O idiota

O idiota Fiódor Dostoiévski




Resenhas - O Idiota


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Laianny Almeida 23/07/2021

Um romance interessante
A história gira em torno do príncipe Michkin que após anos de internação por ter ataques de epilepsia, aos 24 anos volta a sua cidade natal para reencontrar pessoas próximas de sua família. É quando conhece a jovem Nastacia pela qual desenvolve um enorme sentimento de compaixão, sentimento esse que é expressado com vários outros personagens. Sendo uma pessoa de personalidade maleável, bondoso e modesto o príncipe passa a ser comparado com personagens famosos conhecidos pela sua facilidade em perdoar e aceitar a chateação, daí sem chamado se IDIOTA.
É uma narrativa envolvente que reúne personagens de várias famílias que tem a finalidade de realizar o casamento das filhas, sendo a mais nova Aglaia de interesse do príncipe.
Fica evidente o forte interesse da sociedade da época pelo dinheiro, poder e cultura, sendo esses critérios indispensáveis para serem aceitos.
Em meio a uma tragédia o livro finaliza reforçando a personalidade do príncipe como a pessoa que faz tudo pelos outros sem pensar uma única vez em si.

Vale a pena a leitura!
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Caroliny 19/07/2021

Que edição de bosta
Que tortura ler uma tradução tão ruim dessa. Desatualizada, mal feita, suja, incompreensível. Edição tenebrosa! Nem revisão teve. Vi cada erro grotesco? Pior coisa que eu já li, com total certeza. Levei
q u a t r o (04) anos pra concluir a leitura. Foi penoso! Quanto à história nem posso opinar, posto o tanto que a tradução e ausência de revisão estragaram o livro.
Roberto 28/07/2021minha estante
A edição que leu foi da Martin Claret , da Nova Fronteira ou 34?




Edna 11/07/2021

Idiota ¿
"A ideia central do romance é representar um homem positivamente belo" Dostô

Diferente das obras conhecidas esse sem dúvida foi o que me exigiu mais, obra escrita em uma das piores fases do autor, que entre crises de eplepsia registrava sua indignação pelo homem, e esse reflexo é bem presente desde o protótipo de atingir o grau supremo da evolução do indivíduo, quando ele é capaz de sacrificar-se em benefício de todos.

A história tem inicio quando quase em farrapos segurando uma trouxinha, dado a circustâncias provenientes de sua vida de  orfão que viveu boa parte de sua juventude em um sanatório onde tratava de um quadro muito elevado de eplepsia;  Liev Nikoláievitch Míchkin,  um nimguém como é  taxado desde o inicio da história   pelos personagens fanfarrões, bonachões e ardilosos que se julgam superiores,  entre Eles Parfen Rogogin e Liébediev, que recepciona o jovem  na estação de trem,  e já o tratam como a um  Idiota, mas desconhecem suas origens e a grande fortuna que herdará em breve que até o próprio  príncipe desconhece.

A primeira visita Ele faz à familia de Lisavieta Iepántchin,  uma parente distante, e conhece as tres filhas cada uma com sua excentricidade.

Mas o tema central sem spoiler algum é um belo e complexo triângulo amoroso entre o Principe que se apaixona no momento em que vê a foto da misteriosa Nastácia Filíppovna a qual está comprometida de uma forma muito estranha com o terrível Rogójin e ao final muda o triângulo de uma forma muito tensa, e serão 710 páginas com personagens atormentados, para pesarmos o valor de um ser humano, uns tão nobres e outros com ações inimagináveis e  mesquinhas, reflexões e o massacre psicológico vivido pela culpa como em "O último dia de  Condenado" de Victor Hugo, o personagem Hippolit, enfrenta  seu fim carregado de dor, ódio, e muito tormento.

Tem um capítulo dedicado ao suplício de Cristo, não como Ele é retratado em tantas esculturas e quadros famosos mas Dostoiévski nos faz sentir que tão falsas são estas representações com um Cristo com um semblante suave, e em um quadro na casa de Rogójin que retrata a dor, muito sinistro mas uma representaçao de Cristo recém-retirado da cruz após seu terrível suplício na forma plena da tortura, o artista captou na íntegra todo o real martírio.

A obra é reflexiva e cheia de referências  à grandes Autores como Cervantes, Gogol , Turgueniev e trás à vida personalidades históricas como Napoleão; Pedro o Grande; o livro de Apocalipse, no que refere aos simbolismo, fonte da vida . " Aquele que tem sede, venha, e quem quiset receba de graça a água da vida" Apocalipse, 22;17.

Leiam e não percam essa oportunidade de caminhar ao lado de Míchkin, um raro exemplar da alma humana com um coração puro e sentir que ainda podemos acreditar na bondade humana como a pequena Anne Frank escreveu em seus diários.

Dostoiévski diz que para ele só Cristo é uma pernonagem positivamente bela e vê Dom Quixote como personagem mais bem-acabada da "literatura cristã" e ressalta a comicidade de Dom Quixote e a de Pickwick de Dickens também ser cômico, eis a consideração pelo humano o apego à justiça e à bondade.
Leiam?

#amudezdomeugrito
#Oidiota
#Dostoiévski
#Literaturarussa
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Flávio 03/07/2021

Prícipe Míchkin, mistura maravilhosa de Dom Quixote e o cristão
A bondade do protagonista parecendo ser ingênua, acreditem, não é, acho que isso que o torna meio Dom Quixote, meio Cristo. O essência do sentimento religioso não está de forma alguma na razão, e portanto não necessita e não passa pela racionalidade ocidental. Resenhar Dostoiévski, seria muita pretensão da minha parte. Mas como sempre, personagens marcantes e auto bibliográficos. Muitos diálogos e enredo marcante e por vezes cansativos, mas muito interesante e filosófico: seria Michkin um niilista?
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Gabriel Alencar 30/06/2021

Fascinante!
Galera, vamos começar falando dessa edição. Pra ser bem honesto com vocês, assim que eu peguei o livro e vi que era da Martin Claret me deu um frio na espinha. Não precisa ser muito literato pra saber que essa editora é ruim que dói e tem umas edições deploráveis de clássicos. Mas, para minha surpresa, dessa vez ela acertou! Não sei quem foi contratado por lá, mas deu certo. Edição maravilhosa!

A tradução foi muito bem trabalhada, inserindo aí traços de coloquialismos que são tão importantes para a obra de Dostoiévski, que decididamente não escrevia para elites. Temos palavras simples e até algumas expressões que soam estranhas quando lemos histórias "de época", mas que são totalmente verossímeis e se encaixam como uma luva na obra.

Mas eu me adianto, vamos voltar um pouco. Em linhas gerais e à guisa de sinopse, este livro conta a história do príncipe Míchkin e suas aventuras na sociedade russa do fim do século XIX. Ele é um cidadão simples, embora tenha título real não é rico e acaba se relacionando com personagens como a belíssima mas imprevisível Nastássia Filíppovna, o dúbio amigo-rival Rogójin e a família Epantchín.

Embora Míchkin seja doente e epilético, nosso herói é chamado de "idiota" porque, no fundo, é uma pessoa boa e não faz joguinhos de segundas intenções igual aos outros. "Idiota" porque é alguém simples, ingênuo e (por causa disso) com pouco tato social. Nas palavras do próprio autor:
"Mas Michkín não via nada pela outra face, não sabia reconhecer correntes submarinas." (p. 677)
Quanto à estrutura do livro, ele é divido em quatro partes. Lembro que assim que terminei a parte I do livro, me peguei pensando que se Dostoiévski tivesse vivido na época do capitalismo, tê-lo-iam acusado de burrice. Acontece que essa primeira parte é tão boa, tão completa e termina de um jeito tão impactante, que teria sido mais inteligente fazer uma série ou trilogia, em lugar de juntar tudo num lugar só. É brilhante, é fascinante. É um absurdo de bom. As outras partes nem tanto, mas esta primeira foi sensacional.

Passando à resenha, no quesito de técnica literária, interessante como, com o passar do tempo, nossos olhos se abrem para algumas coisas que não conseguimos ver antes. Não é a primeira vez que leio Dostoiévski e tenho certeza de que esta não foi a primeira vez que ele fez isso: um monte de "tell" em vez de "show", ou seja, em vez de mostrar as cenas, ele simplesmente passava por alto, inclusive sem mostrar exatamente o que os personagens falavam.

Já é a segunda vez em pouco tempo que vejo um escritor renomado fazendo isso (a primeira havia sido Emily Bronte, resenha AQUI) e novamente eu fico aqui me perguntando até que ponto a máxima "mostre, não conte" deve ser levada como absoluto em todos os casos. Não digo que eu tenha cacife pra quebrá-la assim de chofre, mas que, pelo menos, possa ousar de leve quando a situação permitir.

Até agora não consegui descobrir o que há em Dostoiévski que fisga a gente de um jeito tão certeiro. No fundo, acho que é seu realismo combinado com uma linguagem franca, como nós realmente entramos nas cenas dos personagens e seus sentimentos. Aquela descrição que ele fez do cadafalso, nossa!, foi de arrepiar e ao mesmo tempo capturou minha atenção de modo que não tive escolha senão ler tudo. Veja só esses trechos:
"Ficou tão desconcertada que nunca mais abriu os lábios. Naqueles outros tempos o povo ainda era bom com ela, mas quando voltou, escangalhada e doente, ninguém mais teve pena." (p. 90)
"Despojado de tudo, e de tudo carecendo, outra coisa não sendo aqui embaixo senão miserável átomo no vórtice da circulação humana, natural é que ninguém me respeite e que eu não passe de um joguete para o capricho alheio, sendo apenas pontapés a vantagens que de tudo isso me resulta." (p. 255)
Ah, e outra coisa! É reviravolta atrás de reviravolta! A trama fica cada vez mais complexa a cada capítulo. Impressionante! Na verdade, tem vários capítulos que terminam praticamente num cliffhanger, ou seja, força você a continuar a leitura pra saber o que vai acontecer. Tática velha, mas eficaz.

Existe uma coisa que Dostoiévski e Érico Veríssimo fazem que é uma espécie de contrassenso literário: eles contam histórias e causos que em nada contribuem para o enredo; mas que são terrivelmente fascinantes e se não estivessem no livro, seria um buraco. Histórias simples, causos de personagens, mas que fisgam e dão trechos interessantes como esse:
"E em seguida, de uma vez para sempre, completo vácuo, tudo acabara, fora deixada sozinha, como... mosca execrada desde o começo do tempo." (p. 191)
Não é sempre que um autor faz referência a seus heróis por meio de seus livros. Aqui, ouso dizer que Dostoiévski mostrou uma de suas influências: tão somente, Dom Quixote de La Mancha, por Miguel de Cervantes.

Mas o que mais apaixona no livro é o estilo e o conteúdo do próprio Dostoiévski. Cheguei a comentar isso em outra resenha dele (creio que foi nos Irmãos Karamazov): não canso de me assustar como os dilemas trazidos pelo autor podem ser tão contemporâneos. Ele fala da Rússia czarista, eu falo do Brasil do século XXI e tanto eu como ele não temos escolha senão concordar com Lizavéta Prokófievna e dizer:
"Arre! Tudo está de pernas para o ar, tudo está de cambalhotas!" (p. 360)
Ou então o trecho o herói do história, o príncipe Mitchkin, comenta:
"— Apenas quis significar que uma perversão de ideias e de concepções — conforme se expressou Evguénii Pávlovitch — com a qual nos defrontamos muitas vezes, é, infelizmente, muito mais a regra geral de que um caso excepcional." (p. 426)
Temos aqui, como não poderia deixar de ser, vários personagens doentes. Aliás, me parece que a grande doença de Michkin é a bondade em excesso, o auto-sacrifício não saudável, que leva à perdição. E temos aqui uma abordagem sociológica bem interessante: quem pode delimitar com clareza os limites desse auto-sacrifício? O que é loucura pra um pode ser um grande ato de amor para outro? Eis a questão.

O livro traz muito bem os melindres da sociedade russa do fim do século XIX. Como falar ou abordar um assunto, o que é considerado digno ou não. Problemas da high society mas de um jeito muito humano e introspectivo: uma verdadeira aula para Jane Austen, que tenta fazer o mesmo mas que tem como resultado só um sono inesgotável pro leitor.

Assim como Veríssimo, Dostoiévski traz o que a sociedade realmente tem pra mostrar, passando pelas camadas mais baixas e mostrando também a vileza e futilidade das mais altas. Interessante notar que, muitas vezes, a ficção parece exagerada, mas quando se fala da realidade, descobre-se que ela é ainda pior. Érico falou sobre isso, mas o próprio autor deixa seu parecer:
"Se qualquer autor o inventasse, os críticos e aqueles que sabem a vida do povo gritariam imediatamente que era falso e inverossímil; lendo-o nos jornais, como coisa que acontece mesmo, a gente só tem de, através desses fatos, ir estudando a vida russa, em sua múltipla realidade." (p. 626)
Sou muito suspeito pra falar, porque eu simplesmente amo Dostoiévski. Não creio que tenha lido nada dele e não tenha gostado (e olha que já li um bocadinho). Engraçado que toda vez que leio algo dele, eu penso no fim: "Este é meu livro favorito dele". Não foi diferente com este aqui.

"O idiota", no fim das contas, é uma história com a qual a gente pode se conectar – muito embora não sejamos russos, tampouco vivendo no fim do século XIX. E é justamente isso que torna a obra mais atemporal e impressionante. Um livro magnífico, de um autor que um dia terei lido todas as obras. Mal posso esperar por isso.

site: https://escritoraoacaso.blogspot.com/2021/06/resenha-o-idiota.html
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Marcio 29/06/2021

Dom Quixote russo
Uma triste história mas que demonstra que a bondade e o amor são vistos como loucura pela sociedade hedonista.
Assim como dito por diversas resenhas não é uma leitura muito fácil, e em vários momentos você se sente cansado diante de tantos "mexericos" e picuinhas. No entanto uma reflexão posterior nos faz questionar se a vida de muita gente não é mesmo assim? Perdem tempo e a paz cuidando da vida dos outros em picuinhas e coisas que não lhes dizem respeito.

Sobre a edição da Martin Claret
A tradução é feita de forma indireta do francês. Não entendo russo e muito menos francês, então não posso opinar sobre a qualidade da tradução, no entanto posso afirmar que caso Dostoievski tivesse escrito em português ele seria muito bem escrito e agradável de ler. O emprego moderado de uma linguagem mais formal e até arcaica em alguns momentos deixa a história mais poética e reforça a ambientação de época. Com certeza é um livro que desafia o leitor na sua forma e exige aprender palavras novas e até mesmo novas formas de emprego de palavras conhecidas, ou seja, para além da história ele possibilita ver a língua portuguesa sendo empregada de forma agradável e enriquecer o conhecimento da mesma.

Em termos físicos o livro é bem encadernado e bonito. A fonte marrom não atrapalhou a leitura e a diagramação do livro é bem feita e favorece uma boa experiência de leitura.
No entanto é necessário uma urgente revisão por parte da editora pois contém muitos erros de digitação e formatação em algumas frases ao longo de todo o livro. Esses erros não condizem com a robustez dessa edição, tem-se impressão que foi uma edição feita as pressas.
No geral vale a aquisição por tratar-se se uma edição de luxo de uma obra importante da literatura universal.
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Bruce 17/06/2021

O maravilhoso príncipe Míchkin
O carisma do protagonista é o melhor do livro. Como aspecto histórico, é muito curioso notar a consideração sobre doenças mentais no século XIX. Achei o roteiro da história um pouco prolixo e por vezes monótono, mas seu enredo é sem dúvida interessantíssimo.
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Pedróviz 17/06/2021

O Idiota
Em O Idiota, bela e densa obra de Dostoiévski, nos é contada a história do Príncipe Liév Nikoláievitch Míchkin, ou Príncipe Míchkin, que retorna à Rússia após um longo período de tratamento de epilepsia, na Suíça. O temperamento do protagonista, associado com o estigma da doença, fazem com que a sociedade de São Petersburgo o taxe de idiota injustamente, quando certamente sua inteligência emocional é superior a de todos à sua volta. A índole essencialmente cristã do Príncipe Míchkin o tornou um alvo do riso fácil e também o porto seguro dos aproveitadores. Dostoiévski, talvez por ter escrito o livro durante um período em que padecia de crises de epilepsia, passa ao enredo a tensão entre uma sociedade mesquinha e um grande indivíduo com suas limitações. Se nem o protagonista parece ter uma pró atividade em benefício próprio, tampouco outras pessoas cooperam com ele, de modo que Míchkin acaba perde9ndo uma fortuna para oportunistas e fazendo uma escolha amorosa desastrosa que decidiu a história (estava indeciso entre Nastasia Filippovna e Aglaia Epantchiná). O clima psicológico do livro é denso e os personagens se tornam mais complexos à medida que se aproximam da centralidade da trama.
Avaliação 4,5/5

Lendo o livro O Humanismo Ateu, de Henri de Lubac, tem-se uma análise excelente da obra de Dostoievski. O seguinte trecho, citado do autor Henri Troyat, fala sobre o Príncipe Míchkin:

«Todo o romance se reduz a isto: a incursão da inteligência principal na inteligência secundária. Essa inteligência principal, que é a inteligência subterrânea, a inteligência do sentimento, vai causar distúrbios no ambiente onde for transplantada. Nesta atmosfera confinada, a chegada de Muichkine produz como uma lufada de ar. Seu passo é saudado por uma risada. Ele é grotesco, ele é um idiota, sua própria mãe o chamou. Mas pouco a pouco esse idiota, esse louco, questiona os princípios mais solidamente fundados. Este pobre espírito faz os sábios pensarem. Este intruso torna-se indispensável. Este fraco domina o forte. E os domina sem querer. Ele está convencido de que todos são generosos e que todos que vivem ao seu redor o amam... As pessoas se tornam boas porque ele as quer assim, porque as vê como boas. Está no centro de um campo de forças... Aos olhos de todos é testemunho de uma outra existência, de um outro mundo possível...»

O seguinte trecho, contudo, explica a extrema passividade do Príncipe:

«Muichkine, o santo, não sabe agir, não sabe amar. Se você tentar trabalhar, você está errado. Não só não ajuda ninguém, como compromete as situações mais felizes. O papel desse homem 'absolutamente bom' ao longo do livro termina com um assassinato e três ou quatro dramas familiares. Quanto ao 'homem absolutamente bom', ele enlouquece. Ele falhou em se adaptar à condição humana. Não soube tornar-se homem...»
Marcio 18/06/2021minha estante
Estou no último quarto do livro. Mais uma vez o Dodô não entrega nada fácil nesse livro. Rs


Pedróviz 18/06/2021minha estante
Já é complicado analisar o caso entre Míshkin, Aglaia e Nastacia, quanto mais a obra toda eheh.




isamendesrj 14/06/2021

Vale a leitura, mesmo que não seja tão simples.
?O idiota? foi o primeiro livro do Dostoiévski que me cativou. Não é uma leitura fluida por conta da linguagem, mas que acaba te prendendo porque a cada capítulo, sempre fica uma pulga atrás da orelha de como irá se desenrolar posteriormente. O final me surpreendeu, mas também não fiquei super maravilhada. Fiquei mais feliz por ter conseguido concluir a leitura após quase 6 meses! O ?príncipe? é um personagem que te encanta, mas que tem hora que também vc acaba achando ele um idiota pelas escolhas que faz, fazendo jus ao título.
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Ramalho 05/06/2021

A atualização do skoob me obrigou a dar estrela no livro; mas enfim...O Idiota. Estou começando a notar que os nomes dos livros de Dostoievski falam muito sobre o livro. Em Crime e Castigo o nome resume tudo; Gente Pobre, Noites Brancas, mas aqui isso é bem direto. Eu adorei o livro, é um dos livros que li do autor que mais foram pessimistas. E como nao falar acerca do Michkin, nosso jesus cristo moderno.
Uma coisa que eu gostaria de frizar é que aqui, ate que o final foi feliz comparado com a Historia de Jesus Cristo que foi torturado. Mas que quando eu comecei a ler eu imaginava que Dostoeivski mostraria a bondade como algo velho e torto, mas acontece que ela sempre foi. Pessoas boas e perfeitas nao existem, pois se existirem serao ridicularizadas como Michkim, ou mortas brutalmentes como Jesus.
Mas esse é um livro de mudança, assim como todos do autor. Um livro sobre perdas, e sobre morte de um velho sistema para o nascimento de outro - Dostoeivski exprimi muito isso com o nillismo - e em O Idiota, acontece o abandono da crença feminina de uma mulher discreta, inocente e pura. Isso acontece com o contraste dos dois amores de Dostoeievski, Aglaia Ivanovna e Nastacia Fillipovna. Esta é uma mulher moderna, bonita, armada, decidida, desvirtuada; aquela é a personificaçao de uma mulher pura.
Mas com o decorrer da narrativa, vemos que ambas apresentam problemas; as duas sofrem por suas decisoes e sofrem por suas representaçoes. Nastacia tem dores, medos; Aglaia tem incertesas e traumas.
Essa personificaçao quanto a figura masculina vc percebe comparando qualquer personagem mssculino com Michkim.
No mais, se eu dar detalhes da trama farei mais spoilers. O livro da uma parada tediosa no meio, mas o começo e o fim fluem muito bem. O final tambem.
Quanto a ediçao, a traduçao é boa, mas so li ela pra falar e eu nao conheco russo, mas apresentam textos de apoios bons no final do tradutor, os desenhos sao muuuuito bons, os melhores dos livros do autor ate agora, e as notas de rodape ajudam bastante.
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sizifu 27/05/2021

O Homem Bom em ?O Idiota?
(Fragmento da matéria "Os Abismos do Sofrimento Humano em Dostoiévski" texto na íntegra em: apistajornal.com)

No romance ?O Idiota?, Dostoiévski nos apresenta o Príncipe Lev Nikoláievitch Míchkin (ou Príncipe Michkin), um personagem perfeito em sua concepção: uma moral incontestável, uma bondade excessiva e uma compaixão cega e desmedida ao próximo, tal qual a imagem de Cristo, como exemplifica Elena Vássina:

?O Príncipe Michkin para Dostoiévski era o ?Príncipe Jesus?, nos rascunhos ele escrevia assim: ?Eu quero escrever um Romance sobre um Príncipe Jesus?, ou seja, é um personagem absolutamente belo, como o próprio Dostoiévski o definia. E esse personagem vem ao mundo e no final das contas é derrotado, o bem e o amor absoluto não conseguem sobreviver no mundo de Dostoiévski.?, explica a Professora.

Na figura do Príncipe temos a personificação da bondade e da compreensão incondicional, frente a personagens que o tratam de forma ostensiva e que reproduzem em sua essência imperfeições deploráveis inerentes a humanidade, como a ganância, inveja, traição, pessimismo e outros males. Tais personagens contrapõem diretamente com a figura de nosso protagonista, que mesmo com suas qualidades é incompreendido ? tido como um Idiota ? na tentativa falha de conciliar todas as situações ao seu redor.

Outra peculiaridade do livro é que o autor retoma a discussão sobre a pena de morte, expondo sua visão e romantizando por meio do ?texto ideológico? alguns trechos e diálogos do episódio que vivenciou:

?Traga um soldado, coloque-o diante um canhão em uma batalha e atire nele, ele ainda vai continuar tendo esperança, mas leia para esse mesmo soldado uma sentença como certeza, e ele vai enlouquecer ou começar a chorar. Quem disse que a natureza humana é capaz de suportar isso sem enlouquecer? Para quê esse ultraje hediondo, desnecessário, inútil? Pode ser que exista um homem a quem leram uma sentença, deixaram que sofresse, e depois disseram: ?Vá embora, foste perdoado?.? O Idiota, Fiódor Dostoiévski.

O escritor tomou como inspiração e referenciou diretamente o livro ?O último dia de Um Condenado? (1829) de Vitor Hugo para sustentar sua argumentação, que era claramente oposta à pena capital. Além desse traço autobiográfico, o Príncipe Michkin também carrega o fato de sofrer de epilepsia: a mesma condição que afligiu o autor durante sua vida. A doença proporcionou a Dostoiévski escrever largas descrições de sintomas e aflições que uma pessoa epiléptica ?no limiar do próprio ataque? sofre ? material de grande relevância psicanalítica (Dostoiévski e o Parrícidio, Sigmund Freud ?1928).
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re.aforiori 17/05/2021

O que mais me impressionou neste livro foi a enorme compaixão e bondade do príncipe Míchkin, um dos motivos pelo qual é ridicularizado como ?idiota?; a frieza de Rogójin, na cena do desfecho da história; e, sobretudo, a beleza dramática de acontecimentos que envolvem Nastácia Filíppovna - que age, às vezes, com histeria e, outras, de forma muito próxima a loucura.

Durante a leitura, teve partes que parecia que eu estava diante de uma bela peça de teatro. Dostoiévski é um gênio na construção de diálogos, que retratam com acuidade o psicológico de seus personagens e demonstram o quão é um grande conhecedor da alma humana.
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Suzana 16/05/2021

Estranhamente estranho
Indicaram-me esse livro em uma livraria, como o autor sempre me chamou a atenção e já tendo lido outra história dele antes, me arrisquei à leitura.
A história, desenvolvida em torno de uma pessoa julgada incapaz, tem muitos personagens profundamente descritos, tudo é minuciosamente descrito... (maçante em muitas partes)
Gosto como é possível imaginar as cenas, os locais onde elas se realizam e de conseguir sentir o que o personagens estão sentindo naquele momento. Havia muito tempo que perdi o hábito da leitura continua, e a forma de escrita e vocábulos que não eram do meu conhecimento me desafiaram a usar muito o dicionário (isto até se tornou uma prática bem instrutiva, não que eu vá falar ?ciciar? no meu dia-a-dia).
Uma história que envolve costumes da sociedade russa da época; quanto a moral era intensa e necessária para as relações entre as pessoas, e o quão estranho pode ser o ?amor?.
O final vale a caminhada, mas o autor podia, já que descreveu tão bem tudo quanto é fato, ter descrito a coisa em si que ficou na superficialidade na minha imaginação (que é boa, mas queria ter lido do próprio autor).
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Jonas.Doutrinador 13/05/2021

Todos nós temos um pouco de O Idiota
Todos nós temos potencial para sermos como o príncipe Míchkin: um lado mais inocente e desajeitado, em que muitos podem debochar. Já o outro é de uma capacidade analítica de enxergar detalhes profundos nas pessoas ou fazer uma crítica riquíssima sobre a complexidade de alguma religião por exemplo.

Dostoiévisk ousou em construir um personagem de caráter perfeito e conseguiu. A forma como ele na sua simplicidade vai ganhando espaço no meio de víboras é cativante e também sua capacidade de perdoar plenamente atos traiçoeiros das piores espécies. O final é muito forte, melancólico e meditativo. Livro indicado pra quem gosta de ter uma boa ressaca literária.
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Lívia 24/04/2021

O idiota
Os diálogos desse livro são excelentes!
Apesar de ser um clássico do século retrasado, a leitura é extremamente facilitada pelas notas da editora e tradutor (versão editora 34). Recomendo muito!
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