Alana 22/04/2016Não decepcionouEste foi o primeiro livro que li de Stephen King depois de cultuar amor platônico.
E não me decepcionei, apesar de ter assistido ao mais recente filme.
Pensado inicialmente como um um conto, depois das duas primeiras páginas King o amassou e jogou fora, pois a ideia e as inspirações dele o assustaram. Mas sua esposa, Tabitha King, curiosa, pegou do lixo e sugeriu que ele continuasse, o que ele fez mais para agradá-la. E o resultado surpreendeu a ele e a todos nós. Publicado em 1974 apenas como Carrie. No Brasil recebeu essa adjetivação: a Estranha.
Primeiramente, escolhi o livro com a capa sem alusão ao filme, e a Suma fez um bom trabalho, considerando o custo do livro.
As páginas levemente amareladas, orelhas, diagramação com equilíbrio, dando espaço ao leitor para interagir com o livro, sem divisão de capítulos, apenas em 3 partes.
King consegue narrar e intercalar com os pensamentos de Carrie, ou com descrição dos sons do que acontece, ou notícias, ou partes da investigação do caso que entendemos datar posteriormente à presente narração, indicando, assim, uma mudança de tempo e espaço em algumas linhas, e então o retorno à dimensão anteriormente iniciada.
E o interessante é que com exceção de algumas frases em itálico, caixa alta, ou espaços entre os trechos ou informações titulares, a identificação de tudo só acontece se o leitor se esforçar para interagir. Não que isso torne o livro confuso, mas desafiador. O livro é claro, curtinho e nos põem em conflito de sentimentos não apenas por Carrie, mas também por seus agressores.
É um clássico, vale a rápida leitura. Na verdade, vale muito.
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