Edna 11/07/2021
Idiota ¿
"A ideia central do romance é representar um homem positivamente belo" Dostô
Diferente das obras conhecidas esse sem dúvida foi o que me exigiu mais, obra escrita em uma das piores fases do autor, que entre crises de eplepsia registrava sua indignação pelo homem, e esse reflexo é bem presente desde o protótipo de atingir o grau supremo da evolução do indivíduo, quando ele é capaz de sacrificar-se em benefício de todos.
A história tem inicio quando quase em farrapos segurando uma trouxinha, dado a circustâncias provenientes de sua vida de orfão que viveu boa parte de sua juventude em um sanatório onde tratava de um quadro muito elevado de eplepsia; Liev Nikoláievitch Míchkin, um nimguém como é taxado desde o inicio da história pelos personagens fanfarrões, bonachões e ardilosos que se julgam superiores, entre Eles Parfen Rogogin e Liébediev, que recepciona o jovem na estação de trem, e já o tratam como a um Idiota, mas desconhecem suas origens e a grande fortuna que herdará em breve que até o próprio príncipe desconhece.
A primeira visita Ele faz à familia de Lisavieta Iepántchin, uma parente distante, e conhece as tres filhas cada uma com sua excentricidade.
Mas o tema central sem spoiler algum é um belo e complexo triângulo amoroso entre o Principe que se apaixona no momento em que vê a foto da misteriosa Nastácia Filíppovna a qual está comprometida de uma forma muito estranha com o terrível Rogójin e ao final muda o triângulo de uma forma muito tensa, e serão 710 páginas com personagens atormentados, para pesarmos o valor de um ser humano, uns tão nobres e outros com ações inimagináveis e mesquinhas, reflexões e o massacre psicológico vivido pela culpa como em "O último dia de Condenado" de Victor Hugo, o personagem Hippolit, enfrenta seu fim carregado de dor, ódio, e muito tormento.
Tem um capítulo dedicado ao suplício de Cristo, não como Ele é retratado em tantas esculturas e quadros famosos mas Dostoiévski nos faz sentir que tão falsas são estas representações com um Cristo com um semblante suave, e em um quadro na casa de Rogójin que retrata a dor, muito sinistro mas uma representaçao de Cristo recém-retirado da cruz após seu terrível suplício na forma plena da tortura, o artista captou na íntegra todo o real martírio.
A obra é reflexiva e cheia de referências à grandes Autores como Cervantes, Gogol , Turgueniev e trás à vida personalidades históricas como Napoleão; Pedro o Grande; o livro de Apocalipse, no que refere aos simbolismo, fonte da vida . " Aquele que tem sede, venha, e quem quiset receba de graça a água da vida" Apocalipse, 22;17.
Leiam e não percam essa oportunidade de caminhar ao lado de Míchkin, um raro exemplar da alma humana com um coração puro e sentir que ainda podemos acreditar na bondade humana como a pequena Anne Frank escreveu em seus diários.
Dostoiévski diz que para ele só Cristo é uma pernonagem positivamente bela e vê Dom Quixote como personagem mais bem-acabada da "literatura cristã" e ressalta a comicidade de Dom Quixote e a de Pickwick de Dickens também ser cômico, eis a consideração pelo humano o apego à justiça e à bondade.
Leiam?
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