O lobo da estepe

O lobo da estepe Hermann Hesse




Resenhas - O Lobo da Estepe


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mfnpr 25/07/2020

Amargo
Acho interessante a forma como o autor aborda a vida humana e seus problemas nas obras. Com "O Lobo da Estepe" não foi diferente.

A escrita não é cansativa e, dependendo do humor do leitor, pode ser até cativante. São diversos momentos de reflexão ao longo da narrativa, a qual vai se desenvolvendo até que, no fim, nos deixa com um gosto amargo na boca.

Um amargo que me trouxe leveza e me rendeu uns pensamentos mais profundos.
J.A.F 30/07/2020minha estante
Um dos meus favoritos do autor!




LER ETERNO PRAZER 08/12/2021

"O lobo da estepe" a obra teve sua primeira publicação em 1927!
Foi uma obra que de início não foi muito bem aceita principalmente por aquele com um olhar mais conservador, por ter em seu conteúdo descrições e passagens que feriam um pouco as convicções e conceitos da intelectualidade conservadora de muitos.
O autor escreve essa obra em um momento difícil de sua vida, em um momento que passava por uma forte depressão. Talvez por conta disse o romance tenha saído um pouco do lugar comum e tenha se tornado do ponto de vista literário um romance extremamente complexo, imaginativo e inovador para a época em que foi escrito. O livro é recheado de idéias sobre o autoconhecimento é uma obra filosófica e psicologicamente muito forte.
Podemos afirmar que "O lobo da estepe" tarta-se de uma autobiografia, pois as iniciais H.H (de Harry Heller, nosso protagonista) remetem diretamente a um caráter autobiográfico, sendo apenas uma das ?brincadeiras? de estilo do autor, mostrando para nós que há uma projeção pessoal sobre a obra.
Na obra ?O lobo da estepe?, o protagonista é um brilhante intelectual recatado, que tem uma imensa dificuldade de se socializar com outra pessoas devido sua timidez.
A história se passa pouco depois da Primeira Guerra Mundial, provavelmente na década de 1920. O romance é apresentado primeiramente através de anotações, que podemos chamar de diário, de um homem chamado Harry Haller. Essas anotações foram encontradas em seu quarto onde morava, pelo sobrinho da locatária. Através desses escritos, ele faz uma breve introdução no Prefácio do Editor.
O Prefácio é crítico por dois motivos. Primeiro, para apresentar aos leitores a estrutura do romance. Este é um manuscrito escrito e deixado para trás por um indivíduo perturbado(Heller). O sobrinho adverte os leitores de que o romance consiste nos registros escritos de Harry Haller, preparando-os para a natureza desarticulada e atemporal da obra. A história não possui uma narrativa sustentada por um enredo padrão. A história também não consiste em elementos de trama na ordem tradicional, ou seja, explicação, ação crescente, clímax, ação decrescente e desfecho. Em vez disso, ficamos imaginando quando os acontecimentos ocorrem e quanto tempo dura os eventos descritos. Além disso, ficamos questionando a validade do manuscrito devido ao aviso do próprio sobrinho de que eles são apenas "fantasias parcialmente doentes, belas e pensativas".
O resto da obra é narrada em primeira pessoa e está dividida em:Primeiro: ?Anotações de Harry Haller, só para loucos?, onde o protagonista é descrito como um ?lobo da estepe? e expressa seus sonhos, delírios, pensamentos e desentendimentos; Segundo:?Tratado do Lobo da Estepe, só para loucos?, que é um ensaio filosófico e psicológico que nos permiti mergulhar mais profundamente no mundo de Harry e entender sua personalidade. Na dupla disposição, ele se viu na imagem do lobo ? um homem selvagem e caótico, guiado por instintos, e ao mesmo tempo como o último cavaleiro do romantismo.
A obra nos leva ao mundo de Harry, seus pensamentos e sentimentos. Ele é um ser solitário que não consegue encontrar seu lugar no mundo, nos convida à refletir sobre como encontrar o sentido da vida em uma sociedade moderna, uma sociedade de massas na qual não parece haver lugar para intelectuais ou pessoas diferentes.( Será que podemos traçar um paralelo com a sociedade de hoje?)
"O lobo da estepe" não é uma obra simples de ler, mas também não se torna tão complexa que não se possa ser lido por todos, traz em seu interior questões existênciais, a luta ferrenha pelo autoconhecimento, a busca constante de se estar inserido ao meio de todos mesmo sendo diferente da maioria. Como ser aceito sem ser igual, como se igual sendo tão diferente.
"O LOBO DA ESTEPE" livro que merece ser lido mais de uma vez, pois é certo que a cada releitura teremos sempre novas visões, novo aprendizados, novas experiências.
Ótimo livro, difícil, mas ótimo!!
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Cristina.Amaral 20/12/2021

Só para loucos! Só para raros!
Harry tem sua vida contada pelo sobrinho de sua senhoria. Inicialmente o estranho e solitário Harry causa agonia no jovem, mas, aos poucos causa fascínio. Ele apresenta ao mundo o que o velho Lobo da Estepe deixou registrado. Um mergulho na "loucura", tristeza e solidão. O retrato da depressão, esquizofrenia em um homem muito inteligente, chegando na 3° idade e com muitas dores no corpo e na alma.
Pode ser um gatilho sobre depressão e pensamentos suicidas.
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Maria. 04/08/2023

Presente dado pela minha amada em julho de 2023
Esse foi o meu primeiro Hesse, autor muitíssimo recomendado por aqueles ao meu redor que compartilham o gosto por Saramago, Mann, Dostoievski. Logo no início dá pra entender o motivo! É verborrágico como um Dostoievski, peculiar como um Saramago e com personagens rasos-profundos como os de Mann. Foi um prato cheio, mas eu não tinha tanta fome: tive momentos de prazer durante a leitura, me pegando sorrindo com ele entre as mãos no metrô lotado pra cacete de uma quinta-feira 18h. Mas, pelo mesmo motivo de eu ter rompido momentaneamente com os russos, não estava para prepotência; mesmo que proposital a fim de construir a narrativa. Soube lidar e tolerar. E que bom, pois o livro é sim bonito. Tem uma mensagem bonita. Gosto do tom só-se-vive-uma-vez e nunca-é-tarde-demais. Acho que já fui muito Harry Miller, engessada em meus gostos e em que acredito ser, e hoje sou mais Pablo - de olhos brilhantes para a possibilidade. Enfim, pretendo ler mais de Hesse. Me encanta que ela tenha escrito o lobo da estepe com 50 anos!
Recomendo como primeira leitura apenas para aqueles com estágio em livros com mto blá-blá-blá filosófico e devaneios individualistas
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claudio.louzd 01/01/2021

Clássico Nobel Romance Psicanálise Depressão Suicídio Sentido da Vida
Umas das principais obras desse vencedor do Nobel de Literatura, é provocativo, instigante e denso.
Se você estiver na meia idade, serão várias as identificações.
Discute o sentido de viver, os dilemas de todos nós, com pitadas de psicanálise, depressão, tendência suicida, romance, ideal (ou ideais) do ego e alteregos, e muito mais.
De quebra, demonstra o Zeitgeist alemão no entreguerras, a mentalidade anti-guerra e como muitos já sabiam, em 1927, que outro grande conflito se avizinhava.
Mostra também que a incoerência de certa esquerda vem lá de priscas eras.
Aliás, o protagonista, nessa obra quase autobiográfica, odeia burgueses, mas é mais que um, pode-se dizer que é mesmo um dândi.
Sendo um clássico, a obra vale para entrar o contato com o autor - e ter vontade de ler mais dele - e provocar um sem número de reflexões sobre o que queremos da vida.
E veja: se estando na meia-idade, as identificações são muitas, se você é jovem, será ao menos um alerta de como chegar nos 50 realizado e feliz.
Boa leitura!
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spoiler visualizar
Trovo 25/08/2022minha estante
O filme existe, e tem como protagonista o mesmo ator que fez o papel do Padre em " O Exorcista".




Marcos.Wagner 07/11/2020

Muito bom
O livro trás reflexões sobre a vida a morte a juventude e a velhice muito bom
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Peter.Molina 21/10/2022

Solidão ao alcance de todos
O livro é um clássico da literatura, tem uma escrita por vezes poética às vezes surrealista. Tem muitos gatilhos e no início pode ser considerado uma experiência bastante depressiva. Na segunda parte o livro toma outra característica e se torna mais vibrante. É uma obra de muitas camadas principalmente na parte do Teatro Mágico, acredito que as referências que o autor utilizou sejam melhor entendidas por quem tem algum conhecimento de psicologia. Um livro que precisa ser lido con calma e reflexão, uma obra sobre solidão, depressão, senectude e o sentido da vida.
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LairJr 22/03/2022

De fato um livro intenso. Uma compilação de sentimentos e sensações reunidas em um personagem profundamente complexo. Me fez pensar em uma dura e amarga caminhada de autoconhecimento, passando pelo aniquilamento do eu conformado e estático em busca de redenção.
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Vitor922 15/02/2023

Quem quiser música em vez de Balbúrdia, alegria em vez de prazer, alma em vez de dinheiro, verdadeiro trabalho em vez de exploração, verdadeira paixão vez de jogo, não encontrará guarida nesse belo mundo.
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Laíse 13/03/2023

"O homem não é uma forma fixa e duradoura... Não é outra coisa senão a estreita e perigosa ponte entre a Natureza e o Espírito"
allanzanetti 13/03/2023minha estante
Bom te ver aqui, Laíse. Esse livro tem um ar melancólico.


Laíse 13/03/2023minha estante
Ressurgi Allan! Haha e sim, diria que é um anti-romance, sem foco cronológico, um fluxo de consciência




Karib 25/05/2021

Hesse me toca profundamente. Todos os livros parecem dialogar diretamente comigo, igual a um mágico jogo de cartas.

O LOBO da estepe não foi diferente, porém creio que, talvez pela idade, não consiga compreende-lo em sua totalidade.

Com certeza um livro para se reler no futuro, em alguns bons anos.
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MF (Blog Terminei de Ler) 22/03/2020

Um olhar sobre as várias facetas do eu interior e da complexidade humana
Nota inicial: Essa resenha tem spoilers.

Livro "O lobo da estepe" do escritor alemão Hermann Hesse. Publicado originalmente em 1927, trata-se de um dos principais livros da literatura produzida na Alemanha e um dos mais aclamados do autor.

Na obra, temos a história de Harry Haller, contada por meio de um manuscrito escrito pelo próprio, encontrado pelo filho da dona de uma pensão, onde o protagonista está hospedado. Haller é um senhor cinquentenário, intelectual, um tanto misantropo, com tendências ao alcoolismo e uma profunda angústia, permeada de pensamentos autodestrutivos e pessimistas. Ele tenta se adequar à sociedade burguesa, ao mesmo tempo em que a repele, mesmo sendo um burguês. Quer se relacionar com as pessoas mas, em paralelo, considera meio pueril, desinteressante, infrutífero essas interações.

Certo dia, andando pela rua, Harry recebe de uma propagandista na rua o “tratado do lobo da estepe”, um livreto que o leva a entender totalmente sua própria condição, por meio de uma análise detalhada de sua própria mente, na qual sua personalidade é dividida entre o “homem” e um “lobo”, que estão em conflito permanente, sendo a metade animal de sua mentalidade caracterizada por uma certa intempestividade, um senso de rebelião. Tal cisão é perceptível no episódio onde ele visita um antigo amigo com o sincero desejo de interagir com alguém que lhe era simpático (Harry influenciando) e, em dado momento, um desentendimento acaba estragando a noite (Lobo da Estepe dando às cartas).

As coisas tomam um rumo inesperado na vida de Harry quando ele, retornando para a hospedaria com a ideia fixa de se matar, é atraído para o letreiro de um estabelecimento chamado “Teatro Mágico”, um local “só para loucos”. Ele conhece Hermínia que, mesmo sendo bem mais jovem, demonstra ser muito mais sábia. A jovem demonstra entende-lo e o leva a enxergar uma nova perspectiva de vida, por meio do aprendizado da dança. Ele também é apresentado à Maria, amiga de Hermínia, com quem redescobre os prazeres do sexo. Hermínia, com suas opiniões perspicazes e aulas de dança, prepara Harry para um baile no Teatro Mágico e, uma vez neste local, coisas inesperadas começam a ocorrer.

Influenciado pela psicanálise, Hesse busca uma compreensão do “eu interior” que todos nós trazemos dentro de si. Esse eu é dividido por inúmeras personalidades: ora somos tímidos, ora extrovertidos, ora somos otimistas, ora pessimistas, ora estamos alegres, ora estamos tristes, ora temos uma tendência a ser racionais e, em outros momentos, nós permitimos certa credulidade. O ser humano é um animal complexo e que não pode ter sua natureza, sua personalidade, analisada por um prisma de dualidade: certo e errado, belo e feio, bom e ruim. Há nuances, entre os extremos, em nossas visões das pessoas, do mundo, da vida. É o que Harry percebe quando, em certo momento, adentra numa sala de espelhos do Teatro Mágico.

A entrada de Harry na sala de espelhos do Teatro Mágico, com portas que se abrem para visões e ambientes permeados de onirismo, é um desafio ao leitor. Com uma narrativa carregada de surrealismo, não se sabe se o que Harry enxerga está acontecendo ou não, se tudo é um sonho. Numa narrativa primorosa, Hesse leva o leitor a uma viagem à mente complexa de Harry, tão complexa como a mente de qualquer um de nós.

A etapa final da narrativa, com esse tom lisérgico e um final intrigante, me leva a estabelecer uma pequena analogia com o filme “2001: uma odisseia no espaço” de Stanley Kubrick. Em ambas as obras, após o término, ficamos com a certeza de ter acompanhado uma obra-prima mas, em paralelo, ficamos perplexos. Essa atmosfera meio psicodélica tornou o livro conhecido durante os anos de contracultura.

A narrativa primorosa e a abordagem intimista tornam “o lobo da estepe” um livro peculiar, rico, uma experiência literária única.

Resenha escrita em 22/03/2020.

P.S.: Caso tenha gostado do que escrevi, visite https://mftermineideler.wordpress.com/
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medderao 15/05/2022

O melhor da arte
Uma crítica riquíssima em camadas de compreensão sobre um tema extremamente custoso ao ocidental: a subjetivação cristã.

Menos culpa, menos seriedade, menos vergonha e mais vida.
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linx 01/03/2020

Um dos melhores que já li
A mente do personagem principal é tão bem dissecada nesse livro que caso eu tivesse de imaginar qual seria a reação dele ante alguma ocasião nova eu não teria dificuldades.

O personagem é muito profundo e a Trama é muito bem desenvolvida, apesar que alguns podem achar meio parada e sem ação.

O final do livro realmente atua como uma grande conclusão e o personagem principal inegavelmente fica muito diferente de quando o livro começa.

SÓ PARA OS RAROS,
SÓ PARA LOUCOS
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