@srlucasm 17/03/2021
Incêndio da ignorância
Bem-vindo(a) a distopia de um mundo novo, onde um robô caça criminosos, onde pessoas não abrem as portas com a chave, onde o pessoal viaja de trem com ar comprimido e onde os bombeiros queimam livros em casa. Espera um pouco! Bombeiros causar incêndios? Que história é essa, Lucas? Calma, é disso que vou tratar sobre o livro de Ray Bradbury.
O protagonista dessa história chama-se Guy Montag. Nesse lugar, existe uma coisa que é contra a lei: ler livros. A função desse homem, que trabalha nos bombeiros, é queimá-los.
Além disso, precisa lidar com uma esposa que apenas se interessa sobre a sua novela nas telas. Volta e meia ele encontrava-se com uma adolescente que tinha uma vida diferente da dele, embora os outros a taxassem como louca.
Ele acabou tendo em sua casa aquilo que ele tanto combatia: livros. Como será que Guy Montag vai lidar com esse item cheio de páginas e palavras, correndo o risco de ser pego? Em 256 páginas, essa dúvida será resolvida.
Uma distopia não muito distante do mundo real, é o que penso deste livro. Muitos estão nas telas distraindo-se em entretenimento e esquecendo-se daquilo que agrega para o desenvolvimento intelectual. O livro já alertava e é perceptível no mundo real o fato das pessoas serem antissociais, vivendo do jeito mais monótono possível. O livro também trata da questão da audiência. Nem sempre o que é posto pode ser verdadeiro.
Pior que o fogo da salamandra, é o fogo da ignorância. Vale muito a pena atentar-se ao diálogo do chefe dos bombeiros Beatty explicando a Montag sobre a censura aos livros. O mais triste disso eram que as pessoas recusavam o conhecimento por conta própria. Se um livro não agradava uma parte, era censurado. Também era censurado se outro livro não agradava outra parte.
Ficou interessado em imaginar um mundo sem livros? Recomendo a leitura sem medo dos bombeiros queimar ou do sabujo mecânico te pegar. Tenho o privilégio em lê-lo novamente depois de anos. Escrito no século passado, tudo que ele previu está quase sendo cumprido neste século. Cabe a nós não repetir futuramente o que o autor está nos alertando agora!
Att,
Lucas M.