A Batalha do Apocalipse

A Batalha do Apocalipse Eduardo Spohr




Resenhas - A Batalha do Apocalipse


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Azev 17/03/2021

Livro com potencial ... mas falhou
Eu comecei por ler este livro com grandes expectativas, primeiro porque o resumo era muito bom, e porque algumas críticas que li eram bastante positivas. Contava com uma estória de ação e fantasia de ler e chorar por mais, mas me enganei. As personagens me pareceram vazias e insípidas, não consegui me afeiçoar a nenhuma delas, não sei porquê, talvez o autor não tenha investido o suficiente na sua caraterização. Senti que houve fraco envolvimento nesse aspecto ao longo da narrativa, Ablon e Shamira, ambos personagens principais, despertaram em mim o mesmo sentimento de desinteresse que as personagens menores, e isso é muito mau sinal numa narrativa: quando mais que um protagonista não interessa minimamente ao leitor.

Tirando isso, achei a narrativa muito arrastada e com capítulos entediantes e desnecessários, destaco os capítulos flashback da jornada de Shamira e Ablon ao longo da história, esses capítulos poderiam ter sido interessantes mas o autor se focou em pormenores aborrecidos e em enredos enfadonhos e demasiado longos, o final foi uma batalha épica com um plot twist que não me surpreendeu.

A parte que mais gostei foi sem dúvida o Inferno, aliás acho que o autor deveria ter-se focado mais nas personagens infernais e nos reinos místicos, e não tanto em viagens aborrecidas no passado e no presente (sim porque a viagem dele e de Aziel até Jerusalém foi também longa e cheia de detalhes enfadonhos). Enfim, a parte infernal e a última batalha meio que me deram as forças para terminar a leitura, caso contrário eu teria abandonado.

Só acho que os ingredientes para uma grande obra estão todos lá, as personagens místicas de todas as culturas e religiões, viagens por vários locais ao redor do globo, portais, a forma como os elementos místicos são explicados é simples e não deixa dúvidas. No entanto sinto que o autor se perdeu, e ao longo da narrativa simplesmente foi por um caminho que em nada beneficiou a estória ou os personagens, pode ter sentido um bloqueio criativo e ter decidido escrever páginas e páginas para encher chouriço, porque é à única conclusão que cheguei para justificar o rumo que as coisas tomaram, afinal se tirásse-mos as viagens chatas e os excessivos pormenores desnecessários duvido que o livro tivesse metade das páginas. Não sei se darei uma segunda chance a esta saga, fiquei desiludida e temo que o livro seguinte seja igual ou pior.
Arya4 18/03/2021minha estante
Você entendeu o final? Se sim por favor me explica.


Azev 18/03/2021minha estante
Basicamente, Ablon e os outros dois sobreviventes conseguiram alterar a roda do tempo e fazer a cronologia temporal regredir para uma época em que o apocalipse ainda não tinha acontecido, agora o último capítulo também não entendi porque pareceu ter sido uma regressão muito curta, mas acredito que as respostas serão encontradas no livro seguinte.




Matheux 10/03/2021

Épico
O livro faz, de forma muito boa, tudo o que se propõe a fazer.
Os personagens são bem explorados, apesar de eu não ter visto muita mudança neles ao decorrer da história. Eles mantém sua personalidade quase intocada desde o início da história até o final.
O enredo em si tem um tom épico muito legal, que te anima a continuar lendo. Além disso, o autor criou um universo bem único, baseado em diversos textos bíblicos, que eu achei incrível demais. Provavelmente foi o aspecto que mais me interessou enquanto lia.
O uso constante de flashbacks me irritou um pouco, até porque acho que existem melhores maneiras de contar algo que ocorreu no passado. Mas isso não anula os pontos positivos.
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Luiza.Alcantara 13/09/2020

Incrível
Uma mistura de romance, história com nuances de epopéia.
Recomendo demais
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Rodrigo 22/08/2020

Fantástico!
Que aventura foi ler A Batalha do Apocalipse! Uma história tão bem construída em cada capítulo que você se sente completamente imerso na história.

Confesso que achei que os longos capítulos contando sobre o passado - apesar de necessários - foram longos DEMAIS, e isso constantemente quebrava o ritmo do enredo pra mim. Mas mesmo assim, quando a história enfim se foca no presente (que na verdade é "um futuro próximo") o ritmo te envolve de vez.

Não é uma leitura rápida, o próprio Spohr disse que buscou essa linguagem diferente para passar essa sensação de épico. E isso é feito perfeitamente. O mais legal é saber que lendo A Batalha você está prestigiando a literatura fantástica nacional - em seus mais altos níveis de qualidade, a propósito.
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Igor Freire 19/07/2012

Podia ser melhor
Confesso que esperava bem mais, até pelas resenhas que já havia lido.

O universo é interessante e a ideia é muito boa, mas a narrativa é fraca , o maniqueísmo no livro é absurdamente exagerado.

A questão do livre-arbítrio é ridícula, os anjos em todos os momentos fazem o que querem, a inveja e ódio que os arcanjos tinham dos humanos não se justifica em momento nenhum. Ou será que Deus criou Uziel pra ser burro, Miguel pra ser um mentiroso e sanguinário, Lúcifer meio que um "Loki" da Marvel, Gabriel um deflorador de judias e Rafael um fujão?

Os poderes de Ablon me lembram os do Superman em suas histórias mais overpowered (tipo o Superman Red Son). Super audição, super visão, super olfato, superforça. Com alguns elementos de Dragonball Z (claramente foi uma influência), o KI é a "aura pulsante", sendo ela "benigna" ou "maligna" e a supervelocidade dos combates.

Os personagens também não são, nem de longe, bem construídos. O casal é fraco e sem carisma, em nenhum momento nos pegamos "torcendo" por eles.

Acho que a forma da narrativa, com alguns comentários a respeito da natureza e dos valores dos personagens, acabam tirando um pouco da graça. Como ele não conseguiu construir tão bem os personagens,como faz Martin, por exemplo. Martin não fica dizendo que Edward Stark é honrado o tempo todo, como faz Spohr, mas nós SABEMOS disso, ele fica repetindo dez vezes que Ablon é honrado, valoroso, excelente general, bla bla bla.

Enfim, a ideia é muito boa, mas acho que foi perdida talvez pela falta de experiência do autor. Admiro o esforço e torço pra que cresça, mas ainda não foi dessa vez.

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Carolina 02/05/2011

Espetacular!
A primeira vez que vi este livro na livraria, senti um mínimo de interesse ao ler a sinopse e deixei para, quem sabe, ler no futuro.

Não vou mentir que desanimei ao ver que o autor era brasileiro, e me envergonho em assumir tal preconceito. Mas acredito que é compartilhado por muitos outros leitores, e não poderíamos estar mais enganados.

Mas isto ocorre porque os temas voltados para a fantasia não costumam ser bem explorados pelos autores no Brasil, cuja maioria escreve suas obras baseando-se mais no campo real, explorando as relações entre as pessoas, seus sentimentos, fatos da vida e do cotidiano.

Justamente para tentar contornar esse meu preconceito e dar chance à um compatriota, resolvi ler, não imaginando que teria uma surpresa tão grande.

O livro é MARAVILHOSO!

A habilidade na escrita é notada logo nas primeiras páginas. A narrativa é intrigante e por versar sobre um tema universal, consegue prender a atenção até dos humanos mais céticos.

Alguns comentaram que as repetidas explicações tornam o livro um pouco cansativo. Já eu discordo plenamente, e acho que todas foram colocadas perfeitamente onde deveriam. Afinal trata-se de uma obra relativamente grande, com muitas informações e sem essa retomada nos conceitos, muitos detalhes ficariam perdidos.

Não vou comentar sobre a estória em si, para não dar spoilers.

Aos bem aventurados que vêm ler esperando um indício de que este livro vale à pena ser lido, resta saber que a personagem principal é um anjo querubim chamado Ablon, que foi expulso do Céu juntamente com outros rebeldes pelo tirano Arcanjo Miguel que tinha por desejo extinguir a raça humana por ciúmes do Pai Criador.

O livro mostra todos os acontecimentos desde a criação do mundo até o fatídico Apocalipse, citando vários conceitos bíblicos, com velhas e novas interpretações, e criando novos fatos que preenchem algumas lacunas dando um novo sentido ao texto religioso. Traz ainda um final surpreendentemente inesperado e sutilmente fofo.

É claro que para os religiosos intolerantes, o livro é um completa blasfêmia.
Para os céticos pode ser apenas uma obra de aventura fantasiosa.
E para os religiosos, com a mente aberta (e talvez eu me encaixe nesse tipo, apesar de não ingressar numa religião específica) o livro é simplesmente Genial!

Parabéns ao Eduardo Spohr por ter descrito a trajetória épica do querubim Ablon de forma tão incrível e apaixonante.

Lamento por ter duvidado e me arrependo de ter protelado essa leitura.

Recomendadíssimo!!!



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@fabio_entre.livros 15/02/2016

Um fiasco de proporções épicas
Que a literatura fantástica é um terreno fertilíssimo para grandes produções da ficção (que o digam os legados de C.S. Lewis, Tolkien e tantos outros), disso não há dúvida. Embora seja um gênero por vezes marginalizado, justa e ironicamente por ser muito “fantasioso”, isto é, desconectado da realidade palpável, é inegável que alguns exemplares da ficção fantástica se tornaram clássicos pela consistência, dimensão e profundidade de seu conteúdo. Quando digo “clássico”, não me refiro apenas àqueles livros que, por definição, foram escritos há muito tempo; uso o termo para indicar também livros relativamente recentes – como a obra de J. K. Rowling – que criam ou reinventam um universo que se torna próprio, com ambientação, personagens, linguagem e contexto sólidos. Tais características decerto justificam a perenidade da obra, mantendo-a sempre atual e conquistando mais e mais leitores à medida que o tempo passa.
O que essa introdução tem a ver com “A batalha do Apocalipse”? Vamos por partes. O título e a sinopse foram suficientes para que eu decidisse ler a “obra-prima” do brasileiro Eduardo Spohr, na expectativa de que o livro cumprisse o que promete e fizesse jus à tendenciosa citação de José Louzeiro, “não há na literatura em língua portuguesa conhecida nada que se pareça com A Batalha do Apocalipse”. Terminada a leitura, cheguei à conclusão de que, de fato, não há mesmo nada que se compare a isto: felizmente. Há tempos eu não lia um livro tão mal construído: da trama maniqueísta à linguagem medíocre, o livro é um fiasco.
Todos os personagens de Spohr são irritantemente unilaterais, estereótipos do bem e do mal por quem é difícil alimentar alguma empatia. Nem mesmo o protagonista, Ablon, escapa do vórtice de clichês criados pelo autor. A história, por sua vez, é extraordinariamente rasa, inconsistente para quem se propõe a falar do universo, de deuses, anjos, demônios, paraísos, infernos e batalhas épicas envolvendo esses elementos.
Quanto à estrutura do texto, flashbacks talvez fossem bem-vindos, desde que se limitassem a acrescentar informações relevantes à trama central, isto é, a tão aguardada batalha final. O que vemos, entretanto, é um retrocesso no tempo desnecessário na maioria de “fatos” apresentados pelo autor, que parece mais interessado em exibir seus conhecimentos de História do que em construir a SUA própria história. Os diálogos dos personagens, por sua vez, são o cúmulo do lugar-comum, da fórmula pronta, sem nenhuma originalidade ou personalidade.
Em relação à escrita, em si, o livro desaponta em primeiro lugar pela falta de revisão: há uma falta de acentuação e pontuação alarmante, com ausência de pontos e até travessões em diálogos. Seria perdoável se isso ocorresse aleatoriamente, mas está presente com muita frequência, de modo que não é possível fazer vista grossa. Outra falha do autor é a o uso de algumas expressões paupérrimas, como por exemplo, num momento de combate, escrever que alguns personagens golpeados estão jorrando “litros de sangue”. Litros?! A menos que haja alguém no momento da batalha fazendo estudos de medida de capacidade com os fluídos corporais dos personagens, esse termo soa risível, uma tentativa frustrada de hipérbole.
Finalizando, e retomando a introdução: não encontrei nesse livro as características que mencionei no primeiro parágrafo, então ou o autor muda de temática – o tema “anjos” já está saturado, bola para a frente – e, principalmente, melhora a sua linguagem limitada (usemos um eufemismo), ou o senhor Spohr não vai vender mais nada para mim.
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Camila 30/12/2022

Parabéns a quem leu até o fim
Eu tenho uma imensa preguiça de livros com descrições extremamente longas de cenário, eu não quero saber da gota de carvalho que caia lentamente sob blá blá blá whiskas sachê.
Menina dos livros 30/12/2022minha estante
Skskks penso o mesmo




Dani 10/12/2010

Apesar das quase 600 páginas que quase quebraram meus já frágeis pulsos na hora de segurar o livro, a leitura foi bem rápida. Eu não sabia direito o que esperar da história, e minha reação ao ler o primeiro capítulo, em que um anjo renegado em cima da estátua do Cristo Redentor recebe a visita de um demônio já foi suficiente para me deixar "...UAU". E o legal: mesmo que a história não seja ambientada o tempo inteiro no Brasil, há um motivo para que ela o seja nesses determinados momentos (que você vai descobrir lendo). Ou você nunca estranhou porque os aliens sempre invadem primeiro os Estados Unidos nos filmes? (E depois sempre são esses mesmos Estados Unidos que chutam os verdinhos da Terra porque, afinal, "a América é um país livre e todos os cidadãos irão lutar por sua pátria!")

Mas voltando ao assunto: A Batalha do Apocalipse é um livro muito bom. Dentre os personagens, temos Ablon, o protagonista e típico herói, e Shamira, a Feiticeira de En-Dor, uma necromante humana. O que mais me agradou foi a originalidade que o Eduardo Spohr usou, por exemplo, ao dizer que os seis dias que Deus precisou para criar o mundo e descansar não foram necessariamente dias, e sim eras. Segundo essa visão, Deus estaria adormecido até agora e só despertaria no Dia do Juízo Final, para punir os injustos. Vai dizer que isso é ou não é genial?

E temos também os arcanjos, os mother f*ckers da história. Adorei o Lúcifer, principalmente, porque ele é todo dissimulado e irônico. Já o Miguel, comecei tendo raiva dele, mas ao final do livro dá para entender porque ele fez o que fez. Chega até a dar vontade de abraçá-lo e dar uma de Entei: "Tá tudo bem agora."

Porém eu não pude deixar de achar alguns pontos negativos. Juro que não queria, mas foram coisas que me incomodaram durante a leitura. Primeiro, o capítulo "De Roma a Jerusalém". A narrativa perdeu um pouco do ritmo quando começou a ser contada em primeira pessoa. Poderia ser mantida na terceira sem alterar em nada a história. Segundo, o uso excessivo de sinônimos para o nome de Ablon. Em vez de "Ablon falou", por exemplo, era sempre "o Anjo Renegado falou", "o general falou", "o querubim", "o guerreiro", "o lutador". A variação de termos é boa, mas não a toda hora. E, terceiro, algo mais de teor pessoal: achei legal a abordagem sobre o amor e o livre-arbítrio dos homens e coisa e tal, mas apenas me pareceu que o amor foi visto mais como paixão do que como o sentimento sublime mesmo, como se o amor apenas fosse o nosso desejo por uma outra pessoa, e não algo mais nobre.

Mas é claro que são coisas pequenas se comparadas à grandeza do que o Eduardo fez. Quero ler a continuação (se é que vai ter), e mais: ver A Batalha do Apocalipse sendo traduzido para outras línguas e, quem sabe, virando filme.

Resenha completa: http://danificavel.blogspot.com/2010/12/batalha-do-apocalipse-de-eduardo-spohr.html
Matheus Caixeta 10/12/2010minha estante
Vc escreve muito bem, parabéns :)
Deu mais vontade ainda de ler o livro dps de ter lido sua opinião.


Goth0 13/12/2010minha estante
Mto boa a resenha...eu to quase terminando o livro aqui...e acho dificil eu sentir pena do Miguel no final kkkkkkkk

PS: Não consigo deixar de relacionar esse livro com os Cavaleiros do Zoodiaco... Gabriel = Shaka, Ablon = Aiolia, o Ofanin = Hyoga e por ae vai kkkkkkk




Fabão 24/09/2010

Promissor...
Uma obra com prós e contras, mas, em síntese, um livro que "Merece ser lido!"

No quesito história pode-se dizer que beira o épico, no sentido básico do termo, une um enredo envolvente, que percorre grandes momentos e acontecimentos e tem por cerne as questões de um grande herói!

No quesito personagem consegue ser profundo e desenvolvido, pois, até mesmo em alguns personagens que passam muito rápido pela narrativa, percebe-se uma preocupação do autor com sua consistência dando-lhes personalidade, motivação para seus atos e justificativa para suas idéias.

A Narrativa torna-se um pouco cansativa em alguns pontos, tendo explicações repetitivas sobre determinados termos ou acontecimentos históricos para o livro, o que pode, inclusive, tornar e leitura mais lenta que o casual pois atrasa o desenvolvimento da história.

Já as grandes batalhas, acredito, são um tanto exageradas, tanto no número de participantes, quanto nas ações individuais de cada um, caindo no que chamo de "efeito dragon ball" pois um pequeno grupo de personagens ou até mesmo um único personagem tem mais participação e efeito bélico do que todo um exército em alguns momentos, chegando a tornar algumas batalhas sacais pois passa-se muito tempo lendo que o personagem principal está derrotando um inimigo atrás do outro. Porém, é justo citar que este efeito é amplamente compensado pelas batalhas individuais, onde a luta entre 2 personagens de importância equiparada torna-se envolvente e empolgante com grande facilidade.

Claro. Falo isso tendo lido a segunda edição da obra, pois ainda não tive tempo para avaliar a edição da Verus que pode ter algum destes itens alterado.

Mas, vale lembrar que é a primeira obra divulgada do autor; o que o torna, como diz o título da resenha, muito promissor e, o livro, digno de leitura. acredito que, com a fama alcançada por "A Batalha do Apocalipse", o autor será cada vez mais visado e terá chances de expandir e maturar suas habilidades literárias conforme percorrer seu caminho!
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Arthur803 25/01/2021

Anjos, demônios e um renegado determinado.
O livro conta a história de um anjo renegado na "Terra", Ablon, que se encontra numa constante busca pelos seus interesses, porém sempre mantendo sua descrição.

Eu achei o livro com alguns altos e baixos, algumas lutas e cenas que eu achei que seriam emocionantes foram frias, diálogos chatinhos e personagens não cativantes.

O livro faz algumas voltas bem grandes para contar uma historia que tem relação com o presente, seja um local ou personagem que apareceu, os flashbacks contam bem os detalhes e suprem a falta de informação em vários casos, porém acho que o autor deveria ter colocado em ordem que os flashbacks acontecem, talvez nem como lembranças e sim como o personagem vivendo o momento, e com o tempo o leitor iria lembrar daquele personagem que ja apareceu nas paginas anteriores ao caso. Falo isso porque me perdi em alguns momentos do tipo, "uai acabou aqui, e agora ?". E voltava a história pro "presente".

A questão do personagem eu achei muito bem construída, apesar dele ser chato, muitas vezes vemos Ablon tomando decisões estranhas perante aos nossos olhos, loucuras, mas no fundo elas fazem jus aos seus ideais de anjos e sua falta de livre arbítrio, como em algumas batalhas "impossíveis" que ele não recuou, além do seu senso de proteção quanto aos seus protegidos. Um personagem pragmático como um anjo de propósito seria.

Outro ponto que me incomodou no livro foram algumas respostas que ficaram soltas, algumas coisas que poderia ter sido diferentes nas ações dos personagens, ainda mais se tratando do livre arbítrio, pelo lado da logística. Não mencionar os casos para não dar spoiler.
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leosilva 16/01/2015

Batalha é ler este livro
Não teve jeito. A Batalha do Apocalipse pode até ser um livro aclamado por muitos, mas não me desceu de forma alguma, e olha que eu tentei duas vezes. Só consegui ler até a página 180, então me senti tão cansado e desanimado que desisti. O estilo de escrita de Spohr não me envolveu, é frio e mecânico. Suas personagens não conseguem transpor a ficção, eu não me importei com o destino delas durante as poucas páginas que li. Qualquer livro possui altos e baixos, capítulos bons e ruins, passagens brilhantes e mal escritas, mas uma coisa que aprendi muito cedo é que não podemos errar no começo de um livro, pois perde-se leitores. Spohr até começa bem, mas diminui o ritmo e se perde em detalhes sem importância, somente para inchar o texto. Tive de desistir, pois a vida é curta, e se uma leitura exige sacrifício em vez de proporcionar prazer, então é tortura, e não diversão. E quando eu leio gosto de me divertir.
Amanda 09/02/2015minha estante
Deveria ao menos ter lido até o final para escrever uma critica com conhecimento né;;;


leosilva 02/03/2015minha estante
Amanda, eu não sou sadomasoquista, então, acho que posso abandonar um livro ruim. E, só pra você saber, minha crítica foi até onde minha leitura conseguiu chegar - por isso é tão curta.


Paulo 20/03/2015minha estante
Brother, o livro começou muito bom, quando falava de anjos e tal. Mas confesso que depois ele ficou horrível, eu parei de ler várias vezes, depois voltei, só continuei mesmo porque gosto do tema anjos e demônios.
Mas, a parte final do livro é EXCELENTE, eu coloquei com caixa alta porque me surpreendi muito. Valeu muito a pena continuar lendo.
Eu concordo com você sobre as partes mal escritas, flashbacks longos demais, mas parece que ele aprende ao longo do tempo, eu curti tanto a parte final do livro que mudei de opinião sobre ele.
Fica minha dica para vc e para todos que lerem isso, aguentem firme pois o final é épico e vale a pena na minha opinião.



leosilva 05/04/2015minha estante
Paulo, obrigado pelo conselho, mas não concordo com essa história de "aguentar firme". Como já disse, ler deve ser um prazer, e não sofrimento. Acho que as pessoas tem confundido o prazer de ler com a obrigação de engolir textos ruins. Simplesmente me recuso a sofrer dessa forma com tantos livros melhores para ler por aí. Acredito, inclusive, que o Eduardo Spohr pode ser e será um escritor melhor. Outra coisa: não sou o único a não gostar deste livro aqui no Skoob, tem MUITOS outros leitores que odiaram.


Tails 10/07/2015minha estante
leosilva, li até o final e foi, de fato, a mais sofrível das leituras.
O livro é pretensioso demais, e não consegue manter o nível épico que propõe. A ideia é boa de fato, e a pesquisa do Spohr para estruturar a mitologia foi louvável, mas em questão narrativa, foi uma das coisas mais maçantes que já li. Carregada de clichês e tentando se agarrar em floreios narrativos o tempo todo.
Eu li até o final justamente para me esquivar de argumentos como "não pode opinar ser ter lido todo..." (mas concordo contigo quanto a prioridade do "prazer em ler").


Anderson 16/09/2015minha estante
Tô nesse mesmo barco, meu chapa.
Estou na centésima página e a narrativa começou a me incomodar, apesar do universo do livro ser ótimo. O que faltou, nesse caso, não foi história, e sim escrita.


Taís 10/01/2017minha estante
Achei o livro extremamente chato! Sem contar a quantidade de detalhes desnecessários. O livro não te prende, além de possuir personagens artificiais.


leosilva 12/01/2017minha estante
Verdade, Taís, chatíssimo esse livro. Não te prende.




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Cris Peixoto 24/03/2021

A batalha do apocalipse.

Quando um anjo poderoso se apaixona por uma bruxa mortal que descobre como prolongar a vida se vê como o único ser capaz de impedir a destruição da raça humana por anjos ainda mais poderosos por inveja e crueldade é receita de sucesso.

Para quem, como eu, gosta de fantasia, magia, aventura e um pouco de romance . . . Este livro será maravilhoso.

Impossível parar de ler.
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Tha 14/11/2015

Mais humildade, mais profundidade.
Resolvi ler esse livro primeiro como forma de incentivo aos autores brasileiros que se aventuram na fantasia, segundo porque simpatizo com o autor em suas participações em podcast. Entretanto, desde o início, o livro foi uma grande decepção.

O que me desanimou um pouco logo no começo, foi a premissa de que existem anjos homens e anjos mulheres e o fato de utilizarem armaduras e lutarem de espadas, arcos, maças, etc. Me pareceu um argumento simplório o fato de os anjos, que vieram antes da criação do mundo e que são praticamente imortais, utilizarem desde sempre, coincidentemente, o mesmo tipo de armamento que os humanos iriam inventar em determinado momento do curso de sua história (os quais para nós já estão ultrapassados, diga-se de passagem). Entretanto, admito que esse meu desânimo deve vir da minha idade. O público alvo, provavelmente adolescente e jovem, talvez não sentirá o mesmo que eu; apesar de eu estar muito familiarizada com a literatura infanto-juvenil e raramente sentir incômodo na falta de maturidade da premissa do livro. Na saga de Harry Potter, por exemplo, enquanto a escrita dos primeiros livros e a história sejam bastante infantís, a premissa do mundo paralelo bruxo, com todas as suas características, me pareceu bem construída o suficiente para que a história conseguisse amadurecer a ponto de acompanhar o amadurecimento de seus leitores.

Entretanto, uma das questões que mais me marcou no livro foi o tratamento dado às personagens femininas. Ainda que nesse quesito, o autor pareça ter se esforçado para inserir uma gama diversificada de mulheres fortes, tendo a co-protagonista importância tremenda nas resoluções dos conflitos (o que é um ponto bastante positivo), não há como ignorar algumas situações, como:

- O "bom e velho" uso da mulher como objetivo e impulso para o homem, usando inclusive o batido truque do sequestro e do mocinho precisar salvar a mocinha (reiterando que o autor se redime um pouco nessa questão quando a personagem feminina passa a ter importância decisiva e ativa no desenrolar da trama final).

- A insistência em criar situações nas quais as personagens femininas tenham que ficar nuas ou semi-nuas. Anjas guerreiras descritas com seios fartos que usam tiras de pano para cobrir o corpo, com aquela desculpinha esfarrapada de poder se movimentar melhor e mais furtivamente? Nenhuma mulher no mundo daria conta de lutar com peitos soltos, principalmente se eles são grandes! Não há desculpa para uma cena dessas! Não existe isso de que uma mulher (ou homem) tem que estar quase pelada para ser ágil! Sem contar a outra que fica "desnuda" durante uma luta porque somente a sua roupa virou pó, obrigando-a a lutar pelada, então a palavra desnuda foi repetida à exaustão para que não esquecêssemos da sua nudez; enquanto no único momento em que um homem ficou nu, a descrição foi tão sutil, que descobrimos a nudez dele por inferência e ele não foi chamado de "homem desnudo" sequer uma vez. Sem contar a succubus, que eu vou simplesmente ignorar aqui. Afinal, eu estou lendo literatura ou estou jogando um jogo de videogame machista? Por fim, um pequeno SPOILER: não se apeguem às personagens femininas, elas não duram.

Para não ser injusta, além do peso da co-protagonista, devo citar também que logo no começo o livro passa no teste de Brechdel, ainda que no desenrolar da trama, situações que envolvam mais de uma mulher no mesmo ambiente diminuam ao ponto de se extinguirem completamente do meio para o final do livro. Aproveito também para invocar Tolkien (o qual começou a escrever por volta de 1917), muitas vezes mencionado como machista por haver poucas mulheres nos livros, fato com o qual concordo; no entanto, mesmo o Tolkien pareceu tratar com mais respeito as pouquíssimas mulheres que passaram por suas histórias (todas usavam roupas, pelo menos). E não há como não celebrar Galadriel e Éowyn.

Outras coisas me incomodaram, como:

- A falta de profundidade dos personagens, pois nenhum deles me soou real, não senti o que eles sentiam e, em alguns casos, pareciam o mesmo personagem com nome e armadura diferentes.
Existe uma sutil diferença entre contar o passado de um personagem, ou explicar características de sua personalidade de realmente dar vida a ele. Às vezes mais importante são os maneirismos, pequenos tiques e detalhes que fazem com que o personagem se torne mais real, mais palpável, e faça com que nos sintamos próximos a ele.

- Também a falta de profundidade de algumas relações, como as paixões e amizades. A cena da primeira vez que os protagonistas se encontram tem um diálogo final que chega a ser constrangedor pela canastrice. Além disso, as relações de amizade que vão surgindo ao virar das páginas, não convencem. Surge um personagem novo, diz-se algo como "fulano era um dos melhores amigos de Ablon", passa um tempo, surge outro e logo vem "sicrano e fulanos eram os melhores amigos de Ablon", passa mais um tempo e surge outro personagem "terçano, sicrano e fulano eram os melhores amigos de Ablon" - pronto, é só acrescentar na listinha que eu tenho que sentir essa amizade de anos, mesmo que nunca se tenha mencionado o cara antes de ele de fato aparecer na história.

- Sempre que o protagonista pisava em uma cidade diferente, senão me engano com exceção do Rio (por quê??), o narrador simplesmente TINHA que contar uma parte da história da cidade. Eram informações que não acrescentavam nada ao enredo e as informações realmente significativas poderiam ser introduzidas em uma descrição mais simplificada da cidade ou mais fluidamente .

- Além disso, me foi extremamente angustiante ver o narrador explicar os mesmos fatos repetidamente, ou descrever mais de uma vez o mesmo personagem com as mesmas características. Se alguém se machuca e faz um corte, por exemplo, quando se menciona o corte posteriormente, o narrador reconta resumidamente como ele foi feito. Eu sei como ele foi feito, eu estou lendo o livro!

- E, não menos importante, me exasperei todas as diversas vezes em que o autor me contou coisas óbvias como se fossem grandes novidades. Houve uma situação em que os personagens encontram um mendigo e, no desenrolar da cena, vai ficando cada vez mais claro e gritante que o mendigo é um personagem específico que apareceu no início da trama. Ao final da cena, já estou careca de saber de quem se trata, mas o narrador faz questão de dizer no fechamento algo como "e o mendigo era o Fulano!!!", com as exclamações, inclusive.

O que eu também achei estranho é a necessidade de contar as histórias de vários dos personagens, como que para legitimá-los no livro, mas que muitas vezes não ajudam a dar vida e personalidade a eles, e a necessidade de contar fatos e explicar itens, nomes, lugares. Vejo autores que conseguem mencionar um universo inteiro de sua criação com tanta naturalidade, sem explicar de onde veio cada coisinha, como se o leitor já estivesse familiarizado com esse novo universo, como se já vivesse nele. E o leitor vai descobrindo a utilidade de cada coisa, e o motivo de cada coisa conforme o uso, conforme alguns diálogos, sem pausa para explicar, contar histórias paralelas, de onde veio, porque chegou, apara que serve. Algumas coisas nunca serão explicadas, e tudo bem. O leitor se sente parte da história quando ele é tratado como parte da história e não como alguém alheio que precisa de uma aula a cada 5 minutos.

Queria salientar também um trecho do livro o qual me faz coçar a cabeça até agora. Em determinado momento, já perto do meio do livro, a história é interrompida mais uma vez para contar algum fato importante do passado. Porém, diferente das outras vezes em que isso já havia acontecido, dessa vez, o passado é contado com narrador em primeira pessoa. Ele está lembrando sozinho? Não pode ser só lembrança, porque ele explica as coisas para alguém que não conhece os fatos. Para quem ele está contando isso? Em que momento ele está contando isso? Não há explicação ou justificativa.

Por fim, apesar das muitas críticas ao livro, não acho que seja um livro totalmente ruim. Valorizo, por exemplo, a vasta pesquisa histórica e regional do autor que fica evidente ao longo do livro. Também a sua criatividade é clara e achei muito interessante o modo como ele mistura diversas mitologias em um só universo. Porém, ainda que a história tenha vários aspectos interessantes, ainda acredito que ela poderia ter sido contada com mais humildade. Todo o ar épico, as batalhas exageradamente grandiosas, os personagens exageradamente fortes me fizeram sentir que estava em um jogo de RPG e não em um livro que deveria realmente ser levado à serio.
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