Resenhas - Fahrenheit 451

Cris Gurski 16/05/2022

Distopia sendo distopia. :)
Fahrenheit 451 constitui um dos clássicos da ficção científica, apresentando muitos elementos comuns a outras histórias distópicas, tais como, um poder dictatorial sem face (ou ainda, com muitas faces).
Isso nos remete ao segundo elemento, os personagens ditos normais, que não apenas se adequam, mas defendem o sistema a todo custo, versus os anormais, os outsiders, os rebeldes, que não se conformam com tal realidade e pagam um preço por isso.
Dentre os anormais, somos apresentados a jovem Clarisse, que faz com que Montag passe a questionar sua vida e seu trabalho, essencial por sinal, à manutenção do sistema opressor. A exemplo de outras distopias, tais como Metropolis (de Thea Von Harbou que inspirou o filme de Fritz Lang), Alphaville de Jean-Luc Godard, e mesmo V de Vingança, parece sempre existir uma mulher pela qual o personagem principal não apenas nutre sentimentos de desejo, mas ainda de curiosidade, respeito e mesmo, amor (?) Tais personagens costumam ter um papel mais ou menos importante no desenvolvimento da historia (infelizmente, muitas vezes constituem a única personagem feminina relevante) e, em Fahrenheit 451, Clarisse tem uma participação muito breve, ainda que essencial (de certa forma, sua ausência abrupta me pareceu mais estranha na Graphic Novel), instigando ideias e levando Montag a fazer o improvável: ler os livros que ele deveria queimar. E chegamos a outro elemento imprescindível, comum as distopias? a ameaça que os livros (e as artes em geral) representam para os sistemas dictatoriais.
De modo geral, a adaptação funciona muito bem. Gostei bastante da arte de Tim Hamilton, e a introdução de Ray Bradbury foi uma surpresa agradável. Interessante saber como a ideia do livro surgiu e se desenvolveu, resultando na obra que conhecemos.

Thatá 14/05/2022

Um livro atual de 1950
O livro possui várias cotações excelente, para mim foi uma leitura razoável por ser a primeira distopia que leio, infelizmente, não fluiu muito.

Mas o que eu mais percebi é o quão atual é esse livro, após ler, assisti alguns vídeos com comentários excelentes, além dos comentários contidos no livro e percebemos quantas coisas consegue extrair desse livro!

Meu parágrafo favorito, porque não consegui escolher uma frase:

"O sol ardia todo dia. Queimava o Tempo. O mundo se precipitava
num círculo e girava sobre seu eixo e, de qualquer modo, o tempo já
estava ocupado queimando os anos e as pessoas sem nenhuma ajuda dele. Assim, se ele queimava coisas com os bombeiros, e se
o sol queimava o Tempo, isso significava que tudo queimava!"

Iamdebis 04/05/2022

Peguei essa hq com a intenção de ser mais rápida na leitura do que no livro e estava certa.
Os acontecimentos se passam meio rápido em determinados momentos e sinto como se estivesse perdido algo, mas mesmo assim o livro não perde o seu encanto.
A leitura é rápida mas forte, nos faz refletir muito.

Júlia 26/04/2022

Muito boa
Ilustrações bonitas com uma história forte. Os desenhos são bem feitos e bem ilustrados. E eu gostei de como o autor construiu bem a história a ponto de não deixar nada de importante fora.

Ana Ceci 15/04/2022

Ótima adaptação!
Acho que é difícil alguém não ter ouvido falar na clássica distopia de Bradbury, em que acompanhamos a vida de Guy Montag, um bombeiro cuja função não é acabar com incêndios, mas sim começá-los. Ele deve atear fogo em livros para isso, já que estes são objetos proibidos que perderam espaço para as telas e a tecnologia. Montag nunca questionou seu trabalho até conhecer a jovem Clarisse, que lhe mostra o mundo de outra forma, e até lidar com o desaparecimento da jovem e com o colapso mental de sua esposa. Assim, Montag vai ter sua vida virada de cabeça para baixo, começando a questionar valores essenciais do ser humano.

Bom, gostei MUITO dessa adaptação, tanto que a li em um dia, por ser curta e extremamente fiel ao original. Peguei algumas passagens para comparar as obras e os trechos são quase idênticos. Pude enxergar toda a tensão vivida por Montag em cores vivas e ilustrações divinas! Os tons alaranjados e avermelhados que predominam durante todas as cenas que envolvem o fogo (e são muitas!) mostram a essência da trama: urgente, assustadora e chocante! Já as páginas com tons azulados, para representar a noite e, acredito eu, os dilemas pessoais e internos de Montag, fizeram o contraponto ideal para entender os acontecimentos!

Como não podia deixar de ser, o final é realmente semelhante ao livro e, a partir das imagens, me deu aquela sensação incômoda que toda distopia tem o poder de causar! Enfim, recomendo muito para amantes dos quadrinhos e dessa história genial de Bradbury. Inclusive, sua própria introdução para essa obra ficou impecável, com contextualizações e reflexões!

>>> Vejam mais resenhas no Instagram de @Territoriodoslivros!

site: https://www.instagram.com/territoriodoslivros/

gabz 06/04/2022

? Entende por que os livros são odiados e
temidos? Eles revelam os poros no rosto da
vida.?

gostei bastante e meu deu a vontade que faltava de começar o livro original

Ali 28/03/2022

FAHRENHEIT 451
Realmente gostei desse livro, acho que todo apaixonado por livros deveria dar uma chance a ele; ele não tem um grande enredo e é bem monótono porém compensa tudo isso na mensagem que ele traz, nos faz com certeza perceber o quanto precisamos de livros na nossa sociedade.
Às vezes me perdia na história ou achava um pouco parado e cansativo mas não desisti porque queria muito ver o que aconteceria com Montag.

Ele não superou as minhas expectativas mas dei uma boa nota por conta do quanto achei importante o que pensei lendo ele, então com certeza recomendo a leitura!

Biblioteca Álvaro Guerra 21/03/2022

Indicado ao prêmio Eisner, o Oscar Mundial dos quadrinhos. Esse quadrinho é uma adaptação autorizada pelo autor do famoso livro de mesmo nome. Num lugar em que livros são proibidos e os bombeiros colocam fogo ao invés de apagar, um bombeiro começa a questionar seu papel.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9786580448005

jessyca59 12/03/2022

Um bom livro, é reflexivo e bastante atual ainda hoje mas achei pouco inovador na ideia da reflexão final. Ainda pretendo ler a versão não em quadrinhos e comparar, já que achei essa versão pouco aprofundada e vazia no que poderia ser uma reflexão muito maior - talvez seja só por ser em quadrinhos, talvez seja realmente pelo livro ter sido escrito há muito tempo e hoje em dia a ideia da importância dos livros é bem mais visível e presente?

Guga 12/03/2022

Escrita metafórica e magnífica
Uma história que continua atual, um protesto contra o autoritarismo e a negação desse autoritarismo.

Leitura emocionante. Em alguns momentos derrubei lágrimas

Laura.Ghedini 10/03/2022

Dá conta do recado
Obviamente que o livro é incomparavelmente melhor do que a HQ, mas a adaptação dá conta do recado e consegue passar a mesma mensagem do livro.
As ilustrações são ótimas, mas algumas eram difíceis de entender o que estava acontecendo por conta da paleta de cores - naturalmente - escura.
No mais, recomendo a leitura do livro.

Laiza0 07/03/2022

Uma adaptação
A HQ de Fahrenheit 451 é uma adaptação autorizada escrita e ilustrada por Tim Hamilton.

O quadrinho é sensacional, me causou incômodos, amo leituras que me puxam da minha zona de conforto.

Questionar é necessário? Um livro pode fazer diferença na vida pessoas? Viver sem ter tempo para refletir é saudável?

Apenas leiam!

Kelly718 07/03/2022

HQ
Gostei bastante dessa HQ, mas não fiquei ainda mais ansiosa para a leitura desse livro maravilhoso.

NandoFilter 05/03/2022

Não se compara ao livro
A história do livro é muito resumida e sua narração não me impactou. Achei a ilustração bem mais ou menos, mas é gosto meu

Gárgula 16/02/2022

Fahrenheit 451, em quadrinhos
A temida força dos livros
Li hoje a adaptação em quadrinhos de Fahrenheit 451, desenhada por Tim Hamilton. Da mesma forma que o livro homônimo que a inspirou, fui levado novamente para as reflexões pungentes apresentadas por Bradbury.

Publicação da Editora Excelsior, conta com a tradução de Felipe CF Vieira. Ademais, eu tive acesso a edição de capa dura e vale comentar que está lindíssima e muito caprichada.

O medo que o conhecimento impõe
Poder experimentar novamente a obra Fahrenheit 451, de Ray Bradbury, foi certamente catártico. Suas reflexões acerca do poder do conhecimento e de como ele gera medo nos líderes em geral são inegavelmente incríveis e perturbadoras.

Fiz uma resenha há algum tempo sobre o livro (clique aqui para ler) e hoje retorno com a análise da adaptação em quadrinho. A arte de Tim Hamilton é inegavelmente poderosa e consegue impressionar o leitor pela sua dureza. Sem dúvida alguma não poderia ser outro desenhista.

Junto disso, temos as reflexões necessárias de Bradbury, compondo um quadrinho imprescindível e importante para qualquer coleção. Seu formato em capa dura o deixa luxuoso e no nível da mensagem que encapsula.

Considerações finais
O livro é o símbolo máximo do conhecimento em minha opinião. Sua existência única e simplesmente gera temor e normalmente acaba combatida pelos poderosos que querem se manter no poder e tem na ignorância, uma indústria que aliena e faz lavagem cerebral.

A história não poderia ser mais atual frente a um governo tacanho, maldoso e inegavelmente mal intencionado como o que vivemos hoje. Obviamente você pode optar por abrir um livro e se contaminar pela semente única do pensamento ou mantê-lo fechado. A opção é nossa sempre, assim como a perseguição ao saber, que acontecerá em qualquer tempo pelos mal intencionados.

Conhecia esta adaptação? Me conta aí…

site: https://cantodogargula.com.br/2022/01/13/fahrenheit-451-em-quadrinhos/