@thiagogaal 22/03/2019
Um quase bom livro
Bom, de início o que tenho pra dizer, é que Thalita Rebouças, continua sendo Thalita Rebouças. A sensação que eu tenho é que ela escreve sempre com a mesma protagonista, as gírias, a maneira de falar, tudo, nada muda. Se você comparar por exemplo a Rosa com a Maria de Lurdes, parece a mesma pessoa. O que é decepcionante, se paramos pra pensar que ela tem uma centena de livros publicados, sempre tenho receio de comprar um, e me arrepender por conta do repeteco de enredo. Mas com esse é diferente, certo? Errado. Mesmo sendo um protagonista homem dividindo as páginas com uma protagonista, ela se sobressai, já que a maioria dos diálogos da parte do "Léo" são continuações do que ocorre com a "Rosa". Porém, isso ocorre mas no início, o que é bom, por que a autora desenvolve muito melhor até o final, esse ela disse ele disse que se cruzam. O maior defeito sem dúvidas é a forma pela qual a Thalita enxerga o mundo masculino. Sempre uma forma muito crua, superficial e cheia, "cheissima" (como diria a rosa e todas as protagonistas) de esteriótipos, sem contar o machismo evidente, não só no mundo feminino do livro, mas também do pai do protagonista, achei que faltou empatia entre as personagens, pois deixa o livro muito datado, por conta dessas "brincadeiras" de boa parte ofensiva, parece que eu estava lendo um livro de 2001, quando na verdade é um livro de 2010. Mas agora vem os elogios, apesar de ser mais um livro com a personalidade da Thalita, não posso dizer que não gostei, ele me fez rir em diversas partes e me entreteu muito bem, já que todas as vezes que peguei pra ler, não queria parar. As piadas são leves, apesar de umas coisas pesadas, uma criança de 10-12 anos poderia ler facilmente. Levando em consideração que é um livro adolescente, ele cumpre com a função. Então, se você gosta de uma leitura rápida que entretém e é engraçadinha, eu até indico ele, e diversos outros livros da mesma. Mas se prefere algo um pouco mais aprofundado, é melhor ler um romance do John Green. Só espero que a Thalita traga mais livros com um protagonista homem, porém com menos esteriótipos.