Resenhas - O Colecionador

Thayane 29/08/2020

DIGERINDO...
Acho que ainda me custará alguns dias para digerir essa leitura e toda sua complexidade, referências e seu conteúdo oculto entre linhas... Estou ainda em choque e enojada. Mas é uma obra brilhante! Estou muito contente pela experiência dessa leitura.

Bae 05/09/2020

Vai te deixar fora do eixo
Que grande obra temos aqui. Primeiro quero dizer que essa edição é linda demais, a capa, a contracapa, todos os detalhes, a introdução, o posfácio, todas referências, é muito lindo, eu tô encantada. Segundo, eu queria alguém para digerir essa história comigo, porque me deixou paralisada, sem saber por onde começar. O autor foi maravilhoso ao criar essa história, com pontos de vistas de duas pessoas tão diferentes mas ao mesmo tempo tão parecidas: uma hóspede aos olhos do sequestrador, e um carrasco aos olhos da vítima. São pessoas tão reais, tão parecidas conosco, e nos comovemos tanto com a Miranda, com sua infinita esperança, jovialidade, esperteza e busca pela liberdade, ao se ver privada da vida ela jamais sucumbiu ao desespero. Suas reflexões foram válidas, inúmeras maneiras de não se entregar, seu diário foi sua salvação embora algumas de suas visões hipócritas me deixou chocada. Mas nem aí posso dizer que não me identifiquei com ela, quem de nós em algum momento não foi hipócrita? E nos irritamos com o caliban, Clegg, com o seu cinismo, sua maldade, sua psicopatia, seu amor irreal, inalcançável, embora o que mais pesa é a pena que sentimos por ele, por não se encaixar, por sua irracionalidade do amor que busca, nós temos compaixão. Senti empatia por ele, certas vezes, e quase cheguei a compreendê-lo, a achar que ele se redimiria, mas algumas vezes a doença não tem cura. A visão distorcida dos fatos e das pessoas não se volta ao direito, ao correto e é aqui que vemos que em algumas histórias a realidade precisa ser contada também, e às vezes não vai ser feliz. Uma leitura válida, me prendeu, me chocou e me fez refletir - sobre o mundo e sobre as pessoas, inclusive eu mesma - então acho que o autor cumpriu o seu papel comigo. Recomendo sempre, espero reler no futuro também.

Maria 20/11/2020

O colecionador
A parte primeira narrada por Clegg é muito viciante, confesso que me interessei muito, mas dei uma desanimado pela parte narrada por Miranda. Esperava algo melhor no final mas fora isso o livro é perfeito.

brndlemos 05/06/2020

Angustiante, complexo, contraditório
Comecei a ler sem me lembrar bem quem recomendou ou do enredo, só lembrava que estava na minha lista havia muito tempo. Pois bem...

John Fowles fez uma obra prima, aqui. Os personagens são de altíssima complexidade, bem mais profundos do que se espera. São contraditórios, humanos, tentam justificar-se.

O livro é dividido em quatro partes, sendo as duas primeiras narrando exatamente os mesmos acontecimentos. Primeiro, pela perspectiva de Frederic, o agressor; depois, por meio da leitura do diário de Miranda, a vítima.

Ao contrário de muitos, não consegui ter empatia por Frederic em sua narrativa, senti asco a todo momento. Aqui ele expõe devaneios de superioridade, pensamentos machistas e de posse dos mais diversos níveis. Apesar de ter me sentido enjoada por reconhecer esse tipo de pensamento na nossa sociedade com tanta facilidade (mesmo sendo um livro da década de 60!), engoli a primeira parte do livro com facilidade. Segundo Frederic, o mundo o despreza por ter vindo de baixa classe e repentinamente ter se tornado rico não muda isso, pois continua não pertencendo a elite, seu comportamento, linguagem, gostos não permitem isso. Através de suas lentes, achei Miranda insuportável, mimada, desagradável, muito embora ele constantemente reafirme o quanto a ama, como ela é linda, inteligente e maravilhosa; mas também o despreza por ser como é. Fiquei boa parte do tempo me questionando porquê ele gosta tanto dessa chata.

Lendo o diário de Miranda, não consegui avançar tão rápido na leitura. Não que seja ruim (é fantástico), mas porque senti tudo com maior intensidade e precisei de pausas pra assimilar. Queria dizer que, apesar de todo o contexto em que ela está inserida (sequestro, etc.), me identifiquei muito com várias passagens por conta da quarentena. Assim como Miranda, estou em isolamento social, sem ter contato com o mundo exterior,
vivendo de lembranças sobre como é a vida real. Exceto pelas condições.
Ler o diário de Miranda é como ler o diário de uma pessoa real. Ela se mostra igualmente complexa, tem pensamentos contraditórios, é instável, se desespera, se questiona sobre a existência de Deus. Tem sentimentos confusos e mistos pelo sequestrador, ora é gentil com ele e sente compaixão, ora o despreza. Ela oscila entre tratá-lo bem, porque seu princípio é cultivar a paz e a gentileza, e tratá-lo com indiferença, para que saiba que se desiluda, se canse e a liberte. Miranda é bem politizada e a todo momento apresenta pensamentos de esquerda, diz que luta pelos trabalhadores e menos afortunados, mas despreza seu sequestrador, um homem que veio da classe trabalhadora, justamente por tudo que o caracteriza como parte dessa classe: seu jeito, educação, relação com a arte.

Sinto que preciso reler esse livro para absorver tudo que ainda não consegui, sinto que não extraí ainda tudo que essa obra tem pra ofertar.

Sei que recomendo ferrenhamente. Se tornou um dos meus livros favoritos.

Gabriela 10/12/2023

Quando fui clicar em "lendo" vi que já tinha lido esse livro, mas realmente não lembro. Peguei para ler novamente agora por indicação, mas confesso que não gostei muito. Iniciei com bastante expectativa, gostei, porém não tanto quanto eu achava que iria gostar.
Mas é interessante do ponto de vista psicológico para alguém que entende melhor isso (não eu, no caso hehe), mas interessante, uma boa distração. Interessante o fato de o livro ter duas partes, cada uma narrando a visão de um deles. Tentei achar o filme relativo, mas acredito que não vou ver. Só quis finalizar a resenha, é um livro clássico e bom, mas acho que não estava no clima de adorar o tema.

Amanda 22/11/2020

Jonh Fowles, durante toda a narrativa, tenta fazer um jogo psicológico com quem está lendo.

No livro podemos acompanhar a versão de Clegg, um homem frio, solitário e completamente egoísta que sequestra e mantém em cárcere a bela estudante de artes, Miranda. Foi difícil não sentir repulsa por esse personagem, pois a todo momento ele acreditava que estava agindo por amor ,subvertendo as noções de certo e errado.

"Não sei dizer o que foi,mas logo da Primeira vez que a vi, soube que tinha que ser ela. Claro que não sou louco, eu sabia que era apenas um sonho é seria assim se não fosse pelo dinheiro"

Posteriormente, podemos conhecer a versão de Miranda sobre os fatos através de seu diário. Os momento que ela fica presa são completamente angustiantes, a todo momento eu torcia para que ela conseguisse escapar e que ele, então, fosse punido. Miranda sabia o quão perturbado ele era e como precisava de ajuda psiquiátrica.

"Eu nunca poderia curá-lo. Porque eu sou sua doença"

Brina 05/03/2023

Chocada
Que final foi esse
Caraca eu adorei essa perspectiva do sequestrador...
O final....
O final vale todo o livro
Não é atoa q esse livro é bem aclamado.
Fiquei apreensiva em muitos momentos, o fato dele ter os pensamentos em evidência foi excelente para podemos analisar todo o processo do pq das ações.
O título faz bem jus aos acontecimentos, livro muito bem construído
So leiam

Rafa 29/07/2021

Foi uma boa leitura, mas não foi ótima! Criei muita expectativa com o livro e acredito que tenha atrapalhado a experiência. Mas achei ok. Algumas partes do capítulo da Miranda foram bem maçantes. E o final, pelo desenrolar da história, era esperado.

Mas fico pensando, como o ser humano espera demais do outro e acha que o outro está aqui para suprir essa expectativa (igual fiz com o livro rs), por isso vem a decepção. E em como esperamos e idealizamos o ser humano, mas quando realmente o conhecemos, vemos que são cheio de falhas. E no momento do desespero, da solidão, do caos, tentamos preencher com o que temos ao nosso alcance. Coitada da Miranda, nesse ponto deu pra sentir com ela estava desesperada.

Verônica 26/07/2021

Bom
Achei um livro muito bem escrito, nos mostra realmente a personalidade e a forma deles verem a vida de ponto de vista diferentes entre os personagens.
Gostei e indico ?

Duda 12/03/2021

O livro mostra exatamente o que passa na cabeça dos personagens. Um bom suspense.

Kals 25/09/2020

Não sei explicar meu sentimentos por esse livro
Esse foi o primeiro livro da Darkside que comprei, por falarem tão bem da editora decidi me arriscar, vi que a opnião das pessoas era bem dividida sobre essa obra, e agora entendi porque kkkk
Isso não é bem um resenha, mais um desabafo de "meu-deus-que-livro-foi-esse" o começo pra mim foi muito bom! o meio foi suuper enrolado, pensei que teria mais ação sabe? e o final nossa, achei muito corrido mas ele é bom..
Eu não me envolvi tanto da historia como uma galera fala que se envolveu, teve horas que até peguei birra da vitima, sei lá não foi tudo o que eu esperava, dando 3 estrelas porque a edição é linda kkkk

Guilherme Ribeiro 06/04/2021

Que livro pertubador
No decorrer da narrativa eu vi que o cara tem sérios problemas mentais e sentia pena da Miranda. Porém, ao chegar na versão dela comecei a perder a empatia, devido a soberba dela. O final foi inesperado e surpreendente.

Paula1935 05/08/2023

Não é uma bomba
Eu adorei, porém esperava mais. Comecei num ritmo muito bom, mas chegou no diário da M. Putz, me perdi total e achei que ficou denso e difícil ler. Mas resumindo, eu gostei, gostei pela história, o enredo, eu vejo muita coisa em comum entre o Frederick e Miranda, até achando que poderia ser aquele plot a la Psicose(os dois sendo as mesmas pessoas) ao mesmo tempo que Miranda é extremamente moldada por GP, teve uma hora em que eu só queria que ela parasse de falar desse cara. Ao mesmo tempo que ela é ultra mimada aos olhos do seu Caliban, ela é sensível, frágil e não é tudo isso que demonstra. Já o Frederick, mostra o quanto é louco essa coisa do dinheiro, o qual eu não quero entrar em detalhes, o autor foi muito certeiro em mostrar o começo da obsessão e psicopatia do Frederick, essa parte, toda essa parte, me deixou presa.
Merecedor de 4 estrelas

Arthur.Moreira 31/03/2021

Livro muito bom. Gostei muito do ritmo e da história em si. Porém, os relatos da Miranda em alguns momentos são cansativos. Mas é muito interessante ver as mesmas situações narradas por ambos os personagens. As emoções que o autor consegue invocar ao longo do livro também são interessantes. Pena do sequestrador em alguns momentos, raiva na maior parte do tempo; desprezo pela vítima em dados momentos, solidariedade e compaixão na maior parte do tempo.
A parte 3 em si faz a gente ler em um ritmo maior, doido pra chegar ao fim. E falando do final, é triste, mas pra história que foi construída me satisfez muito bem.

Bruna 16/06/2021

Então, acabou?
Decepcionada? Talvez. Mas não é como se eu tivesse colocado muitas expectativas. Na verdade eu achei o livro incrível, acompanhar como funciona a mente doentia do Colecionador e tudo mais. O problema foi que a segunda parte não é tão incrível assim...

Depois de acabar a leitura li a introdução que o Stephen King fez e concordei completamente com algumas partes. Ele basicamente diz que o autor perde um pouco o leitor na segunda parte, pois ela tira o foco do que esta acontecendo (o sequestro e etc e tal) para vermos as reflexões poéticas de Miranda.

Vi muita gente falando mal do final, mas eu já imaginava que as coisas acabariam assim.

Se quer um conselho? Leia. Mas tenha paciência, porque eu sinceramente quase desisti.