Eu e Outras Poesias

Eu e Outras Poesias Augusto dos Anjos




Resenhas - Eu e Outras Poesias


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maria10929 21/05/2023

Eu e outras poesias
?Guerra é esforço, é inquietude, é ânsia, é transporte...
E a dramatização sangrenta e dura
Da avidez com que o Espírito procura
Ser perfeito, ser máximo, ser forte!

E a Subconsciência que se transfigura
Em volição conflagradora... É a coorte
Das raças todas, que se entrega à morte
Para a felicidade da Criatura!

E a obsessão de ver sangue, é o instinto horrendo
De subir, na ordem cósmica, descendo
À irracionalidade primitiva.

E a Natureza que, no seu arcano,
Precisa de encharcar-se em sangue humano
Para mostrar aos homens que está viva!?
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JAQUELINE.ARGOLO 10/03/2024

A profundidade e a melancolia do "Eu"
Escritos profundos, fortes, por vezes, sombrios/melancólicos, mas que nos tocam a alma. Sua morte prematura afastou a possibilidade de contato com mais produções do autor, mas essa única obra demonstra muito do seu "Eu". Recomendo!
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Teté 24/03/2022

Sabia que Augusto dos Anjos tendia bastante ao pessimismo mas não achava que era tanto kkkkkkkkk
Leitura de poesias é sempre mais complicado pra mim rs
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Fernando 21/05/2020

Fantástica obra. Poucos conseguem, como Augusto dos Anjos, dar vida à morte.
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@bibliotecagrimoria 29/03/2020

Intenso
Psicologia de um vencido, Versos íntimos, Poema negro, Homo Infimus... são apenas alguns dos poemas que compõem a obra e, na minha opinião, os mais chocantes que traduzem bem o estilo do autor ao expor a efemeridade, o desprezo, a angústia e, com uma perspectiva por vezes niilista, a condição degradante da humanidade. Sem dúvida um livro que se lê e se relê várias vezes na vida...
Elida Kassia 05/04/2020minha estante
?




Anderson 10/04/2022

Esta obra reúne a composição poética de Augusto dos Anjos, admirado e aclamado por sua poesia que destoa do convencional, para a época em que viveu, especialmente falando do conteúdo. O livro se divide em três partes. "Eu", "Outras poesias" e "Poemas esquecidos". Nas duas primeiras prevalecem o característico estilo do autor: linguagem do campo científico, superlativos e uma visão pessimista do humano. Em "Poemas esquecidos", cujas composições apresentam as datas de publicação, vemos um poeta ainda jovem, trazendo temas mais "leves", mas já desenvolvendo as características que marcariam sua poesia na nossa literatura.
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elly 06/06/2022

Augusto, ??olta vida
No começo, a leitura foi um pouco difícil por conta da linguagem BEMM complexa. Mas no decorrer do livro, foi tipo? EXTASIANTE ? as poesias são perfeitas, melancólicas e muito boas de ler !
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@pacotedetextos 09/05/2016

O precursor dos emos?
EU e Outras Poesias é um clássico da literatura brasileira.
Augusto dos Anjos, paraibano, morreu aos 30 anos, na flor da idade, juveníssimo (preciso dizer que essa é a minha idade?). Em vida, publicou apenas EU, um livro com 56 poemas. Ao morrer, um amigo seu juntou a obra publicada com muitos outros poemas não reunidos em livro pelo autor e publicou EU e Outras Poesias - que é, portanto, uma coletânea póstuma de praticamente tudo (vai que descobrem algum inédito dele, né?) escrito por ele.
Particularmente, considero Augusto dos Anjos o precursor dos emos. Afinal, quem mais seria reconhecidíssimo como o autor dos versos

O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja
(Versos íntimos, p. 85)

E o que dizer de:

O amor, poeta, é como a cana azeda,
A toda a boca que o não prova engana
(Versos de amor, p. 75)

Ele tinha uma verdadeira obsessão pela morte, pelo pessimismo, pelo niilismo (dedicou, inclusive, um poema a Nietzsche)! Não sei o número de vezes que a palavra "morte" aparece nos seus poemas - se alargarmos para os demais vocábulos do mesmo campo semântico, esse número cresce exponencialmente.
Alguns o consideram simbolista; outros, parnasiano. Ferreira Gullar, por sua vez, prefere dizer que ele foi um pré-modernista. Para mim, ele foi tudo isso.
Afinal, o trato com as palavras, a sonoridade, a sugestão, o misticismo, a preferência pelo soneto clássico (parafraseando um "sábio (sic) contemporâneo": 99% de seus poemas são sonetos, mas aquele 1% não é) e, principalmente, a escolha de palavras "apoéticas" (o que é poético? o que é poesia?) são algumas das características de sua obra, razão pela qual não se pode enquadrá-lo em apenas uma das "escolas" literárias brasileiras.

Mas como assim "palavras apoéticas"?

Ora, quem ousaria, no começo do século XX, colocar num poema as palavras "verme", "escarro", "amoníaco"? Quem escreveria

Eu, filho do carbono e do amoníaco,
Monstro de escuridão e rutilância,
Sofro, desde a epigênesis da infância,
A influência má dos signos do zodíaco
(Psicologia de um vencido, p. 16)

Apesar disso, Augusto dos Anjos também escreveu sobre o sexo (e temas correlatos), demonstrando uma grande tara por mulheres da vida (basta olhar os títulos O lupanar, A meretriz), e sobre coisas "banais" (v. À mesa, A aeronave).
Em suma: ele escreveu sobre MUITA coisa, mas esteja preparado, ao ler esse livro, para lidar bastante com uma obsessão por Tanatos. Como eu estou numa fase mais positiva da minha vida, dei uma lida rápida em muito poema "corta-pulso", que não me atraiu. Pode ser que com você ocorra diferente, afinal, "ninguém doma um coração de poeta"!

RECOMENDO - mas não o leia se você estiver pra baixo, ele vai derrubá-lo ainda mais.

site: https://pacotedetextos.wordpress.com/2016/05/06/resenha-augusto-dos-anjos-eu-e-outras-poesias/
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mari.rsp 16/03/2024

Meu primeiro contato com o autor foi durante o ensino médio, gostei bastante dele e lendo atualmente continuei gostando. ?
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souluba 03/01/2021

O livro que eu deveria ter lido durante o Ensino Médio!
Augusto dos Anjos: Eu e outras poesias - Edição especial com roteiro de leitura. MVC Editora. 1° Edição. João Pessoa, 2014.

Augusto dos Anjos foi um advogado, professor e poeta paraibano. Sua obra – sua única obra - é singular e rompeu com os padrões estéticos da poesia daquela época. A priori, a leitura deste livro não foi fácil, uma vez que o autor se apropria de um vocabulário da ciência médica que não é – ou não era – utilizado na construção de um texto poético, tornando a leitura difícil de acompanhar. Além dessa marca registrada do escritor, encontram-se neste livro, temas relacionados à subjetividade humana, como: a percepção do caos; a morte; a angústia; o sentimento de não pertencer; a aceitação do ciclo natural da vida e das coisas materiais; doenças e, até mesmo, sexo e orgia. A respeito da importância da obra em si, deixo um comentário feito por Orris Soares apud. Neide de Medeiros Santos: “Pela originalidade de sua poesia, não se pode enquadrar Augusto dos Anjos em nenhuma vertente literária. Orris Soares, no ensaio Elogio de Augusto dos Anjos, lança a pergunta: ‘A que escola se filiou’ E responde: ‘A nenhuma’.” p.211.

Leitura interessantíssima! Fiz várias marcações e aumentei o meu vocabulário.
Cinco estrelas.
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Mara Vanessa Torres 05/09/2009

VISCERAL!
Augusto dos Anjos está na lista dos meus autores preferidos. Ele é sagaz, visceral, direto, funcional e passional. Eu poderia passar o dia enumerando adjetivos, mas Augusto não precisa disso.

Sua criticidade transforma poesia em denúncia velada (denúncia comportamental, eu diria). Fantástico! ;)

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Larissa Guedes de Souza 06/09/2022

Finalmente li a obra de um dos meus conterrâneos mais famosos, Augusto dos Anjos. Confesso que nunca tinha lido por puro preconceito adquirido na época da escola. Pois no Ensino Médio só me foi apresentado como alguém que escrevia poesia escatológica, e trechos como "Apedreja essa mão vil que te afaga / Escarra nessa boca que te beija!". E sim, ele escreve sobre a morte e sobre uma versão pessimista da vida, mas hoje compreendo que isso é justamente representativo do seu talento, o que na adolescência não pude admitir (aí já é uma grande discussão, que não cabe aqui, sobre como certos autores e textos são apresentados a crianças e adolescentes na escola...).

Poesia não é o meu forte, nem os temas que ele trata, mas é indiscutível o talento e a inteligência de um autor que consegue escrever de forma tão eloquente e tão visceral quanto Augusto dos Anjos. Como ele consegue ao mesmo tempo seguir todas as "regras" da poesia, com métricas, versos e estrofes perfeitos, e quebrar padrões tratando de temas que não eram tidos como "poéticos" ou "líricos". É incrível como ele consegue passar os sentimentos mais profundos com uma franqueza, que beira o chocante, tudo isso usando vocabulário erudito e até termos científicos na suas descrições.

Augusto morreu com 30 anos e deixou apenas um livro. No início não foi acolhido nem pela crítica, nem pelos leitores, mas hoje é aclamado como um dos mais importantes poetas brasileiros. Não é um livro para todos, pois não é simples, nem fala de coisas bonitas. Mas é um desafio massa desvendar Augusto dos Anjos, pois é exatamente isso que fazemos ao ler este livro, que não poderia ter título mais apropriado que "Eu".

Leia mais resenhas no Bibliomaníacas

site: https://bit.ly/Bibliomaniacas
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anaclaraleitegomes 27/10/2022

Tristeza e afins!
?Escrito em 1912
?Um poeta extremamente melancólico e com várias leituras possíveis de seus poemas.
?Acervo de fonemas, vocábulos e imagens no texto.
?Acredito que eu nunca conseguirei entender a obra completa de Augusto, por isso cabe uma releitura com o passar do tempo.
?Possui vários sonetos.
?Linguagem científica, intelectual e dramática.
?No texto de Augusto, vamos encontrar sempre a tristeza, a mágoa e a melancolia.
?Me identifico muito com alguns poemas dele e isso me assusta.
?Meus poemas favoritos:
?Solilóquio de um visionário
?O morcego
?Psicologia de um vencido
?Debaixo do tamarindo
?Idealismo
?Último credo
?Solilóquio de um visionário
?Vandalismo
?Versos íntimos
Leandro.Bonizi 19/12/2022minha estante
"Me identifico muito com alguns poemas dele e isso me assusta." ? Me identifico!


anaclaraleitegomes 01/04/2023minha estante
Ele é ótimo


Santos de Cristo 26/08/2023minha estante
Tristitia...




Literatura & outros blues 15/04/2015

Toma um fósforo, acende teu cigarro e leia Augusto dos Anjos!
Schopenhauer escreveu que “a morte é a musa da filosofia” – Augusto dos Anjos tinha essa frase tatuada em sua pele. “Eu e outras poesias” não é um livro para pessoas sensíveis. O poeta martela este lugar-comum: em um curtíssimo intervalo de tempo, somos apenas uma porção de carne - carne que escarra, carne que sangra, carne que vai virar comida para vermes, etc. Mas de tanto martelarmos chegaremos à náusea de Augusto dos Anjos e perceberemos que não ali não é lugar-comum, é antes um campo hostil destinado aos fortes. O "Eu e outras poesias" fala basicamente da “Psicologia de uma vencido”, que apanhou da vida (do amor, pelo que parece) e agora se depara com a morte.

Eu, particularmente, não gosto do poema metrificado ao qual o poeta ainda se sentia preso, pois acredito que a poesia está bem além de uma fôrma preestabelecida, de rimas, de outras questões de sonoridade. Até confesso que encontrei em Baudelaire satisfação, mas ainda assim creio que a poesia está além da fôrma. Agora me pergunto o que é que há de tão atrativo neste livro de poesia do Augusto dos Anjos? A resposta é seca: A liberdade. Numa época em que os poetas ficaram rotulados na história de Parnasianos ou Simbolistas pelos temas abordados, vem este poeta e, de forma inescrupulosa, grita sua angústia nua e cruamente. Ele foi o único poeta de renome nacional que não fez parte de uma escola literária (os pré-modernistas não é uma escola). E o que há de grandioso nisto? Ser grande de forma original, pois geralmente os escritores não fazem nada mais do que se copiarem – Daí vem a história para rotulá-los de “tal” e “tal”.

Bem, em meu livro de poesia “Crás!”, escrevi um soneto (apesar de não gostar muito de soneto) dedicado ao Augusto dos Anjos, abordando o fazer poético, e aqui quero compartilhar aos admiradores da obra do genial Augusto dos Anjos:

poema-escarro

A Augusto dos Anjos

o que é um verdadeiro poema
senão manchas de sangue?
é isso mesmo – o poeta tosse sangue

mancha tua folha com café
e ainda não serás poeta
baba em tua folha
e ainda não serás poeta

lhe darei a fórmula
tudo começa com escarros
escarra escarra escarra
até chegar ao sangue

da cor pus às hemácias
é uma longa jornada mas
é isso mesmo – o poeta tosse sangue
(07/05/14)
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