldades que encontrou. Em Cemitério dos Vivos, faz uma ficção sobre o mesmo hospício.
Há trechos tocantes, dolorosos. Nos apresenta a vida em um hospício no século 20. Vale muito a pena a leitura.
Achei o começo, com o prefácio, um pouco lento. Resolvi pular para o Diário (recomendo) e para o Cemitério e só depois voltar para o prefácio.
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Thifanie 31/07/2020

obrigação...
li como leitura obrigatória por causa do vestibular, não é o estilo de livro que eu gosto e provavelmente eu não leria se não fosse obrigada. A história não é tão chata e ele é tranquilo de ler mas no geral não gostei por não ser meu gênero preferido
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carol 13/04/2023

Um livro muito confuso e difícil de entender, mas que vale a leitura.

O diário foi uma das minhas partes favoritas! Consegui enxergar a real realidade do hospício e da convivência com loucos.

Na ficção, achei um estranhamente parecido a história com a história de vida do Lima (que é narrada no diário).

Percebe-se que o autor não se encaixava na sociedade, que pensava diferente e se sentia estranho.

Achei só um pouco confuso de entender algumas ideias, mas tirando isso, é uma leitura que vale a pena.
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Isadora.cobra 20/03/2023

Nhe
Não gostei muito porque não é meu estilo de i livro favorito e muito menos meu estilo de leitura ?fav
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Nena 09/08/2021

Sofrido
Achei muito ruim, tive que ler por causa da escola. Fala muito e não conclui nada. Confuso e cansativo. Uma leitura sofrida.
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Henrick.Machado 02/01/2022

Lima Barreto
Além de ser intrigante por descrever a própria experiência de Lima Barreto, em O Cemitério dos Vivos, temos um ótimo retrato de como funcionavam tais instituições na época; não só isso, há também uma descrição da sociedade pós-abolicionista e/ou pós-proclamação.
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Spolaor 15/04/2022

Objetivo
O escritor descreve sua vida durante a estadia no hospício contando sobre sua convivência com os outros internos e alguns dos seus sentimentos. Misturando um pouco a realidade com personagens do livro que escreveria(Cemitério dos vivos) que ficou inacabado.
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