Thais Oliveira 10/07/2020Marcante e comoventeEnviada para Manifest, Kansas para passar um tempo. Abilene Tucker tenta se adaptar. Em uma das suas buscas, ela encontra uma caixa de charutos, que contém cartas e alguns objetos peculiares. Curiosa com o passado, por intermédio da srta. Sadie, ela escuta uma sucessão de narrativas repletas de lembranças de alguns jovens garotos da cidade de Manisfest.
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Aqui está uma história que eu me surpreendi. Isso acontece quando se compra um livro pela capa e não se sabe nada do seu conteúdo.
Abilene tem apenas 12 anos e uma grande curiosidade em descobrir os segredos dos habitantes dessa cidade tão misteriosa. O motivo de seu pai a colocar em um trem e lhe enviar para casa de um amigo - Shady - foi até os últimos capítulos sem sentido. Entretanto, quando descobri sua justificativa, fiquei bem triste por isso.
Cada cidadão de Manifest é dono de uma grande história, e quando surgi a oportunidade de cada um narrar alguma lembrança, essas histórias se conectam de alguma forma bem interessante. Já as aventuras dos garotos em certos momentos foi sem graça e não me empolgou, sinceramente. Entretanto, as cartas de Ned foram bem emocionantes, essa parte eu me emocionei.
Aqui a trama é intercalada com duas narrativas, uma é da vidente srta. Sadie que conta a história dos garotos da cidade em 1918 e a outra é Abilene que conta suas descobertas e dia a dia em 1936. Ambas traçam fundamentos vitais para o entendimento da trama.
A autora abordou passagens importantes da época, como a Primeira Guerra Mundial e a pandemia da gripe espanhola, ambas ceifaram milhares de vidas deixando uma marca lastimável na história geral.
Digo que "minha vida fora dos trilhos" me entreteu e me trouxe histórias marcantes e comoventes.