Memória de minhas putas tristes

Memória de minhas putas tristes Gabriel García Márquez




Resenhas - Memória de minhas putas tristes


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Janinha 20/09/2016minha estante
Eu também detestei esse livro.


Ticiana.Oliveira 22/09/2016minha estante
não sei o que as pessoas viram nesse livro. Romantizando o que na verdade é um desejo repugnante de um velho por uma adolescente de 14 anos. Não há romanização nisso.


fabiana.defreit 28/09/2016minha estante
Esse livro me incomodou o tempo inteiro. Respirei aliviada quando ele não transou com ela no primeiro momento, achei que ali tudo iria para outro caminho. Me enganei. Não consegui abrir minha mente pra algo tão nojento. Li Cem Anos de Solidão e é um dos livros que mais gostei. Esse não deu.


ig: rafamedeirosmartins 27/10/2016minha estante
Acho que vc não entendeu nada.


Ticiana.Oliveira 27/10/2016minha estante
Entendi muito bem.


ig: rafamedeirosmartins 28/10/2016minha estante
Ao que parece você acredita que esse romance é uma apologia à pedofilia. Acharia a mesma coisa de Lolita de Nobokov. É absolutamente simplista essa visão. Continuo achando que você não entendeu nada.


Ticiana.Oliveira 28/10/2016minha estante
Acho que esse romance romantiza algo que não é nada romântico. Como o cara pode amar alguém com quem ele ao menos teve um diálogo? Continuo achando que esse livro não tem nada de lindo.


Phelipe Guilherme Maciel 30/10/2016minha estante
Ticiana, não terei a presunção de dizer que você não entendeu nada, mas na verdade, você deve despir-se de alguns pressupostos ao ler este livro. O tema dele ja te faz entrar cheio de moralismos já nas primeiras páginas. Sobreviver a estes sentimentos no livro é o objetivo.


Ticiana.Oliveira 30/10/2016minha estante
Que bom que não me despi desse moralismo. Mas alguns gostam, outros não. Não gostei ?


ig: rafamedeirosmartins 30/10/2016minha estante
Nenhum moralismo é saudável. Porque é moralismo.


Ticiana.Oliveira 30/10/2016minha estante
Cada um com sua opinião.


Phelipe Guilherme Maciel 31/10/2016minha estante
Rafa, acho que Gabriel Garcia Marques conseguiu seu objetivo muito bem. O Grande Prêmio Nobel sempre foi ácido. Ler este homem sem conhecer que tipo de leitura enfrentará, dá nisso. Ler Memórias de minhas putas tristes acobertado de preceitos tradicionais irrefletidos te deixa nauseado, mesmo. Está na contracapa. Era uma advertência. A única tristeza é que não estamos mais no início dos anos 1900, onde o moralismo censurava ou condenava obras que hoje o povo cultua como escritos sagrados sem nunca ter sequer lido, e diversas vezes com conteúdos bem mais complicados de digerir que este. Estamos na época dos 50 tons... de hipocrisia


Ticiana.Oliveira 31/10/2016minha estante
Não vou mais discutir. Não gostei, continuarei não gostando. E hipócrita é a vovozinha. ?


ig: rafamedeirosmartins 01/11/2016minha estante
Tudo bem não gostar. Mas é um erro tachá-lo do que você está dizendo.


mardem michael 14/11/2016minha estante
Taciane, não sei que tipo de literatura você costuma experimentar, mas acho que você deveria ser mais crítica (no sentido etimológico da palavra) ao expressar suas opiniões. A literatura nos desperta vários sentimentos. E é esse o barato dessa arte. É esse o objetivo dessa arte.Tudo bem não gostar de um livro, mas criticá-lo de uma forma tão pífia... Cuidado com a falácia. Um abraço.


Magasoares 13/02/2019minha estante
Ticiana também detestei essa estória, aliás, não entendi bulufas dessa estória sem noção. Será que é pedir muito aos entendidos aí em cima, qual a moral e o sentido dela? Desde já agradeço.




Renata CCS 01/10/2013

“O sexo é o consolo que a gente tem quando o amor não nos alcança.” (Memória de Minhas Putas Tristes, p.79)

Um ancião, escritor de crônicas para um jornal da cidade, resolve que em seu aniversário de 90 anos vai ter uma noite de amor com uma adolescente virgem. Ele liga para um bordel que não frequenta há vinte anos e, por fim, consegue a tal menina. Porém, na noite tão esperada - e nas seguintes - ele acaba se limitando a contemplar o corpo nu de sua bela adormecida e a imaginar uma vida ao lado dela. A partir dai se inicia um amor incondicional e ao mesmo tempo complicado: ele se doa por inteiro para a garota, mas é incapaz de olhá-la de frente, de ao menos acordá-la. Ela não fala com ele, ele fala constantemente com ela, principalmente por seus textos, suas crônicas semanais do jornal. É esta a história de amor de MEMÓRIA DE MINHAS PUTAS TRISTES, de enredo simples e curto, sem o melodrama dos romances convencionais e sem esbarrar no campo minado da pedofilia.

Engana-se quem pensar que o livro fala de sexo e erotismo. O tema é bem mais complexo do que isto. É uma história de amor à primeira vista, de amor platônico, de um velho por uma adolescente de 14 anos, um homem que fugiu de um casamento e nunca aceitou se relacionar com nenhuma mulher que ele não pudesse pagar, para nunca se sentir em dívida com nenhuma delas. Um ancião que vê-se embriagado de amor por uma ninfeta e é invadido por uma imensa vontade de viver.

Além de ser uma bela e inteligente história de amor, Gabriel García Márquez questiona a velhice e nos mostra que nunca é tarde para se apaixonar. O autor fala do amor de uma forma tão pura e divina que acreditamos que é a única coisa que buscamos. Gabo consegue transformar o amor dos dois, sem citar o nome dos protagonistas, e sem diálogos maiores do que quatro linhas, em um livro encantador.

E quem diria que um homem que passou a vida em relacionamentos por conveniência e sem grandes aspirações poderia um dia sentir o que era amar de verdade? Aos 90 anos esta paixão desencadeia um processo que vai mudar sua vida, onde ele revela toda a ternura que pode sentir por outro ser humano e descobre que guardou o melhor da vida para o final.

A narrativa de García Márquez é indescritível! Cada palavra carrega em si toda a solidão do protagonista e é o sonho de amor não vivido, do amor tardio, e o contraste da idade dos personagens que dá ao escritor a oportunidade de contar uma história de forma tão terna e que arrebata o leitor de uma forma única.

O livro é apaixonante, um inesquecível ultimato ao amor, mesmo que tardio e de uma forma absurdamente inesperada. Uma obra única para lermos em poucas horas, pensarmos por dias e lembramos por toda a vida!

Recomendadíssimo!!!
DIRCE 27/09/2013minha estante
Mais uma resenha sedutora. Se já não tivesse lido esse livro, ela me induziria a lê-lo.


Helder 29/09/2013minha estante
Concordo com a amiga Dirce. Li este livro há muito tempo atrás e em um dia. Mas lendo sua resenha deu até vontade de ler de novo. O amor descrito por Garcia Marquez é sempre mais bonito.


Maria Luísa 30/09/2013minha estante
Não é uma mera história: é uma metáfora, uma analogia para que não deixemos as coisas pra mais tarde. Inclusive, a leitura deste livro.


Mona 01/10/2013minha estante
Só mesmo Gabo para transformar o amor de um idoso uma adolescente em algo tão belo!
Linda resenha, parabéns!


01/10/2013minha estante
Vc conseguiu , como sempre, me deixar saltitante com suas palavras tão bem colocadas Renata!! Essas "Memórias" de Gabriel não se mostraram pra mim desse jeito tão aberto e encantador qdo li há algum tempo atrás. Talvez devido ao momento não prestei tamanha atenção nos detalhes e acabei me entrestecendo com a solidão do autor, não vi este encantamento que vc , como sempre , descreveu tão bem nesta primorosa resenha. Sabe que me deu vontade de ler de novo...beijocas!!!!


Renata CCS 02/10/2013minha estante
Obrigada aos colegas pelos comentários carinhosos! Adorei o livro e tentei passar um pouco da minha paixão nesta resenha. Creio ter conseguido um pouquinho. []s..... ;D


Jayme 03/10/2013minha estante
Sem dúvida, um romance merecedor de cinco estrelas.
Ótima resenha. Persuasiva, apaixonada.




ACarolinneUs5 28/02/2020

Memórias Tristes de Minhas Putas
Achei bem escrito e a estória acaba sendo até legal, mas não entendo pq deram um Nobel.
O livro se resume basicamente naquela frase "o homem que amou uma mulher, sabe mais sobre mulheres do que aquele que conheceu 100 mulheres".
O velho se vê numa vida muito triste e monótona, em plenos 90 anos de idade, onde se inicia sua busca pelo amor. Este é meu segundo livro do Gabriel Márquez, até que gostei, mas ainda não virei fã.
Dionisio.Junior 28/02/2020minha estante
Oi Carolinne, o Gabriel Garcia Marquez ganhou o Nobel pelo conjunto da obra. E o autor inclusive já tinha ganhado o nobel antes de publicar "Memórias de minhas putas tristes", que é um de suas últimas publicações. Acredito que os livros de maior prestígio dele são "Cem anos de Solidão" e "Amor nos tempos do Cólera". Eu indico tbm "Crónica de uma morte anunciada"... Eu gostei li e gostei desse ultimo ;)


ACarolinneUs5 28/02/2020minha estante
Já li Crônica de uma morte anunciada ;)
Sei que o Nobel é pelo conjunto, mas lendo 2 livros dele ainda não vi esse auê. Quem sabe leio algum desses outros dois que vc falou, agradeço a indicação :D


Adriano 28/02/2020minha estante
Ele é meio "meio merda, meio bosta" mesmo.


ACarolinneUs5 28/02/2020minha estante
Kkkkkkk


Acelino Álvaro 01/03/2020minha estante
Eu também ainda não fui fisgado por esse auê todo sobre Marquez, li duas obras: "Cem anos de solidão" e "Crônicas de uma morte anunciada". Crônicas de uma morte anunciada é até legal, agora... Cem anos de solidão... misericórdia!! Caiu no meu gosto não... terrível de ruim.


ACarolinneUs5 09/03/2020minha estante
Haushaushaus




Karina Paidosz 18/04/2021

"A idade não é a que a gente tem, mas a que a gente sente.? 
Minha primeira leitura de leitura de Gabriel García Márquez, e eu amei.

Achei a leitura rápida e fluída.
Até por ser um livro curto, mas achei bem descritivo.

?Descobri que minha obsessão por cada coisa em seu lugar, cada assunto em seu tempo, cada palavra em seu estilo, não era o prêmio merecido de uma mente em ordem, mas, pelo contrário, todo um sistema de simulação inventado por mim para ocultar a desordem da minha natureza.?
Valarini 18/04/2021minha estante
Gabo é muito bom! Li apenas ?Amor nos tempos do cólera? Adorei! A leitura foi super fluida, muito descritiva e divertidíssima!


Karina Paidosz 18/04/2021minha estante
Ahhhh ? já está na minha listinha esse tbm. Já ouvi falar muito bem do Gabo.


Valarini 18/04/2021minha estante
Vale a pena! ouvi falar muito do clássico ?Cem anos de solidão? mas acabei optando primeiro por outro, mas agora tenho vontade de ler todos... rs


Karina Paidosz 18/04/2021minha estante
Sim! A lista só aumenta...hehehe




Arsenio Meira 30/10/2013

García Márquez: o solitário olhar de saudosismo e adeus


Intercalando leituras, algo prazeroso e que a mim, pelo menos, sustenta a atenção, forçando a memória, reli o "Memória de Minhas Putas Tristes". Não é à toa que García Márquez é considerado um dos maiores escritores vivos da atualidade. É clichê, eu sei, mas a constatação é concreta. Lembro que antes do lançamento da edição brasileira, em meio a tanto disse-me-disse, o sucesso foi inevitável: no Brasil, a versão original do livro, em espanhol mesmo, figurava entre as listas de mais vendidos.

A tradução brasileira, feita pelo premiado escritor mineiro Eric Nepomuceno que também fez a versão de "Viver para Contar", autobiografia de García Márquez e dos poemas do argentino Juan Guelman mantém a fluidez do texto original, importante em um livro feito para ser lido de fôlego único.

"Memória de Minhas Putas Tristes", na verdade, melhor seria enquadrado como uma novela do que como um romance propriamente dito. O enredo é simples, e a habilidade narrativa de García Márquez salta aos olhos a cada capítulo. O livro conta da passagem de noventa anos de um jornalista solitário e melancólico, cujo desejo maior em tão importante ocasião foi se dar de presente uma noite com uma prostituta virgem.

A partir da realização do desejo (ou sua não-realização, dependendo do ponto de vista), García Márquez traça belas linhas de reflexão sobre a velhice e sobre a solidão, e volta a um de seus temas preferidos, aquele velho tema dos amores frustrados.

Numa primeira análise, a obra traz vários pontos de contato com uma das obras-primas do colombiano, o clássico romance "Amor nos Tempos do Cólera", uma verdadeira ode às relações amorosas. Impossível não compará-las. O velho ancião de Memória tem algo, de fato, de um Florentino Ariza já mais calejado, e bem menos romântico.

Provavelmente bem mais próximo do verdadeiro eu do autor. Ambos os livros tratam com delicadeza do tema do amor na velhice, mas aí acabam as semelhanças. García Márquez mostra agora um texto bem mais cético, amargurado, que vê a relação idoso/ninfeta sem traços moralistas (o que teria sido bem fácil, nos tempos atuais) e com ares nostálgicos. Como um lamento pela perda da inocência, pela fábula infantil incompleta. Não da menina, diga-se, mas do próprio narrador.

O talento de García Márquez continua inquestionável. E é sempre um prazer ler o gênio latino-americano da literatura fantástica, ou realista, em busca de algo maior que o simples estalar de dedos; afetuoso como só ele sabe ser em meio ao solitário olhar do personagem, que reconhece a iminência da morte.

A impressão que fica é saudosista, um gosto acre de algo que poderia ter sido, mas não foi (e Manuel Bandeira sobrevive por mais mil anos, sempre presente em nosso imaginário.)

Talvez seja proposital. É esse mesmo o tom do livro. O título, de início, já aponta para o caminho dos versos de Bastos Tigre, que me chegaram de supetão ao término da leitura:

"A alma gela-se de tédio.
Enchem-se os olhos de ardor.
Saudade - dor que é remédio.
Remédio - que aumenta a dor."
Renata CCS 30/10/2013minha estante
No caso de Gabriel Garcia Márquez, solidão, amor, velhice são substâncias para se fazer arte, com uma riqueza de texto inesquecível e profundo.
Bela resenha!


Arsenio Meira 30/10/2013minha estante
Oi Renata, não resisti à tentação, e reli o García Marquez. A gente nem sente e o tempo voa, durante a leitura. Infelizmente, é uma novela, quase um conto. Preferiria um romance, mais amplo. Esses temas despontam da pena dele com uma ternura difícil de esquecer, e como você escreveu, sempre abordados em tons ricos e profundos. Obrigado pela presença. Abraços


Anderson 25/07/2015minha estante
Apesar dessa ode ao amor que ele faz durante toda a narrativa, me pareceu melancólico e existencial. Acho que esse livro tem muito do tema central de toda a obra do Gabo: a solidão.O tom lírico e fluído é genial e a arte com que Gabo concebeu esse livro é indescritível! E parabéns pela resenha, ficou ótima!


D.Flores 14/04/2024minha estante
Suas resenhas são um espetáculo!! Lendo-as, já entendo o livro. Obrigada!




Anderson 28/07/2021

No seu aniversário de 90 anos, um homem que passou sua vida solitário, sem muitas conquistas pessoais e profissionais, resolveu se dar de presente uma noite de amor com uma menina virgem. Para tal, contou com a ajuda de uma amiga, dona de um bordel da cidade, que encontra para ele uma menina de apenas 14 anos.
Ao chegar ao local do encontro ele encontra a menina adormecida e pela primeira vez em sua vida, passa uma noite deitado ao lado de uma mulher sem tocá-la.
Após o encontro, ele não deixa de pensar na garota e pela primeira vez na vida sente como é estar apaixonado.
manuella 28/07/2021minha estante
meu deus?? kkkkk


Edu Santtos 28/07/2021minha estante
é um livro q, msm causando repulsa, consegue ser bom.


Brubs 28/07/2021minha estante
Meu deus pq q eu fiquei com tanta vontade de ler??




Fernanda Sleiman 08/10/2020

Gabo
Vi muitas resenhas com criticas de que esse seria um romace de pedofilia. Eu preferia dizer que fala da solidão. Não é meu preferido do Gabo, mas é Gabo
Lutty1 10/10/2020minha estante
Fernanda é um dos livros mais doces que já li. Namorei esse livro na vitrine de um livraria por meses, lá pelo idoa dos anos 2000. Até ué criei coragem e o comprei. Geralmente não guardo meus livros que não pretendo ler novamente. Está comigo até hoje. Não vendo, não empresto, não dou. Na verdade empresto com raríssimas excessões


Fernanda Sleiman 11/10/2020minha estante
Eu havia visto muitas resenhas criticando por se tratar uma romance de pedófilia. O que encontrei foi uma linda história sobre solidão. Gabo tem a sensibilidade de nos tocar profundamente. Só não dei as 5 Estrelas por comparação mesmo. O amor em tempos de cólera e Cem anos de Solidão me tocou mais avassaladoramente


Lutty1 11/10/2020minha estante
Concordo, são fantásticos, masa são estilos diferentes... E gosto é gosto!




Luana 25/07/2020

Um livro que choca e surpreende.
Memórias de minhas putas tristes é um livro que choca e surpreende. Choca porque o Gabo insiste, e eu não entendo o pq, na temática de relacionamento a la "lolita" e surpreende pq não é nada daquilo que pensamos do livro.
Vale a pena conferir.
arthemis | @mistydisse 25/07/2020minha estante
Não sei se era a o contexto social que ele estava inserido mas é bizarro mesmo ele colocar meninas de 13-14 anos se relacionando com HOMENS adultos e ate de meia idade


arthemis | @mistydisse 25/07/2020minha estante
Falo por Cem anos e Amos nos tempos


Luana 25/07/2020minha estante
Verdade, mas esses relacionamentos aconteciam no interior do Brasil e não faz muito tempo, acredita? Tenso.




Luana 25/06/2015

Esperava bem mais!
Dos livros que li do Gabo, foi o que menos gostei (e acho difícil que ele perca o posto algum dia).
É bem escrito, tem reflexões interessantes e profundas, mas eu, particularmente, achei a história nojenta. Um senhor nos seus noventa anos e uma garota de quatorze. Não, eu não acho que essa dupla protagonizaria alguma história de amor bonita (talvez se fosse entre avô e bisneta).
Fiquei muito incomodada por: a) a garota em nenhum momento falar por si mesma. Não se sabe o que ela pensa. Só se sabe o que a sua cafetina diz que ela pensa; b) ela receber um "apelido" do seu amante. Ela é mais objeto que pessoa para a história; c) o autor tratar da situação como um caso de amor. Como uma história bonita de um cara que só no fim da vida se apaixona pela primeira vez. Só não se leva em conta que, primeiro, em nenhum momento a garota comprova realmente a reciprocidade do sentimento, e, segundo, mesmo que ela o amasse também, estamos tratando de uma diferença de setenta e seis anos de idade. E, pra mim, existe MUITA coisa errada aí.
Em suma: não julguem o autor por esta obra. Ele tem coisas infinitamente melhores.
Luanna 09/07/2015minha estante
Já tentei ler, mas não aguentei 10 páginas!


Luana 10/07/2015minha estante
Foi seu primeiro livro? Não desista do Gabo! Fiquei até impressionada, não esperava vindo dele :/


Luanna 19/07/2015minha estante
Foi sim, mas não desisti. Mas confesso que fiquei decepcionada! O problema não é ele escrever algo erótico, e sim um erótico machista (o que é algo bem comum, infelizmente)




Kieffer 09/01/2021

Uma história de amor? NÃO! De solidão.
Este foi o primeiro contato que tive com Gabriel García Márquez e não pude deixar de notar o quão imerso acabei ficando na mente do narrador. É uma escrita fluída que parece ter sido, de fato, escrita por um velhinho... Então, pesquisando sobre a vida do autor, descobri que realmente foi escrita por um velhinho. Ora.

Sobre a história, não consigo romantizá-la tanto quanto as demais resenhas que li por aqui. É uma relação entre uma menina de 14 anos e um homem de 90. Ok, pode até ser muito bonitinho o conceito de "encontrar o amor na terceira idade", mas me questiono se os fatos narrados realmente falam sobre amor.

Delgadina é uma menina em situação de extrema pobreza que, além de trabalhar numa fábrica (lugares que até hoje exploram funcionários, disso sabemos bem) e precisar cuidar de seus irmãos, acaba optando também pela prostituição infantil. Uma presa fácil e vulnerável, como uma criança de 14 anos teria maturidade suficiente para consentir num relacionamento desse tipo? O que eu vejo é uma relação de poder muito bem disfarçada, isso sim.

Tendo isso em mente, não descarto em momento algum a complexidade da mensagem por trás das narrações, mas tudo me parece uma situação muito triste onde o protagonista já idoso acha numa criança a juventude e amabilidade que lhe faltou durante seus longos e vazios 90 anos de vida.

O máximo de "amor" que conseguiria enxergar entre os dois seria de pai e filha ou avô e neta, e isso me esforçando muito. A leitura é incômoda porque você percebe que em nenhum momento a pedofilia é usada como crítica ou algo absurdo e sim como um simples detalhe.

Change my mind.
Alexya 09/01/2021minha estante
Achei interessante o que disse sobre esse livro, vou buscar ler também. ?


Kieffer 09/01/2021minha estante
Opa, que daora isso! Se lembrar, dá um feedback que vou adorar ler e conversar sobre :)


Alexya 09/01/2021minha estante
Baixei, vou ler assim que der ??




@limakarla 23/07/2020

Não sei explicar o tanto que eu AMO esse livro, a sutileza, a delicadeza, a força com que esse homem fala de amor de uma forma tão encantadora! Já li e reli tantas vezes e nunca fica menos perfeito.
Torby Frosty 24/07/2020minha estante
Smp quis ler ?


@limakarla 24/07/2020minha estante
Excelente! Pode ir sem medo.


Torby Frosty 24/07/2020minha estante
Vlw pela dica ?




Maria Luísa 27/03/2013

Ele, como muitos outros livros de García Márquez, deve ser apreciado com o olhar, e o tato, da paixão literária. Absorvê-lo como arte, além de uma mera história de um velho e algumas putas.

O livro fala sobre um senhor, que passou a vida escrevendo crônicas para o jornal, encontrando o amor. Exato! Esta é uma história de amor. Pois bem! Este senhor, em seu aniversário de 90 anos, decide dar-se um presente diferente do que está acostumado: ele quer se deitar com uma virgem. Ele, cuja vida fora recheada de prostitutas, foge do amor ao ir de encontro a estas mulheres. Contudo, é este, o amor, que ele encontra nesta virgem tanto desejada. A partir dai, você presencia uma mudança no senhor, no homem.

"Memórias de Minhas Putas Tristes" é um livro pra ser apreciado e lido com calma. As memórias narradas podem ir além de uma mera história, transgredindo para uma metáfora ou até, em certos casos, uma analogia quanto à vida de algumas pessoas. Não deixemos as coisas pra mais tarde. Inclusive, a leitura deste livro.
Renata CCS 16/04/2013minha estante
Está em minha lista de futuras leituras. Uma belíssima resenha! Instigante!


Nando 16/04/2013minha estante
Leitura imperdível!


Arsenio Meira 10/01/2014minha estante
Em três parágrafos, a arte da concisão, e o poder de convencer o leitor, que por uma distração qualquer, ainda não leu mais uma grande obra literária de Gabo. É isso o que sua resenha demonstra, Maria Luísa. Com o tempo, não se pode brincar.




Fer Paimel 12/01/2021

Ok
Não é um livro maravilhoso e perfeito, mas dei boas risadas com a história... Acho que diante da grandeza com que se trata Gabriel García Márquez, essa obra realmente não seja tão relevante em seu repertório, mas ainda assim me proporcionou uma experiência agradável.
Daniel.Azevedo 12/01/2021minha estante
Você foi logo no mais fraco


Fer Paimel 13/01/2021minha estante
Kkkkk não faz mal! Quero conhecer o autor em todos os seus aspectos... acho que o próximo será Cem Anos de Solidão


Daniel.Azevedo 13/01/2021minha estante
Esse aí é meu livro favorito




Flávia 01/07/2014

Ainda estou tentando entender o título do livro. Aliás, ainda estou tentando entender o livro. E não me venham com esse “mimimi” de “ah, é Gabriel Garcia Márquez, é cult, é sei lá mais o quê”. O livro traz (algumas, poucas, soltas) memórias de um homem de noventa anos. E, no meio dessas memórias, ele se apaixona, um caso peculiar de amor platônico. Não que seja menos amor, longe disso. Mas, platônico.

O personagem principal é um senhor só e prático. Quando digo só, não entenda como solitário, apenas não se cerca de tantas pessoas quanto deveria (será que deveria?). E prático com o trabalho, com o amor e com as finanças. Mantém o mínimo para sobreviver e quando precisa de “amor” recorre às casas profissionais. E sempre foi assim, desde sua primeira vez, passou a pagar para ter os prazeres da carne e atenção. Uma vida tão vazia... Ou muito divertida e sem peso? Não sei, só vivendo.

Gostei da forma como a vida é retratada, mesmo em meio às tristezas, não há drama. Mostra a estranheza do comportamento humano. Embora tenha sentido certo ar depressivo. Não que seja intencional do livro, mas traz algumas sensações melancólicas. Não gosto quando me mostram o que o tempo faz com as pessoas. Espero ter sabedoria suficiente para compreender a velhice, não apenas as limitações que ela traz, mas como lidar com o mundo ao redor, repleto de pessoas mais novas.

“E me acostumei a despertar cada dia com uma dor diferente que ia mudando de lugar e forma, à medida que passavam os anos.” – pág 7 (ebook)

Não gostei da história no geral porque achei um pouco fraca, talvez eu imaginasse outra coisa, mas a impressão que tenho é que o livro quis falar sobre várias coisas e ficaram todas pela metade. Sinto que não há um desenvolvimento porque mesmo com o amor, diversas vezes tive a sensação de que o autor tinha encerrado esse tema e daria outro prosseguimento, e de repente, voltava para o mesmo ponto.

O que posso concluir com esse livro? O amor tem formas estranhas mesmo. Cada um se satisfaz com aquilo que considera merecer. Será válido descobrir o amor tão tarde? E não poder desfrutá-lo do modo e pelo tempo que quiser? Saber que tudo é urgente e limitador?

Entendi a falta de pretensão do livro ao impressionar, mas assim?

“Não se engane: os loucos mansos se antecipam ao porvir.” – pág 40 (ebook)
Jacy Coelho 01/07/2014minha estante
Concordo com você em tudo, até chegar da parte em que você explica porque não gostou ahahah

Quando eu li, eu acho que gostei justamente por todas essas sensações que o livro passou (melancolia, solidão). Não lembro ao certo, mas tem umas frases bem fortes. Hoje no entanto, acho que não seria capaz de ler, acho que ia me causar uma depressão profunda srsrsrssr

Essa resenha tá um nível acima das outras viu! ahhahah


Flávia 01/07/2014minha estante
Primeiro, muito obrigada pelo elogio! !!!!!

Eu senti falta de continuidade nas coisas, não sei ao certo. Mas gostei da forma crua de mostrar o comportamento.


Alma 27/03/2015minha estante
Esse livro é muito chato, um personagem vazio, uma história menos que medíocre. Não vi amor nenhum na vida do personagem. Uma história sem desenvolvimento, sem razão, uma desvalorização do sexo, do amor, e da vida.




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