Resenhas - Clarissa

MarciaCannecchia 22/05/2021

Clarissa, uma menina doce
Eu nunca me esquecerei de clarissa, de amaro, do menino da cadeira de rodas. Quanta delicadeza. Érico Verissimo pra sempre vou te amar.

Aquela que tá olhando pro céu 10/05/2021

Clarissa é uma mocinha jovem que atravessa o caminho entre infância e juventude. Ainda muito peralta e moleca, tem que aprender a se comportar como uma dama, e se depara com algumas questões sobre o futuro e - inesperadamente, não à fundo - o amor, a paixão!

É interessante notar durante a leitura que, do primeiro ao último capítulo, há o desenvolvimento da personagem com muito cuidado e carinho pelo autor, e suas questões ficam mais sérias até o fim de sua estada na pensão de sua tia, onde outras perosnagens icônicas ali habitam. A menina que corria atrás de borboletas, em primeiro momento, se forma e de torna professora, no fim.

Sua curiosidade e otimismo me fizeram lembrar de outras obras, como Pollyanna, da Eleanor. Entretanto, a escrita do livro deixou a desejar em alguns aspectos. Um dos primeiros escritos por Érico Veríssimo, o exemplar conta com uma nota do próprio autor criticando sua obra, como que pedindo desculpa ao leitor pelos erros cometidos. Disse - o que provou ser verdade durante a leitura - que haveria uma carência de desenvolvimento dos outros envolvidos na história, ao passo que o ponto focal seria apenas Clarissa. Também consta com trechos escritos de maneira arrastada, tais que eu observei, entretanto, constar com linguagem poética e metafórica, que torna a leitura muito rica, por sua infinda beleza, ao tratar da vida com sua simplicidade e, também, as maravilhas escondidas no dia-a-dia, que Clarissa conseguia enxergar com seus olhos esperançosos.

O fim chega abruptamente nos revelando um romance que, apesar de ser previsível, é de alguma maneira provocante e inesperado.

A carência de desenvolvimento mais calmo e explicado é suprida com a bela e poética escrita de Veríssimo, pois nos faz pensar na beleza das coisas como elas são. Uma borboleta que pousa em flores. O despertar de um novo amor. Uma moça que cresce.
Talvez se reescrito mais à frente, quando Veríssimo se tornou um escritor mais experiente, a obra teria mais sucesso. Ainda assim, sendo uma leitura leve e agradável, sobre a beleza da vida e o amadurecimento, é recomendado.

danda 13/04/2021

Pelo ano que o livro foi lançado 1933 já seria de se esperar as inúmeras problemáticas referentes a raça, gênero, classe e outros.
Mas o que me chamou atenção na história é o amor que clarissa tem pela vida, o amor por coisas simples como os raios solares que entram pela janela, a dança das plantas ao brincarem com o vento...
Ler Clarissa me fez reconectar comigo e até talvez reacender essa apreço pelas coisas simples da vida.

Marcelo.Oliveira 04/04/2021

"A vida tem momentos brilhantes que compensam a dor de viver, lá fora os homens se acotovelam e agridem, se dizem palavras duras e se odeiam. Mas há de ter algo de puro e de fresco, seres que vivem uma constante ciranda de infância, no meio de flores".

Asenate Brasil 04/04/2021

Sabe aquela história que vc lê e termina com um sentimento de saudade e nostalgia? O livro Clarissa me passa isso. É uma narrativa simples e comum sobre Clarissa, uma menina de 13, quase 14, anos que vive em Porto Alegre com a tia, dona de uma pensão. Mas Clarissa sente saudade do interior, onde ela podia ser livre. Cada morador e personagem da pensão tem seus pensamentos, suas alegrias e tristezas. É uma história um tanto melancólica, mas é impossível não se identificar com alguns pensamentos da menina. Indico muito esse livro.

Michelle.Fernandes 01/04/2021

Erico, obrigada por ter existido.
Eu amo como o Erico expressa os sentimentos dos seus personagens, eu amei esse livro. A construção de pensamentos da Clarissa é fantástico. Todos os personagens que compõem a obra são maravilhosos, principalmente Amaro.
De coração partido termino essa obra, digo:
Obrigada pelo peixinho.

Rodrigo 15/03/2021

Romance da primeira fase literária de Érico Verissimo
Escrito em 1933, foi o primeiro romance escrito por Érico Verissimo. De fácil leitura, o enfoque do livro se desenvolve em torno de questões sentimentais da adolescente Clarissa, que vai viver na pensão de sua tia, situada na zona urbana. Em segundo plano, aparecem algumas questões sociais relacionadas aos demais habitantes do pensionato, mas o foco se mantém sempre na figura de Clarissa e na sua passagem para a adolescência.

Denise Ximenes 21/02/2021

Amei o tom poético!
A adolescência é um período turbulento e cheio de incertezas. Mostrar isso foi o propósito de Erico Verissimo, ao criar Clarissa: uma menina de 13 anos encantada com as mudanças proporcionadas pelo incontestável crescimento.

Ao fazer 14 anos, ela observa as relações amorosas que estão em seu convívio. E sonha. Sonha com o amor!

Mas não é só isso. Há um toque de Lolita na descrição de Clarissa. Muitas vezes, ela é descrita pelo pensamento de Amaro, um homem de meia-idade, que nutre por aquela pequena uma confusão de sentimentos ? o desejo se mistura à certeza da impossibilidade.
 
Amei o tom poético!
?Clarissa! Agora ela é poesia, ingenuidade, ternura, incompreensão, encantamento... Para ela, a vida está cheia de surpresas e atrações irresistíveis. Mas amanhã, que virá? Amanhã??
 
É isso. Recomendo!

Xavier 11/02/2021

Encontrei esse livro no sebo ao fazer uma troca, por isso precisava complementar o valor. É uma história bonita, contudo há certas situações que não cabem mais na nossa sociedade, como racismo. Mesmo compreendendo a época que o livro foi escrito, existem escritores que colocaram em suas obras conceitos além do seu tempo!

Camilla 23/12/2020

Florescendo
Esse livro é realmente lindo e encantador, não há acontecimentos bombásticos, reviravoltas, tramas, romances ou surpresas. Ao contrário, ele trata do cotidiano dos moradores de uma pensão e da vida de Clarissa (a personagem principal) uma menina que vai amadurecendo ao longo da história e contempla a vida com seus olhos inocentes e tenta desvendar seus mistérios.

Clarissa, é uma adolescente de 13 anos filha de fazendeiros, que vai estudar na cidade grande e mora na casa de sua tia (onde funciona uma pensão) . Uma menina extremamente meiga que vai descobrindo que a vida não é um "conto de fadas" como ela imaginava. Por ser uma menina silenciosa, o livro se organiza em uma narrativa psicológica, onde são mostrados os pensamentos da adolescente que questiona a vida e as nossas ocupações na sociedade.

Muito me agradou a leitura de Clarissa, pois , a forma de como a história é narrada, a forma de mostrar aquela menina tão sensível, amável e ingênua amadurecendo, despertando para os mistérios da vida, vendo seus sonhos e fantasias infantis serem destruídos à medida que vai crescendo é fascinante.
Ela via o mundo de forma poética, a natureza era a sua inspiração, Clarissa com um sentimento puro de menina, vai se tornando mulher e aprendendo que a vida não é tão doce, mas também possui seu lado amargo.

Ao ler esse livro, acabamos nos identificando com um personagem ou outro, e vamos percebendo que essa história trata da realidade de cada um de nós, nossos medos, segredos, dúvidas, sentimentos, desejos, sonhos e ilusões . Muitos leitores dizem, que (assim como eu) ao ler Clarissa se emocionaram profundamente existem também alguns que chegaram até a chorar, pois estavam tão envolvidos com a história que a emoção falou mais alto.

Mergulhei de cabeça nesse livro e afirmo : Experimentei um belo mergulho. Eu não poderia deixar de indicá-lo, ele possui uma história envolvente, e uma leitura fácil e prazerosa, ideal para quem quer relaxar lendo um bom livro. Separei um trecho do livro que na minha opinião, se resume perfeitamente com a doce menina Clarissa.

"Amaro fecha o livro e olha o jardim. Por que será que lhe vem à memória a imagem de Clarissa? Clarissa é parte integrante deste jardim florido e luminoso, Clarissa é como a relva veludosa, como as glicínias, como as margaridas, como as rosas. Clarissa é qualquer coisa de agreste e puro. Clarissa é música e é poesia, menina e moça - olhos abertos para o mistério da vida, alma que amanhece".
- Página 87, capítulo 15.

Nat 10/12/2020

^^ Pilha de Leitura ^^
Livro singelo do Verissimo, que fala da menina Clarissa que saiu do campo para morar com a tia na capital e estudar. Fala de seu amadurecimento (Clarissa tem apenas 13 anos) e dos outros moradores da pensão de sua tia. Cada figura! Érico é sempre muito bom.

site: https://www.youtube.com/c/PilhadeLeituradaNat

Aline 29/11/2020

Um história simples com um pouco de poesia
O livro conta a história de uma menina (de 13/14 anos), Clarissa, que vai morar e estudar na cidade, mais especificamente na pensão da tia dela. É apresentado o cotidiano dos moradores e vizinhos da pensão e a percepção de Clarissa daquele cotidiano.

É um livro simples com um toque de poesia. Apesar de inspirador, não conseguiu me prender. Penei para terminar.

Rosaria.Rosalie 17/11/2020

Não é o primeiro que li mas o primeiro que comprei e li diversas vezes. a escrita de Érico não faz feio. Acho que o tenho comigo há uns 12 anos.

Paulo 16/11/2020

Boniteza demais?
Num dos dois prefácios dessa edição, Érico Veríssimo "explica" poeticamente (tão belamente que achei que era o prólogo da história) como irrompeu da vista da janela a ideia de Clarissa, personagem principal de seu primeiro romance, de 1933, conta que sobraram exemplares da primeira impressão e que ao reler, notou um "excesso de boniteza".
Há boniteza em abundância, mas jamais em excesso. É admirável como cada frase é escrita com tanto tato, esmero, enfim, tanta boniteza. É isso que torna o conteúdo dessa história tão prazeroso.
Enquanto eu lia esse livro, meu pai disse que esse é o mais fraco de Erico porque é muito água com açúcar, respondi que por isso mesmo é uma delícia. Uma delícia de narrativa doce, às vezes amarga, que acompanha a protagonista e sua visão de mundo inocente entrando na adolescência, mas com olhos de criança, "ingênua", pensa sua tia que poda suas asas, dona da pensão onde as duas moram com outros hóspedes que tomam café, almoçam e jantam juntos.
Amaro, um dos hóspedes, quase 40, músico e leitor de poesia, é uma espécie de antítese de Clarissa, mas que a admira, que sente sopros de efêmeros ânimos ao vê-la da janela no jardim da pensão, mas que teme e sabe que logo toda essa beleza inocente vai se dissipar com a maturidade e dureza da vida, pra ele tão deprimente, o que é conspicuamente notável pelos coabitantes, inclusive por Clarissa, que ora se aborrece, ora se entristece com a soturnidade de seu Amaro.

natalya 02/09/2020

Clarissa
Uma leitura calma e que aquece o coração! Me vi na menina Clarissa, no seu jeito de agir, nos seus pensamentos, nos seus medos. Meu novo xodó, super recomendo!