Dana 17/05/2011Impossível não querer ter um clube desses!Este é um livro que fala da amizade de 13 amigas, que se reúnem todos anos e trocam biscoitos e histórias.
Eu amei o livro, principalmente aquilo que ele mais destaca: que a vida não é fácil, mas fica muito menos difícil levá-la quando se tem amigos com quem contar.
O livro é recheado de lições de vida e de trechos que te fazem pensar sobre algumas certezas e concluir que não há certezas, que tudo depende da alegria, da indecisão, da tristeza, enfim, do sentimento que você está experimentando.
Alguns me marcaram, como lições mesmo. Por mais que elas não expressem o que eu penso, me serviu para entender como o próximo pode se sentir.
Pág. 28
"Eu disse a minhas filhas que as amo. E aos meus pais. A algumas de minhas amigas. Mas com um homem, não tenho certeza do que signifiquem essas palavras.
Elas são uma exigência e um fardo grande demais. Soam como se você estivesse querendo alguma coisa. Estabelecem compromissos. Obrigações. Além disso, como podemos saber o que significam?
Leio em algum lugar que a cor dos nosso olhos influencia as tonalidades que realmente vemos. Se isso for verdade, como posso saber que
amor significa ara mim a mesma coisa que
amor
significa para você? Principalmente porque nem sequer sabemos se
vermelho é igual para nós dois. Além do mais, não se supõe que o amor dure para sempre? Não existe para sempre com um homem."
Pág. 62
"- Tempo não faz que uma vida seja inteira. Viver sua vida intensamente é o que a torna inteira. Você lembra da Doobie?
-Aquela gata cinza gorda?
-Sim. Ela viveu 22 anos. Uma vida longa para um gato. Mas só o que ela fazia era dormir. Teve 20 anos de sono e 2 de vida, mas olha só...era o que ela queria fazer. Quem pode julgar?"
Pág. 79
"Taí uma coisa que eu questiono: quando vejo uma amiga se direcionando para uma estrada difícil, até que ponto devo confrontar e até que ponto compreender, sabendo que estarei presente para apanhar os cacos?
Até que ponto sou a amiga que ouve, carinhosa, e até que ponto devo apontar os perigos? Até que ponto aceito e até que ponto devo advertir? (...) As amigas sempre vão fazer aquilo que desejam fazer, apesar de tudo. E, apesar de tudo, eu estarei ao lado delas. Não tenho nenhum interesse em mudar isso."
Pág. 179
- Sempre achei que uma pessoa que ficasse sentada o dia inteiro escutando os problemas dos outros fosse cautelosa.
Ela riu.(...) - Que nada. Eu aprendi o contrário. Aprendi que, mesmo que você faça tudo como deve ser feito, as coisas podem dar terrivelmente errado; portanto, é melhor fazer o que seu coração mandar.
E, ao final do livro, você fica com aquele sentimento: preciso fazer parte de um clube assim!