MATADOURO CINCO

MATADOURO CINCO Kurt Vonnegut




Resenhas - Matadouro 5


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Ericky.Sirtoli 11/02/2024

Solto no tempo
?Matadouro Cinco? é uma experiência bem agradável.

A forma como o livro é estruturado pode deixar o leitor confuso no começo, mas aos poucos é possível entender o motivo pelo qual é narrado dessa forma.

História bacana, um protagonista legal e uma leitura muito fácil resumem bem essa obra.

Primeira resenha aqui no aplicativo, prometo que vou melhorar.
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Leo Leiva 11/02/2024

Faltou acidez, faltou peso. Talvez não tenha faltado nada, já que gostei do livro. Sempre acho o Vonnegut um pouco leve demais, pois o tema aqui é guerra e ele sempre resvala nesse tema.


Viajando do presente ao passado e futuro, intercalando lembranças com viagens psicodélicas em outro planeta e vidas, acho que merece uma releitura.

Sátira às guerras. Um forte discurso anti-guerra em um personagem que surta ao voltar da guerra, anos depois, com sua boa vida, pacata vida e que é tragado pela loucura - ou não. Ele simplesmente não consegue se manter conectado a sua realidade, ao seu tempo.

“É assim mesmo”. Frase terrível e reveladora sobre o personagem, sobre nós, sobre tudo.
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patinhoo__ 07/02/2024

Ainda estou pensando se eu gostei... É uma escrita bem característica, tem um estilo, é confusa, rápida. Quando vi que era sobre a 2ª Guerra e era um livro satírico, me interessei, mas certamente não foi nada do que eu esperava com essa descrição.

Acho que as idas e vindas no tempo são um recurso interessante, mas faltou crítica, faltou pesar... e talvez seja exatamente isso que o autor buscou passar! É aquele tipo de livro que você sai muito confuso, mas honestamente, o que tem para ser entendido na confusão da guerra? A escolha estilística foi perfeita.

Não é um livro que você grifa ou reposta frases nos stories, é uma experiência bem doida.

Entendo a genialidade, mas não é muito meu estilo de leitura...
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Gi reader 30/01/2024

É Assim mesmo
Um livro um pouco confuso mas muito bom. Foi o primeiro livro de ficção científica que li e gostei bastante, outra coisa é que, livros sobre a segunda guerra mundial me prende bastante, é um assunto que me deixa bastante focada e interessada sobre os horrores que os nazistas fizeram. ?Nada de inteligente pode ser dito sobre um massacre. Todos devem estar mortos, sem nunca mais dizer ou querer nada.?
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Kementarij 28/01/2024

Em Matadouro-Cinco, Vonnegut mescla situações vivenciadas por ele mesmo durante a Segunda Guerra Mundial (enfatizando o bombardeio a Dresden pelos aliados) com ficção científica.

Logo no início, o autor já deixa clara sua visão sobre os eventos; é doloroso para ele o simples fato de lembrar:

"As pessoas não devem olhar para trás. Eu garanto que não vou mais fazer isso. Já terminei meu livro sobre a guerra. O próximo livro que eu escrever vai ser divertido."

Parece que justamente pelo horror que sente aos eventos citados, o autor opta por um afastamento ao contar a maior parte da história através do personagem Billy, apenas indicando rapidamente sua própria presença em alguns momentos ("Billy e os outros estavam marchando pelas ruínas sob o olhar dos guardas. Eu estava lá.").

O autor consegue descrever eventos catastróficos e "pesados" com uma linguagem simples, além de uma boa dose de humor, o que torna a leitura sobre eventos tão terríveis mais facilmente "tragável".

Não obstante, o que mais me atraiu nesta obra foi o fato de Vonnegut não escrever um livro sobre guerra como se esta fosse algo belo, honrado, como alguns o fazem. Muito pelo contrário, o livro enfatiza, em diversos momentos, a desumanidade de tal evento.

A frase "é assim mesmo", repetida à exaustão ao longo do livro em contextos de morte, parece demonstrar a resignação das personagens diante das tragédias vivenciadas: a violência e a morte tornam-se banais, de forma que o ser humano vai perdendo cada vez mais sua sensibilidade e humanidade.

No final, somos deixados vazios num cenário totalmente desolado e quase desprovido de vida. "É assim mesmo."
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Rond 28/01/2024

É assim mesmo!
"Matadouro 5", de Kurt Vonnegut, é uma obra que se destaca por sua narrativa não linear e enredo complexo, influenciada pelas experiências pessoais do autor como prisioneiro de guerra e sobrevivente do bombardeio de Dresden durante a Segunda Guerra Mundial. A escrita do livro foi um processo profundamente pessoal para Vonnegut, marcado por anos de contemplação sobre como abordar suas vivências traumáticas.

Um momento chave na preparação para a escrita de "Matadouro 5" foi um encontro com Bernard V. O'Hare, amigo de guerra de Vonnegut, e a esposa de O'Hare. Esta visita não ajudou a reavivar grandes memórias de Vonnegut sobre a guerra, entretanto proporcionou uma base fundamental para o livro: "como falar sobre a guerra sem criar um fascínio?". Essa experiência se tornou a espinha dorsal da história, refletindo o impacto emocional e psicológico da guerra sobre Vonnegut.

O personagem central da história, Billy Pilgrim, é marcado por sua natureza dispersa no tempo, experimentando eventos de sua vida de forma desordenada. Dos tormentos da guerra ao futuro inevitável que lhe sucedeu. Esse aspecto reflete não só o trauma e a desorientação vividos por muitos veteranos de guerra. Billy tinha uma capacidade sobrenatural de saltar no tempo.

Além dos elementos realistas, a história se destaca por incluir encontros paranormais de Billy com alienígenas e viagens no tempo, introduzindo componentes de ficção científica. Esses elementos servem para explorar temas mais amplos, como fatalismo, e questionamentos sobre a natureza da existência humana e do tempo.
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babylonsisters 24/01/2024

?O livro é tão curto, tão confuso, tão desarmônico, Sam, porque nada de inteligente pode ser dito sobre um massacre. Todos devem estar mortos, sem nunca mais querer ou dizer nada. Tudo deve ser muito quieto depois de um massacre, e sempre é, exceto pelos passarinhos. E o que dizem os passarinhos? Tudo que pode ser dito sobre um massacre, coisas como ?pu-ti-uít???
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Iza 23/01/2024

Bom.................
Uma obra de Kurt Vonnegut com 288 páginas divididas em 10 capítulos (uns são curtinhos e outros enormes). O livro possui uma escrita densa, simples mas meio confusa, a trama em si tem muitos saltos temporais (o quê de certo modo trava a leitura) e contém um humor distinto. A guerra em si não é muito abordada (não diretamente), e sim suas causas e efeitos na vida.
"Coisas da vida."
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Bruno 14/01/2024

É assim mesmo
Sempre que alguma morte acontece aparece a frase "é assim mesmo". De fato é assim mesmo, se não fosse um cenário causado por HOMENS que não batalham. O livro narra a história de Billy Pilgrin, sobrevivente da segunda guerra mundial, como o autor também sobrevivente de Dresden. É um livro com situações engraçadas onde menos se espera, nos cenários de guerra. Matadouro 5 é um claro manifesto anti-guerra onde quem mais morre são pessoas que sequer sabem porque estão ali, inclusive crianças, A cruzada das crianças. Engraçado, comovente e triste são alguns adjetivos que podem descrever o livro. Fora da guerra, também conhecemos a vida daqueles que sobreviveram, mas foram permanentemente afetados pelos horrores que vivenciaram. Ainda com uma pitada de ficção científica e um narrador não-confiável, exploramos ideias peculiares sobre como vemos a vida e nos deixa a pergunta se é da mente de Billy ou se aquilo é real.

Kurt Vonnnegut é o extremo oposto de Marcel Proust. Talvez, seja o livro com a narração mais rápida que já li, não é nem rápido, é corrido mesmo. A falta de descrições em muitas partes me incomodou um pouco e só por isso não dei 5 estrelas para o livro. A leitura é facílima e rápida, mas poderia ter o dobro de páginas que ainda seria um bom livro. Pelo meu gosto pessoal, prefiro livros que mesclem a narração rápida, com uma narração mais lenta, com mais descrições sobre as coisas e acontecimentos. Aqui tudo é muito direto e acontece coisas o tempo inteiro, o que facilita a leitura e deixa mais fluída, porém perde um tanto em profundidade.

Foi uma excelente leitura e com certeza recomendo o livro. Irei ler mais livros do autor para ter uma opinião melhor sobre sua escrita. É assim mesmo.
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eurenato 09/01/2024

Das minhas leituras favoritas
Matadouro-Cinco ou A Cruzada das Crianças: uma dança compulsória com a morte é um livro sobre guerra e sobre tempo. Me afetou de tantas formas que me abriu reflexões filosóficas intensas, dentro de uma escrita ágil e simples.
.
Da guerra, trata do seu absurdo, em tudo que esta tem de desumano, caótico e aleatório. Aleatório pois os motivos da guerra em sua maioria são motivos de pessoas que não são as que morrem e são dilaceradas pelos confrontos da guerra. É sempre uma guerra com motivos dos outros, para quem está no cerne da violência. Dentro dessa devastação é efeito do esgotamento a resignação, que no livro aparece repetidas vezes na frase "é assim mesmo". Kurt Vonnegut foi sobrevivente de guerra e esse livro mistura realidade e delírio para narrar sua vivência em Dresden. O Bombardeamento de Dresden (1945) foi uma das tragédias mais marcantes da Segunda Guerra Mundial, onde mais de 4 mil toneladas de explosivos foram lançadas por aviões numa cidade sem atividade militar. Dreseden era um pólo cultural com grande relevância artística e arquitetônica. As mortes se equivalem às da bomba atômica de Hiroshima. Kurt, de um bunker, viu uma cidade inteira morrer. Desaparecer. E a guerra, é assim mesmo.
...
Do tempo o livro traz sua perspectiva mais insólita. Na compressão monumental do universo, todos os momentos são instantâneos. Em relâmpagos e fagulhas surgem e se demolem civilizações. Nossa memória transporta nossa experiência no tempo num ir e vir. Nossas experiências são espiraladas em constantes ritornelos. Traumas fazem-nos entrar em linhas de fuga, para uma esperança futura ou um conforto pretérito. Revisitamos e ressignificamos constantemente o tempo. O passado coexiste com o presente e o futuro. E é assim mesmo.
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jao palo 08/01/2024

Incrivelmente confuso, e assim que é bom
Nunca tinha lido nada no vonnegut, e como primeira leitura matadouro-cinco é um choque bem bom.
É interessante a tema da história onde ele decide quase que denunciar o borbardeio de Dresden. Qualquer outra pessoa teria feito o caminho de tratar quase como um documentário, mas a história vai por outro caminho. Pra mim o ponto de vista dos trafalmadorianos era o ponto de vista da guerra sabe? Aconteceu por que tinha que acontecer, ninguém tem culpa de nada.
Eu gosto que o livro se mantém engraçado enquanto trata de temas sensíveis, que do ponto de vista do livro não são, mas no fundo são. Ajuda ter um clima leve pra se ler sobre guerras e massacres.
Eu vou ler mais coisa do vonnegut com certeza, a vibe nonsense me agrada. É o tipo de coisa que eu escrevo mas é a primeira vez que leio. Enfim, massa.
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Ak 08/01/2024

É assim mesmo
A escrita é fluida muito gostosa de ler, não é massante com descrições longas e demoradas, a linha de tempo acontece em diferentes épocas do protagonista Billy Pilgrim, conta como foi sua experiência na guerra de Dresden que na verdade foi a experiência do autor durante o período, além do desenvolver da vida de Billy, com suas escolhas, pensamentos e sentimentos. Misturando suas memórias com ficção científica e muito humor também.
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Buchoterra 08/01/2024

Absurdo e feiúra
A guerra tratada como deve ser, sem qualquer resquício de heroísmo ou glória, mas atendo-se ao que nela existe de espetacular, que é o absurdo. Vonnegut é um escritor bem-humorado, trazendo charme e leveza ao livro, um relato pessoal e também ficcional da trajetória de Billy Pilgrim, um soldado improvável e tão comum. Há ideias repletas de imaginação a cada página, como a noção de tempo de Tramalfadore, os contos de ficção científica de Kilgore Trout, as pequenas tragédias familiares e a ironia do destino na vida dos personagens, sempre tão caricatos e ridículos quanto qualquer pessoa real.
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Terabyte300007 29/12/2023

Não existe "Grande Outro" (ou A guerra é uma merda)
Eu faço coro com Nietzsche quando ele diz que toda a vida luta para permanecer viva e para darmos sentido a essa permanência temos que amar a vida em todos os seus aspectos, sejam os positivos e os negativos.

Não existe nada de redimível nesse livro. A Guerra não está a serviço de uma força destruidora nem do delirante triunfo do progresso. Ela é um fato histórico que atravessou milhões de histórias únicas de pessoas trazendo tudo aquilo que a humanidade conhece desde sua origem. É corajoso da parte do Kurt utilizar um episódio como o Bombardeio de Dresden e nos rechear de personagens patéticos que encarnam a mais fiel representação de uma Guerra já escrita. Deixando de lado as narrativas contadas [e eu sou extremamente a favor de elas serem contadas] e partindo para a desoladora conclusão: não só a Guerra é uma merda, mas ela não redime ninguém. Não há qualquer coisa para se agarrar nas desgraças feitas para além do vazio que ficará no peito de quem a viveu. O ser humano não foi feito para matar a sua própria espécie e isso deixa cicatrizes permanentes e que não tem resolução definitiva que não seja através de uma mentira.

O livro não é tão pessimista, claro. Ele tem uma enorme sensibilidade ao tratar o(s) efeito(s) da(s) Guerra(s) que nunca morrem dentro de cada participante direto, indireto e virtual. Mas é nisso que a frase mais famosa do livro -É a vida- se faz valer. Não é conformismo. É entender que as consequências não podem deixar de ser sentidas como elas realmente são, e que nunca devem acabar com nossa vontade de potência.

A vida está recheada de morte. E nós não podemos fazer nada se não dançar com ela e abraça-la, pois ela é a que realmente da sentido a vida. E com ela devemos entender que não existe uma força superior nos guiando. Nós somos e temos de ser os eternos responsáveis pelas nossas ações. Não é Deus, não é Ala, não é ciência, não é a história, nem a narrativa predominante.
Lucas Lucas 29/12/2023minha estante
Avise a ediotra para colocar esse texto na reimpressão.


AndrAa58 31/12/2023minha estante
Me convenceu. Vai furar a fila ?




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