A Revolta de Atlas

A Revolta de Atlas Ayn Rand




Resenhas - A Revolta de Atlas


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Patresio.Camilo 24/03/2022

FINALMENTE ACABEI
Quem é John Galt? Basicamente o livro vai ficar quase a sua totalidade com essa pergunta.
O começo do livro é interessante, e começa com uma empolgação.
Depois vai ficando enfadonho, na realidade bem repetitivo.
Alguns personagens são muito bem trabalhados, com destaque para os do clã Taggart e para Hank Rearden e Francisco D'Anconia.
As histórias até que são bem trabalhadas e as não ficaram pontas soltas, mas como disse por vezes fica muito repetitivo o mesmo discurso e tal, enfim, acho que poderia ter cortado umas 300 páginas e o livro ainda seria grande e menos cansativo.
Sei que vai vir aqueles que vão falar: Ah você não entendeu o livro e blá-blá-blá. Mas sim, eu entendi o livro e não o estou desmerecendo, e acho que sim, todos devem lê-lo.
Uma sugestão, o livro é divido em três partes, então talvez seria interessante alternar, ler uma parte, ler outro livro e assim creio que ficaria menos cansativo.
Enfim, espero que gostem da leitura e tenham uma experiência melhor do que eu.
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Cleane 15/03/2022

Livrão, tanto no conteúdo quanto no tamanho.
Esse livro vai abrir a sua mente, vai te fazer enxergar o mundo de outra forma, tudo isso independente de você concordar com as filosofias de Ayn Rand ou não. (Eu mesma não concordei com muita coisa).

Ayn não põe mocinhos de nenhum lado da história, nenhum personagem ganhou meu coração, todos são 8 ou 80, mas tudo bem, foi a forma que ela encontrou de nos passar as suas ideias sem amenizá-las.

O livro tem gordura, quando cheguei nos 80% não aguentava mais a repetição das ideias, os romances bregas, e mesmo com uma forte personagem principal feminina o livro tem suas doses de machismo (aquele enraizado em nós mulheres, mas damos um desconto por ter sido publicado em 1957).

Apesar dos seus defeitos e de não achar Ayn uma boa escritora (e sim, boa filósofa), super indico essa leitura, sou outra pessoa após lê-lo.

Princípios de sua filosofia: a defesa da razão, do individualismo, do livre mercado e da liberdade de expressão, bem como os valores segundo os quais o homem deve viver ? a racionalidade, a honestidade, a justiça, a independência, a integridade, a produtividade e o orgulho.
Dhewyd 16/03/2022minha estante
Ótima resenha...




Gabriel Schorr 09/03/2022

Simplesmente o melhor livro que já li!!!

A defesa da liberdade, racionalidade e individualidade que Ayn Rand faz é de tirar o fôlego. Aliada com um romance magnífico, você fica preso à leitura e não consegue mais parar de devorar esse livro.

Não sei se terei capacidade de sintetizar de maneira digna tão maravilhosa obra, mas se assim o conseguir fazer, vocês encontrarão a análise do livro no meu perfil do Instagram @gabriel.schorr12

site: https://youtu.be/yXksUvNeLD8
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Ninjavix 27/02/2022

Precisava ler esse livro e não sabia disso
Excelente livro, com muitos questionamentos sobre a sociedade e pessoas, e validação ao individualismo. Discordo de alguns pontos mas nem me lembro quais são, no geral assino embaixo de Ayn Rand.
Personagens maravilhosos e muita, muita aflição.
Adoraria uma continuação do livro.
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Bonifax 15/02/2022

Meu Livro Preferido, sem discussão!
A insistente indicação de Henrique Bredda sobre esse livro me fez querer lê-lo. O livro trata de forma impressionante uma série de temas do dia-a-dia e da sociedade, desvendando muitas coisas que "não fecham a conta" ou que eu questionava, pois não me descia a garganta. Ayn Rand, mais atual do que nunca, desmascara questões discutidas ha séculos de uma forma muito objetiva: buscando a verdade através da racionalidade e da lógica. Vale ressaltar a história muito bem escrita, onde a autora viaja profundamente na emoção dos seus personagens, nas características físicas e no ambiente, permitindo que se mergulhe na história. A ideia da escola de pensamento Objetivista fica perfeitamente clara através de uma história emocionante, sem entrar em termos técnicos e difíceis de entender. Ao longo da minha vida desejo lê-lo ainda muitas vezes mais. Uma obra prima!
Larica 15/02/2022minha estante
Finalizei o livro com o mesmo pensamento, tenho que lê-lo muitas vezes mais... obra prima atemporal e necessária, principalmente hoje em dia com os discursos "lacradores" que não fazem sentido algum, onde uma grande maioria escolhe abandonar o racional e a lógica e depois não entendem porque o mundo está como está! ??




Bianca 30/01/2022

Espetacular
20 dias, 1504 páginas depois?

Se eu tenho um conselho a dar nessa vida, um único conselho que seja, esse conselho é LEIA ESSE LIVRO!

Te garanto que vc não vai sair o mesmo depois dessa jornada.

Valeu, Ayn. Obrigada.
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Matheus 22/01/2022

Divisor de águas
Um livro cujo significado vai muito além do enredo, é uma verdadeira obra de arte em defesa da liberdade individual e do dever de cada ser humano para sua existência.

Apesar de ser um livro longo a leitura é fluida, fácil de compreender e com os cenários muito bem elaborados e com aprofundamentos nos personagens que nunca li antes. É um livro que pode ser apreciado tanto como obra literária quanto crítica a um Estado superpoderoso.
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Raphael Milão 12/01/2022

Foi o primeiro livro, já da uma grande demonstração de como o excesso de burocracia, a inveja, o comunismo em geral destroi e oprime boas ideias.
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lightweaver 24/12/2021

Juro por minha vida... e por meu amor á vida... que jamais viverei por outro homem... nem pedirei a outro homem... que viva... por mim.
PROPÓSITO & PROPOSTA: Ayn Rand nasceu na Rússia em 1905 e saiu de lá em 1926, 21 anos vivendo nos momentos mais sinistros do país proporcionou a ela não só crescer num dos piores momentos da história como também presenciar momentos marcantes como a revolução dos Bolchevique em Outubro com Lenin assumindo as rédeas da Rússia, finalmente destronando a monarquia, e pondo em prática o seu Marxism–Leninism. Ela e sua família tiveram a sua propriedade tomada por commies e foram obrigados a fugir e foi ai que o verdadeiro pesadelo começou. Milhões morrendo de fome, trabalho forçado, e execuções políticas. A mensagem sombria do auto-sacrifício florindo enquanto a inveja, ressentimento e ganância devoravam a Mãe Rússia. A chegada na Terra dos Livres em 1926 exerceu um forte impacto na Ayn e ela rapidamente se tornou fã de carteirinha da democracia Americana e Capitalismo, e que serviu como contraste com as experiências que ela teve na opressiva União Soviética. A filosofia dela se desenvolveu a partir dessas ideias Americanas e são completamente opostas ao que ela viu e viveu na União Soviética e que essa era basicamente um lugar não fundado no direito individual de seus cidadãos e sem nenhuma liberdade para qualquer um ir atrás de sua própria felicidade. Ela chegou no USA com um aviso sobre o preço a ser pago, que precisa ser pago, em nome da Utopia. Um preço bem Vermelho. Eu acho que isso vai servir de base para os outros tópicos que eu vou abordar no resto desse TCH (trabalho de conclusão de história) e o propósito aqui é claro porque sem ele nós não existimos. Fomos criados pelo propósito. Propósito que nos conecta. Propósito que nos motiva, que nos orienta e que nos faz agir. Propósito que define. Propósito que nos une. Saque do propósito. Stalinism só foi implementado em 1927 e foi até 1953, foram vários anos de Gulag, scary as [*****].

WORLD BUILDING: Para mim esse livro poderia ser facilmente categorizado como uma Distopia mas o forte viés Filosófico colocaria esse livro em algum tipo de Distopia Filosófica ou algo do gênero, enfim, ela se passa no USA mas é uma versão muito diferente da original porque o cerne político é abertamente uma República Social e é altamente implicado que a maioria dos países nesse universo são todos comunistas ou estão no spectrum socialista e é o caso do próprio USA nessa história, logo no começo já percebemos que todo o sistema se aproxima de um grande colapso econômico com a escassez em massa de alimentos, negócios falindo e uma baixa cada vez maior em produtividade. Eu não vou entrar em detalhes mas cada tipo de governo possui o seu próprio sistema econômico e não existe nenhuma dúvida de que o capitalismo é de fato o melhor de todos se considerarmos que esses sistemas trabalham em um framework que geralmente envolve produção, alocação de recursos, distribuição de mercadorias e serviços e o capitalismo é o melhor em oferecer isso e no que diz respeito a atender necessidade do maior número de pessoas com produções em massa e também há as leis trabalhistas para que as coisas não saiam do controle. Mas o capitalismo, mesmo em toda a sua glória, não vem sem um preço e o nome desses são os monopólios mas eu não vou entrar nisso agora e sim em outro tópico. Voltando ao assunto, socialismo geralmente é um spectrum para uma sociedade passar do capitalismo para o comunismo mas o USA nesse livro é um Estado Socialista onde o Conselho de Unificação cria leis e obstáculos para que no fim eles controlem todos os meios de produção e eventualmente adquirindo todas as propriedades privadas do país e virando o maior dos monopólios e nesse ponto eles são os únicos que podem te dar um trabalho, os únicos que podem escolher quem é promovido, quem vai ganhar dinheiro, quem vai ficar no comando das fábricas e quem vai limpar o chão. Com as conexões certas, conhecendo o topo da cadeia alimentar, uma vaga bem confortável poderia ser oferecida em um piscar de olhos, tendo ou não o mérito para tal, e esse é um dos muitos motivos da falência econômica porque colocar pessoas incapazes e incompetentes em posições de autoridade não é uma boa ideia e no final a impressão de dinheiro sempre aposta corrida com a fome que mata os cidadãos. Você não podia sair do país também.

Subversão e Propaganda: Eu não toquei nesse assunto no tópico anterior porque um tópico inteiro seria melhor para falar sobre isso. O procedimento necessário para um país inteiro fazer uma transição tão radical quanto sair do capitalismo e ir para o socialismo e chegar ao comunismo é bem assustadora e gradual, quase inescapável. Envolve um Sistema cujo o único objetivo é a realização de engenharia social com o objetivo absoluto de alinhar o pensamento do maior número de pessoas em algum tipo de politicamente/socialmente correto e usando as mentes alinhadas para irem contra os que não se alinharam e perpetuar esse processo até que não sobre mais nenhuma mente realmente livre porque liberdade de pensamento é algo que o Sistema repudia. Um outro método para forçar um comportamento é deformando o idioma. Outro ponto crucial nesse Sistema era usar os rádios, jornais e cartazes para espalhar a propaganda e ninguém ousava dizer algo sobre isso porque eles não eram donos de nada, e não queriam morrer, e então o controle da narrativa estava assegurado e quem controla a narrativa controla o passado, futuro e o que as pessoas devem ou não saber. Crianças, a parte mais importante para um sistema desses realmente prosperar é a subversão absoluta de crianças nos campos de doutrinação mais conhecidos como escolas, essas escolas irão se certificar de que essas crianças em 3 gerações dali para frente sejam os maiores agentes do Sistema e em 5 gerações com um processo desses sendo aplicado sem parar, xeque-mate. Antigamente as barreiras geográficas impediam que esse tipo de poluição migrasse para outros países mas hoje em dia, já que estamos todos conectados pela internet, é muito fácil que todo o mundo seja alvo de algum tipo de subversão e forçados a algum tipo de pensamento de grupo. Todos os registros são destruídos ou falsificados, todos os livros são reescritos, todos os quadros são repintados, todas as estátuas, todas as ruas, todos os edifícios são renomeados, todas as datas sào alteradas. E o processo continua dia a dia, minuto a minuto. A história se interrompeu. Nada existe além de um presente interminável no qual o Partido sempre tem razão.

TEOLOGIA: Ayn provou um ponto extremamente interessante nesse livro e eu duvido muito que ela tenha feito isso conscientemente. A maioria das revoluções socialistas/comunistas buscam destruir sistematicamente as religiões e antigamente na USSR eles usavam posters para espalhar essas ideias e o público dessas propagandas costumavam variar mas o alvo primário eram as crianças, o sistema dava para as crianças a imagem de que a igreja não era importante e que elas eram as mais educadas e as pessoas mais velhas eram ultrapassadas e isso criava uma divisão nas famílias porque os mais velhos possuíam mais experiência de vida e vivendo tantos anos em um ambiente extremamente hostil como a Rússia naqueles anos tornava eles sábios na arte da sobrevivência e com bastante conhecimento sobre o que estava acontecendo e o laço biológico fazia com que eles se importassem mais com a família do que o Governo e isso representava um problema que precisava ser resolvido e o método mais eficaz é apelar para as crianças e fazer com que elas causassem a ruína da família e faziam isso reforçando a ideia de que elas eram superiores. O estado passava a representar compaixão e a família passava a representar opressão. Algo similar aconteceu na Alemanha nazista, você precisa permitir que as crianças sejam livres e isso aconteceu em muitos regimes mas quando se trata de alguma revolução da asa esquerda, geralmente, é sempre assim que funciona a respeito de religiões. Outro alvo desse tipo de propaganda era a classe trabalhadora, esses eram encorajados a serem propriamente comunistas e uma forma de fazer isso é se livrando de todos os itens relacionados a religião porque a tese era que eles não precisavam dessas coisas mais porque eles já estavam vivendo na Utopia e não há espaço para religião em Utopias. Uma vez que você se livra das religiões em uma sociedade o resultado geralmente é uma sociedade sem código moral algum e coisas interessantes acontecem quando você não tem um fator religioso te falando que certas coisas são erradas e nesse ponto é dever do Governo assumir o lugar de guia espirital e colocar os seus amados cidadãos no caminho certo. Em suma um dos únicos métodos de combater o comunismo naquela época era carregando conhecimento e os únicos fazendo isso eram os representantes religiosos, eles ofereciam para as pessoas uma perspectiva diferente e por causa disso eles simplesmente não eram autorizados a coexistir porque a ideia de um sistema comunista é ter certeza que o controle da mente das pessoas pertencia a eles e para isso a sua voz precisa ser a única sendo ouvida. Para melhor ou pior, a mensagem é clara, religião e religiosos e o declínio destes costumam sinalizar que coisas estranhas estão acontecendo e vão continuar a acontecer. Não tem como negar, nenhuma civilização realmente prospera, sobrevive ou consegue se sustentar espiritualmente sem estar ancorada em uma religião. Até mesmo países comunistas usam a imagem do percursor do sistema como figuras que transcendem o domínio humano, seres humanos geralmente são religiosos por natureza. É a alma da civilização, é o guia e o código moral, é algo usado para tornar as pessoas melhores e para que saibam valorizar, é um dos pilares usados para julgar o certo e o errado e se perguntar o motivo disto. É o lugar que as pessoas devem ir quando precisam de formação espiritual. É o bálsamo para a alma. É a liberdade compartilhada na busca de significado e precisa ser compartilhado porque religião não pode ser individual, e nesse caso não seria uma religião, e sim uma crença. Sure, depende da religião e o que eu disse se aplica mais ao Cristianismo, Budismo e Candomblé. Religião também não é para os fracos, existe uma linha tênue entre uma adoração saudável e o fanatismo que prega o ativismo, já conheci pessoas fanáticas nessas religiões e não foi nada lindo e é um pouco sinistro. Todos esses dogmas praticados por religião não podem existir em sistemas políticos como Socialismo e Comunismo. Não, eu não sou uma pessoa religiosa mas eu gosto de estudar história e religião como hobby, não curto teocracia e nem nada dessas coisas mas a religião é um frágil escudo que deveria proteger a sociedade de coisas perigosas que podem acontecer. A parte interessante é que esse livro prega o Objetivismo e este não curte muito o Cristianismo e do mesmo modo que a Ayn provou, de certa forma, que uma sociedade não funciona sem religião, ela apenas substituiu o Cristianismo por outra religião, uma que o messias é John Galt. O pessoal do Vale possuem uma visão ampla sobre santos e pecadores, possuem também seus rituais e liturgias envolvendo o prédio do motor sagrado do Galt e até Mandamentos. Definitivamente não é um culto, Galt abraça o Individualismo e prega que é dever de todos os seres humanos serem felizes mas as implicações são que seguir o seu sistema de valores é o único modo de chegar nisso e sempre reconhecendo que o sistema dele é o melhor e que todos devem se juntar a ele, não, definitivamente não é um culto. Os guias do Objetivismo são princípios que deveriam ser seguido, isso eu não nego, coisas como Racionalidade, Independência, Integridade, Honestidade, Justiça, Produtividade e Orgulho, Galt quer que as pessoas encarem a vida de cabeça erguida e olhos abertos em ordem de viver uma vida moral, ignorância e fingimento são imorais.

O Terror do Saque Espiritual: Esse é o termo mais fascinante que eu já tive o prazer de entender, e isso em 26 anos de vida, racionalizar como um termo tão fantasioso pode acontecer aqui mesmo na vida real é incrível. Quando eu li e reli o capítulo da Cherryl no terceiro livro, ANTIVIDA, eu pensei que a Ayn havia sofrido o mesmo e teve o seu espírito roubado e degradado mas ela fala com conhecimento que também poderia significar que ela apenas sabe muito sobre o assunto já que ela o viveu enquanto ainda estava sob a bandeira vermelha da USSR. O que temos nesse universo de Atlas é uma sociedade que viveu pelo menos 3 gerações sob um Sistema que prega que o bem social é a maior das virtudes e o bem individual é a maior das ganâncias, todas as pessoas que seguirem a estrada em busca da própria felicidade estão diretamente contra o estabelecimento e contra o bem social e portanto essas precisam ser ostracizadas pelo bem maior social. Muitas pessoas olharam para isso achando que os protagonistas eram apenas muito egoístas e seres sem alma mas você precisa entender a raiz dessas implicações que o Sistema aplica na sociedade, ele está sistematicamente impedindo pessoas de terem uma paixão. E paixão é mesmo a palavra-chave porque um sistema social desses não enxerga que a ideia que algumas pessoas que trabalham mais que as outras, que algumas pessoas possuem paixão pelos seus trabalhos e projetos é visto como algum tipo de mito capitalista, todo mundo é exatamente o mesmo e quem diga o contrário está mentindo sobre ter ou não uma paixão desse tipo. O sistema não acredita na verdadeira paixão que uma pessoa pode sentir pelo trabalho de sua vida, não acredita no chamado que as pessoas podem ou não sentir a respeito de suas futuras profissões, não acredita que pessoas podem ser melhores do que elas são atualmente e evoluir, todas as diferenças como habilidade, talento, competência, educação, experiência pessoal são, para o sistema, um mal a ser corrigido porque todos devem ser absolutamente iguais em suas capacidades e com o bem social ditando tudo que eles podem ou não fazer. Agora vem a parte realmente interessante, as pessoas que mais estão entranhadas nesse modo de vida começaram, eu acho que inconscientemente, a praticar o saque espiritual que é quando eles acham as pessoas que ainda possuem vontade de viver e fazem com que essas pessoas abdiquem elas mesmas em nome do saqueador. Vimos isso acontecer com o James, ele quer ser amado pela Cherryl mas a ideia dele ser amado pelas qualidades que ele pode ou não ter é impensável para ele e é assim que o saque espiritual funciona, eles forçam ou esperam que essas pessoas deem tudo de si e ofereçam tudo de si para os saqueadores espirituais porque esse é o único modo deles se sentirem vivos, os saqueadores procuram meios de terem tudo aquilo que pessoas como Rearden ou Francisco mas sem ter que SER o que eles são. Imerecidos em Espírito. E é exatamente por isso que os civis, personagens que não sejam os protagonistas, não são personagens caricatos. Eles estão em diferentes processos de subversão, principalmente aqueles que trabalham controlando a população, James é aquele que mais sofreu as influências do estabelecimento e é também o primeiro a sofrer as consequências de se viver daquele jeito. O sistema fala sobre Direitos mas não sobre Responsabilidades, fala sobre Aliviar Sofrimento mas não sobre Criar Maravilhas, fala sobre Sobrevivência mas nada além Disso, falam sobre estar Vivo mas não sobre Viver uma vida inteira. Creepy as [*****] se vocês me perguntarem.

Pessoas de Interesse: Agora é chegada a hora de falar sobre os egoístas, os vilões, a fonte de todos os problemas sociais nessa maravilhosa história. Inicialmente eu pensei em fazer um tópico para cada um desses personagens mas mudei de ideia porque todos eles possuem algo em comum e possuem mais similaridades entre eles do que diferenças fundamentais, Ragnar é uma exceção mas ele é louco. Para começar, todos esses nojentos estão contra o estabelecimento desse universo, e francamente, a maior parte desse livro fala sobre esses indivíduos que não fazem parte do rebanho social, são pessoas ousadas o bastante para falar o que acham e fazer o que querem fazer e procurando a própria felicidade e infelizmente, esses egoístas nojentos, fazendo todas essas coisas são vistos com desaprovação e não como pessoas que estão apenas abraçando coisas como liberdade e auto-estima. Esses personagens são aqueles que entregam pensamentos profundos e ideias que podem ou não ser do interesse do leitor, e não se importando, não sendo sensíveis para com os pensamentos do bem social, como eles ousam! Essas criaturas! O governo só quer a oportunidade para serem carinhosos, gentis e demonstrando que podem cuidar de sua população como uma mãe cuida de um filho recém-nascido, uma mãe carinhosa que está sempre pronta e ávida para educar e guiar o seu filho corretamente e sempre sabendo o que é bom e o que não é bom para o pirralho que acabara de nascer e começou a crescer e esses hereges ousam fazer todas essas coisas horríveis, precisam queimar, estão contra o bem social.

Francisco "PLAYBOY" d'Anconia: Esse aqui é o meu personagem favorito, o modo como ele é construído é genial, ainda mais no contexto dessa história, tudo o que a história oferece nos dois primeiros livros sobre ele são peças e elas só fazem algum sentido no terceiro livro mas isso é em questão de Plot, as filosofias que ele tem a oferecer nos primeiros livros da história são as mais fascinantes, o monólogo dele sobre Dinheiro e Relacionamento é o que todas as pessoas deveriam ter no background de suas mentes. i digress. Francisco tem seus hobbies, quando o leitor é exposto ao que ele tem a dizer você é obrigado a considerar que talvez esse personagem não seja aquilo que todos falam e ele apenas gosta muito de cultivar a imagem de playboy mimado que não sabe gerenciar o próprio negócio e seu passa tempo favorito é zombar e manipular as pessoas. Ele é foda. Admito que toda vez que ele entrava em cena para insular o caos eu estava ali bem ao lado dele para ver o que ele ia aprontar daquela vez e o modo como ele desempenha o papel de manipulador vingativo é digno de Oscar, se é que Oscar vale de alguma referência hoje em dia, mas nem sempre ele se diverte com as atuações e os momentos onde a máscara quase desmancha são os momentos em que ele interage com Digny e Rearden. Relação dele com o Hank é baseada nos valores que os dois compartilham e vivem por, no final do dia você deseja que o final deles seja trabalhando juntos em alguma caverna minando ferro e cobre e construindo seus sonhos. Todas as relações desse livro partem de algum princípio filosófico e profundo, a relação desses dois é uma prova que é muito melhor ter amigos e não aliados, no final do dia você não vai ter o amor e o coração da pessoa mas as bases, valores e objetivos que os dois escolheram viver por ainda estarão lá. E isso é um reflexo, o modo como escolhemos nos relacionar com as pessoas diz mais sobre a gente do que qualquer outra coisa. Amigos, não aliados. O personagem do Francisco também trabalha na premissa de que o passado é sim importante e serve como base para o tipo de pessoa que você vai se tornar, a história que ele compartilha com a Digny é uma parte essencial para a história já que o fato deles terem crescido juntos fez com que eles desenvolvessem e compartilhassem os mesmos valores e ambos possuem ancestrais com legados que serviram de inspiração e diferente do Galt e Rearden que começaram suas histórias pobres, esses dois nasceram ricos e com legados e não tiveram que construir seus negócios desde o começo. Fica bem claro que Francisco teve um impacto na formação do personagem da Digny, o caso de amor que eles tiveram e o modo como ele terminou pavimentou e muito o modo como a Digny se relacionaria com pessoas como Rearden e Galt, a coisa toda é bem irônica, quase sombria, porque o pobre Francisco vinha fazendo a sua greve pelo bem de sua amada mas isso também traz consigo uma lição importante, por mais que o passado exerça a sua influência nas pessoas, algumas experiências não podem ser repetidas ou replicadas. Digny e Francisco compartilham o passado mas nunca vão poder voltar para ele.

O ELEFANTE NA SALA: Sure, eu gosto de capitalismo, eu gosto de capitalismo por todos os motivos que eu falei nessa resenha mas não podemos ignorar o óbvio problema causado por ele hoje em dia, Ayn cometeu umas falhas bem interessante no modo de pensamento dela mas eu não culpo ela por isso, não sabendo onde ela nasceu e onde ela cresceu. Primeiramente porque ela viveu em outra época e eu duvido que ela tenha sequer considerado como que seria o futuro, será que a palavra "redes sociais" passou pela cabeça dela? Nunca passou pela cabeça dela que pessoas abdicariam as liberdades e pensamentos mais básicos. Eu acho que na mente da Ayn monopólios simplesmente não poderiam existir em um mundo com tantas pessoas livres e definitivamente não no USA com tantas pessoas podendo ter oportunidades com o mercado livre, eu acho que nunca passou pela cabeça dela que Redes Sociais e Wokeism fossem monopolizar a mente de tantas pessoas e que as pessoas fossem se permitir serem monopolizadas e influenciadas desse jeito. Nunca deve ter passado pela cabeça dela que chegaria uma geração e um momento na história onde as pessoas literalmente fossem glorificar a fraqueza porque é isso o que acontece quando você fala para as pessoas que a fonte de todos os problemas são externos e não internos. Então, monopólio. Sabe, em muitos sentidos da palavra, já estamos vivendo em uma distopia ou algum tipo de universo cyberpunk mas a gente não percebeu isso ainda. Negócios como Big Tech, Big Corporações, esses monopólios que controlam as mentes e o mercado da civilização e a escala em que eles existem é simplesmente incompatível com uma sociedade livre. Inovação deveria ser integrado tendo como base tradição e valores e quando uma sociedade é reformada por essas Big Corporações é claro que vai dar ruim e é esse o estado em que estamos hoje em dia e vai ficar muito pior enquanto a internet não começar a ser tratada com cautela e algo assim só vai rolar quando uma merda muito grande acontecer ou quando países começarem a decair e a degradar e talvez nem assim, vivemos em um mundo que busca te distrair e cada vez mais o número de coisas que te força a pensar, realmente refletir, só diminui.
Gean 24/12/2021minha estante
ISSO SIM QUE É UM TCH!




Clara T 24/12/2021

Quase uma alucinação Coletiva
Não sei quem é mais louca, a autora ou os personagens. Fui motivada a fazer a leitura, mas em cada página que avançava, persistia a dúvida.
O primeiro volume, chamado Não Contradição é uma contradição por si só. Seguimos a discussão política da herança da Taggart Transcontinental, empresa ferroviária. A Presidência é de James, mas o controle operacional é de sua irmã Dagny. E então vemos também as dificuldades de outros industriais e suas histórias. E a todo momento percebemos que existem duas realidades, a dos adeptos dos interesses sociais e a dos adeptos dos lucros. Mas na verdade o que todo mundo quer é se dar bem. E os considerados adeptos dos lucros tendem a serem honestos para ter vitórias justas. Enquanto que os adeptos dos interesses sociais, no fundo só querem se dar bem e tudo o que dá errado não foi culpa deles. É quase como uma realidade alternativa. 90% da população é parasita.
Quase loucura total. Onde vamos chegar, não faço ideia. O que sei é que a autora tentou demonstrar a importância de agir pela razão e priorizar o racional. Essas políticas populistas, falsamente disfarçadas de interesses sociais são satirizadas quase ao ridículo.
Rommane 13/11/2022minha estante
Incrível como as mentes são diferentes! Em nenhum momento vejo os interessados nos interesses sociais como parasitas? eu vejo como parasitas reais os personagens principais que buscam tanto dinheiro mas sem um objetivo real são desprezíveis! Não digo que cada um dos grandes mereça o seu mérito mas todas as normas impostas faziam mt sentido, um país totalmente desnivelado onde empresas lucram e disparam enquanto outras sofrem com falta de recursos? Até mesmo num sistema capitalista a falta de recursos vai ter que ser bem administrada em um futuro ou sistema não funciona.


Clara T 15/11/2022minha estante
Apesar de ser uma resenha, não coloquei que os adeptos dos interesses sociais são parasitas, foi a autora, e está na sinopse. A analogia utilizada chega a ser alegórica na sua forma de expor os personagens de forma unilateral, mostrando apenas o lado que convém. Mas é ignorância entender que a intenção era ressaltar o capitalismo. Caso tenha conseguido chegar ao terceiro volume, deve ter percebido que a comunidade utópica formada pelos desaparecidos é organizada de forma sustentável sem o uso de dinheiro, portanto não é uma organização capitalista. E os desaparecidos não são apenas os industriais ou banqueiros, detentores dos meios de produção, são também acadêmicos que exploram o estudo da sociedade. Enfim, cuidado para não deixar a sua ideologia de vida interferir na sua capacidade de discernimento. E a minha opinião sobre o livro, e a filosofia da autora não quer dizer que eu concordo com o ponto de vista dela. Como coloquei, parece uma realidade alternativa.




Letícia 12/12/2021

Quem é John Galt?

3 meses, 1.495 páginas, muitos post-its e algumas anotações depois eu consigo responder essa pergunta fundamental. Ler A Revolta de Atlas foi uma grande jornada pra mim, sempre muito interessante, algumas vezes assustadora por lembrar tanto o tempo presente, mesmo escrito em 1957 é muito atual.

Dagny, Readen, Frisco, Ragnar e Galt, vou sentir falta de vocês.

Fiquei pensando em como resumir esse livro em poucas palavras sem usar todas as palavras difíceis que estão na contracapa: é uma grande novela que mostra a ascensão e queda de uma tentativa desajustada de um regime contra o capitalismo, no início vemos uma ascensão de ferrovias, metais, um grande desenvolvimento tecnológico, que aos poucos vai sendo minado através do controle estatal, que deseja distribuir a renda, o que na teoria é maravilhoso, mas na prática, apenas se tira de quem produz para dar aos grandes políticos que só vivem de discursos, e no meio disso tudo, temos suspense, romance e filosofia, imagina que as grandes mentes resolvessem falar: ah é? É assim que funciona? Então tchau. Várias pessoas começam a sumir e quem está no controle não tem ideia do que deve fazer, qual botão apertar...
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Felipe 10/12/2021

O porquê da liberdade ser mais importante que a vida
Um clássico sobre liberdade, e sobre como a relação incestuosa entre estado e lobbys empresariais é o que mantém coerção sobre o indivíduo. Até hoje isso é evidente, vide bigtechs usando a arma da censura parcial, bigpharma mostrando ter o maior lobby atual, e as corporações de mídia não podendo voltar a ser imparciais, senão perde o único lado que ainda lhe mantém de pé.
Na época que a obra foi escrita, não se tinha ideia nem ferramentas para combater o falso coletivismo que mantém sempre a mesma aristocracia no poder. Mas não a nada que pare o avanço da tecnologia.
Bitcoin tem potencial para transformar todos em moradores do Vale Galt.
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Helder Cavalcante 08/12/2021

Início
Fiz uma releitura. Novos textos reaparecem na nossa mente. Pontos de vistas são melhores esclarecidos.
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Silvana.Freitas 04/11/2021

Um livro de peso, em todos os sentidos
Interessei-me por ler "A Revolta de Atlas" por se tratar de uma distopia, gênero do qual gosto muito. E também pelo fato de descobrir esse clássico apenas agora, mesmo tendo cursado Letras e lecionado por 10 anos.

A história se passa nos Estados Unidos. Num imenso calendário que paira sobre a cidade de Nova York, aparecem dias e meses, mas não o ano. Nesse ambiente, os personagens principais, todos pertencentes à alta sociedade, sendo por serem gigantes da indústria, da mineração, dos transportes, da siderurgia, se empenham para exercer suas atividades em meio a uma sociedade problemática política, econômica e socialmente. Em meio a toda essa tensão, grandes mentes das mais diversas áreas, estão desaparecendo sem deixar rastros. A cada desaparecimento, o sistema se deteriora um pouco mais, tornando mais e mais insustentável a vida dos que ficam.

Dany e James Taggart, Francisco D'Anconia, Hank Rearden entre outros, são os agentes dessa trama maravilhosamente construída por Ayn Rand, cuja complexidade a autora demonstra não apenas nas descrições e ações, como nos pensamentos extremamente elaborados e reflexivos.

É uma obra magistral que vale muito a pena ser lida! A despeito das discordâncias que eu tenha com o pensamento da autora, sem dúvida é uma obra-prima e provoca uma revolução em quem lê. Com certeza, depois de "A Revolta de Atlas", não sou a mesma.
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Oscar30 01/11/2021

Entendi a filosofia, mas a mensagem é cansativa
Primeiramente quero salientar que não ter gostado do livro não significa que eu não tenho concordado com parte da filosofia apresentada pela autora, ainda que dificilmente eu possa me considerar um objetivista.

Pessoalmente acho que o livro se tornou limitado ao abordar principalmente os pensamentos de pessoas ricas e no poder sendo elas "grandes pensadores" ou "incompetentes do governo", na primeira vez que li acabei abandonando um pouco depois do inicio da segunda parte em um momento que pareceu que a autora está muito interessada em pintar qualquer um que não concordasse com seu ponto de vista em tolos caricatos.

Vendo como certo que pessoas que inventam e modernizam a sociedade deveriam ser incentivadas não é possível embarcar na filosofia de Rand uma vez que ela parece pintar os portadores de grandes riquezas como salvadores e nunca como possíveis incentivadores de certos problemas. Nesse quesito admito que Dagny e Rearden realmente foram pintados como personagens que trabalharam para merecerem o que tem e amam o que fazem.

A escrita por mais fascinante que seja pode cansar rápido pela constante repetição da mensagem e parágrafos longos. E não existe uma abertura para o debate na obra

Por fim, por mais que eu concorde com o pensamento de que o governo ter controle completo sobre o mercado seja uma ideia terrível, mas o toque elitista e o endeusamento das "figuras pensantes" (milionários principalmente) evitando pensar que na realidade suas ações podem ter efeitos negativos em uma parcela da população, afastam a concordância com suas ideias.

No fim não acho que a ideia de todos terem a liberdade de se desenvolverem economicamente de Rand, combine com a ideia de que os donos de grande empresas (digo pessoas que controlam o mercado, não empresários bem sucedidos) acabam sendo uma minoria com poder sobre a maioria.
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