julya 12/09/2023
O SEGUNDO MELHOR DA SAGA.. te amooo percyyy
sinceramente, o filho de netuno dá uma AULA nos outros livros dos heróis do olimpo em TANTOS aspectos. e nem tô sendo clubista!
ao contrário do primeiro, já começamos o segundo livro com um personagem que conhecemos e amamos. isso suaviza muito a situação, mas não é o mesmo que dizer que é o único motivo no qual esse se destaca.
começando com a história de percy, que acorda sem as memórias, com exceção do nome de annabeth, conhecemos também hazel e frank, semideuses romanos excluídos em seu acampamento. em pouco tempo, assim como em seu antecessor, é iniciada uma missão.
só que esse livro toma rumos muito diferentes. em primeiro lugar, ele flui bem mais; tanto por dispensar apresentações a um dos personagens quanto por ter histórias mais empolgantes e mais coisas em risco. e é aqui que o livro brilha: a missão TEM RISCO. coisas PODEM dar errado! o livro puxa esse gostinho de quero mais que não deixa a leitura monótona.
vou falar que esse também ganha nos primeiros pelos personagens, que foram um ponto fraco em o herói perdido. reyna e nico são ótimos e nos lembram da ponte entre gregos e romanos. a primeira vez que li ?nico di angelo? nesse livro, lá com meus dez anos, quase pulei da cama!!! octavian tenta se estabelecer como vilão, mas é irrelevante demais para isso com ameaças maiores acontecendo, então melhor deixar pra lá.
nem vale a pena fazer ordem do pior para o melhor aqui sobre os principais (porque o percy ia sempre ganhar por favoritismo e frank e hazel são igualmente bons), então vou só dizer em tópicos:
? FINALMENTE SEGREDOS QUE VALEM A PENA SEREM MANTIDOS! hazel passa o livro se sentindo desconectada tanto do presente quanto do passado (algo que tentaram fazer jason passar com sua perda de memória em TLH e falharam feio), nascida em uma era em que sua cor de pele a separava fisicamente dos demais, crianças com o TDAH típico de semideuses eram apenas preguiçosas e com uma maldição tão bem escrita que dá gosto. hazel não é só uma menina doce e educada por criação, mas por necessidade, e, ao longo do livro, hazel passa a confiar mais naqueles ao seu redor. sua dinâmica com nico di angelo é ótima e não cai em um erro muito possível de se igualar a nico/bianca. seus poderes são diferentes do que já vimos em filhos de hades. o medo de se identificar como uma pessoa que burlou a morte carrega sua história de uma maneira muito bem feita, onde entendemos sua consciência e não ficamos pensando ?jesus e o segredão era ISSO??. gostaria que os tópicos da divisão de eras tivesse sido mais explorado com hazel, mas entendo que 500 páginas não conseguiriam destrinchar com exatidão, ainda mais pela divisão de povs (que vai me irritar em todos os livros, até nos bons).
? frank também é incrível e seu segredo encaminhava uma pletora de possíveis finais que não foram explorados no fim da saga. nesse primeiro livro, no entanto, vale a pena ler e sentir medo por frank e um elemento físico tão frágil que o mantém vivo e torcer pra que ele só ESCONDA EM UM COFRE, algo assim. distanciar sua descendência de marte, deus romano da guerra, dos filhos de ares que já vimos também foi muito bacana. frank é mais gentil, mais contido, mais atrapalhado? até pegar um arco e flecha. gosto desse plot de ?não me identifico com meu pai olimpiano? e queria ter visto mais dele. as brigas por negligência foram pauta na última saga, mas nunca a de identificação (luke realmente era esperto e ágil como hermes, ethan nakamura buscava o meio-termo de nêmesis e etc).
? não tem nem o que falar sobre percy jackson e, mesmo assim, vou usar todas as linhas possíveis pra descrever ele. é uma DELÍCIA ver os outros personagens com medo de percy e pensando CARACA que homem bonito deve ser um deus!!!!!! é MERECIDO, porque acompanhamos percy por anos e sabemos do que ele é capaz e do quanto ele cresceu (e saber que, só na primeira saga, três pessoas foram explicitamente apaixonadas por ele, ajuda na associação do ?bonito como um deus romano?). acordar só se lembrando de annabeth é um detalhe doce pra nós que sabemos que o casal foi construído em pedra. acompanhar percy ganhando de volta suas memórias é uma caminhada conjunta, porque estamos nos lembrando ao lado dele. seria legal se a narração de percy fosse marcada como PERSEU até ele recuperar a memória. a única falha pra mim é a vontade INFERNAL do rick riordan de DIMINUIR o poder do percy pra deixar ele pareado com os outros. galera: e DAÍ que ele vai ser INFINITAMENTE mais forte que os demais??? isso podia ter sido aproveitado pra aumentar a briga entre gregos e romanos, a inveja de jason, a desconfiança de leo, a proteção de annabeth. parece uma risada na nossa cara que, já nas primeiras 50 páginas, percy perde a marca de aquiles. nesse livro, nem forçam tanto em puxar a força dele pra baixo, mas, meu deus, o tanto que vou reclamar nos próximos três, ninguém tem noção. também não curto muito essa pira de ?aiiii os romanos também são minha família!!? gente..??? o percy conhece eles tem uma semana e a maioria foi babaca demais com ele quando chegou!!! a hazel e o frank? ok. O RESTO???? QUE EXPLODAM!!!
por fim, apesar de ser firme defensora de que TLH e SON deveriam ter sido narrados por apenas UM PERSONAGEM (jason e percy!!) pra não virar uma confusão e nos identificarmos mais com jason enquanto encontramos motivos que tanto aproximem quanto distanciem os personagens, gosto do pov da hazel e do frank e acho que mais acrescentam do que tiram da história (olhando pra piper e leo!!!!!!)
pra mim, isso vem muito do tom um pouquinho mais sério adotado em SON (que não era tão forte em TLH e que se perde JUSTO no último livro da saga). sem tantas piadas fora de hora e povs que realmente são distintos e mostram personagens diferentes, a história toma risco e torcer pros personagens é mais do que torcer pra missão acabar logo, e sim torcer pro bem-estar dos três, físico e emocional. queria muito que esse tom tivesse sido mantido até o final da saga.
enfim!!!! dos cinco, acho que esse é meu segundo preferido e o mais bem escrito. a releitura ainda é tão gostosa quanto a leitura. é um dos que valem a pena!