O Mundo de Sofia

O Mundo de Sofia Jostein Gaarder
Nicoby
Vicent Zabus




Resenhas - O Mundo de Sofia


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Baptista Cardoso 16/06/2017

Vamos sair da Caverna!
Comecei a ler este livro em dezembro de 2016 e só concluí a leitura no dia 15/06/2017! (Aqueles que se aventuraram por essas páginas sabem o que representa o dia em que fechei o livro e o guardei na estante.)
Mas por que tanta demora?
Sim, o livro é meio cansativo em algumas horas. Por isso dei preferência a uma leitura calma, avançando poucas páginas, lendo mais de uma vez cada uma delas. Tudo isso para fixar bem o conteúdo que, veja bem: é uma explicação e tanta sobre assuntos que nem todos se interessam!
Mas vamos falar do livro em si:
O autor conseguiu, como dito acima, conciliar assuntos por vezes taxados como massantes em situações divertidas, que certamente fará o leitor se divertir muito e também, como a filosofia tem como fim, indagar-se, questionar antigos valores, abrir novas visões de mundo.
O enredo consiste num curso de filosofia que é dado a uma garota chamada Sofia, que, de alguma forma, relaciona-se com uma tal de Hilde, filha de um Major a serviço da ONU, que está no Líbano em missão de paz. Sim, é realmente uma confusão, um mistério bem elaborado que, ipsis litteris, toma um rumo muito surpreendente.
O livro, a partir de determinado momento, é constituído praticamente apenas de diálogos. Isso não é spoiler, claro, porque não me refiro a qualquer acontecimento presente na narrativa, apenas previno o futuro leitor da forma com a qual o autor se valeu para contar a história.
Em termos de qualidade literária, isso faz com que a obra perca alguns pontos. A combinação de modos com que um livro é escrito e a história é passada adiante certamente é algo que o leitor deve se atentar para julgar a capacidade de um autor em contar aquilo que quer. Entretanto, nem sempre muita variedade em características literárias se faz necessária para tornar o produto final algo bom: o presente livro ensina que Platão compôs obras em forma de DIÁLOGOS porque era uma maneira eficiente de ensinar e aprender, é CONVERSANDO que trocamos experiências e aprendizados.
Sob esse ponto de vista, a proposta de Jostein Gaarder de fazer-nos refletir, profundamente, sobre inúmeros temas é completamente válida.
No mínimo, aquele que ler "O mundo de Sofia" deparará com uma maneira divertida de passar o tempo, acima de tudo sem ter em mãos um conteúdo supérfluo. Temas como esses deveriam estar mais presentes em nosso dia-a-dia, e como disse "certo" personagem, não necessariamente nestas palavras: "Com um livro de filosofia, que pode ser compartilhado, certamente as pessoas pensariam mais antes de tomar atitudes importantes de última hora".
Com certeza um de meus favoritos, que todo mundo deveria ler ao menos uma vez na vida.
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Mariane.Aquino 20/06/2017

Leia esse livro e ame filosofia a partir daí. Ou leia esse livro, e ache ele a coisa mais tediosa do mundo. Comigo foi o primeiro caso :)
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Marcela.Hideu 04/07/2017

Uma concepção dialética
"Não obstante, é com neste "pré - suposto" fragmento, que, ora faz-se necessário analisar uma obra puramente filosófica e de extrema importância como o "O Mundo de Sofia", onde o autor apoiasse de maneira clara e precisa num aspecto histórico o qual sua personagem em evidência, passa por determinados acontecimentos no período do seu aniversário. Assim, no desenrolar dos fatos, dar-se-á sobre um certo "bilhete" que estivera escrito uma estranha pergunta: "quem é você?"; a partir daí, a problematização do questionamento torna-se uma constante incógnita, do estranho bilhete em questão, que por sua vez, todos os feitos sobrecarregarão sobre a mesma. Com isso, o engendramento dos fatos farão com que o romance desenvolva-se em pontos de vista diferenciados a um intuito de uma realização de empreendimento para o leitor, o qual a existência dessa ligação, refere-se de uma linguagem afetiva e entusiasmada pela forma de comunicação que contagia a cada momento da difusão da narrativa.
Dentro dessa visão, são abordadas várias representações e concepções intelectuais as quais, o valor do juízo é desenvolvido sob conceitos lógicos e de máxima acepção inicial da civilização. O leitor por sua vez, compartilha da inteireza em sua realidade através da origem e do sentido da existência do bom senso e da prudência moral filosófica transcrita na obra.
A evidência percorrida dos fatos abrange os conhecimentos fundamentados sob uma disposição de organização social, embora obscuro, são abordados numa seqüência de ensinamentos de uma experiência que é guiada para a conduta lógica, onde a "personagem" recebe em forma de "cartas" ou de "entendimentos" sobre suas ações que ora evolve as pessoas e as coisas no romance e fora dele, ou seja, o leitor.
O autor por sua vez, deixa sem qualquer evidência os auxílios que possam encadear determinadas ações para que o romance torne-se mais acessível e agradável, ora o mesmo tenha um cunho específico e difícil de ser compreendido por algumas vezes, a sua existência de domínio "varia" no que cerne as idéias que se entrelaçam de forma genérica. Porém, a base do divertimento da personagem "Sofia", hegemoniza aleatoriamente um grau de facilidade dentro desse universo de "dogmas" sobre "Demócrito". Por deveras, criador da teoria do "atomismo", que recuperou a importância da virtude na interpretação mecanicista no mundo, surgida no séc. XVII, sob fortes influências no contexto dos filósofos "pré-socráticos" que, eram preocupados, sobretudo com a descoberta do "arké" ou princípio gerador das coisas. Sobretudo, Demócrito considerou que toda a realidade compunha-se de dois elementos únicos: onde o "vácuo ou não-ser" e os átomos, deixando a sensação dos argumentos como uma explicação totalmente material e mecanicista no mundo"
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Fernanda.Ribeiro 12/07/2017

Introdução filosofica
Enquanto estava querendo conhecer melhor filosofia, a leitura desta obra tornou-se extremamente prazerosa. Porém, a trama que permeia o livro e os diálogos entre aluna/professor podem ser bem massantes massantes.
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Paulo 14/07/2017

O Mundo de Sofia é, nas palavras do autor, um romance sobre a história da filosofia. Uma menina chamada Sofia Amundsen começa a receber estranhas cartas e folhas de fichário de um estranho que lhe faz perguntas profundas como: De onde vem o mundo e Quem é você. Essas folhas de fichário parecem contar progressivamente a história da filosofia ocidental. Aos poucos, Sofia recebe pacotes e cartões endereçados a uma menina chamada Hilde Moller Knag da qual ela não tem a menor relação. O que as aulas de filosofia, Hilde Moller Knag e um major da ONU estacionado no Líbano tem a ver com Sofia?

Bem, vou apresentar meus pontos positivos e negativos sobre a obra. Mas, já aviso logo àqueles que são fãs da escrita de Jostein Gaarder que não gostei do livro. Em uma escala de 0 a 10, dou 6,0 e olhe lá. Explicarei meus motivos a seguir.

O autor, Jostein Gaarder, é norueguês e um estudioso de filosofia, teologia e literatura. Dedicou-se ao objetivo de ser uma ponte entre leigos e a filosofia. É um autor muito preocupado com o ensino de filosofia e seu impacto nas novas gerações. Estas, para ele, estavam muito distantes do ensino da filosofia como era feito pelos antigos gregos, dedicados à compreensão de seu lugar no mundo. O Mundo de Sofia é sua obra seminal, mas podemos destacar outros como O Dia do Curinga, Maya e O Castelo dos Pirineus.

Como uma obra de história de filosofia é uma obra fantástica. Ele não esqueceu de nenhum ponto, talvez eu tivesse outros autores interessantes como Thomas Morus, Montaigne e Proudhon, mas foi a escolha do autor e não podemos criticar. Em filosofia, às vezes temos mais interesse em alguns do que em outros. Gaarder tocou nos pontos principais de cada filósofo e não enrolou muito. É impossível abarcar todo o corpo constituinte da filosofia de um determinado autor; ele passaria mais de 2000 páginas fazendo isso e mesmo assim não conseguiria pegar tudo.

Também gostei dos exemplos usados por ele: simples e compreensíveis. Ótimos para serem usados em sala de aula, sendo atemporais ao mesmo tempo em que se relacionam com o cotidiano de um leitor leigo. Nesse ponto, a filosofia parece realmente acessível a todos. Deixa de ser aquele ser estranho que homens loucos gostam de estudar. Gaarder traz a filosofia para próximo de nós. Lendo o livro parece fácil ser um filósofo.

O problema é que eu não concebo esse livro como um romance. Digo isso porque o autor não desenvolve muito a história. Ele se preocupa demais em passar todo o conteúdo desejado e a história acaba por se tornar arrastada e desconexa em várias oportunidades. O início e o fim do livro são muito legais, mostrando que o autor poderia ter feito algo muito bom. Ele deixou bons ganchos de história, inaproveitados.

Seria possível apresentar o conteúdo de várias maneiras diferentes: eu não sou escritor, mas pensei em pelo menos 10 formas diferentes. A história da filosofia é apresentada de forma extremamente expositiva, tornando a leitura chata e tortuosa em muitas oportunidades. Eu sinceramente não daria O Mundo de Sofia para um aluno de 15 anos se interessar mais por filosofia. Muito pelo contrário, eu o afastaria; se dosado, pode ser uma boa leitura. Penso em usar trechos do livro como uma introdução em uma prova, mas não a obra completa.

Um romance expositivo é uma descrição chata e maçante de acontecimentos. É preciso entender que os adolescentes querem uma leitura dinâmica e interessante. Se fugimos desse objetivo, espantamos nosso público. Por que um Dan Brown ou um Stieg Larrson são sucessos? Simples… escrita instigante. Eu quero saber logo o final porque se eu não ler ficarei curioso.

Outra coisa que me chateou muito foi a inconstância da personagem principal. Cadê a coerência??? No início do livro, Sofia é uma adolescente comum que vai tendo sua curiosidade atiçada por um misterioso professor de filosofia. Ela parece ser uma menina curiosa, se engajando nas discussões. Mas, na metade do livro, ela se torna uma pirralha chata e grosseira. Minha vontade era de dar umas porradas nela. Aí depois ela volta a ser curiosa para 50 páginas depois ser uma garota lerda e malcriada. Onde está a coerência? O autor não deixou entender nas 150 primeiras páginas que essa era a personalidade dela… surgiu do nada. Se era para Sofia ser uma garota chata e malcriada, ele precisava ter apresentado a partir de situações que essa era a personalidade dela. Ou, sei lá, dizer isso em um parágrafo.

Enfim, não foi das melhores leituras, mas recomendo a pessoas que já possuam interesse em filosofia. Novatos gostarão dos 10 primeiros capítulos porque depois a leitura começará a ficar truncada.

site: www.ficcoeshumanas.com
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Gabriel 24/07/2017

Simplesmente Incrível
Este livro conta a historia de uma menina que está prestes a completar quinze anos que começara a questionar sobre sua existência através de um curso de filosofia de um professor misterioso. Isso me fez lembrar de quando eu comecei ter aulas de filosofia ( tirando todo esse mistério é claro ) e aprendi sobre como devemos questionar o mundo a nossa volta, e esse livro simplesmente me levou de volta a essa época ( não tão distante mas ¯\_(ツ)_/¯ )

A historia inteira é praticamente uma grande aula resumida sobre a filosofia através das eras, ou seja, desde os filósofos da natureza até o existencialismo, e nesse ultimo ponto é onde a historia atinge o seu auge e os personagens começam a duvidar da sua própria existência.

Talvez o que seja mais intrigante em toda essa historia é o fato de que nunca teremos respostas pra nada ( ou pelo menos para a grande maioria das coisas ) e que tudo seja um grande ponto de interrogação, e que talvez nunca saibamos a verdade ou o do por que estamos aqui e etc, mas é isso que é a filosofia e ela é simplesmente incrível e este livro me fez perceber isso.

A narrativa ela muda de acordo com o passar das paginas, sendo bem simples entender tudo na introdução do livro, mas que fica um pouco mais densa por exemplo no meio do livro. A Sofia talvez não seja a melhor protagonista no que se diz de personalidade, mas ela é interessante, assim como os outros personagens, mesmo que eles não sejam completamente explorados.

Em geral, é um livro simplesmente sensacional, cada pagina que você passa te faz ter vontade de aprender e se levantar para sair do meio dos pelos confortáveis e fofinhos do gigantesco coelho branco.
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mardem michael 25/07/2017

descobri o mundo, descobri minha história, descobri a mim mesmo
Profundo, teórico, prático, filosófico, intrigante, questionador, sem respostas, provocador, encantador. Acho que esse é melhor livro que li até hoje! Sem dúvidas o que mais falou comigo e o que mais vou consultar ao longo do tempo. Esse livro conta a história de Sofia e um misterioso professor de filosofia que começa a mandar cartas com perguntas clássicas de filosofia como "quem sou eu?", "de onde viemos?", "pra onde vamos?". A partir daí Sofia começa a fazer um curso de filosofia por cartas e o leitor vai descobrindo esse universo desde a filosofia antiga de Sócrates até o existencialismo de Sartre. Ao longo do curso vamos descobrindo segredos sobre Sofia, seu professor e o que os dois fazem nesse mundo.
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Renasom 05/08/2017

O mundo de Sofia
Um livro sensacional! Além de Repleto de informações interessantes, a história é muito boa. Sem duvida um livro para se lê várias vezes e nunca enjoar!
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Sayonnara 22/08/2017

Tedioso mas surpreendente
Quando tudo não parece fazer sentido, calma, continue a leitura que a narrativa o leva a algo surpreendente. Com esta história, você vai passar a questionar tudo e a si mesmo. Não posso negar que em alguns momentos tive vontade de largar a leitura, mas no fim valeu muito a pena seguir adiante. O autor nos apresenta realmente de forma cronológica a história da filosofia, ao mesmo tempo que desenvolve um romance onde os personagens vão descobrindo junto com os leitores os desdobramentos do pensamento crítico ao longo da história da humanidade. Pode não ser o melhor livro, mas com certeza, saímos com outro modo de pensar.
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Vanu 22/08/2017

O mundo de Sofia - Jostein Gaarder
O livro é uma releitura pra mim, acredito que todo mundo que tenha mais ou menos a minha idade (vinte e uns...) deve ter lido mais ou menos na mesma época, aquele final de anos 90 que todo pseudonerd andava com um exemplar de capa azul embaixo do braço. Mas é um livro que vale a releitura, aliás releituras, pra quem como eu, quiserreler pra ontem.
O livro vai contar duas histórias princiais: a história da Filosofia e a história da menina Sofia.
Sofia é uma menina de 14 para 15 anos que passa a receber perguntas como "de onde viemos?" , " de onde vem o mundo?" "quem somos?" e também apostilas sobre a história da filosofia, que a ajudarão a responder essas perguntas, juntamente com seu novo professor Alberto Knox, Sofia vai nos apresentando toda a história da filosofia, desde a Grécia antiga até os dias de hoje...
E a partir de suas aulas, seus conhecimentos e sua história Sofia passará a questionar sua existência, seu universo e suas escolhas.
Excelente livro.
Recomendo !
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Nanda.Godoy 23/08/2017

Sensacional
Esse livro foi um marco da minha vida. É praticamente uma iniciação à filosofia. Li bem jovem, o que fez esse livro ser muito importante para minhas primeiras interações com o mundo. O livro a gnt imergir nas reflexões de uma maneira muito suave.
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Ozzy 27/08/2017

Cartas de uma menina
Conta de forma linda a história da filosofia através de cartas entregues a uma menina.
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Andrea 07/10/2017

Fantástico
É um livro que nos introduz ao mundo da filosofia e nos apresenta de modo simples, com linguagem compreensível, a vida e pensamentos dos filósofos mais importantes desde a antiguidade até os dias mais atuais! A filosofia nos é ensinada em forma de romance aventuresco, isso faz com que a leitura seja fácil e prazerosa... Eu só não dei 5 estrelas porque não gostei do final... acho que ali a narrativa se perde um pouco, o que não tira o brilho do livro no todo! É de fato fantástico!
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Ana 17/10/2017

melhor do que todas as aulas de filosofia que eu já tive
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Peter 25/10/2017

‘Um romance sobre a história da filosofia’ é uma frase que resume bem esse livro (frase que está na capa da edição que eu possuo). Mas claro, ele vai muito além disso. O Mundo de Sofia conta a estória de Sofia (obviamente), uma garota prestes a fazer 15 anos que começa a receber misteriosas cartas com conteúdos filosóficos pelo correio. Poderia ter uma idade melhor para começar a estudar filosofia? A idade onde passamos a conhecer a nós mesmos e o mundo com mais avidez, idade onde tudo por nós é questionado (mesmo que nem sempre verbalizado).

É muito fácil se colocar no lugar da curiosa Sofia, principalmente se você, assim como ela, pouco sabe sobre filosofia. E mesmo que saiba, a narrativa ainda assim é fascinante e instigante e o mistério em torno do remetente das cartas é intrigante. Se você tiver o mínimo senso investigativo, vai se pegar criando teorias sobre quase tudo aqui neste livro. Algo que pode te levar a ler muito rapidamente.

Apesar disso, esse não é um livro para ser “devorado”, lido em três dias. Precisa ser “digerido”, é preciso que você pense e reflita sobre as coisas aqui ditas ou o livro pode parecer um pouco pesado. E o autor tem consciência disso, quando parece que o livro te entrega muitas informações e você sente que se continuar vai acabar se sobrecarregando, o livro te dá um descanso, a narrativa foca num lado mais leve e você pode respirar.

Jostein Gaarder, o autor, tem todo o cuidado para que o livro não se torne repetitivo. As “aulas de filosofia” de Sofia vão mudando seu formato ao longo do livro e isso deixa tudo muito dinâmico. Você, como leitor, também é aluno dessas aulas e precisa se manter interessado no conteúdo, e Gaarder sabe como apresentar a filosofia de modo interessante.

Existem momentos que poderiam ter sido sinistros ou perturbadores, mas não teria sido o caminho certo a seguir, portanto o autor sabe usar de leveza para que você possa contemplar esses momentos de forma analítica.

Há quem tenha “barreiras” com a filosofia por não ter tido boas experiências com o assunto no passado. Mas esse livro se propõe a quebrar tais paradigmas. Fluidos com a filosofia estão outros assuntos aqui: História, Mitologia, Religião. E nunca de forma afrontosa, a intenção não é fazer com que você acredite nas questões aqui expostas, mas que discuta elas. Uma vez que você esteja disposto a receber outras visões de mundo, seus horizontes podem ser abertos.

Pode-se argumentar que os diálogos não são muito bem desenvolvidos, mas seria injusto. A proposta não é que os personagens discutam filosofia, mas que você o faça. Os diálogos se tornam quase monólogos nesse livro, mas como na escola quem fala mais durante a aula é o professor (ou pelo menos assim deveria ser).

Por um lado poderíamos quase afirmar que esse é um livro didático, mas não (há alguns nomes e acontecimentos que vão fazer com que você queira pesquisar mais sobre), é também um romance, e devo dizer que a princípio é necessário um pouquinho da sua suspensão de descrença. Nem tudo faz sentido, mas tem um motivo e terá uma explicação. E só posso dizer que o ponto de virada (ou plot twist para aqueles que gostam de um termo em inglês) desse livro é fantástico, capaz de explodir cabeças.

É quase impossível não absorver nada. Muito menos deixar de pensar sobre a vida e o universo. ‘Se o cérebro das pessoas fosse tão simples ao ponto de podermos compreendê-lo, nós seríamos então tão estúpidos que não conseguiríamos fazê-lo’, como diria um dos personagens (ou Jostein Gaarder). Não se deixe desanimar pelo número de páginas, é uma leitura que vai valer a pena. Um livro criativo, imersivo e amadurecedor, O Mundo de Sofia deixa uma vontade de reler (e até pede para que você o faça) antes mesmo de terminar.

site: http://petercisco.blogspot.com.br/2017/10/resenha-o-mundo-de-sofia-jostein-gaarder.html
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