Peter Pan

Peter Pan J. M. Barrie...




Resenhas - Peter Pan


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Coruja 07/05/2014

Todo mundo que não mora debaixo de uma pedra já ouviu falar de Peter Pan, o menino que não queria crescer, mas são poucas as pessoas que realmente leram a obra de James Barrie – elas o conhecem principalmente por causa dos filmes. Até ganhar esse livro da Virgínia, a única versão que eu conhecia da história era a versão para o Sítio do Pica Pau Amarelo que Monteiro Lobato escreveu.

Ler o original já adulta tirou parte do encanto da narrativa – é óbvio e ululante que Peter Pan é um daqueles livros que temos de conhecer na infância – mas isso não significa que não haja prazer em descobri-lo.

A Terra do Nunca e todos aqueles que a habitam são absolutamente fascinantes. Gancho é um dos vilões de nossa infância (provavelmente por causa de um certo filme com o Robin Williams...), Peter um de nossos primeiros amores e existe uma interatividade, um convite a participar da história que não se encontra em qualquer livro.

O que tem lógica, considerando que originalmente, as aventuras de Peter Pan foram criadas para o teatro. Aliás, eu assisti uma apresentação da peça e mesmo sendo uma das pessoas mais velhas da audiência (eu tinha ganho o ingresso de presente e estava sozinha no meio de um mar de crianças...), bati palmas com gosto redobrado para afirmar que acreditava em fadas e assim salvar Sininho.

Curioso é que em tempos de politicamente correto, é um tanto estranho ver como se mata gente sem pensar duas vezes na história. Todos os garotos – incluindo aí Miguel, o ‘bebê’ – matam piratas; os piratas matam os pele-vermelhas, os pele-vermelhas matam os piratas e os meninos perdidos... Não é simplesmente uma questão de derrotar o inimigo, mas de massacres e banhos de sangue mesmo...

A questão do que eu falava antes é que, adulta, prestamos atenção em detalhes que não nos despertariam maior reflexão mais jovens – o medo patológico de Peter não apenas de crescer, mas de assumir responsabilidades; sua cegueira em torno do que querem as mulheres de sua vida (Sininho, Wendy, a princesa Tigrinha); sua incapacidade de reter relações verdadeiras com as pessoas que estão ao seu redor, fruto de não conseguir reter suas próprias lembranças.

Peter não cresce não apenas porque não quer crescer, mas porque não se lembrando do que viveu, estando sempre preso exclusivamente ao presente, não tem como aprender com suas próprias ações. Ele é uma página em branco todos os dias reescrita.

Isso não me importaria muito quando criança – e realmente não me importou quando tive meu primeiro contato com a história – mas hoje não posso deixar de pensar que a figura de Peter Pan seja um tanto trágica, só comparável a de seu arquiinimigo, o extraordinariamente solitário Capitão Gancho.

Não obstante, é um clássico daqueles para ler para as crianças, para bater palmas e tentar voar pulando das camas – para lutar com os piratas e fazer tic-toc fingindo ser o crocodilo, para mergulhas com sereias e dançar em torno da fogueira com os pele-vermelhas. Um livro para todos aqueles ainda capazes de alcançar a Terra do Nunca, “segunda estrela à direta, direto até o amanhecer!”.


site: http://www.owlsroof.blogspot.com.br/2014/05/desafio-corujesco-peter-pan.html
Nanci 06/02/2015minha estante
Muito bacana sua resenha. Também estou revisitando Peter Pan, enquanto leio Jardins de Kesington, do Rodrigo Fresán, que coloca Barrie como personagem e reconta a história da criação de Peter Pan etc.


Sam 06/09/2015minha estante
Gostei muito da sua resenha! Li o livro e simplesmente amei a história!




Evy 24/09/2010

É uma história mágica e encantadora. O menino levado cuja gargalhada é igual às primeiras gargalhadas de todas as crianças, que se espanta com uma injustiça como se fosse a primeira vez e que ainda tem todos os dentes de leite além de uma vontade maior que ele de nunca crescer nos cativa logo no começo e não há como ler sem um sorriso no rosto. A maneira como o autor narra a história é simplesmente fantástica, conversando com o leitor e fazendo tudo parecer real além de mágico. Eu recomendo a leitura para todas as idades!
Lucia 27/04/2017minha estante
Otima resenha Evelyn!!!


dani ^_^ 15/06/2020minha estante
melhor resenha pra representar esse livro! ?




Leituras e Reflexões 10/09/2022

Leitura Coletiva com aluninhos
Logicamente que eu já tinha lido este clássico da literatura mundial, né.
Ganhei o meu próprio exemplar da minha mãe há quase 10 anos. Sim, eu não comprava, nem ganhava, clássicos. Foi um marco histórico pra mim ganhar alguns de aniversário. Todos que eu já tinha lido pertenciam às bibliotecas públicas que frequentava.
Então, ganhar Peter Pan em capa dura foi tipo WOWWW pra mim, rsrs? ?
Como, sempre que posso, costumo promover leitura coletiva com meus alunos, neste ano encontrei esta história na biblioteca da escola, com um número de exemplares suficientes para todos nós. Pronto, estava resolvido! Eu faria meus alunos de minha turma do 7o. ano conhecerem detalhes da Terra do Nunca e dos seus habitantes.
Foi um tempo muito bom e proveitoso. Apesar de breve!
Quase todos os alunos gostaram, se envolveram, se chatearam com o Peter (ou com a Sininho) rsrs? muito bom!
Próximo passo: no próximo bimestre formarem grupos para cada um representar (fazer uma peça teatral curta) do capítulo que escolherem.
Não vejo a hora de vê-los curtindo mais essa aventura! ?
.
INDICO MUITO!
André 14/09/2022minha estante
Que top. Inspirador o seu trabalho.


Leituras e Reflexões 14/09/2022minha estante
A Ele a glória ??????




Anderson.Silva 22/02/2022

Peter Pan é um clássico da literatura britânica, porém antes de ser um livro foi uma peça de teatro composta pelo dramaturgo J.M. Barrie. Antes de acertar em cheio, o autor sofreu com duras críticas e fracassos.

A ideia da peça surgiu após um passeio com a família Davies; ele gostava muito de brincar com as crianças e com isso foi juntando materiais para pôr na sua peça teatral e ela se tornou o seu maior sucesso.

A história começa quando Wendy e seus irmãos vão dormir, e do nada surge um garoto que pode voar, seu nome é Peter pan!

O menino voador leva-os para a Terra do nunca para passarem por inúmeras aventuras contra o Capitão Gancho e companhia.
Fernanda 08/08/2022minha estante
Wow! ?? Muito interessante essa informação! Não fazia a menor ideia disso. Obrigada por compartilhar!??


Anderson.Silva 23/08/2022minha estante
Que bom que gostou, miguxa.




Cintia295 10/06/2022

Fiquei meio chocada com esse livro achei que a Sininho era "fofa", "boazinha" sei lá fui iludida com os desenhos kkkkk
Porém lendo esse livro vi eles tem bondade também mas a parte má foi a que mais me pegou, as mortes, as maldades.
Achei também a leitura um pouco arrastada. Até mesmo boba kkkkk(desculpe quem gosta), e olha que amo contos infantis mas esse não rolou muito.
Não considero esse livro infantil, acho que a indicativa de idade deveria ser acima de doze. Mas esse é o meu ponto de vista só.
Haime 10/06/2022minha estante
Chocada ! Como assim sininho não e boa ? Agora vou querer ler kkkk


Cintia295 10/06/2022minha estante
Só lê amg kkkkkk




Aninha 17/03/2021

Peter pan
Minha primeira leitura do ano e foi um favoritado ??
Simplesmente amei a leitura, me viciou de uma forma inexplicável... Sempre assistia Peter pan quando pequena e amava muitoo, daí fui mega feliz e com expectativas altíssimas em questão do livro e me surpreendi ainda mais. Peter pan é um menino muito fofo e adoro os meninos perdidos, sempre me identifiquei muito com eles... No final do livro teve até choro, por que veio um sentimento de nostalgia tão forte que não me segurei. Sinto falta de quando era pequena e de todas as vezes que não aproveitei. Todo mundo deveria lê-lo...
Faffys 17/03/2021minha estante
Me emocionei com seu comentário ? Tenho esse livro faz um tempo mas não li ainda. Vou lê lo assim q terminar o Médico e o Monstro.


Aninha 17/03/2021minha estante
aaa que bom, me conta dps o que achouu ?




Julia 06/01/2015

"Se vocês soubessem como é grande o amor de uma mãe não sentiriam medo"
As crianças são desalmadas e estão sempre prontas a abandonar os que mais amam em nome de uma grande aventura e, assim, correr os mais diversos perigos, afinal como o próprio protagonista da história anuncia, quase engolido pelas ondas do mar, "Morrer seria uma grande aventura!".
Dentro das minhas expectativas juvenis ler Peter Pan seria a melhor e mais doce das aventuras, impossível de ser superada. Aquele tipo de evento que só acontece uma vez na vida e a gente tem que aproveitar ao máximo pra não perder os detalhes e o gosto de algodão doce, aquela subida na árvore e o joelho todo ralado de estripulias. Fora das minhas expectativas e mergulhada de realidade - ao menos tentando ou achando que estava - Peter Pan é tudo aquilo que eu sonhava, que eu não sabia que tinha sonhado, que um dia eu ainda vou sonhar e mais um pouco com direito a pó de fadinhas e considerações aspectuais sobre o pretérito-mais-que-perfeito.
Nós, crianças, pequenos seres alegres, inocentes e desalmados nos rendemos a todos os encantos desse menino, que nos ensina que o riso dos bebês explodem em pequenas partes de alegria e pureza e, dessa forma, nascem as fadas: as roxas, as rosas e as azuis. Eu por mim mesma continuo sendo azul e azul serei, acho que as melhores pessoas são fadinhas azuis. Aprendemos também que às vezes a melhor forma de viver é realmente esquecer. (Afinal, como é que morrer pode vir a ser uma grande aventura quando você já morreu tantas vezes antes?)
E, por falar em esquecer, a história desse menino que não se lembra da própria mãe - mas que em sua memória a lembrança dela vive sempre como a melhor mãe do mundo aquela que, além de ser a mais bonita, é cheia de dedais - é uma homenagem às nossas criaturinhas lindas que com todo o amor nos pegaram para criar.
Peter Pan é uma declaração do amor maior materno, é o reconhecimento travesso de um filho para a sua mãe. O próprio Pan reconhece que o melhor presente que ele pode dar aos seus companheiros em sua jornada idílica, porém indolente, é uma mãe. Não à toa o senhor Barrie diz que enquanto há pessoas que gostam mais do Peter e algumas que gostam mais da Wendy, ele mesmo gosta mais da sra. Darling.
Juliana 13/01/2015minha estante
Oi Julia, tudo bem?
Gostei muito da sua resenha! O livro tá na minha fila de próximas leituras!
Ah, criei um grupo para os clássicos Zahar. Dá uma olhada lá e fique à vontade para recomendar suas leituras. Link do grupo: http://www.skoob.com.br/grupo/4074
Abs!


Julia 15/01/2015minha estante
Juliana, brigada!
Adorei a ideia do grupo, entrei lá!
abçs!




Juliana 21/07/2017

O Menino Que Não Queria Crescer
Do imaginário de um contador de histórias à literatura mundial, o personagem de James Matthew Barrie se consagrou e marcou gerações que perduram até com as histórias de Peter Pan ao lado dos meninos perdidos e dos irmãos Darling. Criado para uma peça de teatro e em seguida indo para um livro homônimo muito lido, lembrado e adaptado ainda hoje, Peter Pan é um menino de idade e origem desconhecidas que vive na tão sonhada Terra do Nunca - lugar onde não há as obrigações da vida contemporânea; escola e muito menos dever de casa; mães; pais ou professores para dar puxões de orelhas. Há apenas nossa imaginação, pensamentos felizes e muita aventura.

O livro nos leva ao quarto dos irmãos Darling - Wendy, João e Miguel - que costuma ser visitado por Peter para que ele possa ouvir as histórias contadas pela mãe dos irmãos, a chamada Sra. Darling. Uma noite, ele entra no quarto das crianças e ao tentar recuperar sua sombra, que havia se soltado, acorda Wendy, a mais velha dos irmãos Darling, que acaba por acordar os outros irmãos para que conheçam Peter Pan, o protagonista das histórias que costumavam ouvir e acabam convencidos por Peter e Sininho a ir à Terra do Nunca junto a eles.

Na Terra do Nunca os irmãos Darling conhecem um mundo novo marcado pela ausência não só de pais, mas principalmente das responsabilidades que costumavam carregar em suas vidas em Londres. Os irmãos de deparam com a total liberdade de criarem suas próprias regras e viverem da maneira que quiserem em um lugar que a vida adulta nunca irá chamá-los - o que é um aspecto marcante em todo livro. Os meninos perdidos, subordinados a Peter, vivem uma vida sem regras, sem horas para dormir ou comer, o que causa total estranhamento nos irmãos Darling. Mas a ausência de regras também faz com que os meninos possuam uma enorme carência de uma figura materna em suas vidas, uma vez vão para Terra do Nunca muito novos e são abandonados por Peter quando crescem. Com isso, eles não sabem muito sobre suas vidas com suas mães ou são proibidos de falarem sobre, colocando assim Wendy, a única menina a entrar para o bando dos Meninos Perdidos, no papel de mãe.

Peter Pan é uma criança em plenos dentes de leite. Sendo conhecido por ser bastante arrogante, Peter era, até a chegada de Wendy, a única figura de autoridade entre os meninos. Peter foi, para mim, a representação plena da infância: sem regras, sem amarras, sem preocupações com o certo ou errado ou com a verdade. Peter desconhece totalmente suas origens, um menino desprovido de qualquer memória de onde veio, quem foi e quem foram seus pais. Sempre que perguntado, apresenta uma nova história de origem para os acontecimentos, fazendo com seus discursos sejam duvidáveis. Não apresenta apego psicológico a ninguém e consequentemente se esquece facilmente das pessoas que passam pela sua vida.


Apesar de todas as regras impostas por Peter para proibir que os meninos falem ou pensem em pais ou em uma família aos moldes tradicionais, nota-se, com o decorrer do livro, uma carência dos mesmos por parte dele. Apesar de ter assumido, junto a Wendy, a figura de pai das crianças, é notório que até mesmo ele queria ter uma parte da vida dos irmãos Darling, ou ao menos uma família e essa é, sem dúvidas, uma das partes mais comoventes de todo o livro. (N/: preparem os lenços)

A Terra do Nunca é um lugar que, assim como Peter, estava apenas no imaginário das crianças Darling. Uma ilha com sereias, piratas e índios com quem Peter e os meninos perdidos vivem aventuras constantemente, como o sonho de qualquer criança. Peter tem, em especial, embates constantes com o famoso capitão Gancho.

Em filmes, séries e peças de teatro, Gancho é, em geral, vivido pelo mesmo intérprete do Sr. Darling. Com Wendy assumindo o papel de mãe, o fato deixa em evidência que a obra de J. M. Barrie não tem a intenção de ser apenas uma obra para o público infantil, mas que também pretende retratar também relações as quais somos submetidos na vida adulta e mostrar, de maneira sutil, embates pelos quais muitos tiveram, e ainda tem, que passar. Com isso, achei engraçada a ideia de vilanizar o Gancho, como se nesse propósito, ele fosse o terror dos futuros maridos. Entretanto, é uma ideia que parece estar restrita ao campo visual, como o teatro e o cinema.

Por fim, apesar de todas as aventuras, é possível ver nos Darling o peso na consciência para que voltem para as antigas vidas. Wendy começa a perceber que os irmãos mais novos começam a apresentar sinais de esquecimento de seus pais e até mesmo de quem eles são, mas tudo relacionado às suas vidas em Londres, como se Wendy fosse a âncora, a consciência e responsabilidade dos meninos chamando-os para a realidade.

site: https://cafepoetisa.wordpress.com/
Tai Nitta 21/07/2017minha estante
Adorei a resenha, Jubs!


Juliana 25/07/2017minha estante
Obrigada, Ruiva!




DarthVaul 17/11/2021

Bom..
Acho que eu esperava muito mais...
Achei algumas coisas bem forçadas.
Sem dúvida meu personagem favorito foi o Capitão Gancho. Odiei o Peter!
Ewerton Farias 28/02/2022minha estante
Tô no capítulo 5, e eu odiei o Peter e tenho pena das crianças perdidas

Agora eu sei porque o Peter é vilão em Once Upon a Time


DarthVaul 02/03/2022minha estante
Sim, ele é muito egoísta, não da pra gostar dele !




Isis Cris 03/06/2015

Uma mãe encantadora, um pai super responsável (e culpado), uma ilha onde todas as crianças sonham em estar, fadas ciumentas, meninos perdidos, uma cadela como babá, uma menina e dois irmãos, um inimigo que no lugar de sua mão direita tem um gancho, um crocodilo que engoliu um relógio e emite o som de "tic-tac" e um garoto encantador (e egocêntrico) com dentes de leite. Personagens super bem trabalhados por Jamie Matthew Barrie, que nos encanta com sua narrativa e nos aproxima com sua forma de contar, como se realmente estivéssemos o ouvindo ler uma história antes de dormir.

O livro de Peter Pan é fantástico! A forma como as personalidades de cada personagem é abordada me encantou. Cada um dos meninos perdidos conquistou um lugarzinho no meu coração. E Wendy... Nossa, como Wendy amadureceu quando chegou na Terra do Nunca e se transformou em uma perfeita mãe, costurando meias, fazendo comida, contando histórias e dando remédios para cada "filho".
Wendy é uma linda menina que acha Peter Pan um garoto irresistível e deve ser por isso que Sininho morre de ciúmes, pois os dois ficam muito próximos na Terra do Nunca.
E nossa querida Naná? Uma cadela como babá só tornou o livro mais carinhoso. Naná é incrível e maternal, sempre atenciosa com Wendy, João e Miguel. Um amor de cadela. Barrie a descreve com tanto carinho que me fez suspirar.
A Sininho se torna encantadora com sua personalidade de mulher. Em vários momentos do livro me identifiquei e penso que qualquer garota também se identificaria. Uma personagem cativante. Quando é boa, é boa de verdade e quando é má, é má de verdade, porque dois sentimentos ao mesmo tempo não cabem em um ser tão pequeno que veio ao mundo através da primeira risada de um bebê.

Enfim, todas as personagens foram muito bem trabalhadas nesta obra de Barrie. Não posso deixar de falar de Peter, mas vou logo dizendo que é complicado. Barrie conseguiu trabalhar duas personalidades fortíssimas em Peter: a inocência de uma criança (quanto as brincadeiras, a forma que ele fala da vida, os dentinhos de leite, sua desobediência e outras características marcantes) e a frieza de um adulto (principalmente quando mata alguns piratas). Peter é incrível e tem um bom coração, porém não é nada humilde. Por vezes é arrogante, egocêntrico e egoísta, mas os seus defeitos são exatamente o que atraem todas as crianças. Peter tem a liberdade de fazer o que todos as crianças gostariam de fazer e sempre afirma que não precisa de uma mãe. Mas adora a ideia de Wendy ser sua "mãe" na Terra do Nunca. A verdade é que ele sempre busca uma mãe que um dia perdeu em seu passado e a gente percebe essa carência materna em várias partes do livro.

O último capítulo me fez derramar algumas lágrimas. Percebi que o livro de Peter Pan é um livro de perdas. Apesar de todas as crianças terem o desejo de ser como Peter Pan, ou seja, livres para fazerem o que quiserem e pra sempre serem crianças, é inegável o fato de que todas elas jamais trocariam suas vidas com seus pais por aventuras e brincadeiras sem fim. Wendy conta muitas histórias para os garotos perdidos, entre elas, sua própria história com seus pais e irmãozinhos e são exatamente nessas histórias que os meninos perdidos reencontram o desejo de terem pais e resolvem sair da Terra do Nunca com Wendy, João e Miguel.
Apenas Peter Pan não deseja voltar. Pretende continuar na Terra do Nunca para sempre.

Wendy cresce e Peter Pan não passa de uma lembrança de seu passado. O que torna a obra ainda mais melancólica. Foi extremamente triste ler que Peter chega no quarto de Wendy e percebe que ela já uma mulher adulta.
Peter permanecerá para sempre como criança. Pois uma das regras da Terra do Nunca é o esquecimento, no entanto, Peter vive sempre no presente, pouco se recorda de coisas que já viveu, de quem perdeu ou quem matou, tudo o que se vive, é esquecido. Peter se torna uma folha em branco todos os dias. E é justamente por isso que ele nunca cresce, pois nunca aprende com seus erros.

Mas uma coisa é certa: Peter Pan sempre estará a espera de alguma criança que deseja viajar pelas terras do nunca.
Márcia 16/06/2015minha estante
Linda resenha filha, nem preciso ler o livro, pois sua resenha é rica de informações, adorei .


Isis Cris 28/10/2015minha estante
Obrigada, mãe! Mas vale muito ler o livro. É fantástico!




Letícia Miranda 03/01/2021

Pan
Aos admiradores da Disney assim como eu, correm o risco de se decepcionar. A história do livro está longe de ser a romantizada que conhecemos nos filmes. O Pan é uma criança chata e egoista, a maneira como Wendy é tratada é levemente irritante e a narrativa do livro é lenta.
Rhe 03/01/2021minha estante
Vix ...




Alessandra 14/05/2021

Meio meh
2.5 é a nota que a gente da quando não sabe se gostou ou não do livro. Eu entendo que é um livro infantil escrito lá no ano 1904, mas não me desceu.
Todo mundo conhece a história e aqui o Peter leva a Wendy pra Terra do Nunca porquê precisa de uma mãe, alguém para limpar sua casa, costurar suas meias e dos meninos perdidos e coloca-los na cama. Eu abandonei esse livro duas vezes e só não foi abandonado de vez porque eu comprei o Box da Zahar com ele junto e eu não quero nenhum livro lido pela metade no box.
Pode ser fofinho e tudo mais, eu gostei do final mais do que eu imaginava que eu iria gostar, mas a Wendy só servir pra faxinar e toda a conversa de "instinto maternal" das meninas, ao mesmo tempo, em que o Peter odeia mães e culpa na sua própria por ter sido abandonado, NÃO ROLOU. E podem dizer que é militância desnecessária, afinal "olha a época que ele foi escrito", até da pra entender o contexto, agora fingir que não tem nada disso só pra gostar da história não da não.
Guilherme 14/05/2021minha estante
que LACRE mana!




Laurette 24/12/2020

"Todas as crianças crescem, exceto uma."
Peter Pan foi primeiro uma peça de enorme sucesso e, depois, um livro maravilhoso.
J.M.Barrie criou um personagem engraçado, infantil, corajoso e icônico. Quem aqui, quando criança, já foi apaixonado por Peter Pan (eu ainda sou kkkkkkkk).
Tem um enredo maravilhoso, personagens únicos e muita adrenalina.
É um livro para todas as idades.
Admito que eu chorei no final e acho que qualquer pessoa que cresceu vendo os filmes da disney sobre Peter também irá.
Beatriz Neves 24/12/2020minha estante
ME ACABEI DE CHORAR LENDO ESSE LIVRO
perfeito




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