Heresia

Heresia S. J. Parris




Resenhas - Heresia


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Veronica.Goncalo 09/10/2011

Heresia
Eu criei grande expectativa com esse livro e acabei me decepcionando. Não pelo tema mas pela forma da narrativa. A autora soube envolver temas como inquisição, classe social, e a questão das mulheres no século XVI, mas não conseguiu fazer com que a leitura fluísse, mesmo com reviravoltas interessantes.

http://here-igo.blogspot.com/
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Diego.Silva 28/02/2016

Heresia de S.J Parris
Uma mente livre e moderna presa em um mundo medieval e perigoso. Assim é Giodarno Bruno, um monge italiano exilado e excomungado cuja paixão pelo saber o levou a ser acusado por heresia.

A historia começa em 1576 no Mosteiro de San Maggiore, Nápoles, Itália, onde o monge Giordano Bruno foi pego na latrina lendo livros de conhecimentos proibidos pela Igreja Católica na época, ao ser notificado que seria interrogado pelo padre inquisidor, ele toma a decisão de fugir, anos depois viaja para Londres, Inglaterra fugindo da Inquisição, mas lá é recrutado pelo chefe de espionagem o Sir Francis Walsingham o principal ministro de Estado da Rainha Elizabeth.

Ele é requisitado a viajar para a universidade de Oxford onde pretendia descobrir os segredos que Walsingham queria dos católicos oxfordianos, mas ele também estava em busca de um livro onde acreditava está em Oxford.

O livro Heresia é narrado em primeira pessoa, pelo propio personagem Giordano Bruno, achei muito boa a leitura apesar de não aprofundar mais nas suas teorias, é um suspense histórico, que se passa na maior parte em Oxford, onde ele viajou para participar de um debate na universidade, apesar de dele falar muito do debate, quando acontece, ele é narrado muito superficial, a parte mais chata fica no capitulo quando e recepcionado na universidade, mas depois disso o livro fica cada vez melhor, onde começa acontecer assassinatos misteriosos, e o monge cada vez mais envolvido tentando descobrir quem estava por trás destes assassinatos, e com isso também acaba colocando sua vida e de outras pessoas em perigo.

Já quase me esquecendo, temos os personagens Sir Philip Sidney e Jerome, que deu um toque a mais em determinados momentos da historia.

O final achei surpreendente, algumas pessoas não gostaram tanto do final, e outras esperavam mais do livro, achei uma leitura não cansativa e boa de se ler, com um tom descontraído em certos momentos, quem gosta do tema recomendo a leitura.
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Jess 12/07/2011

Assassinatos em Oxford
Como na própria capa do livro está escrito, Heresia é um suspense histórico muito bem escrito e com um excelente bom gosto, para as pessoas que se interessam pela época da Inquisição é uma ótima pedida, mesmo que o assunto não interesse, o suspense é muito bem formulado e atrai a leitura.
O mais surpreendente do livro é que ele é baseado em fatos reais e deve ter dado muito trabalho para a autora conseguir todos os dados e além disso fazer com que nos sentissemos realmente na época.
O suspense do livro começa um pouco a aparecer, mas depois do primeiro problema parece que vem uma avalanche de fatos com pouco tempo para conseguirmos refletir sobre quem realmente é o assassino a solta em Oxford.
O final é completamente supreendente, imaginamos milhares de pessoas no decorrer do livro que podem ser o assassino, quase um serial killer, mas nem nos passa pela cabeça quem realmente seja e o motivo também é de deixar de boca aberta.
Definitivamente a vida de Giordano Bruno não é fácil, ser um herege foragido da Insiquição deixa qualquer um sem credibilidade, além disso ele se sente tão envolvido pelos crimes cometidos em Oxford que todos chegam a suspeitar dele, eu se estivesse no lugar das pessoas envolvida na trama também desconfiaria de um ex-católico que chega a um país protestante.
Apesar de a história do livro ser ótima, algumas partes são meio cansativas e faz com que essas partes sejam lidas de modo mais devagar por não prender a atenção, mas não dá para se enganar por elas, pois logo em seguida vem alguma coisa que nos deixa pasmos.
Uma coisa legal que eu pensei no decorrer do livro é que no nosso mundo vivemos pensando em como a violência é absurda, só que do jeito que as pessoas morrem do livro faz a gente refletir um pouco sobre isso, as mortes são violentas e ao imaginar a cena sentimos um nó no estomago de imaginar como que a pessoa foi morta.
A história acaba de um jeito que considero desnecessário um segundo livro, mas como esse é o primeiro de uma série não sabemos o que esperar do segundo, talvez Giordano Bruno seja o tipo de personagem em que confusões vivem o perseguindo e por isso a necessidade de um segundo livro.

www.frozenlivros.blogspot.com
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Heloísa Macedo 08/08/2013

Uma aventura* histórica
Contrariando o que diz na capa do próprio livro, categorizaria este como uma aventura, não um suspense. Somente pelo fato de não ter me trazido em nenhum momento a taquicardia prévia ou o roer de unhas que outros suspenses me trazem, como os do escritor americano Harlan Coben. Ao dizer isso não pretendo desmerecer a obra da Stephanie Merritt, a qual ainda não conhecia mas que me provou ser competente no que faz. Porque lhes digo uma coisa, criar uma estória pode nem ser tão difícil assim, mas criá-la e inseri-la num contexto histórico, com personagens que realmente existiram, em meio a uma série de limites (dogmáticos, morais e arquitetônicos) é, no mínimo, trabalhoso. Saúdo tal obra por ter me feito entender melhor todo esse conflito religioso que realmente existiu e o quão sanguinário este foi. Os mistérios relatados podem ser fictícios, mas não me admiraria de saber que algo semelhante tenha acontecido, ou ainda pior. Deixando os detalhes de lado, gostaria de me ater ao protagonista, o filosofo Giordano Bruno que - se me permitem a comparação - em muito me lembrou nosso contemporâneo, Robert Langdon (personagem fictício criado por Dan Brown); ambos são seres inteligentes, que buscam verdades que não são dadas em bandejas, apaixonados por mistérios e que acabam por cair de cabeça em aventuras que - a princípio - não lhe dizem nenhum respeito, não há nenhuma conexão, até que são chamados a ir até o fim, a obter respostas; e acabam por provar a si mesmos em vários aspectos, até em físicos. Clichês sempre estão presentes, pelo menos de forma discreta. Meu único contraponto quanto ao livro é o final do mesmo, que, para mim, poderia ter se estendido um pouco mais e dado algumas respostas sobre o que aconteceu depois que ""tudo" foi resolvido". Anseio por ler Profecia e Sacrilégio em breve.
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Rafael 31/03/2014

Esperava mais do livro quando li a sinopse. Se mostrou chato, sendo somente o final uma parte interessante.
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Caroline Nishi 19/10/2011

Heresia
Heresia | s. f.
(latim haeresis, -is, opinião, sistema, doutrina, heresia + -ia)
1. f.
2. Divergência em ponto de fé ou doutrina religiosa.
3. [Por extensão] Blasfémia.
4. [Figurado] Opinião ou doutrina diferente às ideias recebidas.
5. [Informal] Disparate; abuso; contra-senso.

Muitas pessoas do século XXI não sabem o significado da palavra heresia e confesso minha ignorância, eu, Caroline Nishi, também não sabia. Mas quem viveu na Europa do século XVI sabia muito bem o significado e a temia da mesma maneira que teme o diabo. Vocês já ouviram falar da Inquisição?

É neste contexto histórico que o blog Elamundo apresenta o livro Heresia, de S. J. Parris. Nesta história, as disputas são essencialmente entre os católicos romanos e os católicos anglicanos. A intolerância religiosa era tão intensa que os sábios que tinham “outras idéias”, eram obrigados a fugir de seu país para não serem sentenciados à morte ou outras barbáries.

Nosso protagonista, Giordano Bruno, ou simplesmente Bruno de Nola ou Phillipo (seu nome verdadeiro) é um personagem real e alguns fatos da história também são reais como ele ter fugido da Itália para se livrar da Inquisição sob a condenação de ser um herege; de ter se instalado por um tempo em Londres; e de ter realmente conhecido Sir Philip Sidney.

Mas tudo o que falarei a seguir é referente ao livro e sua história e não tem qualquer ligação com o que de fato aconteceu na época em que viveu em Londres. Portanto, essa história é baseada em personagens reais com fatos possivelmente fictícios, qualquer semelhança com nomes, lugares e situações pode ser mera coincidência.

As aventuras de Giordano Bruno começam quando ele foge do mosteiro que viveu quase a vida toda em Nápoles, Itália, para salvar a própria pele da Inquisição.

Ele sai da Itália e passa por diversos países da Europa até que decidi ir para Londres buscar um livro que há muito procura. Lá, além de re-encontrar seu velho amigo Sir Philip Sidney, ele recebe o convite de se reunir com Sir Francis Walsingham, ministro de estado da Rainha Elizabeth.

Sir Walsingham sabe dos planos de Bruno de visitar a universidade de Oxford e lhe pede um favor; pede para que auxilie-o na identificação dos traidores da coroa presentes entre os docentes da universidade e, se assim for, ser recompesando por sua lealdade à rainha. Não havendo outra alternativa, Bruno aceita ajuda-lo, afinal, o que poderia acontecer dentro dos muros da universidade de Oxford?

É, poderia acontecer muitas coisas e acontece a pior de todas. Em sua primeira noite na universidade, Bruno de Nola é testemunha ocular de um crime macabro, um professor é assassinado por um cão, que, aparentemente, surgiu do nada. Todos querem encobrir o assassinato, a reputação de uma das universidades mais respeitadas da Europa está em jogo, mas a alma inquieta e intuitiva de Bruno lhe diz que aquilo pode não ter sido um acidente e começa a sua investigação. E sua perspicácia toca a ferida de alguns, ele passa a ser persona non grata para a maior parte do corpo docente. Até que acontece o segundo assassinato, mais macabro ainda, e Bruno começa a enxergar um padrão e possíveis suspeitos.

A partir daí, Bruno não pode confiar em ninguém, nem mesmo na própria sombra. Sua vida corre risco, todos levantam suspeitas, ora por suas atividades ilícitas ora por suas omissões, e Bruno tem apenas seu fiel amigo Sir Sidney para lhe ajudar a solucionar o caso. Numa caçada de gato e rato, Bruno coloca sua vida em risco diversas vezes e cai em diversas emboscadas, mas consegue achar o culpado e todo o lixo por debaixo do tapete, se sairá vivo desta aventura só lendo o livro. Aventure-se no século XVI e descubra como é viver e morrer por um ideal.

Vocês já pararam para pensar que tudo o que temos hoje, a liberdade de ir e vir, a mulher ser tratada como igual, a liberdade de expressão, a tolerância religiosa e muito mais é graças à luta de pessoas como Bruno e tantas outras dentro e fora desta história que deram a vida e o sangue por um ideal?

E você, qual será a sua herança para as próximas gerações?

Resenha publicada no blog Ela Mundo: http://elamundo.wordpress.com/2011/08/01/dica-de-leitura-heresia-um-suspense-historico/
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Jaqueline 13/08/2011

“Heresia – Um Suspense Histórico”, livro lançado pela editora Arqueiro, é um daqueles livros que nos envolvem do começo ao fim. Com muitos mistérios e crimes macabros, acompanhamos a história do monge italiano desde os seus dias de reclusão religiosa até sua transformação em uma espécie de Sherlock Holmes da era Moderna.
Banido da Igreja por sua paixão por leituras heréticas, Giordano se torna um acadêmico que teoriza sobre a organização do cosmos segundo o pensamento de Copérnico, onde a Terra gravita em torno do Sol. Como bem aprendemos em nossas aulas de História Moderna no colégio, este pensamento era o suficiente para condenar alguém à forca nos idos de 1583, ano em que a trama do livro acontece. A antiga rixa entre ciência e religião, que atingiu seu ápice com a Inquisição, é o ponto de partida da obra, uma vez que Giordano Bruno acredita em uma outra compreensão da mente divina e do seu propósito para com a humanidade. Partindo em busca de um antigo livro de autoria de Hermes Trimegisto, um sacerdote do antigo Egito que dizia ter desvendado os mistérios da razão de Deus, nosso protagonista segue caminho até a Universidade de Oxford, em Londres, onde faz amigos e inimigos entre o corpo docente.
Nesta primeira etapa, a narrativa do livro se mostra um pouco arrastada. No entanto, com a chegada de Giordano a Oxford, tudo muda: o livro ganha um ritmo vertiginoso, com descrições envolventes dos grandes teólogos e doutores que lecionam no lugar. Narrado em primeira pessoa pelo protagonista, "Heresia" nos joga em um sedutor caldeirão intelectual e teológico. Em meio a tantos personagens de personalidade duvidosa, como o professor James Coverdale, o pomposo estudante Gabriel Norris e o professor Slythurst, a filha do diretor da Universidade, Sophia, acaba se destacando. Destemida e muito inteligente, Sophia desafia sua família ao rejeitar se comportar como uma boa jovem de sua época e prefere os livros poeirentos da biblioteca da Universidade aos bordados que seus pais esperam que ela faça. A atração intelectual não demora a acontecer entre ela e Giordano Bruno, mas o macabro assassinato do professor Roger Mercer nos jardins do campus mantém o nível de romance da obra no mínimo necessário, abrindo caminho para uma série de investigações eletrizantes sobre quem poderia planejar um ato tão macabro quanto soltar um cão de caça faminto em um jardim com todos os portões trancados a chave e depois revirar o antigo quarto do professor enquanto seu cadáver mal havia esfriado.
Não espere delicadeza: as mortes apresentadas na obra chamam a atenção pela sua sanguinolência, uma vez que o cadáver de cada uma das vítimas imita o martírio de um dos santos da Igreja, como São Sebastião. Suspeitos não faltam, uma vez que o diretor Underhill narra as sofridas biografias dos santos durante os sermões que faz na igrejam da Universidade. Essas histórias são extraídas da obra de Foxe, um antigo estudioso de Teologia cujos livros Underhill estuda. E é justamente um recorte de um desses livros a principal pista de Giordano para desvendar os crimes que estão assolando Oxford.
Alunos, professores e funcionários: todos são suspeitos. A missão de Giordano, que de algum modo sempre acaba sendo um dos primeiros a se deparar com os cadáveres, é encontrar a pessoa que teria interesse em difundir tanto medo entre os homens que ainda se relacionam com a Igreja Católica em Londres, berço da Reforma Protestante. A ligação entre a política e a religião é o segundo ponto forte do livro, e nesse sentido a obra ganha muitos pontos por apresentar ao leitor de forma bastante simples a tensão política que marcou a Europa durante séculos:
"Hoje a fé a política são uma coisa só - disse ele. - Talvez sempre tenha sido assim, mas é algo que parece haver atingido novos extremos em nosso século conturbado, não acha? A religião de um homem me diz onde está sua lealdade política, muito mais do que sua terra natal ou sua língua". (pág. 28)
Em alguns sentidos, “Heresia” pode lembrar um pouco o livro “Anjos e Demônios”, de Dan Brown, mas no contexto geral o livro foge das artimanhas carismáticas usadas pelo autor norte-americano. A autora S. J. Parris não tem a intenção de criar polêmicas baratas com a Igreja, mas sim apresentar personagens de caráter contundente e relatar como a perseguição aos rebeldes católicos se deu na Inglaterra elizabetana segundo o ponto de vista de pessoas de diversas classes sociais: condes, professores, livreiros, estalajadeiros ou visitantes estrangeiros. Um livro de narrativa primorosa e eletrizante, "Heresia" é uma indicação para todos aqueles que gostam de História e doses cavalares de suspense.


>> Resenha publicada no site www.up-brasil.com
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Ane 09/07/2011

Suspense não é meu gênero de leitura favorito, mas desde que li a sinopse de Heresia fiquei muito curiosa. Primeiro por trazer como personagem central o filosofo Giordano Bruno, e eu como uma amante de filosofia estou sempre procurando conhecer, e ler mais sobre o assunto.

Segundo por tratar de dois assuntos que me fascinam: Religião e Inquisição. Confesso que meu período predileto da história mundial é a era medieval, por isso tudo o que tenha a ver com: as cruzadas, surgimento do cristianismo, caça as bruxas ou qualquer assunto que envolva o tema inquisição me fascina. Parece estranho eu sei, mas estou sempre pesquisando estes assuntos, acho que com o tempo acabo voltando para faculdade para estudar história.

Em Heresia fui apresentada a intolerância não da Igreja Católica Apostólica Romana, desta vez a “vilã” é outra é a Igreja Anglicana que punia a ferro e brasa todos que seguiam a antiga crença na Inglaterra de 1583. Sim na Inglaterra deste período não era só as bruxas e ciganos que precisavam fugir de forcas e fogueiras, os católicos romanos também corriam o risco de ter o mesmo final ao qual condenavam as pessoas hereges em outros países. Contraditório não?

Leia mais em >> http://ariane-reis.blogspot.com/
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Vanessa Vieira 23/10/2012

Heresia - S. J. Parris
O livro Heresia, de S. J. Parris, se passa na Inglaterra de 1583 e nos conta a história do monge italiano Giordano Bruno. Devido a sua sede pelo conhecimento, sobretudo sua crença pelas teorias que relatam um Universo heliocêntrico, ele é acusado pela Igreja Católica de heresia e foge da Inquisição, se refugiando em Londres. Na terra da rainha, ele é recrutado pelo serviço de espionagem real e enviado a Oxford, para colher detalhes sobre um suposto plano que visa derrubar a rainha Elizabeth, protestante convicta.

Ele é infiltrado em Oxford como participante de um debate sobre as teorias de Copérnico, mas secretamente, deve se infiltrar em um grupo oculto de católicos e descobrir o complô que planejam. Porém, seu objetivo inicial muda de rumo quando um membro do alto escalão de Oxford é brutalmente assassinado, com requintes de crueldade que imitam um suposto martírio. Enquanto Bruno passa a investigar o assassinato, mais vítimas surgem e dá-se início a uma implacável perseguição, que indica estar sendo desencadeada devido a religião.

No encalço do assassino, Bruno vai parar em locais bem exóticos - desde a famosa e abastecida biblioteca de Oxford, como, até mesmo, livrarias e tabernas ocultas, que jamais julgou existirem. Tudo leva a crer que a estabilidade da Inglaterra está por um fio e cada dia mais ameaçada.

Em um emaranhado de intrigas e traições, Bruno percebe que muitos atos são julgados como heresia por pura falta de conhecimento daqueles que se intitulam os donos da verdade. E, que, para provar suas teorias e embasamentos religiosos, muitos vão longe demais, se dispondo até mesmo a escolher quem deve viver...quem deve morrer...

Heresia é um suspense mirabolante, que tem como pano de fundo a religião e suas vertentes. Narrado em primeira pessoa por Giordano Bruno, é um livro eletrizante, que causa profundo impacto no leitor. Baseado em fatos reais da vida do próprio monge italiano salientado na história, nos traz uma narrativa rica e épica, abordado de forma magistral e ímpar.

Bruno não engole tudo o que a Igreja diz ou alega. Sua fome pelo conhecimento, por entender o que se passa em um universo expandido, fora das quatros paredes que cercam uma igreja, é avassaladora. Como todos sabem, para controlar uma nação é necessário que ela seja alienada - que não pense por si própria, e que muito menos, se rebele contra os moldes predefinidos da sociedade. E quando você tem ânsia pelo saber, se torna um perigo nato para as autoridades. Bruno é acusado de heresia, tendo sido o seu pecado folhear um livro de Erasmo, considerado puro sacrilégio. No auge de sua sabedoria, ele consegue fugir da punição e se estabelecer, com alto custo, na Inglaterra.

Mas, chegando na terra da rainha, descobre que não mudou de cenário, apenas de nomenclatura para muita coisa que acontece na Itália. Na Inglaterra, a religião vigente é o protestantismo, exercido pela própria Rainha Elizabeth, porém, nem todos os súditos estão satisfeitos com esse regime, e fica claro que uma revolta está por vir. Religião se torna motivo para vingança, para sangue ser derramado sem piedade alguma. Algo que deveria elevar o ser humano e deixá-lo perto de Deus, se torna motivo de dor, de retaliação, de humilhação e deturpação. Como explicar tais motivos? Seria esse Deus um ser grandioso que se alimenta de matanças e vidas inocentes, tudo para sua honra e glória? Ou o homem, em sua mais alta escala de egocentrismo e ambição, intitulado leis e regras, em conveniência com o seu bel-prazer, e erigido com seu podre e cego poder, para ter apenas uma forma de pensamento sobre a massa?

São essas as respostas que encontramos no romance de S. J. Parris, que aborda de forma concisa e clara um cenário religioso, vitimado por injustiças, carnificinas e torturas, tudo em nome de Deus. Fica nítido que a a autora mergulhou fundo no tema e fez um trabalho de pesquisa brilhante para compor a obra. Um livro instigante, com uma temática deveras interessante e que irá deixar o leitor vidrado, e até mesmo indignado, perante a tantas barbáries que assolaram a nossa sociedade. Recomendo, com certeza!

http://www.newsnessa.com/2012/09/resenha-heresia-s-j-parris.html
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Silvia M. B. 03/01/2012

Quando Confiar em alguém?
Este livro fala muito sobre as pessoas não serem o que parecem, então ficam com o pé atrás e não contam nada sobre coisa alguma, com medo desta dedurar, ou falar falsamente de alguém. E até prova em contrário, na época da Rainha Elisabeth I (1583) a pessoa já tinha ido à forca ou à fogueira por muito menos. Na verdade é uma conspiração. Na época existiu o monge Giordano Bruno, e tudo gira em torno dele. E como ele sai da situação é brilhante! Amei!A história é ótima! Nao dá vontade de desgrudar os olhos do livro nunca mais!
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Jossi 02/06/2012

Um suspense sobre um passado de trevas, mas com muitas lições para o presente...
O QUE ACHEI:
Uma ótima trama de suspense, uma história detetivesca ambientada na Inglaterra elizabetana. Aliás, deu certo de eu assistir o filme "Elizabeth, Era Dourada", que conta a história de Elizabeth Tudor, a rainha, justamente enquanto lia o livro "Heresia". Um complementa o outro, pois deu para entender um pouco mais da sombria "era das guerras santas" (santas???) que envolveram a Europa por volta de 1580.

Giordano Bruno, personagem real, foi perseguido pelos católicos apenas por acreditar na teoria heliocêntrica (teoria do astrônomo Copérnico, que afirmava ser o Sol o centro, e a Terra girar em torno dele). Fugindo para a Inglaterra governada pela enérgica Elizabeth, ele encontra um bom amigo inglês, que o recomenda a outro figurão da "equipe anti-católicos" da rainha. Enviam-no para Oxford e é lá, entre professores e alunos cheios de mistérios, repressões e medo, que ele enfrenta uma conspiração horrível, que vai envolver assassínios com requintes da mais abominável crueldade.

Conhece a bela e inteligente Sophia Underhill, filha do diretor, o elegante e bonito aluno Norris, um jovem rico com ares esnobes, o enigmático e soturno Jenkes, livreiro acusado de heresia e bruxaria, e outros tantos personagens inesquecíveis.

Bruno, porém, passará por maus pedaços. Será sempre visto com maus olhos por todos, menos pela bela Sophia e acabará caindo nas redes de uma armadilha perigosíssima, acusado tanto por papistas quanto por protestantes.

Gostei, embora tenha me decepcionado com alguns desfechos - com o de Sophia, que julguei ser mais prudente e esperta, e no final mostrou-se ser crédula, leviana e "fácil" (no sentido moral). As cenas de torturas e punições por heresia tão dantescas, se você tiver estômago fraco, nem tente ler... E finalmente, o último "ato", quando o principal suspeito é punido.

Um livro perigosíssimo para quem tem restrições em termos religiosos, pois a gente acaba achando que, afinal, religião não é nada. Deus é tudo, mas as religiões só existem para confundir a cabeça do mais sóbrio e sensato dos homens. Ou pelo menos, naquela época, foi.
Até Elizabeth, a rainha, teve de se curvar às leis criadas por homens ditos "santos" e mandar matar a própria prima, Mary Stuart, embora tal ato fosse-lhe abominável.

Um livro que nos faz repensar nossos valores e os valores religiosos da humanidade, e lembrar que Deus não está numa denominação religiosa, mas dentro de nossos corações - se nós o merecermos.
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Bruno 31/07/2012

O livro se inicia no ano de 1576 quando o padre Giordano Bruno é pego com lendo um livro no banheiro que é proibido pela igreja, e para não ir para fogueira sendo acusado de heresia, acaba fugindo do monastério.

Depois de alguns anos fugindo, ele encontra com um amigo do passado chamado Philip Sidney em Londres. Giordano Bruno acredita que na universidade que fica em Oxford poderá encontrar o livro perdido do Sábio Egípcio Hermes Trimegisto e conseguir explicar que o sol é o centro do sistema solar através da teoria heliocêntrica de Nicolau Copérnico.

Quando Giordano chega e se instala na universidade, ele é convidado para um jantar pelo diretor da escola, Willian Bernad - um homem muito misterioso e controlador - que terá que debater no dia seguinte para mostrar suas teorias. Willian possui uma filha, Sophia, que chama a atenção de Giordano devido sua inteligência e interesse por assuntos políticos.

No dia seguinte de sua chegada, vários assassinatos começam a ocorrer com pessoas de grande influência em Oxford. E o mais estranho é que essas pessoas foram mortas inspiradas em mortes de figuras bíblicas de uma forma cruel e sangrenta.

Agora Giordano terá que entrar em um mundo de muitos perigos e mistérios para descobrir o motivo que cidadãos foram mortos e por quem antes que seja o próximos e as pessoas em que mais confia, podem revelar um outro lado desconhecido.

O livro ao todo é sobre mistério. Porém se prestar bastante atenção, você mata quem é o assassino pelo meio da estória. Acho que deveria ter dado uma reviravolta pelo fim. Mas achei bem diferente esse livro. Ainda mais por está relacionado com assuntos da igreja e que só por isso já causa um pouco de intriga. Fazendo essa resenha, descobri que serão 3 livros, o primeiro volume é esse, o segundo se chama Profecia e o terceiro se chama Sacrilégio que ainda não foram lançados aqui no Brasil.
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