Regis 25/08/2022
Em uma festa é proposto aos convidados (figuras ilustres da sociedade grega: Fedro, Pausânias, Erixímaco, Aristófanes, Alcibíades, Aristodemo, Sócrates) e Ágaton, o anfitrião, fazerem elogios ao deus Eros (deus do amor)... Assim, todos um por um, apresentam suas teses e discorrem sobre o assunto.
Tentando definir o que é o amor, Platão cria o mito da alma gêmea, faz um belo elogio a filosofia e reabilita Sócrates que dedicou sua vida a Atenas e, mesmo assim, foi condenado a morte.
Já no início da narrativa somos bombardeados com vários nomes da mitologia grega, de grandes poetas e filósofos da época. Buscar pelas histórias destes, enriqueceu a leitura e me deixou cada vez mais curiosa sobre o que cada um iria falar sobre o amor.
Gostei de todos os exemplos contidos na obra: o sacrifício de Alceste, de Aquiles e de como os Deuses tiraram de Orfeu a chance de ter sua amada de volta (por enxergarem nele, a covardia).
São todas histórias fascinantes, que tornaram esse simpósio memorável!
Me senti sentada em meio a eles, ouvindo seus pensamentos e conclusões, achei que fosse ser difícil compreender tudo que estava sendo dito mas, deu para entender e adorei as observações de cada um, sendo meus preferidos: Aristófanes, e sua explicação de que o amor é "desejo e a procura do todo", e Sócrates com sua afirmação de que "o amor é desejo, verdade, retribuição e nós, só desejamos aquilo que não possuímos".
A chegada de Alcibíades e seu elogio a Sócrates, é a perfeição.... encerrando assim com chave de ouro o simpósio, que eu gostaria que tivesse mais algumas página, apenas para passar mais tempo apreciando tudo aquilo.
O livro é maravilhoso e o clássico estilo de diálogo de Platão foi deleitável e magnífico de se ler.
Adorei a leitura, e recomendo.