Eu e Outras Poesias

Eu e Outras Poesias Augusto dos Anjos




Resenhas - Eu e Outras Poesias


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Marcinhow 01/07/2021

Niilismo e melancolia
Augusto dos Anjos presenteia a clássica literatura nacional com essas poesias cheias de lirismo, métrica, crueza e podridão!
Alguns poemas são bem difíceis devido ao lirismo tão bem metrificado, mas todos são de uma grandeza doce e ao mesmo tempo amarga.
caio.lobo. 01/07/2021minha estante
Admirando o seu amor à poesia




dan wesley 22/05/2021

Eu e Outras Poesias
Um dos autores/obras que fez eu me apaixonar por poesia
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Jaque 22/05/2021

Magnífico
Sou incapaz de dar menos do que 5 estrelas para essa obra. A primeira vez que entrei em contato com o trabalho de Augusto dos anjos foi na escola e desde então sou encantada. Recomendo demais para quem gosta de poesia e literatura brasileira.
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Milena300 21/04/2021

apesar das poucas páginas demorei quase 1 ano pra terminar, sempre passando outros na frente. Mas não quer dizer que seja ruim. a poesia de Augusto dos Anjos nos lembra que somos nada e ele trás isso de uma forma fria e direta. da maneira que gosto.

A primeira parte: "Eu" é onde tem os poemas melhores e dos quais gostei mais. é onde contém os soneto mais lindos e famosos do autor: "Psicologia de um vencido" e "Versos Íntimos" e são meus favoritos!
A segunda parte: "E outras poesias" não teve muita coisa que me agradasse, mas mesmo assim consegui peneirar alguns versos mto bons.

Recomendo pra quem gosta de poesia e tem um pouco de escuridão no interior. ?
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Bruna 11/04/2021

Não é a toa que Augusto dos Anjos foi eleito como o paraibano do século XX. Uma poesia sem comparação, cheia de significado e que tem essa característica marcante de relembrar nossa insignificância em face da morte.

Leitura que vale a pena demais, mas que deve ser feita com calma, pra apreciar e compreender tudo que está contido em seus versos. Muito orgulho de ser conterrânea desse poeta ímpar!
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Talvanes.Faustino 27/03/2021

Profundo
Augusto Dos Anjos, é um pouco que te tira da zona de conforto, não é o tipo de poesia pra suspirar de paixão. É pra doer, é pra te fazer pensar, estreitar a mão contra o peito e suspirar pra sentir que ainda é capaz de respirar.
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calebefernands 16/02/2021

Não tive uma boa experiência
Antes de me crucificarem, quero dizer que esse foi o meu primeiro livro de poesias, e eu não sou expert em toda essa área estrutural dos poemas (faz muito tempo mesmo desde a última vez que estudei sobre isso). Basicamente tudo que eu for falar aqui é a minha experiência PESSOAL.

Talvez por este ser o meu primeiro livro de poesias + o primeiro livro de literatura brasileira que eu leio em anos, eu acabei tendo esse impacto (que não foi muito forte) com a escrita de Augusto. Apesar de todo o vocabulário cientifico e detalhado, a maioria dos poemas não foram de difícil compreensão (com exceção de alguns que eu não entendi, e só prossegui com a leitura). Enquanto lia os poemas fiquei bastante surpreso, porque eu jamais pensei que algumas palavras conseguiriam rimar umas com as outras, e nesse quesito não posso deixar de falar: Augusto dos Anjos mandava bem demais.

Também acredito que por conta da forma ligeira que eu estava lendo, acabei que não aproveitando tanto o livro - achei o tema extremamente cansativo, não pelo autor abordar o sofrimento e a dor, mas pelo fato de o assunto ser bastante repetitivo durante (quase) o tempo inteiro. Confesso que durante a leitura, me senti mais envolvido com Augusto em si, do que com seu livro. Quando descobri que ele morrera com 30 anos, deixando apenas uma única obra, fiquei bastante triste.

Enfim, não estou dando 3 estrelas pelo fato de "Eu e Outras Poesias" ser ruim, longe disso. Mas a verdade é que não foi uma leitura que "falou comigo", e provavelmente se não fosse uma leitura essencial pra vestibular, eu não teria comprado esse livro. Talvez como já aconteceu comigo outras vezes, esse só foi um livro que eu li num momento errado e provavelmente mudarei minha opinião num futuro próximo.

"Dizes que sou feliz. Não mentes. Dizes
Tudo que sentes. A infelicidade
Parece às vezes com a felicidade
E os infelizes mostram ser felizes!"
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Emanuel Xampy Fontinhas 29/01/2021

...
As ciências, especialmente a medicina, a química e a biologia, são as principais metáforas de sua poesia, que falam de morte, tristeza, vazio. O amor quase não aparece, e quando aparece, é de uma maneira lúgubre, melancólica, pessimista e nada óbvia. Vários poemas favoritos, principalmente "As cinzas do destino" e "Eterna Mágoa".
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vannessa 15/01/2021

Poesia
Nunca tinha lido nada do Augusto dos Anjos, gostei de alguns poemas e outros achei muito melancólico. Uma pequena seleção de poemas do Augusto.
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souluba 03/01/2021

O livro que eu deveria ter lido durante o Ensino Médio!
Augusto dos Anjos: Eu e outras poesias - Edição especial com roteiro de leitura. MVC Editora. 1° Edição. João Pessoa, 2014.

Augusto dos Anjos foi um advogado, professor e poeta paraibano. Sua obra – sua única obra - é singular e rompeu com os padrões estéticos da poesia daquela época. A priori, a leitura deste livro não foi fácil, uma vez que o autor se apropria de um vocabulário da ciência médica que não é – ou não era – utilizado na construção de um texto poético, tornando a leitura difícil de acompanhar. Além dessa marca registrada do escritor, encontram-se neste livro, temas relacionados à subjetividade humana, como: a percepção do caos; a morte; a angústia; o sentimento de não pertencer; a aceitação do ciclo natural da vida e das coisas materiais; doenças e, até mesmo, sexo e orgia. A respeito da importância da obra em si, deixo um comentário feito por Orris Soares apud. Neide de Medeiros Santos: “Pela originalidade de sua poesia, não se pode enquadrar Augusto dos Anjos em nenhuma vertente literária. Orris Soares, no ensaio Elogio de Augusto dos Anjos, lança a pergunta: ‘A que escola se filiou’ E responde: ‘A nenhuma’.” p.211.

Leitura interessantíssima! Fiz várias marcações e aumentei o meu vocabulário.
Cinco estrelas.
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Ana Simão 31/12/2020

"Para iludir minha desgraça, estudo / intimamente, sei que não me iludo."
Leram isso? Não tem como não amar!
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Erick 20/12/2020

"alma às escuras, alma aflita"
O poeta paraibano Augusto dos Anjos transformou seu sofrimento em arte. Nascido no final do século XIX no nordeste brasileiro, antecipou a temática modernista numa métrica ao mesmo tempo rígida, consistente e ritmada. Augusto morreu precocemente aos 30 anos, tendo lançado apenas este “Eu e outros poemas”, onde é nítida a influência do cientificismo positivista em seus versos, numa mescla com uma visão cristalina dos conflitos da existência do humano.
Há quem enxergue crueza e pessimismo em seus poemas – não sem todo sentido. Entretanto, seus versos expressam muito mais do que uma mera perspectiva do sofrimento humano, em vez disso, o assume como matéria-prima de sua cosmovisão. Os vermes que se alimentarão da nossa corporeidade não são mais pessimistas do que nós, que seremos devorados por sua ânsia de subsistir. A vida é assim; devemos internalizar tal condição, como ele recomenda no poema “Versos íntimos”:

Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.
Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.
Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!

A lama que cobrirá os corpos de todos que um dia viveram é nosso destino inelutável e assombrar-se com isso é padecer de demasiada ingenuidade. Devemos, sobretudo, lutar contra essa brutalização que se naturaliza com a modernização das sociedades, contra essa “necessidade de também ser fera”. Augusto evidencia a hipocrisia humana, essa mão que ‘afaga e apedreja’: difícil confiar no outro quando as relações se reificam, tornam-se relações entre coisas, não mais relações entre pessoas. A desconfiança da vida urbana nos torna mais frios, sem sensibilidade em relação a nossa condição trágica que nos atinge a todos.
O progresso que a ciência – os seus lacaios, melhor dizendo – nos promete é motivo constante de crítica de Augusto. O avanço da sociedade tem como contraparte um retrocesso que nos constrange perante nossa própria fragilidade. Uma das saídas da sociedade industrial é a medicalização do sofrimento – Augusto antecipa em décadas a crítica antipsiquiátrica. No poema “A lágrima”, ele expressão sua visão de duas ciências (Farmácia e Medicina) que iniciavam sua supremacia sobre as demais através da lógica da racionalização imposta pela modernidade:

-A farmacologia e a medicina
Com a relatividade dos sentidos
Desconhecem os mil desconhecidos
Segredos dessa secreção divina

E logo a lágrima em meus olhos cai.
Ah! Vale mais lembrar-me eu de meu Pai
Do que todas as drogas da farmácia!

Pílulas não dão conta do sofrimento humano, nossa inelutável condição trágica. Ao poeta, vale mais o exercício da memória de seu finado pai, pois a lembrança de que a morte alcança a todos é um alívio desse sofrimento cotidiano. O choro é catártico e as lágrimas que escorrem pelo rosto do poeta concretizam sua profunda dor de existir. Quem disse que homem não chora? Tá bom, falou!
No poema “Solilóquio de um visionário”, o poeta dialoga com quem mais o entende, seu daimon que não lhe mente nunca, que evoca o mistério da existência e faz da verdade do indivíduo um labirinto onde se perder é extremamente necessário. Achar-se significa submeter-se a noções pré-estabelecidas. Resta-nos, portanto, admitir que viver é insolúvel e perdermo-nos no mistério da transcendência que nos cerca:

Pelas monotonias siderais…
Subi talvez às máximas alturas,
Mas, se hoje volto assim, com a alma às escuras,
É necessário que inda eu suba mais!

A morte é um tema onipresente na obra de Augusto. Não há como viver sem pensar diariamente na nossa finitude. A qualidade de nossos dias na terra dependem de como concebemos tal conflito. O poema “Vozes da morte”, onde o poeta homenageia um Tamarindo, uma árvore pela qual ele sente um sentimento de identidade mortífera, é notável nesse sentido. A morte não é um fenômeno que atinge apenas aos seres racionais: todo ser animado padece de algum modo de finitude. Devemos, isso sim, pensar nos termos dos limites aos quais somos condicionados, pois uma espécie de reflexão que o poeta se afeiçoa muito nem mesmo reconhece tais limites:

Agora, sim! Vamos morrer, reunidos,
Tamarindo de minha desventura,
Tu, com o envelhecimento da nervura,
Eu, com o envelhecimento dos tecidos!
Ah! Esta noite é a noite dos Vencidos!
E a podridão, meu velho! E essa futura
Ultrafatalidade de ossatura,
A que nos acharemos reduzidos!
Não morrerão, porém, tuas sementes!
E assim, para o Futuro, em diferentes
Florestas, vales, selvas, glebas, trilhos,
Na multiplicidade dos teus ramos,
Pelo muito que em vida nos amamos,
Depois da morte inda teremos filhos!

É evidente a temática espiritualista nesses dois últimos poemas que analisamos. A morte nunca é um fim em si mesmo, mas uma passagem para uma outra condição. Ao mesmo tempo em que Augusto é influenciado pelo contexto cientificista do fim do século XIX, também repercute a vida do espírito num mundo dominado pelo materialismo. O século XX será fértil no renascimento da espiritualidade e o poeta não está alheio a esses movimentos cósmicos dos quais somos modificações.
O conflito ontológico é a temática de “Vítima do dualismo”: o dualismo é exatamente essa ambiguidade que a passagem do século XIX, que concretizou no âmbito da ciência todas as conquistas intelectuais do iluminismo que o antecedeu, para o século XX, dilacerado pelas contradições intrínsecas de um desenvolvimento que não é pleno de sentido em toda a sua amplitude:

Ser miserável dentre os miseráveis
— Carrego em minhas células sombrias
Antagonismos irreconciliáveis
E as mais opostas idiossincrasias!
Muito mais cedo do que o imagináveis
Eis-vos, minha alma, enfim, dada às bravias
Cóleras dos dualismos implacáveis
E à gula negra das antinomias!
Psiquê biforme, o Céu e o Inferno absorvo…
Criação a um tempo escura e cor-de-rosa,
Feita dos mais variáveis elementos,
Ceva-se em minha carne, como um corvo

Antagonismos, idiossincrasias, antinomias...tais palavras expressam o estado mental de um poeta que não necessita de coerência pois é absolutamente cônscio de que a vida não se resolve pela lógica racional. Há incrustado em nossas células toda a história da humanidade, com todas as possibilidades que encerram tanto a pulsão de vida quanto a pulsão de morte. Não à toa, há diversas interpretações psicanalíticas dos versos de Augusto, contemporâneo de Freud, trágico e ligeiramente pessimista como ele. Essa dimensão trágica encerra a biformidade de nossa psique, que ora vive sob o Céu da alegria, do amor, do prazer...ora sob o Inferno da privação, da melancolia, da tristeza...
O pessimismo aludido, contudo, não deve ser confundido com ausência de vontade de viver: há no tecido de nossos órgãos, nas células de nosso sangue, em cada pelo de nosso corpo uma imensa vontade de vida, de afirmar o que não pode ser negado, embora clivado pelo mistério. O poema “Saudade” também é sintomático nesse sentido, pois concilia o diagnóstico trágico da existência com a vontade de viver e descobrir cada vez mais que significa esse mistério, pois cada segundo de nossas vidas é uma ocasião de prosseguir na missão de conceder sentido para nossos atos:

E assim afeito às mágoas e ao tormento,
E à dor e ao sofrimento eterno afeito,
Para dar vida à dor e ao sofrimento,
Da saudade na campa enegrecida
Guardo a lembrança que me sangra o peito,
Mas que no entanto me alimenta a vida.

O alimento, portanto, do poeta é o sofrimento. Não adiante querer dele fugir, ele nos persegue como nosso alter-Ego, como uma sombra que conflita com nosso aspecto numinoso. Sangrar não é problema, pois a vida em si mesma possui uma capacidade infinita de regeneração. O nosso organismo é potente o suficiente para resistir à pulsão de morte que nos espreita, pronto a nos pôr no chão sob sete palmos.
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Andre24 13/12/2020

Desafiador
#desafioskoob 2020
7 de 12
Leitura obrigatória para todo paraibano.
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Ingrid.Pardinho 12/12/2020

Na poesia de Augusto dos Anjos a dor se torna arte
Augusto dos Anjos era um grande poeta, extremamente melancólico e profundo, não poupando palavras para demonstrar sua dor.
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