O Idiota

O Idiota Fiódor Dostoiévski




Resenhas - O Idiota


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Toni Nando 13/06/2022

Tocante
LIVRO: O IDIOTA
AUTOR: FIÓDOR DOSTOIÉVSKI
PUBLICAÇÃO: São Paulo, 2002
EDITORA: 34
TRADUÇÃO: Paulo Bezerra
ONDE SE PASSA: Russia
DATA: 07 / 06 /2022
NOTA: 8

O Idiota é um daqueles livros que te toca a alma, os relatos no qual o príncipe Michkin faz da sua vida na suíça é de arrepiar, ele possui uma bagagem de vida bastante triste. Portador de epilepsia, e um coração gigante inspirado em Jesus e Dom Quixote, é quase impossível não se emocionar com a bondade e perspicácia desse personagem. O príncipe está rodeado de muitas pessoas interesseiras e algumas desajuizadas, como Filippovna que deixa todos os homens desse romance fora de si. Falando em personagens Dostoiévski não os poupa, eles brotam aos montes alguns com três nomes diferentes, onde o leitor acaba se perdendo em alguns momentos, falando nisso este é o ponto negativo da obra. Dostoiévski quando escreveu esse livro estava passando por um momento bem conturbado da sua vida, afundado em dividas e fugindo dos credores, doente e com o caos explodindo ao redor, ele ainda consegue a façanha de construir o personagem no qual ele mais ama. Porém esses percalços deixam a obra um tanto confusa, e com certeza, será preciso uma releitura para melhor o entendimento. Contudo recomendo demais essa experiência, que é muito rica em seus diálogos e vale muito a pena se aprofundar.
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bih 17/05/2022

AMEI
meeeu deus do céu, que livro! simplesmente não estava preparado pra deixar essa leitura, as personagens femininas tem personalidades únicas, e gostei muito da escrita, enfim.. impecável
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Cân 08/05/2022

Status: quase abandonado (por várias vezes)
E por que continuei a leitura até terminar? Porque não costumo abandonar a leitura de livros, mesmo não gostando... Desde criança sou assim. Talvez porque tive sempre que ler (pelo vestibular, trabalho, etc) muita obra por obrigação... Enfim... a história em si e as características do personagem central são interessantes. Porém, o livro muitas vezes torna-se cansativo e cheio de detalhes irrelevantes (no meu ponto de vista, óbvio).
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boemillys 02/05/2022

bom ou idiota?
Gostei muito da diferença de entonação dessa narrativa para as outras de Dostoiévski. Logo que comecei a ler, notei que o livro seria mais sublime que os já lidos - o que foi ótimo, até certo ponto.

Com uma visão contrastante, o autor insere a bondade e passividade como características nada aceitas na sociedade russa da época, que então apelida o nosso príncipe de idiota. O final me foi um tanto quanto enigmático. Ele estava cedendo à sua própria crítica? Ou essa impressão seria a cereja do bolo nessa obra?
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Clio0 29/04/2022

O Idiota é uma história rica em significados e metáforas que compõe a crítica moralista contra o nihilismo, algo visto em outras obras do autor. Mas, diferente de clássicos como Crime e Castigo e Irmãos Karamazov, não há praticamente nada com o ponto de vista do personagem principal - o príncipe Michkin - quase toda a a narrativa é composta em terceira pessoa ou pelo olhar dos outros personagens que interagem com ele.

O motivo de tal estilo deve-se provavelmente a tentativa de imitar uma parábola, pois sim, O Idiota é uma versão russa de As Tentações de Cristo.

Michkin é um homem espadaúdo de feições finas, tez clara, cabelos loiros - uma óbvia representação da antiga iconografia de Cristo. Sua ações são sempre generosas, sua bondade é inata... e as várias digressões trazidas em sua fala remetem a velhos conhecidos como "Atirai a primeira pedra quem nunca pecou" e "Deixai vir a mim as criancinhas".

Exatamente como na bíblia, as pessoas simples recorrem a ele... mas o resto da sociedade o ridiculariza e o taxa de Idiota, leia-se aqui imbecil ou cretino. Embora hoje em dia essas palavras sejam sinônimos de burro ou ingênuo, seu significado original remetia a algum tipo de doença ou deficiência mental.

O fato de que Michkin é epiléptico faz com que suas opiniões e ações - sempre contrárias a norma seguindo o rigor da moral cristã - sejam consideradas como desvarios de um simplório.

A figura do diabo em sua forma hedônica é apresentada em Rogzhin, o amigo que disputa a atenção da bela Nastasya. Essa é a Maria Madalena, porém sua caracterização assume tons terrenos, forçando uma ambientação russa e contemporânea ao seu caráter e abandonando o canône religioso.

A força impactante da obra se revela no absoluto desprezo que o autor parece sentir pelos ícones da trama. Não há momentos de leviandade, e mesmo os constrangimentos e os incidentes agem sobre o paradigma conflito-ideia moral-solução imoral.
Felipe.Camargo 01/05/2022minha estante
Mais uma resenha maravilhosa, parabéns!


Pedróviz 02/05/2022minha estante
Show de resenha!!


Leticiahrocha 24/06/2022minha estante
Ótima resenha!


Joseni.Carvalho 15/11/2023minha estante
Li certa vez que o nome do livro seria O Príncipe, mas o governo russo proibia usar referências à monarquia. O fato é que o título ficou ótimo assim, considerando a doença do protagonista.




Mada, INFJ 1w2 10/04/2022

Ninguém esperava esse final
O Idiota conta a história de Liev Nikoláievich, um jovem órfão, que perde os pais na infância, sendo assim, teve que se mudar para a Suíça e morar de favor na casa do senhor Pavlischov, um médico.
Seu tempo com Pavlischov na Suíça foi uma simples e humilde vida no campo, o que fez bem para o tratamento da sua doença (epilepsia), e Liev também se influencia muito com traços da personalidade de Pavlischov em alguns sentidos: sendo muito empático com os outros e, até mesmo, um pouco inocente demais.
Pavlischovf se preocupava muito com Liev, e cuidou da sua educação porque tinha muito medo de que ele acabasse se perdendo, por conta de sua história triste.
Após a morte de Pavlischov, Liev vê-se obrigado a contatar seus parentes, já que não tem nenhum dinheiro nem casa para ficar e, sem resposta deles, Liev vê-se obrigado a retornar para a sua antiga cidade, Petersburgo, a fim de encontrá-los.
Na sua viagem de trem de volta a Petersburgo, Liev conta para outros passageiros que é filho de um príncipe, e um dos passageiros resolve ajudá-lo a entrar em contato com seus supostos parentes, por terem o mesmo sobrenome.
Liev também carregava uma carta que, mais tarde, descobriria que lhe revelava uma herança.
Em uma das casas em que visitava, o príncipe admira uma moça em um retrato, e descobre que a jovem é muito conhecida na cidade: Nastácia Filíppovna.
Ao decorrer da história, Liev acaba encontrando Nastácia e se vê muito apaixonado por ela. A ponto de propor se casar com ela.
Nastácia era muito cobiçada por muitos homens. Vários ofereceram muito dinheiro a ela, mas ela não queria se casar com nenhum. Ela, na verdade, debochava de todos. E de um, em particular, muito mais: Gania (este que queria casar-se com ela, apenas por interesse em sua fortuna).
Nastácia e o Príncipe Liev acabam se conhecendo melhor e, ao saber que o príncipe estava totalmente apaixonado por ela, ela começa a fazer desdém dele ao ponto do príncipe ir embora da cidade.
Mais tarde, descobre-se que, quando o príncipe sumiu por um tempo, ele estava, na verdade, com Nastácia. Passaram 1 mês juntos, vivendo sob o mesmo teto. Ambos acabam chegando a conclusão que o príncipe não a amava, mas sim, só sentia compaixão por ela. Nastácia fazia, por muitas vezes, desdém e debochava dos outros. E quando o príncipe viu que não podia a salvar dessa sua má índole, ele desistiu dela. Nastácia não pôde suportar isso e acaba fugindo para Rogojin.
Minha visão sobre o que aconteceu: Nastácia não conseguia aceitar que podia ser amada e podia ter um amor tão puro e belo como o do príncipe (sem interesse no que ela tinha ou pelo seu corpo/beleza) e começou a sabotar a visão que o príncipe tinha dela de forma irreversível, surtando com ele e o magoando fortemente. Tudo isso porque ela o amava demais. Ele também a amava, não era só compaixão, como os dois pensavam.
O livro gira em torno do príncipe e seu romance com Nastácia. Ele indo atrás dela e ela fugindo dele por não suportar o quanto o amava e por achar que nunca seria digna de seu amor. Quando o príncipe está gostando de outra pessoa, Aglaia, essa que é totalmente diferente de Nastácia, sendo muito educada, Nastácia fica com tanto ciúmes do príncipe, que volta imediatamente para ele.
No dia, finalmente, do casamento dos dois, Nastácia foge, novamente, para seu antigo pretendente, Rogojin, e o final do livro (ALERTA SPOILER MAXIMO) é um horror: Rogojin, por não aguentar mais esse "vai e vem" da Nastácia e para tê-la só para ele, acaba a assassinando. Rogojin mostra para o príncipe o corpo morto de Nastácia dentro do seu próprio quarto, o quarto totalmente fechado, cortinas fechadas para ninguém desconfiar que ele estava em casa. Foi extremamente perturbador.

Eu "shippei" muito o Liev com a Nastácia durante o livro, mas depois eu percebi o quanto a Nastácia era problemática e tóxica, tanto que eu simplesmente peguei "ranço" dela e fiquei desejando o melhor pro Liev - mas mesmo assim a morte dela, me deu um aperto no coração. Creio que essa cena foi muito forte para leitoras mulheres.
O título do livro é baseado no fato de que Liev é um menino bondoso, ingênuo, que não explora as pessoas, e por isso, teve que viver até mesmo de esmola. A sociedade que o Liev se encontra é completamente diferente da personalidade dele, e todos o encaram como tolo, tentando até mesmo enganá-lo para tirar parte de sua herança.
No meio do livro, eu percebi que na verdade o que tinha me feito ficar apaixonada era como eu me identificava muito com o personagem principal e com a visão dele de mundo. Eu colocaria facilmente esse livro como meu favorito por esse simples fato de me identificar muito com o Liev, INFJ 2w1 (sendo eu INFJ 1w2) e, por isso, o livro foi muito divertido pra mim. Ele é uma pessoa extremamente bondosa, empática, caridosa, que gosta e tem uma ligação muito forte com as crianças; e, para mim, ao contrário do título do livro e da opinião de todos as pessoas ao redor de Liev, ele não tem nada de idiota. Ele é muito inteligente, principalmente emocionalmente. Ele pode, sim, ser inocente, por esperar cegamente o bem nas pessoas, mas só ele consegue entendê-las até mesmo em atos imperdoáveis, e isso o faz ser raro. Inclusive, a criação do Liev foi inspirada na personalidade de Jesus mesmo (INFJ 1w2).

Dostoievski, como INFJ, consegue como ninguém passar as reais emoções das pessoas. Há detalhes que somente um INFJ consegue perceber e descrever perfeitamente. Nossa intuição e julgamento sobre as pessoas, suas ações e sentimentos é muito boa.
Também percebe-se um apelo muito forte de opiniões próprias do autor no livro. Tanto por conta do relato de suas próprias experiências,
(como, por exemplo: a sua, quase executada, sentença de pena de morte; ou a morte de seus filhos (esses relatos muito interessantes); ou sobre nilismo; ou até mesmo com a epilepsia do personagem (que são experiências própria do autor, que também sofria com a doença)
quanto para suas crenças e questionamentos religiosos, e entre outros temas que não tinham tanta ligação com a história principal, mas, sim, opiniões próprias.
A escrita de Dostoievski tem como característica ser mais para situações concretas, e não muito para fantasias. Também tem um dom para ler psicologicamente as pessoas e relatar isso em obra.
Apesar de ter algumas partes terríveis, O Idiota, em sua maior parte, é um romance/drama bem leve e até mesmo engraçado. A leitura do livro foi muito instigante.
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Daniel 15/03/2022

O livro é instigante demais, conhecer todos os personagens e histórias foi um privilégio, porém no período que estava lendo o livro tive várias ressacas literárias onde acabei lendo 2 livros fininhos, eu queria ter lido sem essas ressacas porque esse livro é muito bom e é de um ganho cultural surpreendente, praticamente toda página dessa edição no rodapé tem várias curiosidades e explicações pra ter uma imersão adequada, o personagem principal o chamado "idiota" é de uma personalidade que me conquistou e ele é incrível, só é idiota quando se trata de mulher, onde no próprio livro chega a dar ódio como ele é escravo, 10/10 esse livro é incrível e o Dostoeivski não decepciona.
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Roberta 03/03/2022

Um desafio que valeu a pena
Este foi um livro desafiador, pelos vários sentimentos que me causou durante a leitura. Não vou negar: tive muitos altos e baixos. Momentos em que não conseguia parar de ler e momentos em que não queria chegar nem perto. Senti raiva, graça, estranhamento, tristeza... foram muitos os sentimentos. Mas não me arrependo nem por um segundo ter perseverado na leitura.
O livro conta a história do príncipe Michkin, que de tão bom e puro, é tido por muitos como um idiota. Mas somado a isso, ele é um estrangeiro na sua própria terra, herdeiro de uma pequena fortuna e se apaixona por uma cortesã muito louca! No meio de uma história de diálogos muitas vezes confusos (há uma razão para isso), há questionamentos filosóficos muito ricos. Se você está lendo, não desista. Se você quiser começar a ler Dostoievski, não faça como eu e comece por uma obra menos densa, mas também leia O idiota em algum momento.
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Reginaldo Pereira 26/02/2022

Montanha russa de percepções
Uma leitura agradável, muitas vezes dinâmica e outras tantas demasiado densas. A trama em si não considero tão contagiante, estando a força da história em cada personagem peculiar que dela faz parte.
Foi meu segundo Dostoiévski, mas ainda não consigo dizer que é um autor que ?me arrebata?? Talvez porque a expectativa seja muito alta, não sei ao certo! Respeito e admiro a complexidade da obra, mas não me apaixono. Quem sabe um dia!
Kássio Meniglim 26/02/2022minha estante
Estou lendo o segundo dele também. E tem sido uma experiência muito boa! Gostei da resenha e das suas percepções!


Reginaldo Pereira 26/02/2022minha estante
Kássio, tenho basicamente uma relação de amor e ódio com Dostoiévski!!!! kkkk Boa leitura, meu caro!??


Kássio Meniglim 26/02/2022minha estante
Kkkkk... Interessante! Ainda não consigo ter uma opinião sólida a respeito das obras dele. Mas até aqui, tem sido ok. Estão lá na estante alguns outros títulos dele. Tenho alternado minha leitura com outros autores, mas em breve espero ter essa experiência de lê-los e poder ter uma opinião mais assertiva. Quanto à história pessoal dele, foi um baita "sobe e desce", e parece-me que ele realmente se superou.




Cosmonauta 13/02/2022

Nastássia
" - Tem um rosto maravilhoso. E percebo que a história dela não é uma história comum. É um rosto prazenteiro. Mas não teria ele passado já por terríveis sofrimentos? Os seus olhos nos dizem isso, e as suas faces, e este trecho debaixo dos olhos! É um rosto altivo, pasmosamente orgulhoso, mas não sei se ela tem bom coração! Ah, se tiver, ah! ... Isso a redimiria! De tudo! ... "

Tradução de José Geraldo Vieira
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Carlos 25/01/2022

O Idiota
Terminando de ler a bibliografia de Fiódor. Inicio o ano com um dos Grandes, O Idiota. E já considero-a uma das maiores do autor em minha primeira leitura.
O autor já fala por si só, mas nesta grande obra vemos a capacidade de um gênio que, mesmo sob grandes dívidas e acossado pela epilepsia, consegue descrever com maestria a jornada do príncipe Michkin, Nastácia Filíppovna, Rógojin e tantos outros carácteres singulares da sociedade russa.
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Paulinha 14/01/2022

Memorável
? O mais alto emprego que o homem pode fazer de sua personalidade, da plenitude do desenvolvimento do sou eu, é como que eliminar esse eu, consagrá-lo inteiramente a todos e a cada um, sem reservas e com abnegação?.

Dostoiévski era um gênio. ??
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Natanael Nonato 09/01/2022

Incrível!!!
Como um jovem repleto de puras e ingênuas atitudes seria tratado nos dias de hoje? Como um completo idiota, não é mesmo? No Império Russo do séc. XIX nada seria diferente. No livro, Príncipe Míchkin é a personificação dos bons costumes em meio a um mundo corrompido e imoral, sendo alvo de chacota e zombaria.

Vários diálogos filosóficos interessantes são desenvolvidos no livro. Na minha opinião, a descrição dos pensamentos de um jovem em estado terminal e a ideia de que "a beleza salvará o mundo" são os pontos mais fantásticos dessa obra. Vale ressaltar que Dostoiévski não explica a frase "a beleza salvará o mundo" no livro, no primeiro momento que essa frase aparece o personagem Ippolit (o jovem em estado terminal) pergunta Míchkin sobre a sua crença nessa frase e pede esclarecimentos, mas o príncipe nada o responde. Chegando próximo ao fim do livro, Aglaia o proíbe de ficar abrindo a boca num evento que eles hospedarão. Ela diz com outras palavras: não quero te ouvir falar sobre como a beleza salvará o mundo ou outras análises/propostas. Então essa frase floresce no coração de cada um de acordo com suas convicções.

Dostoiévski é conhecido pela incrível habilidade de trazer à literatura a mente atribulada de pessoas em situações extremas de sofrimento. O Idiota, seguindo esta regra, é um dos cinco grandes romances do autor.
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Edu 03/01/2022

Primoroso! Facilmente um favorito.
Nessa minha primeira leitura de Dostoiévski, fui conquistado já nas primeiras 50 páginas, extremamente cativado pelo protagonista, o príncipe Míchkin, e pela narração cuidadosa em detalhar as relações interpessoais, em detrimento de descrições dos cenários e objetos. É uma obra que de fato coloca a personalidade humana no centro, e esse é o seu maior triunfo.

Em muitos romances, meu grande problema costuma ser a falta de conexão com os personagens. Muitas vezes a trama é empolgante, mas os personagens não conseguem me segurar na narrativa. "O Idiota", pelo contrário, traz provavelmente os personagens mais intrigantes e complexos que já li, o que justifica a extensão da obra para desenvolvê-los.

Cada grande conflito explorado ao longo do enredo me foi chocante. O desenvolvimento é impecável, mesmo deixando-nos com tantas informações implícitas até o momento do clímax. É muito difícil ficar indiferente a esse livro diante de tantos dramas comedidos entre os personagens, e sobretudo diante das humilhações sofridas pelo príncipe. Dentre muitos momentos de indignação, mudava minhas percepções sobre Gánia, Agláia e Natássia o tempo todo. O livro mexeu muito comigo à medida que fui me enxergando em traços do Idiota e do Gánia.

Mais do que um retrato da corrupção e crueldade humana, como é apontado pela maioria das resenhas, para mim foi uma narrativa que problematiza a passividade. Imaginei vários paralelos com Nietzsche. A propósito, esse é um dos poucos livros que me despertou real interesse de ler material acadêmico a respeito, já que não sou da área de humanidades ou linguagens.

É uma leitura intensa, complexa (às vezes confusa) e arrebatadora. Vale muito a pena.
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