Lívia Osti 25/10/2011
"Sounds Greek," Frank said.
Com spolier
Percy Jackson foi um sucesso inimaginável. Adorado por legiões de fãs ao redor do mundo pela sua narrativa cativante, personagens encantadores e a mitologia escrita de uma maneira única:
O ladrão de raios - eletrizante, apaixonante e revolucionário, ninguém pode superá-lo em uma escala global;
O mar de monstros - um dos mais fracos da série, porém nem por isso se torna ruim, pelo contrário, o pior de Rick é excelente;
A maldição do titã - intrigante, desde as primeiras páginas até a última linha, deixa o leitor com perguntas jamais respondidas que se resolvem ao longo da trama por conta própria e conquista a nossa compaixão;
A batalha do labirinto - o melhor da série, passagens inesquecíveis, diálogos tristes e confortantes com o os questionamentos que pudemos sentir falta na mente de um adolescente de 14/15 anos;
O último olimpiano - "fechou" a saga com chave de ouro. Olimpo a salvo. Semi-deuses em paz. Titãs aprisionados... e o beijo final, todavia ninguém poderia ficar satisfeito com aquele final, enigma atrás de enigma, isso é uma deixa para a sequência de Rick.
Para escrever uma resenha justa e que seja a altura do livro, tenho que deixar meu fascínio pelos livros deste autor de lado e fingir que eu não tenho uma obsessão por ele e a sua escrita .. perfeita. Agora serei outra pessoa, uma não viciada em Rick Riordan.
A primeira vez que eu fiquei sabendo da continuação fiquei indignada. Não imaginei que Rick conseguiria ser fiel a obra mostrada em Percy Jackson e comecei a amaldiçoá-lo em grego antigo por ser ganancioso e querer continuar a escrever mesmo tendo o assunto já se esgotado.
Tola eu!
Fãs, não se preocupem, para quem gostou de The Lost Heroe, não vai conseguir motivos para decepcionar-se com The Son of Neptune. A narrativa já animada, perseguições, padrões de luta, perdas de memória e narrativa em terceira pessoa. É exatamente isso o que você encontra na nova saga de Rick, The Heroes of Olympus.
Em TLH encontramos como protagonista da história Jason, filho de Jupiter (e não Zeus), irmão de Talia, amigo de Piper, filha de Afrodite, e Leo, filho de Hefestus. Sendo sincera eu comecei voraz, querendo saber se o livro era mesmo bom ou se era uma embromação chata. Enganei-me, perdi um tempo precioso relendo a história para poder perceber que aquilo que eu havia lido em Percy Jackson era apenas o começo da história longa que ele tinha em mãos.
Cada saga com a sua GRANDE PROFECIA, e cada uma tomando as rédeas de um vilão pior do que o anterior com "senões" e "poréns" mais elaborados do que o que você poderia se quer tentar imaginar.
Em TSN a história só tende a melhorar, pois temos Percy! (Jason é um grande herói, lindo e carismático, não consegui odiá-lo, entretanto ninguém pode substituir o lugar cativo de Percy, e isso tornou a história infinitamente mais adorável).
Ele foge de górgonas, irmãs de medusa, e acaba encontrando Juno (Hera) que o "enfia" dentro de New Rome, contudo com isso ele não é mais indestrutível e fica ainda mais longe de estar a salvo. Lá ele conhece Hazel, filha de Pluto (Hades) com uma história que eu pensei já ter ouvido antes, entretanto muito boa que é comovente e ao mesmo tempo revoltante, com poderes que pessoas matariam por tê-lo (literalmente), e Frank (que no começo eu achei um tapado sem-noção e eu queria dar um tabefe na cabeça), mas no final ele se tornou suportável, You can be anything eu gostei de algumas passagens dele, mas não foram todas. Meu amor ficou para Percy e Hazel.
Bem, nós conhecemos outras pessoas como Reyna, que no começo era uma romana legítima fria e insensível, e depois se tornou alguém incrivelmente amável. Octavius, filho de Apolo e metido a profeta. Nico di Angelo, já conhecido da saga Percy Jackson, que não contou ao Percy sobre a história dele mesmo sabendo quem ele era e percebendo a sua falta de memória, e alguns outros que foram divertidos, porém não marcaaaantes.
O melhor eram os flashs de memória do Camp Half-Blood na mente de Percy e a confusão de todos, pois ele deveria ser um probatio (Romano) e não um graceus (grego), mas ninguém sabe da existência de outro exército de semi-deuses. Ele recebe um quest (missão) com uma profecia inventada na hora por Mars (Ares) e ele parte para recuperar o estandarte de águia de Ouro Imperial (Bronze celestial dos romanos) antes do Fest of Fortuna (ou fest of tuna, de acordo com o Percy).
Temos outros contratempos neste meio com algumas lidas de futuro por ursinhos de pelúcia, blackouts sobre o passado, jogos de guerra e convites a ser praetor, entretanto isso é apenas uma pequena parte do início da história. confiem em mim, lendo este livro você não pode esperar nada, pois tudo o que você acha que vai acontecer tem uma segunda interpretação.
De coração apertado e com lágrimas nos olhos (juro que eu chorei e ri muito lendo este romance) espero ansiosamente pelo outono americano, nossa primavera, para descobrir como vai ser esta viagem com romanos e gregos até Roma e Grécia dentro de Argos II (falando em Argos II, fiquem de olho no final da obra, vocês vão chorar muito com a Hazel).
"Still, I'm sorry," Percy said. "If I hurt you, I'm sorry."
Reyna gazed at him for a long time, as if trying to translate his words. "An apology? Not very Roman at all, Percy Jackson. You'd make an interesting praetor. I hope you'll think about my offer."