Laura.Oliveira 01/11/2021
Mais uma vez, Enola foi a Holmes mais esperta
Os livros da Enola Holmes sempre são um ótimo passatempo. As histórias geralmente são curtas e a escrita é fluida, além de divertida. Como a Enola é quem narra a maior parte dos acontecimentos, muitos dos fatos são expostos com uma pitada de sua visão juvenil, esperta e repleta de indignações com o papel que é exigido de seu sexo na época em que vive.
No terceiro volume, o caso dos buquês bizarros, Enola se envolve na investigação do desaparecimento de ninguém menos que o Dr. Watson, parceiro conhecido de seu irmão Sherlock. Ao mesmo tempo, ela ainda está fugindo de seus irmãos mais velhos e da possibilidade de eles a encontrarem e selarem seu destino em um colégio para meninas ou em um casamento.
Como nos volumes anteriores, este segue a mesma linha de um caso de desaparecimento onde Enola consegue decifrar as pistas por não ignorar detalhes que passariam despercebidos aos homens como seu irmão. Neste volume, também senti certo amadurecimento da protagonista, que desde o primeiro livro alimenta rancor da mãe - e com razão.
Enfim, recomendo o livro para quem precisa de uma história leve e descomplicada, ciente de que se trata de uma narrativa infanto-juvenil sem necessidade de ir muito além, apesar de apresentar aspectos provocadores de reflexões.