Memória de minhas putas tristes

Memória de minhas putas tristes Gabriel García Márquez




Resenhas - Memória de minhas putas tristes


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Bookster Pedro Pacifico 26/04/2023

Memórias de minhas putas tristes, de Gabriel García Márquez
Que eu sou fã de carteirinha do Gabo, vocês já sabem. Mas eu tenho uma história de infância envolvendo essa obra. Nunca vou esquecer de, em uma viagem de navio que fiz com meus avós paternos, ver minha avó lendo um mesmo livro em vários momentos daquelas férias. Eu devia ter uns 10 anos e, como um bom curioso, resolvi fuçar para saber o título que ela tinha em mãos. Fiquei em choque quando eu vi: minha avó estava lendo uma obra sobre putas tristes? A minha imaginação foi longe para tentar descobrir qual seria a história naquelas páginas.

E foi só depois de cerca de 20 anos que resolvi dar a chance para a obra, que foi o último romance publicado pelo autor. Com um tema bem polêmico - e de difícil digestão - narra os dias de um homem que acaba de completar 90 anos. Enquanto relembra seu passado como jornalista e filho de uma família aristocrata em decadência, o personagem tentar encontrar o seu presente de aniversário: uma prostituta virgem.

Apesar de ser um frequentador costumeiro de prostíbulos, a experiência com uma virgem seria inédita. A situação fica ainda mais incômoda para o leitor quando se descobre que a mulher ofertada seria uma adolescente. Para um homem que nunca teve um amor em toda sua vida, a situação parece sair do controle depois que ele conhece a jovem.

É, acima de tudo, um relato de um velho decadente, que viveu uma vida solitária e mimada. Aos 90 anos, decide fazer um acerto de contas com seu passado enquanto percorre por suas memórias. Gosto muito da escrita do Gabo e de sua habilidade em contar histórias, e, apesar da polêmica de temas tratados, gostei muito da leitura. Na minha visão, não há uma romantização da relação do velho com a adolescente, mas sim o retrato melancólico da decadência humana. E a repulsa sentida pelo leitor é inevitável.

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Flavia 04/07/2023minha estante
Pedro, você traduziu a angústia que eu senti ao ler esse livro. É quase sufocante. Também tenho um amor imenso por Gabo e fiquei com ele até o fim. Valeu a pena mas esse talvez seja um dos que não vou reler. Adoro suas resenhas ??




Arsenio Meira 30/10/2013

García Márquez: o solitário olhar de saudosismo e adeus


Intercalando leituras, algo prazeroso e que a mim, pelo menos, sustenta a atenção, forçando a memória, reli o "Memória de Minhas Putas Tristes". Não é à toa que García Márquez é considerado um dos maiores escritores vivos da atualidade. É clichê, eu sei, mas a constatação é concreta. Lembro que antes do lançamento da edição brasileira, em meio a tanto disse-me-disse, o sucesso foi inevitável: no Brasil, a versão original do livro, em espanhol mesmo, figurava entre as listas de mais vendidos.

A tradução brasileira, feita pelo premiado escritor mineiro Eric Nepomuceno que também fez a versão de "Viver para Contar", autobiografia de García Márquez e dos poemas do argentino Juan Guelman mantém a fluidez do texto original, importante em um livro feito para ser lido de fôlego único.

"Memória de Minhas Putas Tristes", na verdade, melhor seria enquadrado como uma novela do que como um romance propriamente dito. O enredo é simples, e a habilidade narrativa de García Márquez salta aos olhos a cada capítulo. O livro conta da passagem de noventa anos de um jornalista solitário e melancólico, cujo desejo maior em tão importante ocasião foi se dar de presente uma noite com uma prostituta virgem.

A partir da realização do desejo (ou sua não-realização, dependendo do ponto de vista), García Márquez traça belas linhas de reflexão sobre a velhice e sobre a solidão, e volta a um de seus temas preferidos, aquele velho tema dos amores frustrados.

Numa primeira análise, a obra traz vários pontos de contato com uma das obras-primas do colombiano, o clássico romance "Amor nos Tempos do Cólera", uma verdadeira ode às relações amorosas. Impossível não compará-las. O velho ancião de Memória tem algo, de fato, de um Florentino Ariza já mais calejado, e bem menos romântico.

Provavelmente bem mais próximo do verdadeiro eu do autor. Ambos os livros tratam com delicadeza do tema do amor na velhice, mas aí acabam as semelhanças. García Márquez mostra agora um texto bem mais cético, amargurado, que vê a relação idoso/ninfeta sem traços moralistas (o que teria sido bem fácil, nos tempos atuais) e com ares nostálgicos. Como um lamento pela perda da inocência, pela fábula infantil incompleta. Não da menina, diga-se, mas do próprio narrador.

O talento de García Márquez continua inquestionável. E é sempre um prazer ler o gênio latino-americano da literatura fantástica, ou realista, em busca de algo maior que o simples estalar de dedos; afetuoso como só ele sabe ser em meio ao solitário olhar do personagem, que reconhece a iminência da morte.

A impressão que fica é saudosista, um gosto acre de algo que poderia ter sido, mas não foi (e Manuel Bandeira sobrevive por mais mil anos, sempre presente em nosso imaginário.)

Talvez seja proposital. É esse mesmo o tom do livro. O título, de início, já aponta para o caminho dos versos de Bastos Tigre, que me chegaram de supetão ao término da leitura:

"A alma gela-se de tédio.
Enchem-se os olhos de ardor.
Saudade - dor que é remédio.
Remédio - que aumenta a dor."
Renata CCS 30/10/2013minha estante
No caso de Gabriel Garcia Márquez, solidão, amor, velhice são substâncias para se fazer arte, com uma riqueza de texto inesquecível e profundo.
Bela resenha!


Arsenio Meira 30/10/2013minha estante
Oi Renata, não resisti à tentação, e reli o García Marquez. A gente nem sente e o tempo voa, durante a leitura. Infelizmente, é uma novela, quase um conto. Preferiria um romance, mais amplo. Esses temas despontam da pena dele com uma ternura difícil de esquecer, e como você escreveu, sempre abordados em tons ricos e profundos. Obrigado pela presença. Abraços


Anderson 25/07/2015minha estante
Apesar dessa ode ao amor que ele faz durante toda a narrativa, me pareceu melancólico e existencial. Acho que esse livro tem muito do tema central de toda a obra do Gabo: a solidão.O tom lírico e fluído é genial e a arte com que Gabo concebeu esse livro é indescritível! E parabéns pela resenha, ficou ótima!


D.Flores 14/04/2024minha estante
Suas resenhas são um espetáculo!! Lendo-as, já entendo o livro. Obrigada!




Clio0 01/01/2013

Todo amor é ilusão.

Essa é a premissa de Marquez: um velho de 90 anos se apaixona perdidamente pela primeira vez. Mas bem maior do que a atração e a ternura pela ninfeta que ele admira todas as noites, é o fascínio do próprio sentimento.

Sensivelmente, o autor não tenta vender uma fórmula barata e nem agride o leitor (e o personagem) com peripécias ridículas e humilhantes. Ao contrário, nos é mostrada a alegria ao descobrir uma paixão e redescobrir várias outras.

O personagem retrata, na maior parte do livro, a doçura do amor próprio e encara essa oportunidade como uma nova aventura, sem tecer julgamentos moralistas sobre sua postura passada - não se deve enfim desprezar aqueles vivem por amor, assim como aqueles que viveram sem ele.

Embora haja uma certa moral, não espere uma leitura psicológica como Lolita ou determinante como tantos outros do mesmo gênero. Aqui, a única coisa que importa é o lirismo, a apresentação em si.

Isso não torna a leitura enfadonha ou pretenciosa, ninguém foge mais disso do que García Marquez. Pelo contrário, ela se torna rápida e prazerosa, perfeita para uma tarde de domingo.
Lelouch_ph 25/09/2021minha estante
Uau, fiquei interessado.




ACarolinneUs5 28/02/2020

Memórias Tristes de Minhas Putas
Achei bem escrito e a estória acaba sendo até legal, mas não entendo pq deram um Nobel.
O livro se resume basicamente naquela frase "o homem que amou uma mulher, sabe mais sobre mulheres do que aquele que conheceu 100 mulheres".
O velho se vê numa vida muito triste e monótona, em plenos 90 anos de idade, onde se inicia sua busca pelo amor. Este é meu segundo livro do Gabriel Márquez, até que gostei, mas ainda não virei fã.
Dionisio.Junior 28/02/2020minha estante
Oi Carolinne, o Gabriel Garcia Marquez ganhou o Nobel pelo conjunto da obra. E o autor inclusive já tinha ganhado o nobel antes de publicar "Memórias de minhas putas tristes", que é um de suas últimas publicações. Acredito que os livros de maior prestígio dele são "Cem anos de Solidão" e "Amor nos tempos do Cólera". Eu indico tbm "Crónica de uma morte anunciada"... Eu gostei li e gostei desse ultimo ;)


ACarolinneUs5 28/02/2020minha estante
Já li Crônica de uma morte anunciada ;)
Sei que o Nobel é pelo conjunto, mas lendo 2 livros dele ainda não vi esse auê. Quem sabe leio algum desses outros dois que vc falou, agradeço a indicação :D


Adriano 28/02/2020minha estante
Ele é meio "meio merda, meio bosta" mesmo.


ACarolinneUs5 28/02/2020minha estante
Kkkkkkk


Acelino Álvaro 01/03/2020minha estante
Eu também ainda não fui fisgado por esse auê todo sobre Marquez, li duas obras: "Cem anos de solidão" e "Crônicas de uma morte anunciada". Crônicas de uma morte anunciada é até legal, agora... Cem anos de solidão... misericórdia!! Caiu no meu gosto não... terrível de ruim.


ACarolinneUs5 09/03/2020minha estante
Haushaushaus




Renata CCS 01/10/2013

“O sexo é o consolo que a gente tem quando o amor não nos alcança.” (Memória de Minhas Putas Tristes, p.79)

Um ancião, escritor de crônicas para um jornal da cidade, resolve que em seu aniversário de 90 anos vai ter uma noite de amor com uma adolescente virgem. Ele liga para um bordel que não frequenta há vinte anos e, por fim, consegue a tal menina. Porém, na noite tão esperada - e nas seguintes - ele acaba se limitando a contemplar o corpo nu de sua bela adormecida e a imaginar uma vida ao lado dela. A partir dai se inicia um amor incondicional e ao mesmo tempo complicado: ele se doa por inteiro para a garota, mas é incapaz de olhá-la de frente, de ao menos acordá-la. Ela não fala com ele, ele fala constantemente com ela, principalmente por seus textos, suas crônicas semanais do jornal. É esta a história de amor de MEMÓRIA DE MINHAS PUTAS TRISTES, de enredo simples e curto, sem o melodrama dos romances convencionais e sem esbarrar no campo minado da pedofilia.

Engana-se quem pensar que o livro fala de sexo e erotismo. O tema é bem mais complexo do que isto. É uma história de amor à primeira vista, de amor platônico, de um velho por uma adolescente de 14 anos, um homem que fugiu de um casamento e nunca aceitou se relacionar com nenhuma mulher que ele não pudesse pagar, para nunca se sentir em dívida com nenhuma delas. Um ancião que vê-se embriagado de amor por uma ninfeta e é invadido por uma imensa vontade de viver.

Além de ser uma bela e inteligente história de amor, Gabriel García Márquez questiona a velhice e nos mostra que nunca é tarde para se apaixonar. O autor fala do amor de uma forma tão pura e divina que acreditamos que é a única coisa que buscamos. Gabo consegue transformar o amor dos dois, sem citar o nome dos protagonistas, e sem diálogos maiores do que quatro linhas, em um livro encantador.

E quem diria que um homem que passou a vida em relacionamentos por conveniência e sem grandes aspirações poderia um dia sentir o que era amar de verdade? Aos 90 anos esta paixão desencadeia um processo que vai mudar sua vida, onde ele revela toda a ternura que pode sentir por outro ser humano e descobre que guardou o melhor da vida para o final.

A narrativa de García Márquez é indescritível! Cada palavra carrega em si toda a solidão do protagonista e é o sonho de amor não vivido, do amor tardio, e o contraste da idade dos personagens que dá ao escritor a oportunidade de contar uma história de forma tão terna e que arrebata o leitor de uma forma única.

O livro é apaixonante, um inesquecível ultimato ao amor, mesmo que tardio e de uma forma absurdamente inesperada. Uma obra única para lermos em poucas horas, pensarmos por dias e lembramos por toda a vida!

Recomendadíssimo!!!
DIRCE 27/09/2013minha estante
Mais uma resenha sedutora. Se já não tivesse lido esse livro, ela me induziria a lê-lo.


Helder 29/09/2013minha estante
Concordo com a amiga Dirce. Li este livro há muito tempo atrás e em um dia. Mas lendo sua resenha deu até vontade de ler de novo. O amor descrito por Garcia Marquez é sempre mais bonito.


Maria Luísa 30/09/2013minha estante
Não é uma mera história: é uma metáfora, uma analogia para que não deixemos as coisas pra mais tarde. Inclusive, a leitura deste livro.


Mona 01/10/2013minha estante
Só mesmo Gabo para transformar o amor de um idoso uma adolescente em algo tão belo!
Linda resenha, parabéns!


01/10/2013minha estante
Vc conseguiu , como sempre, me deixar saltitante com suas palavras tão bem colocadas Renata!! Essas "Memórias" de Gabriel não se mostraram pra mim desse jeito tão aberto e encantador qdo li há algum tempo atrás. Talvez devido ao momento não prestei tamanha atenção nos detalhes e acabei me entrestecendo com a solidão do autor, não vi este encantamento que vc , como sempre , descreveu tão bem nesta primorosa resenha. Sabe que me deu vontade de ler de novo...beijocas!!!!


Renata CCS 02/10/2013minha estante
Obrigada aos colegas pelos comentários carinhosos! Adorei o livro e tentei passar um pouco da minha paixão nesta resenha. Creio ter conseguido um pouquinho. []s..... ;D


Jayme 03/10/2013minha estante
Sem dúvida, um romance merecedor de cinco estrelas.
Ótima resenha. Persuasiva, apaixonada.




Jorlaíne 01/05/2023

?No ano de meus noventa anos quis me dar de presente uma noite de amor louco com uma adolescente virgem. Lembrei de Rosa Cabarcas, a dona de uma casa clandestina que costumava avisar aos seus bons clientes quando tinha alguma novidade disponível. Nunca sucumbi a nenhuma de suas muitas tentações obscenas, mas ela não acreditava na pureza de meus princípios. Também a moral é uma questão de tempo, dizia com um sorriso maligno, você vai ver.?

A decadência humana refletida na solidão de um velho no fim da vida.
O jornalista deseja uma noite de amor com uma virgem e procura num prostíbulo já conhecido essa experiência. A cafetina acaba encontrando uma jovem de 14 anos para essa função. A partir de então, começamos a sentir a repulsa e ao mesmo tempo pena do protagonista.
A escrita do autor é espetacular, mas o enredo incomoda pelo contexto da pedofilia.
Rebeka 01/05/2023minha estante
Eu adorei a escrita dele também! Dos livros que eu já li de Gabriel Garcia Marquez, vi personagens interessantes e complexos, mas esse é o personagem que me causa mais asco ?


Jorlaíne 01/05/2023minha estante
Acho que essa obra foi a que menos gostei dele. A gente tem que fazer um esforço muito grande pra ler esse tipo de coisa?




Craotchky 22/07/2022

Finitude, velhice e solidão
Uma premissa problemática; um raro protagonista idoso; Uma incomum narrativa de Gabo em primeira pessoa. E certamente um dos livros mais memoráveis desse ano.

Ainda que a premissa seja ofensiva, acredite, este livro consegue ser bonito em vários momentos. Durante a obra Gabo aborda temas como solidão, carência, finitude e principalmente velhice. Tão pouco abordado na literatura, o avanço da idade (e a consequente aproximação da morte) é sem dúvida o assunto onipresente aqui; está sempre recheando as páginas, mesmo que escondido nas entrelinhas, permeando os pensamentos e por trás das ações do protagonista.

"É que estou ficando velho, disse a ela. Já ficamos, suspirou ela. Acontece que a gente não sente por dentro, mas de fora todo mundo vê."

Naturalmente, a questão do velho acordar certo dia no ano de seus 90 anos e desejar, como que fortuitamente, uma noite de amor com uma jovem virgem, é problemática. Ainda que uma relação sexual entre eles não aconteça em momento algum, e que mesmo qualquer toque físico seja escasso, a ideia está presente como intenção primeira do protagonista, e pode incomodar. Porém o fato é que seu passado é mais problemático que seu presente...

Ao longo da narrativa nosso nonagenário parece criar laços afetivos de ternura para com a jovem. Mesmo que esses afetos tenham origem em idealizações por parte do narrador, essa gênese, a princípio, não os tornam incontestavelmente falsos. Pelo que lembro, após vê-la pela primeira vez, o velho jamais faz qualquer tentativa de prática erótica. Como disse, a ideia de uma noitada de amor com uma jovem virgem aparece sobretudo como uma intenção primeira, projetada e imaginada em sua cabeça, mas abandonada nos grotões de seus pensamentos a partir do instante em que vê a jovem.

O capítulo 4 (o penúltimo) é o ponto alto da história e termina colocando uma dúvida cruel perante o leitor(a); uma dúvida a partir da qual o destino do protagonista pode tomar esta ou aquela direção. Ao encerrar o capítulo fiquei matutando sobre qual era a verdade entre as duas possibilidades que constituíam a dúvida. Finalizei esse capítulo tão satisfeito pelo seu conteúdo e seu final em aberto, que cogitei sinceramente encerrar a leitura nele.

O que acabou me levando ao quinto e último capítulo não foi tanto o desejo de quem sabe descobrir a verdade quanto à dúvida, mas sim unicamente um despropositado senso de dever de leitor em completar a leitura. O desfecho não é ruim, veja bem, mas penso que eu ficaria mais satisfeito se tivesse encerrado a leitura no quarto capítulo, uma vez que ele, como disse, me parece o ápice da obra e termina de uma forma muito interessante. Cara, seria muito possível esgotar a leitura no capítulo 4, não por algum grande demérito do capítulo 5, mas pela suficiência do seu antecessor...
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Agnaldo 20/10/2021

O amor demorou a chegar
Uma leitura fluída e bem intrigante, a palavra do título é bem pesada, e a história não é nada normal e muitos vão achar asquerosa. Tentei focar mais na escrita do Gabo e ver a profundidade de suas palavras. E confesso que tem mensagens interessante, e até algumas experiências muito relevante para o contexto da história escrita.
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Alicinha 21/01/2022

Bom
A Leitura me irritou tanto com a romantização de alguns conceitos, só que eu amo a escrita do Gabriel, é poética e apaixonante e te prende completamente, sem contar nas reflexões sobre vida e a velhice que parece ser uma idade muito triste, sempre apresentando um olhar nostálgico do que teria sido a vida se fosse trilhada de maneira diferente.
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Roberta 04/08/2023

Gabriel Garcia Marques
Gostei bastante de ler esse livro. A velhice sempre é uma fase que me desperta atenção.

Indico a leitura!
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Alexandre Kovacs / Mundo de K 05/06/2010

Memórias de Minhas Putas Tristes - G. G. Márquez
"Memória de minhas putas tristes" leva a marca do mestre Gabo ou Gabito como aprendemos a conhecê-lo a partir de suas memórias lançadas em 2002 com o título de "Viver para contar", um livro que, ao final da leitura, nos deixa na dúvida se lemos uma auto-biografia ou um romance, tal o lirismo com que sua vida se confunde com a obra.

O livro trata de uma história de amor incomum entre um ancião e uma menina de catorze anos e que nos deixa surpreendidos já no primeiro parágrafo: "No ano de meus noventa anos quis me dar de presente uma noite de amor louco com uma adolescente virgem. Lembrei de Rosa Cabarcas, a dona de uma casa clandestina que costumava avisar aos seus bons clientes quando tinha alguma novidade disponível. Nunca sucumbi a essa nem a nenhuma de suas muitas tentações obscenas, mas ela não acreditava na pureza de meus princípios. Também a moral é uma questão de tempo, dizia com sorriso maligno, você vai ver. "

O narrador desta história é um jornalista que passou toda a vida escrevendo crônicas em um jornal do interior e que, segundo ele próprio descreve em suas "memórias", nunca se deitou com mulher alguma sem pagar, sempre fugindo do amor. É, portanto, surpreendente que ele venha a descobrir finalmente, em uma das passagens mais bonitas do livro, que: "o sexo é o consolo que a gente tem quando o amor não nos alcança".

Na verdade, neste romance o sexo nunca chega a se concretizar, a exemplo do clássico “A Casa das Belas Adormecidas” de Kawabata, que é citado na epígrafe. Todo o relacionamento é uma descoberta do amor tardio pelo velho jornalista que, em última análise, é a sua própria paixão pela vida.
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ShirleyStortLeite 08/06/2022

Polêmico...
Gostar da escrita, de como o autor desenvolve uma história, não é a mesma coisa que concordar e gostar do tema abordado.
Infelizmente é um assunto polêmico, delicado e muito importante: pedofila!
Um senhor de 90 anos se apaixona por uma criança. Ele vai fazer aniversário e quer transar com uma virgem. Daí se desenrola a trama.
Vale a pena ler e tirar suas conclusões, mas é um puta clássico e começar minhas leituras do Gabo por esse livro, não diminuiu o que ele representa pra literatura.
Boa leitura!
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Bellesbooks 08/02/2023

Esse livro não passa de uma escrita qualquer com uma licença poética.

Foi repugnante ver um velho p*dófilo, que se diz apaixonado por uma garota de 14 anos e da vários rodeios sem sair do lugar em cima disso.

Não tem a proposta de fato do livro, falto putta e falto triste também.
Max 08/02/2023minha estante
Isabele, também achei o livro sem propósito. Um momento menor de Gabo...


Carol 08/02/2023minha estante
Amg eu amo você dando hate nos livros hahaha fala mesmoooooooooo




@eusara.lees 22/03/2024

Só sei que nada sei...
Debaixo do sol abrasador da rua comecei a sentir o peso dos meus noventa anos, e a contar minuto a minuto os minutos das noites que me faltavam para morrer
Há vinte anos atrás Gabo lançava seu último Romance, Memórias de Minhas Putas Tristes.
Me perdoem os fãs de Gabo mas para um primeiro contato com o autor eu detestei! Não sei quanto as suas obras anteriores e mais famosas mas esse livro aqui, vixe...
As putas não me deram tempo para casar.
Gabo criou um personagem que ao completar noventa anos queria um presente peculiar: uma noite com uma virgem! Siimm isso mesmo.
O livro é de fácil entendimento, o personagem levava uma vida simples, trabalhava como cronista em um jornal, criava um gato, e frequentava o bordel local, ao longo do livro ele vai recordando a respeito de algumas mulheres que passaram por sua vida porém nada muito profundo. A história se salva pelas colocações sobre tempo e envelhecimento. E quero acreditar eu que a virgem em sim era uma metáfora do autor sobre juventude e medo do envelhecimento e da morte, pois caso contrário acho bastante doentio.
No geral é uma história pra te perturbar!
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Felippe Araujo 03/08/2021

Memórias de minhas putas tristes
??
Primeiro livro que leio do Gabo, e foi muito gostoso aproveitar cada página deste livro.
Já tinha ouvido muito falar deste premiado autor. E toda a minha curiosidade e expectativa foram compensadas com essa obra.
Esse romance parece mais um diário de um homem que soube muito bem como viver a vida.
O modo como ele coloca sentimento em sua escrita dá um significado muito maior para a história. Não tem como não criar empatia com esse protagonista.
?
O livro conta a história de um homem com 90 anos que durante toda a vida escreveu textos(crônicas e resenhas) para um jornal se sua cidade, além de dar aulas de gramática. E que em seu nonagésimo aniversário, decide se dar ao luxo de ter um presente bem inusitado, se deitar com uma virgem. E eis que enfim, ele conhece o verdadeiro amor.
?
A história é narrada com enfase nas suas aventuras sexuais. Mas ao contrário do que se possa pensar, o livro não é nada hot, pelo contrário, é um descobrimento do que é o amor, na sua essência.
??
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