Malu Florio 02/04/2024
O Velho e o Mar
Velho. É o que sou. Quero tudo e nada quero. Posso? Permites-me tal ousadia? Subir a mais alta montanha, conhecer o algures e o nenhures; tocar o fundo de todos os mares e deitar-me com as estrelas e correr como o vento?
Primeiro livro do ano, primeiro livro clássico da literatura, primeiro livro de Hemingway.
Devo dizer que sempre fiquei com medo de me aventurar na literatura por medo de não entender o livro, ou as críticas, ou só me sentir burra mesmo.
E ainda sim, muitas vezes não entendo 100% o contexto em que foi escrito, não faço uma breve pesquisa antes para entender o momento da escrita. Ainda sim, me senti muito bem e acredito que foi uma excelente escolha nessa nova fase da minha vida como leitora, em que estou me tirando da zona de conforto.
O Velho e o Mar não é um livro difícil. Isso não quer dizer que seja um livro fácil, possui muitas camadas e é um livro que apesar de curto, pode ser relido inúmeras vezes e em cada uma delas você pode entender de uma nova forma, ver algo novo, ou só ser arrebatado novamente.
Uma história simples, com apenas 2 personagens (3 se você contar o peixe) que muito nos ensinam nessas poucas páginas. Com Santiago aprendemos a acreditar em si mesmo, e a ter resiliência para ultrapassar os desafios que a vida nos impõe. Com o Menino aprendemos o cuidado, o zelo, a empatia e uma linda amizade que transcende as barreiras da idade.
Me senti desafiada, mas a leitura me deu um senso de conquista que me mostra que eu posso mais. É só eu explorar. E que não é uma corrida, é um hobby meu comigo mesma.