Madame Bovary

Madame Bovary Gustave Flaubert




Resenhas - Madame Bovary


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PatriciaLima_autora 17/10/2023

Ousadia de Flaubert
Em 1856, Flaubert desafiou o estereótipo da boa moça recatada e do lar, e nos apresentou Emma Bovary.

As inquietações existenciais desta jovem incomum, entretanto, rendeu a seu escritor vários contratempos com a igreja e a lei, por desafiar a moral e os bons costumes.
Madame Bovary é considerado um dos maiores clássicos de seu tempo por ousar expor os anseios femininos em uma época em que as mulheres eram confinadas a uma condição frágil, limitante, reprodutiva e quase nula, numa sociedade onde o homem era o "ser pensante".
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Aline Guedes 15/10/2023

A Ema é insuportável!
Mas a história vai além disso. Tanto Charles quanto Ema vivem uma vida que não escolheram, e colocam no outro a expectativa da sua própria felicidade. Charles acha que a encontra ao casar-se com Ema, mas será que ele realmente era feliz?

E Ema é a eterna insatisfeita, entediada com a própria vida, sem perspectiva, sem objetivos próprios pelos quais viver. Então usa as histórias que leu como ideal, o romance avassalador que vai tornar a vida dela incrível. Mas a vida não é assim, e ao não encontrar um amor de contos de fadas, a realidade mostra uma versão de Ema dependente desses momentos de paixão, se tornando dramática e tóxica conforme o tempo passa.

Contudo, como julgar uma mulher de classe média que vivia na área rural (posso chamar assim?) da França do século XIX? Onde trabalhar ou estudar não era opção. Ema não era nem rica para esbanjar seus gastos, nem pobre para ser obrigada a servir aos outros. Vivia no limbo, sem ocupação e sem encontrar satisfação em nenhuma atividade que seria apropriada a uma mulher de família. Encontrou homens dispostos a abusar de suas carências e seus vícios em gastos extravagantes. O quanto esse cenário afeta a personalidade de Ema importa, porém, não muda o fato de que ela me irritou o livro inteiro, foi impossível não me sentir assim.

Homais é o personagem que mais me chamou atenção, nas suas discussões sobre religião, filosofia, suas ambições, métodos questionáveis de cura, e infelizmente, ele não teve o fim que eu gostaria (torci pro cego ganhar aquela batalha).

Valeu a leitura, mas certas cenas foram cansativas pelo estilo da escrita.
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Mah 12/10/2023

Emma e sua insatisfação
A busca incansável pela felicidade levou Emma a decadência, nada foi capaz de preencher sua insatisfação.
Levando - a a um fim trágico
Ela queria tanto da vida que nunca conseguiu entregar 100%, nem como mãe, nem como esposa e nem como amante e com isso teve uma vida incompleta
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Ju Marques 09/10/2023

Escolhas, renúncia a própria natureza e a busca pela satisfação acima de qualquer racionalidade.

Madame Bovary ilustra como a inconsequência pode se tornar a única alternativa quando nos deparamos com a tristeza da monotonia ( mas é claro, há consequências).
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Bianca Martins 09/10/2023

A sutil arte de não saber o que é o amor
Emma não foi ensinada sobre o que era o amor e nem muito menos foi lhe dada a oportunidade de amar quem ela quisesse, com calma.

E na moralzinha? Charles sabia de todas as aventuras da Emma, ele inclusive dava abertura para que ela pudesse sair revoada. Para ele o que importava é que ela voltasse. Ele amava o fato de ter ela e talvez quisesse ser ela, tanto que quando a perdeu ele mudou a sua postura para mais próximo do que ele achava que ela era ou que ela gostaria que ele fosse.

Em alguns momentos foi uma leitura arrastada, mas vale demais, ainda mais por ser um clássico presente como referências em diversos outros livros e histórias importantes.
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yasneryst 08/10/2023

É tanta coisa errada acontecendo que fica difícil começar
Desde o começo é impossível não ter uma espécie de simpatia pela Emma. Acho que qualquer menina, leitora ávida de romances, vai se ver um pouco no lugar dela.
Você passou a vida inteira lendo sobre paixões avassaladoras, amores tórridos, aventuras românticas variadas. Mas não há nenhuma perspectiva de vida além de buscar um casamento feliz e uma vida caseira. E o primeiro fulano que elegível que bate na porta da sua casa é até legalzinho..., mas é um banana que parece não querer nada com nada.
Aí você se casa com esse pateta, até quer gostar dele, mas..., enfim, ele não é nenhum dos protagonistas pelos quais você se apaixonou enquanto crescia.
E naquela pacata vida doméstica você fica desesperada por qualquer, e é qualquer mesmo, pingo de adrenalina que as poucas oportunidades oferecem.
É o impulso por compras, é a vontade de se empolgar com outra pessoa (qualquer um, qualquer um mesmo).
Apesar de ela estar de fato errada em 85% das situações do livro é possível entender o porquê. Ela só queria ficar empolgada, feliz com alguma coisa.
Se o pulo de paraquedas, a asa-delta e o bungee jump já tivessem sido inventados esse livro não existiria.
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tonhão 04/10/2023

"Madame Bovary" é uma obra-prima da literatura mundial escrita por Gustave Flaubert e publicada em 1857. Este romance realista é uma exploração profunda das aspirações, ilusões e desilusões de sua personagem principal, Emma Bovary, enquanto ela busca uma vida de glamour e romance em uma sociedade burguesa do século XIX.

A narrativa se passa em uma pequena cidade rural na França e acompanha a vida de Emma Bovary, uma jovem que, criada em um convento e alimentada por romances idealizados, sonha com uma vida repleta de paixão e aventura. No entanto, sua realidade é um casamento monótono com Charles Bovary, um médico de classe média. A partir desse ponto de partida, Flaubert constrói uma narrativa que expõe as profundezas da psicologia humana e as complexidades das aspirações humanas.

Uma das características mais notáveis da obra é a escrita meticulosa de Flaubert. Cada palavra e frase são cuidadosamente escolhidas, resultando em uma prosa rica e detalhada que desenha vívidas imagens da vida na província francesa. A descrição minuciosa dos cenários, das emoções dos personagens e das sutilezas da sociedade da época contribuem para a atmosfera realista que permeia todo o livro.

No entanto, a verdadeira maestria de Flaubert reside na caracterização de Emma Bovary. Emma é uma personagem complexa e multifacetada, cujas aspirações e desejos são apresentados com grande profundidade. Flaubert a retrata como uma mulher que busca desesperadamente escapar da monotonia de sua vida, mas cujas escolhas a levam cada vez mais para o abismo da ruína financeira e moral. Sua incapacidade de reconciliar suas ilusões românticas com a realidade a torna uma figura trágica e cativante.

Ao longo da história, Flaubert também critica a sociedade burguesa da época, expondo sua hipocrisia e superficialidade. A busca incessante de Emma por satisfação pessoal e seu desejo de ascender socialmente refletem as aspirações de muitos em uma sociedade que valoriza a aparência e o status.

A estrutura narrativa de "Madame Bovary" é habilmente elaborada, com Flaubert alternando entre pontos de vista e focalizando diferentes personagens para oferecer uma visão abrangente da história. O uso de narradores não confiáveis e a exploração das subjetividades dos personagens aprofundam ainda mais a complexidade da trama.

Em suma, "Madame Bovary" é uma obra-prima que continua a ser relevante e impactante. Gustave Flaubert não apenas nos presenteia com uma narrativa ricamente detalhada, mas também nos convida a refletir sobre as complexidades da natureza humana, as ilusões que criamos e as consequências de nossas escolhas. É um retrato brilhante e atemporal das lutas internas e das aspirações humanas, tornando-se um clássico da literatura que merece ser lido e apreciado por gerações futuras.
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Zuca 04/10/2023

Madame Bovary, como toda obra prima (independentemente da mídia), é atemporal: paralelos podem facilmente ser traçados entre a sociedade da época e a dos tempos atuais – assim como entre tais atores, tecnologias, valores políticos e outros assuntos a escolher. Para além desse approach mais anedotário, identificar o caratér revolucionário por detrás da aparente façade de simples "romance" é vital para a compreensão – e apreciação – da obra.

Quando Flaubert eventualmente decide puxar o fio da arapuca e começar a demolição completa do romantismo de dentro pra fora, o processo é tão definitivo, o massacre tão irrefreável, que chega a ter efeito retroativo: indiretamente, ridiculariza toda a arte anterior que tenha tratado do tema – e por fim o próprio leitor desavisado que tenha nutrido paixão (seja simpatia ou antipatia) pelos personagens há pouco descritos pelo próprio autor.

site: https://sucintandoresenhas.blogspot.com/
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ju :) 04/10/2023

Senti pena de Charles Bovary
depois de 1 MÊS eu consegui terminar esse livro! malditas sejam as imensas descrições do Flaubert (realismo, você me cansa!)

brincadeiras à parte, eu senti que a primeira parte foi tão lenta, tão tediosa?não sei se é proposital do autor por tentar transparecer os sentimentos da Emma enquanto era casada com o Charles, ou se sou só eu que gostei mais de quando ela tinha os seus amantes?enfim, esse homem foi um santo, coitado.
achei o livro tão interessante, foi uma experiência bacana ler um clássico francês. com certeza lerei outros!
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adjalina.menezes 03/10/2023

Madame Bovary refém de suas ilusões
Um dos poucos clássicos que não gostei muito. A escrita é excessivamente descritiva de cenários, principalmente no começo do livro, o que tornou a leitura arrastada. O enredo também não ajudou, não consegui me identificar em nenhum aspecto com Emma Bovary. A princípio você questiona que saída haveria, naquela época, pra uma senhora que não realizava no matrimônio, nem na maternidade ou nos cuidados domestico? A relação extraconjugal é quase uma válvula de escape pra sua existência vazia. Mas conforme a história continua se percebe que Emma é escrava de suas ilusões e frivolidades que leva a ruína de sua vida e de sua família. O final da protagonista não deixa de ser uma punição machista pelos seus atos.
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