Resenhas - Um Certo Capitão Rodrigo

Tina 15/02/2023

Capitão Rodrigo Cambará: amor e ódio
Minha história com o Capitão Rodrigo Cambará é de amor e ódio: amor pela sua autenticidade, alegria, paixão pela vida; ódio por seu espírito livre no âmbito do casamento, pela forma como trata Bibiana em muitas ocasiões, por suas bebedeiras e irresponsabilidades. Como resultado dessa equação, confesso, meu lado amoroso pesa mais: tenho um certo carinho pelo Capitão. A escrita de Érico é irreparável, simplesmente deliciosa. A história então? Um primor! Ainda mais sobre o meu Rio Grande...minha única 'reclamação' sobre a obra é que ela nada mais é do que o excerto das partes que envolvem o Capitão dentro da trilogia "O Tempo e o Vento" - O Continente. Eu esperava uma história inédita, uma aventura de Rodrigo antes de chegar a Santa Fé, sua infância, sua vida pregressa. Mas a culpa foi minha por não pesquisar! Além do mais, foi maravilhoso revisitar os pampas gaúchos dos anos 1800; faz uns bons 3 anos que concluí a leitura da trilogia anteriormente mencionada. E valeu cada palavra relida!
"Buenas e me espalho! Nos pequenos dou de prancha e nos grandes dou de talho"! Até à vista, Rodrigo!

kabosu 14/05/2023

Buenas e todo mundo usa essa frase do livro
Simplesmente amo esse vocabulário do livro, antigo, de roça, e que me diverte muito. O livro retrata como a vida de um certo capitão Rodrigo acaba afetando as vidas dos outros moradores de um vilarejo pacífico.
Mas é um livro de época, então você pode esperar encontrar personagens ruins e situações de machismo, falas racistas, violência, entre outras coisas.
De qualquer forma, me entreteu bastante e eu quase não conseguia parar de ler, recomendo.

Catharina 09/05/2023

Gracias!
Um drama sobre um tal de Rodrigo Cambará que não consegue ficar parado, mas decide formar uma família porque ?se apaixonou? por uma mulher. Lutou por ela, quase morreu e depois tratou ela como se não fosse nada. Um personagem que irrita qualquer um, sem contar com os comentários estranhos que acompanham o livro - ?Os brancos gostavam muito das índias. O padre ouvira dizer que as mulheres índias se entregavam aos índios por obrigação, aos brancos por interesse e aos negros por prazer?. Todas as páginas têm alguma coisa machista. Entendo que a época era assim, mas isso não anula meu desgosto. A sensação que tenho é que o livro fala apenas sobre mulheres e acaba não tendo significado algum, pelo menos nenhum significado principal. A morte de Anita pode nos ensinar a valorizar as prioridades, mas a vida de Rodrigo significa o quê? Que devemos ser péssimos para nossas famílias? Que devemos ser melhores para quem temos por perto? Que temos que ser livres? Que devemos ser realistas? Ou o contrário?

dru 21/06/2013

Capitão Rodrigo Cambará, um cabra macho arretado!
Adorei o livro, é uma grande maravilha da literatura brasileira. Tudo nele, cada detalhe, é realista e feito do jeito que deve ser. Principalmente o Cap. Rodrigo. Eu achei que ele era um cara perfeito, que quando se casasse com Bibiana iria sossegar o facho. Mas nada! O homem Cambará de olhos azuis não era nenhum príncipe encantado, e em muitos momentos eu quis arrumar uma forma de bater nele, mas isso o tornava melhor ainda. Rodrigo é um homem de personalidade forte e coração grande, muito fanfarrão e cheio de uma vontade de fazer justiça - ele é como muitos homens deviam ser. Tanto ele quanto os outros personagens foram bem escritos, só não gostei muito de Bibiana. Eu queria que ela fosse mais dissimulada, como Capitu. Achei ela muito submissa, do jeito que as mulheres daquela época sempre são, por isso não gostei. Fora isso, o livro está de parabéns! Não sou muito fã da literatura brasileira "antiga", mas esse livro me pegou de jeito. Tanto pela história em sim, mas principalmente pelo Cap. Rodrigo ousado e esquentado, cheio de moral e ideias revolucionárias com sede de guerra.

Eita homem impossível, esse tal de Rodrigo Cambará!

gmarquez 09/09/2023

Um Homem Impossível.
Buenas e me espalho! Capitão Rodrigo chega trazendo novidades pro povoado de Santa Fé assim como Veríssimo traz conhecimento histórico e críticas sociais para os leitores de sua obra.
A leitura é muito tranquila e fluída, o leitor se prende a história como um todo, a construção de todos os personagens, além do protagonista, levam em consideração tantas camadas que torna o livro genial.

Elogio em especial a profundidade do autor ao escrever sobre a arbitrariedade do coronel e a "cumplicidade" do vigário ao se omitir, dominação essa que se mostra tanto na forma moral como no mundo físico (seja mantendo controle por homicídio ou por simplesmente confiscar gados/colheitas da população), não só para com a população como as "alfinetadas" do autor quanto a escravatura.
Fiquei fascinada com esta forma de me aproximar da história dos gaúchos, reconhecendo até mesmo a influência da língua espanhola no dialeto, em relação aos personagens, pouco se diz sobre a força da família Terra, que apesar de não ser explicitamente ousada como o Cambará, teve sua forma única de resistência. Faço menção também a como a vida é observada, apesar das dificuldades e sofrimento do povo, as nuances do quase morte, da morte e principalmente de viver em injustiça, mas tudo observado com humanidade, o contentamento com coisas simples, destaco este ponto como uma agradável reflexão sobre a existência...

Trechos Marcados:

"Ora... Eu sempre digo, se é contra o governo podem contar comigo."

"Sei que sou meio esquentado e às vezes falo demais. É que gosto muito da vida."

"Ao ver as coisas do marido - o uniforme, a espada, a medalha-, sentiu que quem tinha mais forte a marca de Rodrigo era ela mesma. Tinha-a em todo o corpo, como que feita a fogo."

"[...] desejou morrer naquele momento, morrer porque temia que no futuro essa felicidade acabasse."

"— Mas o mundo não é o que a gente quer — disse ele, quebrando o silêncio. — É o que é.

— Eu sei o que ele é. Mas a gente não deve se entregar. Deve lutar para conseguir as coisas que quer. Não há muita gente disposta a dar. Às vezes é preciso tirar à força."

"Um dia essas mudanças hão de fazer-se."

"Não tinha meio-termo: com ele era risada ou choro, beijo ou bofetada, festa ou velório."

"Mas no fundo achava que luto era uma bobagem. Afinal de contas para ela o marido estava e estaria sempre vivo. Homens como ele não morriam nunca."

Obs: Minha opinião descrita não leva em consideração o filme "O tempo e o vento" porque não o assisti e não há menção de críticas óbvias como machismo e racismo tendo em vista que infelizmente eram a realidade da época.

Cantão 30/08/2022

"..a verdade era que o cap. Cambará tinha voltado para casa"
Cara, só tinha 40 páginas, COMO TUDO DEU ERRADO TÃO RÁPIDO? Eu tô indignada que o capitão morreu, eu não aceito que esse tenha sido o final dele.
Demorei pra cacete pra terminar esse livro (esquecia que tava lendo ele com muita frequência), mas eu amei demais a história.
Ela acontecer simultaneamente com acontecimentos reais de guerras e tals, foi maravilhoso.
Peguei raivinha do capitão no finalzinho do livro, mas parando pra analisar, ele tendia a fazer tudo que fez, ele nunca mentiu que era desse jeito.
Chorei umas três vezes lendo, e ta tudo bem.
Li o livro todo o nome da Biabina errado (o correto é Bibiana)?
Buguei pra um cacete com as abreviações pra coronel, capitão, padre e afins.
Não entendo totalmente as decisões da Bibiana e acho que ela deveria ter deixado o capitão a um bom tempo, mas cada um com seu cada qual.

Potterish 19/06/2012

Um certo lugar chamado Brasil
Resenhado por Sheila Vieira

“Um certo capitão Rodrigo” é, na verdade, um episódio de “O Continente”, por sua vez, um terço da trilogia “O tempo e o vento”. A obra de Érico Veríssimo, de tom tão regionalista quanto épico, é uma celebração da vida cotidiana dos cidadãos brasileiros do Sul no período pós-Independência até as Regências (1831-1840). Afastados do Centro (Rio de Janeiro), onde estava a Corte ligada a Portugal que ‘não estava nem aí para o Sul’, os habitantes de Santa Fé conviviam sempre com os temores das guerras ligadas à delimitação de fronteiras.

Mas, mesmo assim, mantinham suas vendas, suas terras e seus pequenos negócios. Até que chega o capitão Rodrigo com outros modos. Acostumado a jogos, muitas mulheres, bebida e diversão, ele encontrou em Santa Fé um povo desconfiado e conservador, além de traumatizado com outros forasteiros.

Porém, o carisma de Rodrigo conquistou quase todo mundo, principalmente o padre da região e Bibiana, uma moça tímida. Pedro Terra, seu pai, foi relutante desde o início em ceder a mão de sua filha a um ‘qualquer’. Mas, após um duelo entre o capitão e Bento Amaral, filho do coronel de Santa Fé, Rodrigo conseguiu se casar com ela.

PARA LER A RESENHA COMPLETA ACESSE: WWW.POTTERISH.COM/RESENHAS

Pqna 13/11/2014

Retratando a história do Brasil em meados dos anos 1830, um capitão que se arrisca para conseguir integridade da cidade onde se hospedou. Vivendo várias aventuras, romances enfim.
Uma leitura ótima

Elizabeth.Woolridg 18/02/2023

Um Certo Capitão Rodrigo
Li por motivos escolares. Esse é um livro clássico e bem escrito, não dá pra negar. Mas também é um livro de época, uma característica que me incomoda bastante devido aos comportamentos considerados ?normais? nesse contexto.
Sinto, inclusive, que o contexto histórico ?matou? a personagem de Bibiana, que parecia ser independente e inteligente, mas foi reduzida a uma mulher de família constantemente rebaixada por seu marido.
Sobre Rodrigo, nem sei o que dizer. É um personagem que despertou meu ódio genuíno desde o momento que se casou com Bibiana. Mesmo que ele seja essa pessoa contagiante e aventureira, algumas de suas atitudes são imperdoáveis.
Não é possível ?gostar? nem de personagens supostamente cativantes, como o padre Lara, por ter suas falas racistas. No geral, é um bom livro mas ao mesmo tempo é um livro de época.

Mr. Jonas 03/02/2018

Um Certo Capitão Rodrigo
Quando Rodrigo Cambará surge no povoado de Santa Fé, em outubro de 1828 - a cavalo, chapéu caído na nuca, cabeleira ao vento, violão a tiracolo -, parece chamar encrenca. Com a patente de capitão, obtida no combate com os castelhanos, é apreciador de cachaça, das cartas e das mulheres. Homem de espírito livre, não combina com os habitantes pacatos do local, mantidos no cabresto pelo despótico coronel Ricardo Amaral Neto. Mas depois de conhecer Bibiana Terra, nada convence Rodrigo a arredar o pé da aldeia. Nem a aspereza de Pedro, pai de Bibiana, nem a zanga de coronel, que não vê com bons olhos os modos do capitão. Nem mesmo o fato de a moça ser cortejada por forasteiro. Rodrigo, porém, está apaixonado, e quer casar-se. Como ele mesmo diz, não tem medidas, 'é oito ou oitenta'. Para o capitão Cambará, é matar ou morrer, num descomedimento que sugere o descortinar de uma crise anunciada. Descrente dos valores prefixados sejam eles impostos pelo governo ou pela Igreja, Rodrigo é insubordinável: 'Se Deus fez o mundo e as pessoas, Eçe já nos largou, arrependido'.

Jess 12/03/2010

QUE LIVRO MAIS CHATO!!!!

Renata 28/01/2023

?Buenas e me espalho?
Capitão Rodrigo consegue despertar amor e ódio em uma fração de linhas! Pra quem ama história, a junção das narrativas de guerra com a saga do capitão é perfeita!! Gosto muito da escrita do autor e do detalhamento de personagens e locais! Bônus para a edição que conta com uma linha do tempo no final dos acontecimentos do livro com os ocorridos na realidade!

Antônia 29/08/2022

Como eu tive que ler esse livro para fazer uma prova de literatura achei que ia ser chato e sem graça, mesmo sendo muito famoso, e realmente no início achei sem graça e meio que abandonei, mas depois tive que voltar a ler e acabei gostando.
Na metade do livro achei cansativo porque era basicamente o Capitão Rodrigo traindo a Bibiana com qualquer mulher que passasse pela frente, porém gostei do final mesmo que o cap. tenha falecido.

Mariduana 28/05/2022

Ideia boa
? Ideia boa

? Alusões ótimas

? Escrita difícil (li para a escola)

? Muito lento

? Muito machista (ok q era a época mas msm assim incomoda)