O idiota

O idiota Fiódor Dostoiévski




Resenhas - O Idiota


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Jonas.Doutrinador 13/05/2021

Todos nós temos um pouco de O Idiota
Todos nós temos potencial para sermos como o príncipe Míchkin: um lado mais inocente e desajeitado, em que muitos podem debochar. Já o outro é de uma capacidade analítica de enxergar detalhes profundos nas pessoas ou fazer uma crítica riquíssima sobre a complexidade de alguma religião por exemplo.

Dostoiévisk ousou em construir um personagem de caráter perfeito e conseguiu. A forma como ele na sua simplicidade vai ganhando espaço no meio de víboras é cativante e também sua capacidade de perdoar plenamente atos traiçoeiros das piores espécies. O final é muito forte, melancólico e meditativo. Livro indicado pra quem gosta de ter uma boa ressaca literária.
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Lívia 24/04/2021

O idiota
Os diálogos desse livro são excelentes!
Apesar de ser um clássico do século retrasado, a leitura é extremamente facilitada pelas notas da editora e tradutor (versão editora 34). Recomendo muito!
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Rafael.Aguilar 03/04/2021

Uma aula sobre o ser humano!
Ao avaliar uma obra literária, é preciso ter em vista duas perspectivas: uma de ordem objetiva e outra subjetiva. Na ordem objetiva, a avaliação recai sobre aspectos concretos e universais, válidos para todo mundo, tais como o estilo de escrita, o enredo, a caracterização dos personagens e a cadência.

Já a questão subjetiva é algo mais delicado. Neste ponto, a obra será boa na medida em que tiver a capacidade de atrair o leitor e imergi-lo no contexto, a ponto de que ele não apenas leia e entenda, mas também ?sinta? com os personagens.

Dito isto, é possível compreender o porquê Dostoiévski é tido como um dos maiores de todos os tempos. Ao mesmo tempo em que concede um primor de obra literária, permite ao leitor uma verdadeira viagem, colocando-o em meio à cena. E o que é mais surpreendente: ele consegue fazer isto com imagens do cotidiano e com personagens extremamente comuns. Um simples café da manhã é capaz de preencher três capítulos inteiros e te fazer pensar em coisas que jamais havia cogitado!

Quanto a esta obra em específico, é centrada em um personagem extraordinário. É possível compreender o que Cristo quis dizer quando afirmou que o céu pertence às crianças; ou mesmo quando Nosso Senhor louvou ao Pai por ter escondido certas coisas dos sábios e tê-las revelado aos pequeninos.

O ?príncipe? é tido por todos como ?idiota?. É ?idiota? por ser sincero sempre (até quando não lhe convém); é ?idiota? por não demonstrar orgulho em meio à alta-sociedade; é ?idiota? por cogitar que os outros tem boa intenção, mesmo quando os fatos são contrários. Enfim, é ?idiota? porque não fazia questão de ser grande, contentando-se em ser verdadeiro.

É uma obra longa e que vai demandar certa paciência. Mas que faz valer à pena cada página!
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Tata 31/03/2021

Respira...
Que velocidade toda foi essa. A construção dos personagens, os conflitos, a intensidade de cada página, como o fim dos capítulos te deixam atordoado, e aquele final; ai ai, foi uma leitura super intensa e marcante.
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carolmureb 28/03/2021

Mesmo que muuuiito atrasada (lendo ainda o segundo livro de 2020), sigo firme no projeto #dostôesselindo, lendo Dostoiévski em ordem cronológica, da @isavichi. "O Idiota" deixa a gente "com gosto amargo na boca", sensação de soco no estômago e se perguntando "o que foi isso que li"? É uma obra-prima citada até pelo Papa Francisco e Bento XVI na encíclica "Lumen Fidei". Livraço!! Um calhamaço de 683 páginas maravilhoso. Agora, assistir às resenhas de @alineaimee e @tatianafeltrin . O príncipe Michkin é inpirado em Jesus e Dom Quixote. Compaixão diante da miséria humana tem limite? Qual seria?
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Nemec 16/03/2021

Clássico
É o primeiro livro que leio do Dostoiévski e fico bastante impressionado com a riqueza de detalhes que cada personagem é construído e apresentado nessa narrativa cheia de reviravoltas.
Infelizmente a versão em e-book que li não era das melhores, mas a fluidez da história não se prejudicou.

O autor conta em uma só história, diversas outras, inclusive até algumas de si mesmo!

Vale a pena fazer essa viagem a uma Rússia do século XIX, de belas paisagens e personagens muito vivos, coloridos e muito humanos.
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MariaeSM 05/03/2021

Difícil saber o que pensar
Fiquei um bom tempo sem conseguir saber o que pensar direito a respeito deste livro... Ele me deixou com uma série da questionamentos e um incrível vazio depois que terminei de lê-lo. Que final foi aquele? Realmente não conseguia imaginar que algo assim pudesse vir a acontecer, mesmo não gostando dos personagens que estavam envolvidos na cena final. Aliás, não gostava da grande maioria dos personagens. Acho que só gostava do Kolia e olhe lá. O livro está cheio de personagens bastante complexos, para não dizer outra coisa. Talvez exagerados em demasiado. Além de ter muitas cenas que acontecem simplesmente por acontecer. Existem muitos temas que são abordados neste livro, a maioria através do príncipe, em especial a questão da pena de morte. E embora o livro seja grande, todos os acontecimento se dão em pouquíssimos dias, sendo que às vezes possuem um grande intervalo de tempo entre alguns destes. Esse livro me deixou tão entretida no tempo em que o estava lendo, queria terminar logo apenas para o bem da minha própria saúde. Era cada choque que algumas cenas causavam que me sentia estarrecida. Enfim, é um bom livro, só que não possui muitos personagens aos quais alguém conseguiria se apegar, a meu ver. E a história chega a ser absurda às vezes devido a natureza dos acontecimentos.
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LeiaAngelita 28/02/2021

Uma relação de amor e ódio com esse livro
Bom, li esse livro por causa de um desafio particular meu e confesso que esperava bem mais da história por causa de toda as coisas que ouvi falar sobre ele. No entanto, no entanto confesso que fiquei um pouco desapontada por conta da forma como a história foi escrita, acabou por ser escrita de forma bastante bagunçada até, enfim. A história apresenta uma série acontecimentos aleatórios, a meu ver, é claro. Os personagens foram os pontos negativos a meu ver, ouvi sim um grande desenvolvimento psicológico por parte deles, mas eu realmente não consegui me apegar a nenhum deles e muito menos gostar todos eles apresentam certas características que me irritaram durante obra por diversas vezes principalmente o príncipe, personagem que eu achei que iria adorar pois de acordo com o autor é baseado em Jesus Cristo e em Dom. Enfim, não foi o que aconteceu. Depois do príncipe, os personagens que mais me deram nos nervos, no caso as personagens que mais me deram nos nervos foram a Nastácia e a Aglaia. Realmente não consegui gostar de ninguém dentro desta obra. De fato, o livro apresenta diversos questionamentos, temas que podem ser discutidos e que podem te deixar com uma pulga atrás da orelha, sem conseguir parar de pensar neles por um bom tempo. No entanto, todos esses questionamentos E essas partes que nos fazem pensar, a meu ver, não foram bastante para conseguir superar os pontos negativos que a obra apresenta. O final da obra foi bastante chocante e me deixou com uma série de questionamentos, e eu não consegui parar de pensar nele por um bom tempo depois que terminei de ler o livro. Mas enfim, talvez apenas este livro não seja para mim ou talvez não seja o momento certo para que eu consiga tirar da obra tudo aquilo que ela vale, enfim, não sei.
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Manu 06/02/2021

Já havia lido algumas resenhas, visto uma coisa ou outra a respeito de Dostoiévski, já tinha até mesmo lido o livro "O inspetor geral" de Nikolai Gogol para me habituar a esse novo ambiente literário que iria me aventurar. E iniciei minha leitura com uma de suas obras mais densas. Uma novela com diversos personagens e acontecimentos. Um livro repleto de discussões filosóficas e morais que nos traz como personagem central o príncipe Michkin. Um jovem que está retornando a Rússia após anos de tratamento na Suiça contra epilepsia, doença essa que em seu período mais grave quase torna o jovem Michkin em um idiota. Sendo um órfão, ele retorna e busca travar conhecimento com aquela que seria sua última parenta, uma vez que ele é o último de sua linhagem. Uma leitura de persona que é vista como uma mistura de Dom Quixote com Jesus Cristo, dado o caráter bondoso de Michkin. No entanto o coração puro de nosso herói o faz enxergar o melhor nas pessoas, e por essa razão (além da epilepsia), é constantemente chamado de idiota.
Com uma trama envolvente, personagens marcantes (foi uma diversão à parte soletrar os nomes das personagens). Com períodos espaçados na narração, por vezes veloz (a primeira parte é a descrição de um único dia) e depois mais lentamente após as apresentações. Não foi uma leitura fácil, tendo um caráter muito pessoal, os relatos das crises chegam a ser sentidos com uma leitura mais sensível. Tem de ser feito com gosto e atenção, muitas passagens servem para dias de reflexão. A intensidade humana expressa, a descrição exata dos momentos que somente alguém que possua a mesma condição pode entender. O idiota, apesar do título, é uma das obras mais inteligentes e comoventes que tive o prazer de ler.
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Gabriel 23/01/2021

''A beleza salvará o mundo''
O livro é bastante denso, uma leitura realmente cansativa. Para quem já está acostumado com as obras do grande escritor russo, Fiódor Dostoiévski, não há surpresas quanto ao estilo da escrita. O livro foi escrito em meio a um momento difícil da vida de Dostoiévski, que teve de transitar entre várias cidades, como Milão e Florença enquanto escrevia o livro, por conta de suas dívidas na Rússia, onde corria risco de ser preso.

Os primeiros capítulos do livro são bastante lentos e certamente, são os mais cansativos. Temos praticamente uma apresentação de cada um dos (inúmeros) personagens. Um trecho logo no início da obra, onde o príncipe Míchkin fala sobre suas experiências na Suíça, onde realizou um tratamento por conta de sua doença (a epilepsia, que também acometia Dosto (é sabido que o personagem tem grande teor autobiográfico)), foi de longe um dos mais marcantes que já li na obra de Dostoiévski, semelhante ao momento em que Raskólnikov confessa o assassínio em ''Crime e Castigo'', para Sonia Marmeladova. Nele, Míchkin fala sobre sua relação com uma mulher, humilhada pela própria comunidade onde vivia, inclusive pelas crianças - criaturas pelas quais o príncipe possui grande afeição. O príncipe explica o porque de sua predileção pelos pequenos, expõe toda sua característica piedade, a qual chegou ao ponto de beijar a moça - não por amor, mas por genuína compaixão por seu padecimento (temos aqui, um prelúdio de usa relação com Nastácia Filíppovna) -, bem como se esforçou de modo a mudar a imagem que aquelas crianças tinham da mulher humilhada

Há diversos momentos marcantes na obra, e os personagens, como sempre acontece nas obras do autor russo, são de uma profundidade e complexidade salutares. Nastácia Filíppovna, é certamente uma das personagens femininas mais marcantes do autor e seu desenvolvimento ao longo do transcorrer na história, é excepcional. Se Míchkin é a junção de Cristo e Dom Quixote, Nastácia é a antípoda do príncipe. Criada por Totski - um homem rico e abusador de menores (embora isso fique implícito na obra) -, após perder seus pais de forma trágica, ela recebe uma educação formal que a diferencia das demais mulheres de sua época, mas é essa relação de abuso, poder e dinheiro que se desenvolve entre ela e Totski desde cedo, que faz com que se sinta impura, corrompida, maculada e indigna de receber o amor de um homem bom, como o príncipe Míchkin.

Há outros personagens brilhantes na obra, como o orgíaco Rogójin; o capitão Ívolguin, um contumaz mentiroso e beberrão; o carismático jovem Kólia; o niilista Hippolít; o ganancioso Grávila Ardaliónitch, dentre outros.

Ao longo do livro, somos expostos constantemente a visão religiosa ortodoxa de Dostoiévski, são diversas as passagens que remontam ao apocalipse e a paixão de Cristo. Também temos questionamentos ao niilismo, outro tema bastante recorrente nas obras do autor; além, é claro, das típicas questões referentes a sociedade russa da época e as indagações sobre a cultura ocidentalizada que cada vez mais se fazia presente no país.

No final, somos apresentados ao dilema do livro: vale a pena ser bom? Aqueles que lerem a obra se depararam com um final bastante interessante, que vai ao encontro desse questionamento e remonta a perícopa da adúltera. Do autor dessa resenha, apenas uma afirmativa: em mundo corrompido pelo egoísmo, pela ganância e pelo ardor incessante do desejo, aqueles que como Míchkin, tentam ser bons e compassivos com o próximo, são taxados de, e tratados como, meros idiotas - como o personagem é chamado ao longo de todo o livro, sendo ainda vítima de intensos risos quase sempre que se dispõe a discursar sobre algo.

A leitura vale a pena, mas não recomendaria para iniciantes em Dostoiévski, que podem se assustar com a densidade da obra e com o cansaço que certamente sentirão ao ler o livro. A leitura é em diversos momentos monótona e desconexa da história principal, como um capítulo inteiro dedicado a uma conversa do príncipe Míchkin com o general Ívolguin, que jura ter sido pajem de Napoleão (!). A obra também demanda certo conhecimento prévio de teologia, história russa e literatura.

Ler Dostoiévski nunca será uma tarefa fácil, mas como em outras obras do autor, o conjunto da obra vale o esforço de ler este que foi, é, e talvez para sempre o seja, um dos maiores autores da literatura mundial.
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Radamila 20/01/2021

Assim se eleva e cai um príncipe
Liev é um jovem doente e, devido à doença, inocente demais. Em sua jornada de volta à pátria vive encontros alegres, melancólicos, românticos e até comprometedores da sua reputação.
Talvez o próprio Liev não entenda seus sentimentos e fique perplexo com o desenrolar do acontecimentos.
Achei a leitura um pouco confusa e arrastada em alguns momentos, mas de modo geral a narração reflete simplicidade.
Recomendo para quem curte ficção realista.
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Snow 15/01/2021

Ai ai...
Fecha o livro.
Surta.
Respira fundo.
E continua.
Leve taquicardia e um "comassin??" por capítulo. O final não foi feito para ser superado, é isso.
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Ariadne 31/12/2020

Confusão e gritaria na Rússia
A história é bastante confusa às vezes, mas a escrita de Dostoiévski compensa sempre.

Acho que nunca li um livro com tanta briga e confusão entre os personagens, haha.
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Laura Regina - @IndicaLaura 31/12/2020

Dostô sendo lindo lindo
A chegada do príncipe Michkin trará rebuliço na sociedade de Petersburgo.

Confesso que foi difícil pra mim começar este livro - por ser grandão, pelo tema inicial não me interessar tanto, por eu ter atrasado seu início para ler outras coisas e ficar com o tempo apertado, etc etc.

Pra minha surpresa e deleite, rapidamente a escrita de Dostô me conquistou e fiquei superempolgada em saber até onde iriam as enrascadas do príncipe com epilepsia, visto como burro/ idiota/ tolo/ inocente. Concordo totalmente com um comentário que vi na internet: Michkin é o Forrest Gump russo, um homem que não mede consequências, não se importa consigo mesmo, apenas busca o melhor para o outro e vê o melhor de cada um.

Por ser uma história bastante grande e enrolada, cheia de personagens, em alguns momentos me senti um tanto confusa. Mas nada que me impedisse de continuar lendo, sem estar totalmente perdida, e aos poucos Ia ficando mais claro quem eram os personagens e o quanto estavam interligados ao príncipe.

Recomendo a leitura nesta edição da 34, porque a tradução é perceptivelmente bem cuidado, há textos de apoio, e principalmente tem muitas notas de rodapé que esclarecem vários pontos estranhos sobre a Rússia do século XIX.

E você pode me perguntar: e ai, gostou do livro? Eu direi que sim, é divertido ver as enroladas por onde o príncipe se mete. Mas devo dizer que gostei bem mais das três personagem femininas que chamaram minha atenção: a mulher que rouba corações e vive fora dos padrões da sociedade honrada Nastácia Filíppovna, a moça que busca ser mais do que uma comum donzela Aglaia Ivánovna, e sua mãe protetora e confusa Lisavieta Prokófievna. Mulheres fortes e fracas, cheias de defeitos e qualidades, muito interessantes e donas das reviravoltas da história.

Mais indicações no Instagram @indicalaura

site: https://www.instagram.com/indicalaura/?hl=pt-br
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