Wania Cris 06/05/2022 Sem pé nem cabeça, lé com cré, uma bagunça só...Terceiro livro do autor que leio, segundo da série Névoa, Palácio da Meia Noite tem uma premissa despretensiosa, voltada para o sobrenatural, mas não entrega bem nada disso.
Gêmeos são separados ao nascer objetivando mantê-los seguros de um mal terrível programado para assombrá-los aos 16 anos de idade. Se tem data programada, pra que deixar os meninos separados? Pra que ficar pulando de cidade em cidade se protegendo se o omi já disse que dia voltaria? Um medalhão é dividido em dois e entregue a cada irmão e fim. Isso é tudo o que se fala sobre o tal medalhão, ele não aparece em momento algum, não tem qualquer propriedade mágica de proteção ou coisa parecida. Ficou com Deus... não se explica de maneira consistente o motivo pelo qual o vilão está atrás das crianças e a motivação dada ao final é pífia, totalmente estapafúrdia, não orna. Pessoas importantíssimas na trama simplesmente somem no meio da estória. Assim, do nada. Leva-se páginas e páginas descrevendo uma sociedade secreta que todo mundo sabe que existe, um lugar secreto que não tem absolutamente importância alguma na trama. Características e personalidades são construídas para o protagonista e se perdem na trama, não adianta observa o que é dito sobre ele, seus gostos e receios, nada disso é aproveitado na trama. A velha conta uma mentira e depois conta a verdade que é muito mais suave que a mentira que ela contou.
O fato de já ter lido Sombra do Vento me diz que Zafón aprendeu muito ao longo da carreira e Palácio me mostra que ele realmente partiu do ponto zero.
Era melhor ter ido ver o filme do Pelé.