As meninas

As meninas Lygia Fagundes Telles




Resenhas - As Meninas


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akasaori 24/04/2022

Sou apaixonada pelos contos da Lygia desde os tempos de escola e tenho a memória de ter lido esse livro numa outra edição quando mais nova, mas não me lembrava de nada, só de ter gostado, mas tendo finalizado a leitura, creio que essa memória seja falsa. A narrativa certamente é marcante, temos fluxo de consciência misturado com narração em terceira pessoa, o que me confundia em alguns momentos.
Contudo, o enredo não foi muito marcante pra mim e confesso que só entendi 100% o que estava acontecendo após ler a sinopse. Vi muitas resenhas e textos apontando a coragem e a importância desse livro e não contesto, mas não captei quase nenhuma dessas mensagens na história. Como vi numa outra resenha no skoob: "quando começa a ficar bom, o livro acaba num final aberto e triste" e é isso.
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Selma 20/04/2022

Difícil, mas surpreendente
Clarice foi magnífica ao escrever "As meninas", pois ela conseguiu fazer um entrelaçamento de vozes, que faz com que o leitor se sinta dentro da mente das personagens, compreendendo as angústias, desejos, medos e os pensamentos mais pessoais de cada uma delas e, a partir daí, conhecer suas características psicológicas: Lia - a revolucionária, Lorena - a nerd virgem com mania de limpeza e Ana Clara - a problemática, viciada em drogas.
Confesso que não é uma história tão fácil de ler, que exige um leitor mais experiente, mas é fenomenal e traz um desfecho bem surpreendente.
cpreviatti 20/04/2022minha estante
Ainda bem q o dia sobre a conversa do livro está chegando, rsrs




Marquinhos 18/04/2022

Leitura boa, porém difícil
É um ótimo livro, ainda que seja, inicialmente, uma leitura bem difícil, contando o período ditatorial visto de três moradoras de uma pensão de freiras, mostra bem o ponto de vista católico e autoritário sobre temas considerados tabus na década de 1970.
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maria 12/04/2022

inquietante. terminei com a sensação que não importa quantas vezes eu o reler, irei sempre achar coisas novas.

é amargo que a Lygia faleceu enquanto eu estava no meio de uma das suas obras (ninha primeira leitura de um romance dela), o conjunto da história e do posfácio me deixam concluir que ela entregou tudo de si por meio de palavras. fico com Lorena, Lia e Ana Clara na memória.
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Maria 03/04/2022

As meninas
O livro conta a história de três universitárias, Lorena, Lia e Ana Clara, em um pensionato religioso.
A narrativa é complexa, que se utiliza, em vários momentos, do fluxo de consciência, o que em muitos momentos torna a leitura truncada e de difícil entendimento.
O livro mostra essas vidas que se entrelaçam pela convivência e pelo compartilhamento de problemas, dentro do contexto do Brasil na ditadura.
A narrativa é em primeira e terceira pessoa, se deslocando dentro das memórias, pensamentos e atitudes das protagonistas, suas ilusões, sonhos, angústias, paixões.
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Debora 28/03/2022

A vida na ditadura passa por esta obra
Lygia disse que “a função do escritor e ser testemunha do seu tempo e da sua sociedade”, o que é o mote perfeito para As Meninas.
Do posfácio do livro, de Cristovão Tezza, extraio um resumo das personagens: "Do ponto de vista da trama, a narrativa é simples e concentrada também no espaço: Lorena Vaz Leme, Lia de Melo Schultz e Ana Clara Conceição são três amigas muito próximas, mas muito diferentes. Pode-se dizer que elas se definem a partir de três “arquétipos”, ou figuras típicas da época. Ana Clara é a mais bonita, a mais liberada e a mais problemática, por ser dependente de drogas; Lia, afetivamente chamada Lião pelas outras, está envolvida na luta armada contra a ditadura; e Lorena, a mais intelectualizada, é uma jovem rica de uma família tradicional de proprietários de terras."
O que mais me marcou foi a construção da narrativa, em que o foco vai se alternando entre as 3 personagens, às vezes sem demarcação nenhuma. Mas não se assustem, depois do susto inicial é fácil perceber quem é quem, porque as meninas são personagens bem desenvolvidas e delimitadas. E contraditórias. É por meio da perspectiva dessas três jovens que Lygia traz o universo feminino sob uma perspectiva moderna.
Mas não é só isso que a autora faz... No meio da trama, principalmente por meio da personagem Lia, mas também nas interações das meninas com as freiras, principalmente com Madre Alix (a superiora), também discute o momento de repressão pela ditadura. Há, inclusive, um relato de tortura inserido no livro, apresentado por Lia e conhecido pela madre pela sua relação com a mãe do preso.
Não há muitos acontecimentos marcantes, mas sim os pensamentos, frustrações e vontades daquelas meninas, apresentados usando um fluxo de consciência. Mas muito marcante é o final do livro – duvido que esquecerei dele tão rápido, que me fez parar para sentir todo o contado até ali.
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Diovana.Krauchemberg 24/03/2022

Primeiro clube do livro!
Começa de uma forma cansativa, confusa, um pouco chata, esse fluxo de pensamentos, narra a história de três meninas que vivem em um pensionato de freiras durante a ditadura.
Lião é revolucionária, Lorena é rica e Ana Clara é drogada, a amizade mais improvável que poderia acontecer.
É um livro que você tem que insistir muito, mas no final vale muito a pena!
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Enzo.Baleeiro 10/03/2022

Lygia, o nome já diz o que se esperar.
Achei incrível o Livro, principalmente a forma narrativa, amei a forma que a Lygia constrói seu Livro, extremamente humanizada. Além disso, amei, por conseguir fazer críticas (mesmo que mascaradas) a sua época, críticas no auge da Ditadura militar.

Cada personagem tem seu mundo, seus pensamentos, suas interpretações de mundo, e isso fica muito nítido em cada narrativa, cada menina.
Narrações bestas, filosóficas, políticas, psicológicas... Um final marcante, tudo de bom tem aqui.

Existe muito sobre o que comentar, mas resumindo, o nome titânico da Lygia já diz muito sobre o que esperar da obra.
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vagnerrg_ 04/03/2022

Que livro!
TELLES, Lygia Fagundes. [1973]. As meninas. Companhia das Letras, 2009.

Negar. Esconder. Dissimular. Não querer ver. Desviar o olhar. Anestesiar-se.
Reconstruir memórias. Negar. Até quando não mais puder. E, novamente, negar.

Uma leitura que me levou a lugares que eu jamais imaginaria. Nunca me passou pela cabeça.

No início da leitura me perdi com facilidade. No final também. Mas não porque as coisas não estão lá, mas porque estavam e eu não as quis ver. A narrativa me conduzia a tentar interpretar diversas camadas do que se passava. Quando achei que tinha encontrado o fio condutor, me perdi e fiz isso algumas vezes até achar que tinha entendido tudo e, outra vez, me perdi.

É isso. Para mim o livro é uma grande negação da linearidade, da estrutura, um padrão de repetição que tenta se inviabilizar, mas não consegue, porque está lá. Tudo flui. No pensamento.

Nunca havia lido nenhum texto da Lygia (sim, já me acho íntimo) e esse me pegou. Me encurralou e levou para lugares que, ao longo de todo o texto, eu não queria enxergar e nem estar, eu negava o tempo todo, sem perceber.

Eu neguei minha compreensão ao longo da leitura. Eu dissimulei e desviei o olhar. Procurei me anestesiar, queria uísque, mas não tinha. Reconstruí memórias e tentei apagá-las. Até quando não mais pude. Ainda estou tentando negar.
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Janaina 04/03/2022

Denso, desafiador e maravilhoso!
Minha primeira leitura da autora demorou para engatar. A narrativa do texto, feita em primeira pessoa e transitando entre as vozes das meninas, às vezes no mesmo capítulo, e a utilização massiva do fluxo de consciência impactaram demais na minha atenção e compreensão inicial.
 
Masssssssss, superada esta dificuldade inicial significativa, a leitura se torna muito, muito boa!
 
As meninas que intitulam a obra de despretensioso título, escrita em plena ditadura militar, são Lia, baiana, militante e idealista que se mobiliza contra a ditadura militar; Lorena, romântica, de família rica e virgem; e Ana Clara, linda, emocionalmente frágil e dependente de drogas.
 
Tirando a faixa etária, a condição universitária e o local de residência ? um convento de freiras ? tudo entre elas é diferente: o amor de Lia é um preso político, o de Lorena é um homem mais velho casado, e Ana Clara procura um homem rico para resolver seus problemas.
 
Além disso, a forma de ver a vida, os projetos para o futuro, os conflitos que a atormentam são também completamente diferentes, provavelmente para poder retratar nas personagens o máximo que fosse possível de complexidade da mulher jovem da década de 70.
 
A história, em si, passa-se em apenas dois dias, nos quais Lia fará de tudo para libertar o namorado preso, Ana Clara, mergulhada em alucinações provocadas por drogas, tentará se desvencilhar do amor para garantir o futuro com um pretende rico e Lorena se esvai em angústia esperando uma ligação do seu desejado.
 
Mas a profundidade com que estas contradições são abordadas, incitando a reflexão sobre a condição humana e o papel da mulher naquela época e, principalmente, a descrição crua de um episódio de tortura ocorrido nos porões da ditadura, e escapada pela censura da época, dão à obra um extremo valor que já faz valer a leitura.
 
Recomendo para quem busca uma leitura rica, densa e desafiadora.
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Bernal 24/02/2022

Corajoso!
A autora explora características psicológicas através de monólogos interiores que ocorrem por meio de confissões íntimas, utilizando um vocabulário e linguagem própria para retratar cada uma das protagonistas. Isso ocorre porque a narrativa é em fluxo de consciência, parece que o leitor está dentro da mente das personagens. Minha maior dificuldade foi em relação à Ana Clara, cujas falas e pensamentos são desconexos, de modo a representar os delírios das drogas. A história é narrada em primeira pessoa, pelas três, mas há um quarto interlocutor que também interfere de forma onisciente, em terceira pessoa, alinhando os discursos, ações e pensamentos das três meninas.

Resenha completa no IG: @be.thereader
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marina510 22/02/2022

o que dizer, né?
o primeiro contato com a escrita da Lygia não podia ser melhor! esse livro me deu um nó, pra tentar entender e entrar no mundo da lorena, da lia e da ana clara. a experiência vale muito a pena, porque desvendando as particularidades de cada uma é possível apreender o contexto de toda uma época e de como isso se entrelaçava na vida pessoal das meninas. incrível e atemporal
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Stuart.bookster 13/02/2022

As meninas, de Lygia Fagundes Telles
Sem dúvida um dos maiores clássicos da literatura contemporânea brasileira. Lygia, franciscana famosissíma e atual homenageada da Acdemia de Letras da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco é sem dúvida a maior romancista do século passado. Mulher forte e empoderada escreveu esse romance durante o período de Ditadura Militar, onde a arte da escrita sofre a reviravolta demarcada pela censura, pela crítica sutil em estilo machadiano, pelo desejo de se opor a um governo repressivo, pela resistência incessante da cultura. O livro As Meninas aborda a vida de três meninas, Lorena, Ana Clara e Lia, um detalhe que eu gostaria de mencionar do livro é a particularidade da escrita de Lygia, em que ela narra o livro através de diferentes tipos de narradores, ora narrador personagem (primeira pessoa) e ora em narrador onisciente (terceira pessoa), tudo isso para demosntrar além do olhar de uma simples personagem, mas também as suas emoções, os seus dilemas, sua reações interiores, sua juventude na forma mais crua. Um livro fenomenal, eu confesso que enrolei muito para lê-lo, uma vez que eu estava lendo mais dois livros além desse, entretanto fico feliz de ter escolhido esse para o mês de fevereiro, um bônus interessante para os amantes de Call me by your name, há uma cena em que se retrata um personagem e a forma como ele trata o pêssego, de forma idêntica como Elliot. Recomendo a leitura demais!!
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inae 02/02/2022

Livro pra uma menina de 20 anos guardar no coraçãozinho
Li até o capítulo cinco sem pegar muito a brisa do
livro, tava achando uma leitura muito difícil, e não
dava mais de 3 estrelas até então, o que me
deixava indignada porque pela sinopse eu via
MUITO potencial pro romance ser uma ora de
arte. Com a minha indignação, resolvi pegar um
vídeo no youtube que me resumisse os capítulos
lidos e ver se eu conseguia retomar a leitura
prestando mais atenção.
Feito isso, li mais de 100 páginas em um dia e me vi
completamente apaixonada pelo enredo,
personagens, escrita, etc.
Então por experiência própria, digo que é uma
leitura complicada, mas que se você tiver
preparado e atento aos detalhes, pode se
surpreender muito e levar essa história linda com
você na vida, assim como eu.
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Vi 01/02/2022

não tava rolando até a pag 100, mas aí vi o roda viva da lygia, li uns textos de apoio pra contextualizar e dps simplesmente? fiquei apaixonada, chorei mto
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