Aline 29/12/2013
Nada demais
Antes de criticar, leia. Foi o que sempre me disseram. Então, mesmo que Crepúsculo e outros livros do gênero já tivessem me provado que nem sempre é preciso ler para saber que algo é ruim, o tédio me levou a tentar e, com todo o embalsamento, digo: é ruim mesmo.
Não que não tenha seus méritos. Escrita simples, fácil de entender, tema interessante (para quem já tem inclinação a gostar de histórias sobre religiões, principalmente pagãs). Mas, sinceramente, não conseguia parar de pensar que a única coisa que Paulo Coelho fez (como tende a fazer em todos os seus outros livros) foi transformar uma ideia que já repercute em diversos livros, filosofias e religiões em uma ficção. Ou um romance. Ou qualquer coisa que pareça uma história com começo, meio e fim. Assim fica fácil vender, já que não precisou criar nenhum enredo revolucionário, brilhante, comovente ou inteligente. Só pôs sal num prato que já estava quase pronto, ainda temperando com algumas frases de impacto, emocionais ou polêmicas.
Não vou dizer que foi um tempo perdido, porque, querendo ou não, o tema me interessa bastante. Mas, da próxima vez, vou na fonte. Leio um livro budista, espírita, wicca, qualquer coisa, e dispenso a maquiagem.