O capote

O capote Nikolai Gógol




Resenhas - O Capote


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Caroline Patueli 04/08/2021

"Andar sem nariz, convenhamos, é indecente"
Meu primeiro contato com Gógol foi "O Capote", que é o primeiro conto deste livro e um dos mais famosos do escritor. De primeira, me vi encantada com sua melancolia, mas o final totalmente inusitado e cômico do conto me causou tanto impacto que fiquei sem saber o que pensar. Porém, passado o primeiro susto, achei genial.

Daí por diante, fui me acostumando com o estilo. Naturalizar o absurdo faz parte das suas histórias, algo que me lembra Kafka, além de algumas passagens burocráticas, há rumores que o próprio Kafka teria mesmo se inspirado nelas.

Gógol consegue envolver o trágico e o cômico com maestria. Traz a realidade da sociedade russa, dá voz às camadas mais populares e trata do folclore e da cultura local. É nítida a preocupação em registrar tudo, uma espécie de saudosismo, um verdadeiro cultivador da memória.
Eu não costumo ler livros de comédia, nem ver filmes, e não sou a pessoa mais fácil em achar graça seja do que for, mas como ri dessas páginas. O escritor tem o dom da ironia, os diálogos são hilariantes, o conto "O Nariz" é algo que vou guardar para os dias tristes, sem dúvida.

Já entrou para a lista dos melhores da estante!
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Igor 08/08/2021

Nikolai Gógol
Obra fundadora do que viria a ser a maior escola de literatura do mundo, a russa! Humor e reflexão característico do auto em uma obra curta e impactante.
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Fer Paimel 12/11/2020

Bom livro
Foi meu primeiro contato com Gógol... é um livro com cinco histórias, algumas mais legais que outras... Pretendo ler Almas Mortas também.
Ainda estou me adaptando ao estilo dos russos, pois tenho dificuldade em me conectar com a problemática dos enredos. O livro é muito bem escrito, mas me via pensando em outras leituras enquanto lia alguns dos capítulos. A nota que dei é um reflexo da minha experiência lendo, não da qualidade da obra...
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Marcos606 13/09/2023

O capote é talvez o conto mais conhecido e influente de toda a literatura russa. A história de Gogol sobre o funcionário do governo Akaky Akakiyevich Bashmachkin combina um olhar atento aos detalhes com uma mordaz sátira social sobre o mal banal da burocracia. Pouco atraente, despercebido e mal pago, Akaky decide que deve substituir seu sobretudo velho e gasto. Depois de economizar durante meses, ele encontra um alfaiate que confecciona um belo casaco novo bem a tempo para o inverno. Voltando de uma festa para casa, vestindo seu casaco novo pela primeira vez, Akaky é agredido por dois bandidos que roubam a vestimenta. A polícia é indiferente. Seus colegas de trabalho o encaminham para um certo personagem importante que fica indignado com a ousadia dele e se recusa a ajudar.
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Reginaldo Pereira 16/07/2023

O fantástico como protagonista
Como é prazeiroso ler Gógol!! Não posso dizer que suas obras estão no topo dos meus livros favoritos, mas afirmo sem titubear que é o autor russo-ucraniano mais agradável de se ler! Ah! Se ?Almas Mortas? tivesse sido concluída?.!!

O presente livro trata-se de uma coletânea de contos do autor, todos eles com o fantástico como protagonista! De maneira fluída, agradável, cômica e, em alguns momentos, até assustadora, Gógol descreve (e critica!) a vida cotidiana, a burocracia, a sociedade e o folclore. Todos de uma forma contagiante!

Avaliando cada um deles, de acordo com o que mais me agradou, ficariam assim:
- ?Noite de Natal? (5 estrelas): o melhor de todos, seja na história, na escrita, quanto nos personagens! Me fez lembrar demais de ?O Mestre e Margarida?;
- ?O Capote? e ?Viy? (4,5 estrelas): de maneiras diferentes, prendem demais o leitor, o primeiro com uma ?realidade cruelmente fantástica?, e o segundo através do sobrenatural cruelmente real;
- ?Diário de um Louco? (4 estrelas): já havia tido contato com esse conto anteriormente, porém esta releitura me agradou mais. Dos 5 contos, é o mais engraçado;
- ?O Nariz? (3,5 estrelas): também uma releitura, mas assim como da primeira vez, não me agradou tanto (os comentários de Paulo Bezerra no posfácio ao menos me ajudaram a entendê-lo melhor sob a ótica do autor).

Enfim, uma obra bastante completa, que sugiro muito para aqueles que admiram a literatura russa, assim como para aqueles dispostos a começar a ter contato com a mesma. Mas atenção: literatura russa contagia!!!
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Pedro Felipe 01/07/2020

"Ninguém lhe voltava qualquer consideração. Longe de se erguerem a sua passagem os porteiros prestavam menos atenção a sua aproximação do que ao vôo de uma mosca”
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Janine.Oliveira 13/07/2020

O final é surpreendente!
Um conto muito bom sobre um servidor público que tinha um capote velho há muitos anos e por isso era motivo de chacota entre os seus colegas, até que um dia ele decide comprar um novo e é roubado e daí acontece um evento fantasmagórico surpreendente.
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Félix 30/06/2022

Mais um russo que eu leio, ainda não me conquistaram. Essa edição tem O Capote, que eu achei mais ou menos, Diário de um louco, esse eu gostei um pouco mais, O Nariz, o qual eu já tinha lido em outra edição, também acho bom, esses três são narrativas mais "cotidianas", é cada uma que acontece nessa vida nada pacata... Os últimos dois eu achei muito interessantes por conter temas folclóricos, eu não imaginava que teria nada do tipo. Sigo não sabendo se gosto de contos e novelas ou se só não estou familiarizado com o estilo dos autores.
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Jose 26/12/2022

Noite de natal
Fiz uma releitura do conto Noite de natal e nunca perde a graça. Gogól é terrível!
Um dos contos preferidos do livro O capote, adoro reler ele todo ano.
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Manu5 25/09/2022

Muito bom
Akaki é um ser sem sorte na vida em, eu no começo não gostei muito pq os amigos dele de repartição zoa muito com ele, eu não gosto desse tipo de brincadeira pq ele é muito pobre o fato dele não ter uma roupa boa pra vestir não é motivo de risos, enfim.... Mais gostei muito da escrita e do final do livro.
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Diego Rodrigues 29/02/2024

Literatura russa para todos os gostos
Sempre digo que começar pelos contos é a melhor forma de se conhecer um novo autor, mas com Gógol a coisa acabou se dando de forma diferente pra mim. Comecei pelos romances e novelas, e só agora, depois de um longo caminho percorrido na literatura russa, foi que peguei pra ler suas narrativas mais curtas. Mas isso acabou me dando uma perspectiva interessante sua obra e me fez perceber, meio que em "retrospectiva", o quanto ela foi influente. Afinal, quem nunca ouviu falar de "O capote" ou "O nariz"? Contos que foram uma verdadeira escola para escritores como Dostoiévski e Krzyzanowski, onde as agruras do realismo abraçam o fantástico, seja para denunciar as injustiças sociais, criticar o status quo ou fazer rir.

O livro reúne cinco contos escritos entre 1833 e 1842, três deles centrados na fase mais satírica e clássica do autor e outros dois do chamado "ciclo ucraniano". O primeiro grupo é formado basicamente por histórias que colocam cidadãos ordinários e pequenos funcionários em situações absurdas, pra não dizer esdrúxulas. No conto que da título ao livro, um homem tem o seu capote roubado e, na tentativa de recuperá-lo, acaba se perdendo no labirinto burocrático sem fim. Em "Diário de um louco", um humilde trabalhador se apaixona pela filha de um general, inacessível graças à rigidez da estrutura social da Rússia tsarista. Impossibilitado de viver seu amor com plenitude e ridicularizado pelas pessoas à sua volta, ele acaba sucumbindo à loucura. O clássico "O nariz" traz o hilário caso do oficial que perdeu o nariz e viu o órgão assumir posições sociais que almejava para si. Uma verdadeira sátira à estratificação social da época, tão apegada a títulos e encargos. Dessas histórias pude perceber muita coisa que ecoaria em Dostoiévski, principalmente no que diz respeito ao foco nos elos mais ordinários da sociedade, que estavam apenas começando a conquistar seu espaço na prosa russa.

Já as duas últimas histórias possuem um tom bem diferente. Ambientadas no campo, exploram com riqueza as crenças e as tradições ucranianas, trazendo entre seus personagens criaturas fantásticas como demônios, bruxas e gnomos. São narrativas mais cômicas e que destoam um pouco das demais por não ter como foco a crítica social e as repressões de Nicolau I. Confesso que gostei bem mais dos contos do primeiro ciclo (sou fã do Gógol sarcástico), mas deve-se levar em conta que um período de quase dez anos separa os contos "ucranianos" dos "petersburguenses", o que acaba permitindo ao leitor perceber o quanto a escrita de Gógol evoluiu nesse período. "Noite de Natal", conto que narra as travessuras do diabo e sua amiga bruxa em uma aldeia pacata, certamente foi uma influência para Bulgákov e seu "Mestre e Margarida".

Regionalista, cômico, crítico, político, satírico e fantástico, temos aqui Gógol para todos os gostos. A editora 34 foi muito feliz na curadoria dos contos reunidos neste volume, permitindo ao leitor conhecer as várias facetas do autor. Seja numa Petersburgo cinzenta e opressora, seja num campo em meio às criaturas mágicas, o gênio narrativo prevalece e o volume como um tudo rende uma ótima leitura. Experiência essa enriquecida ainda mais com um belo posfácio do renomado tradutor Paulo Bezerra. Sem dúvida, está aqui uma grande porta de entrada para a literatura russa!

site: https://discolivro.blogspot.com/
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natália rocha 01/05/2021

As histórias reunidas nessa edição lançada pela Editora 34 foram meu primeiro contato com a obra de Nikolai Gógol. Aqui, temos um panorama geral dos seus escritos, como a presença de folclores ucranianos, críticas às incontáveis burocracias da Rússia czarista e, principalmente, o sarcasmo – o que eu amei!

Nesse livro estão reunidas cinco narrativas: ‘’o capote’’, ‘’diário de um louco’’, ‘’o nariz’’, ‘’noite de natal’’ e ‘’viy’’, todas bem diferentes entre si quanto ao tema central. Eu nem saberia escolher qual foi minha história favorita, todas me prenderam do início ao fim, fiquei completamente viciada pelo livro.

Um funcionário público que dedica sua vida a um trabalho medíocre sonha com um capote novo; o diário sem pé nem cabeça de um louco que intercepta cartas entre cachorros para descobrir sobre a vida de sua dona, pela qual nutre uma paixão; o absurdo de um homem que acorda sem o nariz e se depara com o mesmo andando por São Petersburgo realizando feitos e ocupando lugares que o dono gostaria de ocupar; as confusões provocados pelo diabo e por uma bruxa em uma noite de Natal; a história de um estudante que inesperadamente se vê preso em um vilarejo a fim de velar o corpo de uma garota - história repleta de elementos folclóricos ucranianos.

Achei que esse livro foi um ótimo começo para conhecer a obra do autor. Tinha a impressão prévia de que sua escrita seria difícil e truncada, mas me surpreendi com a fluidez dessas histórias, fiquei vidrada do início ao fim.

Literatura russa é apaixonante, né? Recomendo demais esse livro aqui :)
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Carlos 25/06/2022

O capote e outras histórias
?Todos saímos do Capote de Gógol? - essa frase, do maior escritor de todos os tempos (Dostoiévski), já demonstra a importância dessa obra para a literatura russa e também para a literatura mundial.

Li Almas Mortas há alguns anos, e me arrependo de não ter lido esses contos antes.

O Capote é um dos melhores contos que já li na vida. O sofrimento de Akáki Akákievitch traz uma identificação do leitor com o personagem, e os elementos fantásticos (principalmente no final do conto) estão inseridos na medida correta dentro do conto.

O nariz e o diário de um louco misturam os elementos e acontecimentos fantásticos com a condição social dos personagens na hierarquia russa. Além disso, é possível verificar uma crítica velada à censura na Rússia czarista.

Os últimos dois contos, Noite de natal e Viy, são histórias presentes no folclore ucraniano/russo, muito interessantes para compreender a mentalidade russa no campo.

Como salientado acima, Gógol consegue escrever contos únicos tanto na cidade, com personagens funcionários públicos em Petersburgo, como no campo, incluindo elementos folclóricos na obra. Além de tudo isso, a genialidade de Gógol ainda consegue inserir humor nos contos.
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Mandi 23/03/2021

gogol ta lado a lado com dostoievski em relação aos meus queridinhos da literatura russa. eu não sou muito fã de contos e novelas curtas mas quando a fantasia está neles, é impossível não curtir. tem história para todos os gostos e desmistifica aquela lenda de que literatura russa é difícil! é nada! é mais divertido do que muitos possam acreditar.
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Hugo.Castro 01/08/2021

O Capote e outras histórias
O livro reúne cinco narrativas curtas de Gógol. E apesar das duas últimas, Noite de Natal e VIY, serem mais voltadas para o mítico e folclórico, a verdade é que em todas as cinco histórias temos a presença do fantástico, do absurdo e do tragicômico. E é com eximia destreza e talento que Gógol consegue mesclar o fantástico no tangível, no real, a ponto de tornar o enredo e situações totalmente criveis.

O livro compõe: O capote; O nariz; diário de um louco; Noite de Natal e VIY.
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