MariFer_1212 16/07/2013Devo admitir que foi um livro que me levou a reações controversas. Em alguns momentos, eu simplesmente me sentia tão envolvida pela história, que simplesmente não conseguia parar de ler. Em outros, a história parecia que não andava e era altamente entediante.
Maligna conta a história da bruxa má do Oeste do Mágico de Oz (chamada Elphaba neste livro) de um ponto de vista totalmente novo. O autor aborda questoes do nascimento da Bruxa, o que a levou a ser considerada uma bruxa, o motivo de sua fixação pelos sapatos vermelhos que pertenciam a irmã (e que lendo o Mágico de Oz, eu descobri que na verdade eram sapatos prateados). Mostra um lado da Bruxa jamais imaginado por todos aqueles que sempre foram adoradores do Mágico de Oz.
Elphaba é uma pessoa que já traz todo um tipo de mistério logo no seu nascimento, afinal, que mãe esperaria dar a luz a um bebê verde? Além disto, ela é dotada de extrema personalidade, um comportamento agressivo e odeia água... simplesmente odeia. Ela tem dois irmãos, Nessarone, uma menina que nasceu sem os braços (mas que não era verde como a irmã) e Shell, um garoto aparentemente normal na aparência física, mas que não aparece realmente no livro, apenas pessoas falam sobre ele em algumas partes. A mãe, morreu após dar a luz a Shell e vivia constantemente traindo o marido com qualquer viajante que aparecesse em seu caminho disposto a lhe dar um pouco de atenção. Já o pai, Frex, era um religioso (esqueci a palavra que usam no livro para defini-lo) que vive tentando converter qualquer povo que esteja disposto a ouvir sobre suas pregações.
Ela conhece Glinda (Galinda, como era chamada), a bruxa boa quando vai para a faculdade de Shiz, junto com sua ama Bá. Lá ela conhece grandes pessoas, mas não consegue ser amiga de nenhum deles, apesar de ter um carinho não declarado por Glinda. Eu adorei esta teoria das duas terem sido colegas de quarto, porque sempre imaginei as duas como inimigas mortais desde que se conheceram. Então, foi interessante ver a coisa por um outro ponto de vista. Achei a cena da despedida delas uma cena linda e fiquei com dó da Glinda quando elas se separam. E pra eu ter ficado com dó da Glinda é por que a despedida foi triste, por que acho a Glinda o personagem mais fútil e imbecil de todo o livro (nem parece a bruxa genial que colocam no filme do Oz Mágico e Poderoso)! Ela me irrita mais do que tudo.
Outro ponto interessante do livro é em uma parte onde o autor coloca um relacionamento conturbado entre Elphaba e um colega da faculdade, por que a última coisa que eu esperava era que ela se envolvesse com alguém. E como amante de bons romances, devo admitir que foi a parte que mais gostei do livro, pois além do romance, mostrou um lado mais humano da Elphaba, um que eu confesso que não esperava existir.
Achei interessante também o autor entrar no período da história em que Dorothy chega a Cidade das Esmeraldas. Por que no livro do Mágico de Oz, a história se passa toda pelo ponto de vista da Dorothy, logo, eu gostei de ver o por que a Elphaba se tornou a Bruxa Má do Oeste, o por quê da sua obsessão pelos sapatinhos vermelhos da Bruxa má do Leste e o principal motivo, o por quê ela temia tanto chegar perto de água.
Um livro interessante, mas que não me cativou do jeito que eu esperava. Elphaba como protagonista consegue te cativar em alguns momentos decisivos, mas em outros, ela não passa de alguém altamente rabugenta, que me irritava muito. Como diz na própria capa do livro: "Para os que amam ou odeiam o Mágico de Oz". Eu ainda não me decidi sobre o livro, se gostei ou não. Não é um livro ruim (pra variar, digo isto), mas que deixa algo a desejar.
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http://to-talkabout.blogspot.com.br/2013/07/to-talk-about-gregory-maguire-maligna.html