Carrie, A Estranha

Carrie, A Estranha Stephen King
Stephen King
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Resenhas - Carrie, A Estranha


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Luciano Luíz 12/03/2016

Resolvi reler CARRIE - A ESTRANHA. O primeiro romance publicado de STEPHEN KING em 1974. Eu tava querendo rever se meu conceito sobre o livro seria o mesmo. Pois sempre gostei mais do filme de 1976 do que a obra original. O filme de 2002 não vi, mas o de 2013 achei muito bom, ainda mais por ter sido completamente atualizado.
É verdade que o livro tem uma gama de detalhes superiores, porém, pra mim a verdadeira estreia do King foi mesmo com SALEM (A HORA DO VAMPIRO), seu segundo romance que teve a graça de ser publicado.
Carrie é aquela adolescente filha de uma mulher fanática em sua religião, onde tudo é pecado. A garota tem poderes telecinéticos e pode mover objetos e blá, blá, blá. Enfim, não compensa ir tão fundo, porque é um livro muito conhecido. É daqueles que boa parte das escolas norte-americanas baniu. Mas por quê?!
Talvez pelo fato de que bulinavam tanto a Carrie e alguns acreditam que existam pessoas que possam se vingar da mesma forma que a moça.
No entanto, o livro tem dois pontos que considero importantes não apenas sob a questão de narrativa. Um deles é social. A conversa do diretor com o pai de uma aluna que estava encabeçando o ataque contra Carrie logo no início da estória, quando ela no banheiro começa a sangrar, ou seja, a menstruação que ela nunca soube que existia e assim achou que estava morrendo e virou motivo de piada das demais estudantes. O diretor tem uma conversa muito boa e praticamente atual com o pai e ali vemos o quanto o ser humano ainda é o mesmo da década de 1970 quando se trata de status (bom, sempre foi assim)...
O outro ponto que realmente compensa ler, é quando ocorre a tragédia do baile. King nem parecia estar escrevendo um romance, mas foi além. É como se usasse diversas câmeras para mostrar simultaneamente a mesma cena. Vários ângulos não apenas visuais, mas perspectivas pessoais onde ele consegue passar com vasta facilidade o horror das pessoas quando as mortes explodem de forma a fazer o leitor sentir na carne de uma maneira excepcional todo aquele desespero.
Não lembro de qualquer outro livro do autor que exista uma cena tão grandiosa como em Carrie. Tanto no sentido de qualidade quanto em sua extensão.
Já nos filmes, (pelo menos de 76 e 2013) as cenas que mencionei acima não são comparáveis, porém, a conversa com o pai da aluna no de 2013 é muito boa.
Enfim, é uma ótima experiência reler alguns livros depois de um, dois, três, quatro, cinco, dez anos... Não apenas para ter um novo vislumbre, mas também para ver o quanto aquelas narrativas podem nos tocar.
Carrie não está entre os melhores romances do King, mas é graças a esse livro que ele pôde despontar e chegar aonde chegou. Salem, O Iluminado, A Zona Morta, A Dança da Morte, Christine, À Espera de um Milagre são textos maravilhosos, mas sem Carrie, ah, nada disso existiria.
Portanto é uma leitura que compensa, pois ensina muito não apenas em questões de escrita (mesmo que não seja um estouro antes do terror do baile), mas na essência do ser humano.

Nota: 8

L. L. Santos

site: https://www.facebook.com/L-L-Santos-254579094626804/?fref=ts
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Ana 21/03/2016

A primeira vez que ouvi falar de Carrie foi em uma aula de inglês, vários anos atrás. Não sei como a conversa chegou até ele, mas desde essa primeira menção ao livro e explicação de seu enredo, Carrie entrou na lista de livros-que-eu-preciso-ler e foi ficando por lá até pouco tempo atrás.

Depois de ter lido o primeiro volume da série Torre Negra, de King e ter ficado um tanto quanto desapontada, precisava de algo diferente para me livrar dessa má impressão que fiquei de um autor que eu realmente gostava. Decidi ir com Carrie porque eu já sabia mais ou menos o que esperar. E, como se precisasse de mais um motivo, descobri que Carrie foi o primeiro livro publicado por Stephen King, em 1974.

Carrie já foi adaptado para a Broadway em 1988, e para o cinema. A primeira adaptação para o cinema é de 1976, com uma sequência criada em 1999. Uma adaptação mais recente foi lançada em 2013, a única que assisti.

Apesar de ser amplamente conhecido pelo seu talento com o terror, Carrie não é um livro de terror. E, talvez por isso, tantas pessoas (inclusive eu mesma) se decepcionaram com a adaptação ao cinema mais recente.

Carrie White é uma adolescente de 16 anos que foi criada por sua mãe, uma fanática religiosa. Como consequência das crenças de sua mãe, Carrie é a adolescente mais deslocada da escola, sendo alvo de deboches e chacotas. Mas aprisionado e reprimido pela personalidade forçadamente recatada e alienada de Carrie está um dom incrível: telecinese, o poder de mover objetos com o poder da mente.

A narrativa do livro é um pouco bagunçada, visto que mistura memórias contadas por colegas, artigos médicos que estudam o Caso Carrie White, notícias de rádio e jornal e trechos de livros escritos sobre o caso. Mas isso não prejudica nem confunde o leitor; pelo contrário, fornece várias perspectivas diferentes para compor o quebra-cabeças e expor ao leitor o que aconteceu na noite do baile da escola.



Apesar das 290 páginas, o livro é bem curto e os acontecimentos se concentram em um pequeno espaço de tempo, de modo que se eu me alongar um pouco mais nos comentários sobre o roteiro, revelarei mais do que deveria.

Carrie, a estranha é um bom livro, mas se você já conhece a premissa da história, não encontrará nada de novo para lhe surpreender, mas é um livro de leitura rápida e a narrativa de Stephen King em momentos de caos é algo que me encanta, então eu sempre vou dizer que vale a pena embora, nesse momento, esteja ansiosa por ler um de seus terrores.


site: http://quasemineira.com.br/2016/03/carrie-estranha-stephen-king/
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Gabi 02/04/2016

DA VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA A TRAGÉDIA | CARRIE, A ESTRANHA | STEPHEN KING
Carrie White é Ja'Meya Jackson - uma garota que, aos quatorze anos, foi indiciada em quarenta e cinco tentativas de assassinato por ter mostrado um revólver dentro do ônibus escolar, após meses de perseguição e humilhação. É Tyler Long - um adolescente de dezessete anos que se suicidou por conta das ofensas, agressões e humilhações causadas por seus colegas de escola. É Ty Smalley, onze anos e Dylan Stewart, doze anos - ambos foram constantemente ridicularizados, perseguidos, humilhados e cometeram suicídio. Carrie pode ser seu filho, seu irmão ou a vizinha introvertida. O que quero dizer é que Carrie é real, sua história é real e reflete todos os casos trágicos provocados, principalmente, pela violência psicológica. E é por isso que "Carrie, a estranha" merece sua atenção.
Você provavelmente conhece a história trágica de Carrieta - uma garota de dezesseis anos que, diante de olhares que variam entre falsa piedade e repugnância, nutri um desejo de se ajustar socialmente. Em casa, é bombardeada por discursos de ódio baseados no fundamentalismo doentio de sua mãe, Margaret White - que adota uma criação rígida de acordo com sua consciência e crenças religiosas. Nela, notamos uma figura que, a principio, deveríamos culpar e odiar, mas é notável que não passa de uma mulher de grande temor, desesperada pela salvação divina e que condena tanto a si mesma - vítima de um estupro matrimonial, quanto a filha, que encara como fruto do pecado. Já no meio social, Carrie é constantemente perseguida, humilhada e ameaçada.
As semelhanças que podemos encontrar entre a obra de King e a realidade de muitas crianças e adolescentes acabam por aí. Isso porque o autor tece uma espécie de "drama adolescente" de forma crua e, sob as palavras do próprio autor, "com um surpreendente poder de machucar e horrorizar" com elementos de um suposto fenômeno, a Telecinésia - que dá à Carrie o poder de manipular um sistema físico usando apenas a mente.
E é justamente esse fenômeno que traz à trama elementos sobrenaturais e característicos do Terror, Suspense e Thriller, mesclados de forma magistral sob um cenário de opressão, exclusão e manipulação e uma atmosfera tensa carregada de pensamentos fortes e carga emocional.
Tudo isso sob um tom direto, simples e muito estimulante. O que, na minha opinião, faz de "Carrie, a estranha" vencer da grande obra clássica de King "O iluminado", no quesito agilidade e fluidez.
Isso se deve a técnica literária adotada pelo autor - conhecida como Romance epistolar, que consiste em desenvolver a trama de uma forma não linear, utilizando documentos ficcionais, como notícias, extratos de livros e depoimentos de outros personagens sobre o ocorrido. Sobre essa técnica, é importante destacar que os leitores ainda não entraram em um consenso: há quem se sinta incomodado por conta da quebra de ritmo na narrativa e o fato da própria técnica acabar revelando pontos chaves da trama, como a morte de alguns personagens, e há quem tenha ficado muito satisfeito com o resultado, como é o meu caso, já que a técnica traz um tom documental, verossímil e envolvente à trama.
Isso adicionado a admirável habilidade do autor em criar personagens reais e instigantes - destacando o fato de ser um romance relativamente curto e que não há grande preocupação em explorá-los por completo, mas, que mesmo assim, é possível se envolver e criar sentimentos por cada um deles, que variam entre empatia e indignação, resulta num romance que fisga e deixa o leitor ávido pelo desenrolar da história... LEIA MAIS NO BLOG "PSYCHOTECA"

site: http://tecapsycho.blogspot.com.br/2016/02/da-violencia-psicologica-tragedia.html
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Nara Machado 20/04/2016

Carrie, a estranha
Um dos meus favoritos do mestre King.
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Alana 22/04/2016

Não decepcionou
Este foi o primeiro livro que li de Stephen King depois de cultuar amor platônico.
E não me decepcionei, apesar de ter assistido ao mais recente filme.

Pensado inicialmente como um um conto, depois das duas primeiras páginas King o amassou e jogou fora, pois a ideia e as inspirações dele o assustaram. Mas sua esposa, Tabitha King, curiosa, pegou do lixo e sugeriu que ele continuasse, o que ele fez mais para agradá-la. E o resultado surpreendeu a ele e a todos nós. Publicado em 1974 apenas como Carrie. No Brasil recebeu essa adjetivação: a Estranha.

Primeiramente, escolhi o livro com a capa sem alusão ao filme, e a Suma fez um bom trabalho, considerando o custo do livro.
As páginas levemente amareladas, orelhas, diagramação com equilíbrio, dando espaço ao leitor para interagir com o livro, sem divisão de capítulos, apenas em 3 partes.

King consegue narrar e intercalar com os pensamentos de Carrie, ou com descrição dos sons do que acontece, ou notícias, ou partes da investigação do caso que entendemos datar posteriormente à presente narração, indicando, assim, uma mudança de tempo e espaço em algumas linhas, e então o retorno à dimensão anteriormente iniciada.

E o interessante é que com exceção de algumas frases em itálico, caixa alta, ou espaços entre os trechos ou informações titulares, a identificação de tudo só acontece se o leitor se esforçar para interagir. Não que isso torne o livro confuso, mas desafiador. O livro é claro, curtinho e nos põem em conflito de sentimentos não apenas por Carrie, mas também por seus agressores.

É um clássico, vale a rápida leitura. Na verdade, vale muito.

site: https://www.instagram.com/p/BEgJYi8Lav_/?taken-by=livrosdovalle
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Carol 16/05/2016

Eu x Stephen King
Segundo livro que leio do autor, e ainda não consegui estabelecer uma "ligação" com ele. Fico frustrada por não enxergar seus livros como vejo seus fãs enxergarem.
Pretendo tentar um terceiro livro do autor, pois me recuso a achar que "ele não faz meu tipo".
Por isso dei 3 estrelas.
Gilles Vieira 27/07/2016minha estante
O primeiro e único livro que li foi "O Iluminado". Também não me identifiquei muito, mas pretendo ler outro para tentar mudar de opinião.




Caroline Leal 06/07/2016

Carrie a estranha
"Carrie,é uma adolescente timida e solitaria.Aos 16 anos,não pode viver os prazeres e as descobertas dos jovens de sua idade.Dominada pela mãe,uma fanática religiosa que reprime qualquer manifestação de vida,Carrie acredita que tudo é pecado.Viver é enfrentar,a cada dia,o terrível peso da culpa."
Primeiro livro que li de Sthephen King,mas para falar a verdade não gostei muito(talvez seja porque não sou muito fã de livros de terror),bem não vou dizer que não gostei da estória,gostei um pouco,mas achei um pouco parada,ele sempre fala do bullying que Carrie sofria,ou em casa com a mãe que só pensa que tudo é pecado(pelo que me lembre,pois ja faz um tempo que li).
Depois do que acontece na formatura que comecei a gostar mais,porque teve mais "ação",achei que Carrie foi meio imprudente pelo o que fez(não se preocupa não vou da spoiler)ela teve seus motivos??teve.Mais fazer o que fez(pra quem leu,sabe do que estou falando)foi meio que egoísta.Este livro me fez refletir um pouco porque o bullying que Carrie sofria,poderia ter acontecido comigo ou com você,e toda pessoa que sofre isso acho que pelo menos uma vez pensou em se vingar(pelo meu ponto de vista),eu iria querer me vingar mesmo sabendo que isso não é certo,eu penso assim até quando vou ter que aguentar isso,como vou saber se isso não vai piorar,então é melhor cortar o mal pela raiz.
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Bernardo Brum 02/08/2016

A nova cara do horror.
É justo dizer que um dos principais nomes responsáveis por modernizar o terror foi Stephen King. Inovando em temática e abordagem, o escritor mais famoso do Maine e legítimo herdeiro de H. P. Lovecraft tornou pop e rentável uma verdadeira tradição de terror americano.

Pelas mãos de vários autores ao longo do século, o terror saiu da Europa gótica com suas assombrações e maldições e bateu na porta do cidadão médio. E quem propiciou isso tudo foi "Carrie, a Estranha", seu romance de estreia no mercado editorial.

Ambientada na pequena cidade suburbana Chamberlain e elegendo como protagonistas estudantes secundaristas, "Carrie" toca em assuntos delicados que a sociedade prefere normalmente prefere varrer para debaixo do tapete: fanatismo religioso, abuso doméstico e, último mas não menos importante, o bullying.

Como em muitos de suas histórias, o elemento sobrenatural - a telecinese de Carrie - é o que menos importa; a narrativa epistolar é certamente tétrica em ir reunindo em forma de colagens de reportagens, biografias e livros acadêmicos múltiplas perspectivas sobre a capacidade sobrenatural da protagonista, mas o que nos acerta de jeito é a sua "via crucis" em tentar levar uma vida normal e dentro das padrões quando todos à sua volta estão direcionando para si seu sadismo e crueldade.

King é apaixonado (ou obcecado) com a ideia dos anos de formação de seus personagens influírem na história principal. Assim, enquanto o enredo é basicamente simples (Carrie é provocada e humilhada até o ponto em que revida de maneira explosiva), cada um de seus personagens centrais tem seu pano de fundo detalhado à exaustão.

Detalhando criação, traumas, desejos e rotina, o livro de King humaniza até seus vilões mais detestáveis, como a fanática mãe Margareth White e a endinheirada bully Chris Hargensen. A ideia é que todos aqui tenham a personalidade mais tridimensional o possível.

Justamente por isso, é difícil fazer qualquer julgamento sobre a vingança de Carrie, da forma que é arquitetada pela trama. Sanguinolenta, explosiva, extremamente brutal e gráfica, mas não o foram todos os anos de sofrimento e abuso silencioso e sem intervenção? King não quer uma resposta, mas antes uma reflexão.

"Carrie, A Estranha" é um livro quase rustíco em sua fúria. Os inserts rápidos e abstratos dos pensamentos dos personagens entre parênteses, recurso muito utilizado em "O Iluminado", já marcam presença aqui, fazendo com que a parte em terceira pessoa não-epistolar do livro seja muitas vezes delirante.

Ainda que essas duas propostas caminhando lado a lado nem sempre se casem, como as epístolas (fragmentos de artigos, depoimentos policiais) indo e voltando no tempo no momento mais tenso do livro quebrando o ritmo por vezes, o que vemos aqui é um autor estimulado, desejoso por se provar, exorcizando angústias na costura de um livro totalmente angustiado.

Angústia essa que vendeu horrores, revelou um dos grandes escritores populares de nossa época e redefiniu o que entendemos por horror para algo mais próximo: mais humano, mais cotidiano, mais fruto de nossos medos e fantasmas do que de fatores exteriores."O Iluminado" é melhor e mais importante, mas a redefinição do gênero começava aqui.
Luvanor N. Alves 04/08/2016minha estante
Ótima resenha!!! Deu até vontade de reescrever a minha! Linda demais!!!




Luvanor N. Alves 03/08/2016

MARCADOR EXPRESSO - CARRIE, A ESTRANHA
Há, no Maine, nos E.U.A,
Uma mãe religiosa condenando o mundo ao inferno;
Garotas asquerosas prontas a “estancar” aquilo que consideram anormal;
O sonho do Baile de formatura pronto a surgir na esquina...

E uma garota “estranha” capaz de torcer sua alma com o poder da mente.

Pessoal, continuem lendo no blog Marcador Expresso!
Restava essa para concluir meu amor por King!
Ficou bem legal!
Se gostarem de nossa escrita, sigam-nos no Blog (link) e em nossa página no Facebook!
Brigadãooooooooo!


site: http://marcadorexpresso.blogspot.com.br/2016/08/carrie-estranha-de-stephen-king.html
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Marcador Expresso 03/08/2016

MARCADOR EXPRESSO - CARRIE, A ESTRANHA
Há, no Maine, nos E.U.A,
Uma mãe religiosa condenando o mundo ao inferno;
Garotas asquerosas prontas a “estancar” aquilo que consideram anormal;
O sonho do Baile de formatura pronto a surgir na esquina...

E uma garota “estranha” capaz de torcer sua alma com o poder da mente.

Pessoal, continuem lendo no blog Marcador Expresso!
Restava essa para concluir meu amor por King!
Ficou bem legal!
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Michel Chagas Aragão 06/08/2016

“A mãe queria que ela fosse a Espada de Fogo do Anjo. Que ela destruísse.”

Confesso que nunca me aventurei no gênero terror porque sempre tinha receio. Não é um gênero que eu curto, pois sempre tinha um “pé atrás” (medo) de histórias macabras e coisas do tipo. Então tomei coragem porque acredito que para ter mais um senso crítico, é preciso ampliar o horizonte e não ficar preso a um só gênero. Por isso decidi que leria um romance neste estilo.
Mas por onde começar? Em quem apostar?
Stephen King.
Sim, porque não?
Sempre li e ouvi falar de sua genialidade, mas não entendia o porquê dele ser o ídolo quando se trata de terror. Decidi começar por Carrie, A estranha. Uma história adaptada para filme e sua primeira história. Conhecida e adorada pelos fãs e mesmo quem nunca se aventurou no gênero terror já ouviu falar em algum lugar.
Mesmo sabendo do que ia acontecer porque certo dia vi o final do filme de 2002 na televisão, não deixou de ser magnifico a experiência, assustadora, mas espetacular.
Todos já devem saber do que se trata a história, por isso optei por comentar pouco sobre ela.
Basicamente, é uma história que fala sobre uma menina que sofre bullying. Carrie tem uma mãe fanática por religião e reconhece a filha como uma cruz a ser carregada. Porém Carrie não é uma menina comum. Ela tem a capacidade de mover objetos com a força da mente, algo genético enfatizado depois com relatórios. Vendo assim parece uma história simples com final previsível, mas está longe disso.
Stephen não faz a história de força linear, passo a passo, cena a cena que segue como a maioria das histórias fazem. Ele acrescenta relatórios, trechos de livros reforçando um acontecimento de proporção colossal. Já sabemos o que vai acontecer. Ele brinca entregando informações como “não tem mais de duas horas de vida” de um personagem que irá morrer. Isso nas mãos de um aspirante a escritor poderia ser desastroso, pois estraga o andamento. O que ele faz é induzir o leitor a pensar “Como isso vai acontecer? Qual será fim e quais consequências trarão a trama?”. É algo genial.
São tantos temas, induções e o principal, mais martelado com cenas marcantes é o Sangue. Como é bem explorado o poder do sangue, caracterizado na menstruação. Algo doloroso e que inicia com uma cena de bullying. O sangue passa a se tornar um personagem na história porque ele serve como pano de fundo para o enredo. Poucos são os escritores que tornam a história parte de vários temas. Poucos conseguem fazer essas metáforas que fazem da história se tornarem o que Carrie se tornou.
Agora eu sei o porquê de Stephen ser um ídolo e o motivo de seu sucesso.
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Kamila 14/08/2016

Como já sabemos, Carietta White, a Carrie, é uma menina que a sociedade julga esquisita. Filha de uma fanática religiosa, Carrie mais parece uma carola: é proibida de fazer praticamente tudo o que uma adolescente faz. O que muitos não sabem, é que ela tem poderes telecinéticos.

A história começa quando, após uma aula de Educação Física, durante o banho, Carrie acaba tendo sua primeira menarca. E sofre bullying por isso. Até porque a mãe jamais falou com ela sobre seu corpo, então a menina achou que estivesse morrendo. Uma das professoras vê a cena e ao invés de punir as garotas, pune Carrie (deu na cara dela, que absurdo!). Mas ao ver o estado da menina, beirando o desespero, a professora acaba se solidarizando.

Então, até chegar ao famoso baile de formatura, o autor vai falando sobre a vida de Carrie, mesclando com alguns textos acadêmicos da "Comissão White", grupo de pessoas que resolveram pesquisar sobre nossa protagonista, além de livros sobre o tema. E não, não é um livro de terror, tá mais para um thriller de suspense sobrenatural e epistolar. Ninguém vai ter pesadelos se ler.

Bem, como tem três versões cinematográficas de Carrie a Estranha, então meio que todo mundo já sabe como a história vai acabar. Ou não, a versão de 2002 é diferente do livro, eu não vi as versões de 1979 (com John Travolta) e a mais recente, com Grace Chloe Moretz e Julianne Moore. O livro é dividido em três partes, é bem curtinho e você lê em dois dias.

A edição da Suma de Letras até que está bonita, apesar dos vários erros de português que achei durante a leitura. Como já sabem (e se não sabem, vão saber agora), não gosto de rostos na capa muito menos de pôsteres de filmes como capa, muito menos acho a Grace boa atriz, mas tenho que admitir que essa capa está muito bonita. Simples e transmite a mensagem do livro.

Como eu disse, já virei fã do cara, com sua escrita simples, objetiva, detalhista sem ser modorrento e com uma história maravilhosa - que segundo o autor, foi baseado numa história real (não de telecinesia, mas de bullying contra uma menina, filha de uma fanática religiosa). Aliás, leiam a introdução, por favor, é muito engraçada!

Ah, faltou dizer que telecinesia é, segundo nosso amigo Google "é o movimento de objetos a distância, sem intervenção direta ou contato físico de alguém e supostamente devido a poder paranormal."

Então. se você ainda não leu Carrie a Estranha, vale muito a pena, depois pode ver os filmes, são bons, cada um tem sua particularidade, mas todos seguem bem à história. E sim, dá mais medo a mãe da Carrie do que da própria. Aliás, Carrie a Estranha foi o primeiro livro publicado por King, mas não o primeiro. Antes de Carrie, o autor tinha escrito outros quatro livros.

site: http://resenhaeoutrascoisas.blogspot.com.br/2016/08/resenha-carrie-estranha.html
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Beija-flor 21/08/2016

Terror na sua melhor forma
Esse livro é simplesmente incrível. Adorei as modificações de foco, entre jornais e a história principal, que foi eximiamente escrita. Tive medo de iniciar "Carrie, a Estranha", mesmo porque minha primeira leitura do autor tinha sido "O Cemitério" (que eu considerei extremamente mais terrorífico), mas, diante da minha já admiração pela excelente escrita do autor, embarquei na história com tudo e terminei depois de meio dia. Recomendo a todos, gostando ou não do gênero, pois é difícil me superar em covardia.

UM POUCO DE SPOILER INOFENSIVO

A personagem principal simplesmente me fez torcer por ela incondicionalmente, depois de tudo que acontecia na vida dela e de sua adorável personalidade. Sua mãe era o demônio personificado em uma cristã louca, que detestava até mesmo as igrejas por achar que eram parceiras do Satã e tinha seu próprio santuário em casa. Quadros horrendos e um armário eram o terror de sempre de nossa queria personagem principal, a Carrie.

Esse livro me horrorizou verdadeiramente, mas não por causa dela - estava muito longe de ser uma vilã. A pior cena para mim foi, sem dúvida, sua primeira menstruação (bem atrasada, por sinal). Logo depois do banho e sem saber o que era, desesperou-se com todo o sangue e foi humilhada por muitas meninas que tacaram absorventes internos e se divertiram a suas custas. Mas o pior de tudo para mim era a mãe dela: Com a chegada da adolescência, a mulher acha que Carrie é pecaminosa e o sangue só "confirma" na cabeça daquela pessoa horrível. Para ela, Carrie é o fruto do mal, um castigo por ela ter perdido a inocência, fazendo da vida da menina o verdadeiro inferno em terra. Aliás, tudo na vida dela é uma desgraça, me fazendo ter raiva e um aperto muito fundo no coração a cada palavra lida.

Adicione a tudo isso o poder de telecinese para nossa protagonista, o poder de mover objetos a distância sem tocar, e em alto grau.

PRONTO, ACABOU O SPOILER

Enfim, nos é contada a história de Carrie e torcemos por ela, uma menina que tem poder para matar todos e mesmo assim é a vítima, uma garota doce que fica feliz por pouca coisa, mas que raramente tem essas poucas coisas para ser feliz e sim grandes coisas para cair na desgraça. Carrie é fantástica, é linda, maravilhosa, uma garota esplêndida e eu me choquei e entristeci com o final, mas que mesmo assim foi ótimo, mesmo por que não poderia imaginar nada muito diferente.
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Victor 29/08/2016

Carrie, a estranha
Meu primeiro livro do King, e um dos melhores livros que já li.
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Jacqueline.Oliveira 03/09/2016

Livro estranho. E incrível.
Se eu fosse fazer uma lista de livros que me traumatizaram na infância, esse seria o primeiro da lista.
Esse livro é MARAVILHOSO. Ele merece mais que 3 estrelas então darei 4. Ele é um daqueles livros que você se pergunta como o escritor (nosso deus do terror, Stephen King) teve uma ideia DESSAS. Esse livro chega tão perto da perfeição, da mãe assustadora religiosa ao extremo até o sangue de porco até a carta no final até...faz um bom tempo que não leio esse livro mas eu me lembro de muitas cenas aterrorizantes, e não só por causa do ótimo filme (o de 76, claro).
Eu acho que King deve ter precisado de muita coragem pra escrever isso. A cena do banheiro das meninas gente, pelo amor de DEUS. Como é que um homem de 30 e poucos anos vai saber como escrever a cena de uma adolescente tendo sua primeira menarca DAQUELE JEITO?Foi tudo muito sangrento e eu me lembro de ter 10-11 anos e morrer de medo daquela cena especificamente. Um momento tão importante pro livro mas também tão estranho...
Mas FUNCIONOU.Esse livro é incrível e ainda me deixa tensa até hoje.É um clássico da literatura estrangeira?Não, mas é uma história muito boa, e você devia ler.
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