Resenhas - O Corcunda de Notre-Dame

MSaverna 12/11/2023

Um classico da Literatua
É bom termos o habito de leituras variadas para treinamos nosso cérebro e para aumentarmos nosso arsenal linguístico e cultural.
A leitura deste livro foi instigante e, confesso, não foi simples. Mas valeu demias.
Victor Hugo nos faz viajar pela antiga Paris e nos mostra a importância da Arquitetura parq cingecermos a História da humanidade.
Uma leitura densa, mas de grande importância no mundo literário!
Importante leitura para os skoobers bibliófilos!!

Carol 08/11/2023

A Disney nos enganou!
Hoje finalizei uma leitura que me pegou de surpresa do início ao fim. Reconheço a importância do Victor Hugo na literatura, mas nunca tinha lido nada do autor e fiquei surpresa em como sua escrita é amigável. Ele se preocupa com o leitor, com o seu entendimento e pertencimento da história, em todos os momentos. Achei incrível!

Dito isso, “O corcunda de Notre Dame” também me surpreendeu pela história. É claro que eu não estava esperando que fosse igual ao filme da Disney, pois os clássicos além de serem mais complexos, em geral não são histórias para crianças. Mas fiquei muito intrigada em como o filme romantizou essa jornada.

Aqui nós temos uma Paris medieval com muitas dores e pouca empatia. Temos uma Paris triste, com pessoas infelizes. Quasímodo na história, mesmo que um pouco diferente do filme, é o que trás a alma para trama. É um personagem que realmente merece o reconhecimento que possui.

Aliás aqui, temos todos os personagens que já conhecemos: padre Frollo, a cigana Esmeralda, o capitão … mas no livro todos eles possuem uma jornada tão diferente, que eu juro que fiquei surpresa com o final. Foi um plot twist que eu não esperava receber em um livro escrito há quase dois séculos.

Conhecemos também novas personas que fazem total diferença para o desenrolar da história, e temos sim uma história de amor, mas não como nos foi vendido pela indústria cinematográfica.

É um livro que vale muito a pena ler, principalmente para entender como foi essa época e como o ser humano evoluiu (ou não) de lá pra cá.

Ler este livro foi uma experiência incrível, e amei ter feito junto com minha best. Obrigada pela companhia em mais uma leitura, Gabi! ❤️

Emanuel.Ayres 06/11/2023

Tudo o que eu não esperava
Diferente do longa animado da Disney, O livro conta a história do Corcunda de Notre Dame em um tom bem Sombrio. O que acaba sendo algo Positivo já que é contra o que as pessoas conhecem, tornando algo bem diferente. Me surpreendeu como a linguagem não é cansativo, O livro é bem pequeno proporcionando uma leitura bem leve. O final com certeza é bem triste, então pra quem for ler prepara o coração.

Natália 31/10/2023

Paixão cega, mas tenaz
Por essa eu não esperava Victor Hugo...

"Notre Dame de Paris" foi uma leitura que me surpreendeu, nessa leitura me vi surpreendida nas atitudes de diversos personagens e imagens formadas desses sendo destronadas por comportamentos, muitas vezes hostis.

Toda essa desenvoltura em torno do ano de 1482, a barbárie, a resolução da justiça humana com um único peso, a forca.

Nero.Godoy 30/10/2023

Notre dame de paris;
Com toda certeza foi o livro que mais me surpreendeu na vida toda. De início, as seiscentas páginas me assustaram bastante, mas o que mais me surpreendeu foi a rapidez que consegui ler. Toda a história flui de uma maneira perfeita, nada parece faltar, tudo se encaixa perfeitamente bem.
De longe, o maior ponto positivo do livro são os personagens, ao ponto em que nem é necessário citar seus nomes para que saibamos a quem se refere. Não são muitos os personagens relevantes, mas, meu Deus, como são ótimos!
O final nada tem de previsível e não poderia ser outro! Foi realmente necessário para fechar a história com perfeição.
Não recomendo esse livro para quem espera que seja como o filme da Disney, mas recomendo para todos que gostariam de ler uma história diferente e realista. Em geral, a trama tem um fundo melancólico e muito profundo, a ponto de conseguirmos saber muito bem como os personagens se sentem sobre determinadas situações.
Com certeza lerei novamente!

RaissaZC 27/10/2023

Desafiador e uma história triste
Uma história muito detalhada e com muito foco na arquitetura e na cidade de Paris.
No fim entendi a necessidade de detalhes, mas Vitor Hugo realmente pesou a mão nisso, deixando uma leitura pesada e o leitor perde o foco facilmente.
Sobre a história propriamente dita. Muito boa e ao mesmo tempo triste, faz sentido o sucesso que tem.
Aos fãs da Disney, não tem nada de mágico ou infantil por aqui.

Andréia 25/10/2023

Muito bom!
QUE LIVRO!
Quando comecei a leitura achei que não iria gostar, o começo e a parte em que descreve Paris foi muito grande e super arrastada, em algumas partes confesso que pulei alguns parágrafos. Mas passado a parte da descrição a história começa aos poucos a se desenvolver, e junto com a história nosso interesse pela mesma vai crescendo.
Os personagens são muito bem elaborados, cada um tem seu "papel" na tragédia e é muito bem trabalhado durante o decorrer do livro.
Quando cheguei ao fim já imaginava que seria uma tragédia imensa, mas torcia pelo contrário. O final é trágico, porém incrível.
Foi uma grata surpresa, não esperava um livro tão bom.

Felipe 24/10/2023

O inimigo do final feliz
Não, eu nunca tinha visto a animação da Disney...talvez minha infância tenha sido menos abalada por isso rs

O livro é lindíssimo, a construção dos personagens é perfeita e o final é típico de Victor Hugo: arrasador.

Fiquei meio que em choque uns bons minutos ao terminar o livro...e com vontade de fazer tudo novamente.

Brenda @caminhanteliterario 16/10/2023

A ligação que eu tenho com essa história é de infancia. Eu só tinha 2 VHSs e um deles era esse, eu vi e revi esse filme um milhão de vezes, sei falas inteiras e todas a músicas, então é óbvio que eu precisava ler o livro. Devo admitir que o tamanho dá um assustada e o estilo de escrita não é dos mais fáceis. Victor Hugo tem a habilidade de discorrer páginas e páginas sobre um único acontecimento ou sentimento que não é pra qualquer um. Além disso, há inúmeras citações a artistas, lugares, profissões e momentos históricos da França do século XV que a versão comentada se torna quase imprescindível. Então não é uma história exatamente fluida e fácil de ler.
Mas fora isso foi uma experiência incrível, porque de uma maneira geral a Disney fez um ótimo trabalho e é uma adaptação que contém os elementos mais importantes da trama. Eu amei ver o festival dos tolos, Esmeralda dando agua a um Quasímodo acorrentado, Quasímodo a salvando da forca, a obsessão de Frollo, frollo oferecendo salvar esmeralda em troca de seu salvamento, o pátio dos milagres, a cabrinha djali, e a invasão a notre dame com chumbo derretido saindo das bocas das gárgulas. Até mesmo o chefe dos ladrões é aproveitado no personagem de Lopan. Ou a morte da mãe de Quasímodo representada na morte da mãe de Esmeralda. Eu ficava lembrando das cenas do filme e recitava sozinha as falas conforme iam acontecendo, vibrava demais. A maneira como autor escreve é tão emocional e bonita que quando ele descreve o amor de Quasímido pela catedral de forma que ele se torna sua alma, e que a morte dele é a morte da catedral me faz quase acreditar que o personagem existiu.
Por outro lado, diversos outros enredos ficaram de fora do filme, e isso trouxe uma expectativa maior com a história. O que me chamou mais atenção é que o livro não é focado no Quasímodo, acho que o peso dos acontecimentos são bem distribúidos ao longo da narrativa, mas é Esmeralda o fio condutor de tudo. Basicamente todo mundo é apaixonado pela mona. Mas enquanto a cigana do filme é fodona com vários discursos de luta de classe, essa daqui é uma menina inocente e frágil, a merce do destino. Ela se encanta por Febo, que no filme corresponde a esse amor, mas aqui é um safado que só quis um pente rala e ta cagando pra ela enquando a garota tá obssecada. E nesse livro a merda toda acontece quando Frollo esfaqueia Febo num encontro com Esmeralda e é ela que é acusada, claro que somam-se a isso bruxaria e tudo e tals.
Temos ainda adição do poeta Gringoire que se torna o esposo de papel de Esmeralda, bem como a história da mãe de esmeralda da qual foi sequestrada da infância. Ambas são adições muuito boas a história que trazem mais mistério e dinamismo a trama. Eu adoro que a Gringeire termina o livro apaixonado na cabra. Já a mãe de Esmeralda é apresentada como mais uma história aleatória na trama, mas que ao final se concecta de uma forma muito legal. Outro personagem que não conhecida é o irmão mais novo de Frollo, mas esse não me trouxe muito interesse e passou um livro todo como um arruaceiro gastão. A morte dele não deixa de ser impactante, quebrado ao meio pela catedral.
Fora isso existe uma complexidade de cenas que acontecem entra um ponto principal e outro que dão toda uma profundidade ao enredo e Victor hugo faz questão de trabalhar cada uma com detalhes.
E obvimente que a maior diferença está no final, só a disney pra pegar uma história trágica e pesada dessa pra fazer um filme. È uma romance gótico, que termina com esmeralda enforcada, Frollo morto por quasímodo e este morto abraçado ao corpo da cigana. Eu morri de rir que Febo terminou casado, o que o autor deixa claro que também é um final trágico.
Gostei muito de ver o modo com o Victor Hugo trabalho destino e livre arbítrio. Claude Frollo vê o destino como uma teia na qual os indivíduos ficam presos, com o resultado já determinado. Mas o destino também se torna uma desculpa para Claude negar a responsabilidade pelos seus atos. Ele lembra a Esmeralda mais de uma vez que o destino os uniu, então ela poderia muito bem se submeter a ele - apesar do fato de ele a aterrorizar e torturar. Ao mesmo tempo que ele se ver como a mosca, por cair nos encantos da cigana, ele é a aranha ao criar toda uma trama pra tê-la pra si. Também percebemos a força do destino na história como um todo, é tentando salvar esmeralda que o caos se instala em Paris e ela acaba morta.
Outro tema importante é a visão da sociedade de que a beleza exterior reflete a alma do indivíduo. Muitos dos personagens e cenários do romance não são o que parecem à primeira vista. Quasimodo é retratado como terrivelmente desfigurado, causando medo e repulsa na maioria dos que olham para ele. Mas sua aparência esconde uma alma gentil, compassiva e protetora que é incompreendida pelo mundo. Sua brutalidade é nada mais do que reflexo do tratamento que teve na vida. Claude Frollo é o estimado arquidiácono da Catedral de Notre-Dame , por isso ninguém suspeita dos horrores de que ele é capaz – assassinato, tentativa de sequestro e estupro e manipulação. Febo é outro personagem cuja aparência não reflete a realidade - Esmeralda se apaixona por ele porque ele é um oficial que a resgata, mas ela não consegue ver que ele é manipulador e superficial e não a ama de volta. O tema se estende também aos relacionamentos, principalmente entre Esmeralda e a mãe. A reclusa inicialmente despreza Esmeralda porque ela é cigana, mas elas acabam descobrindo que são mãe e filha, e seu reencontro é agridoce.

Mas o maior fator que se destaca pra mim é o amor de Victor Hugo pela Paris do século XV e pela arquitetura. São três ou quatro cápitulos ao logo do livro de pura descrição que foram chatos pra cacete de ler, mas que me trazem uma pespectiva nova sobre o mundo.
Primeiro que é muito interessante algumas informações hsitóricas que o autor traz sobre o surgimento de Paris, que me fizeram abrir o google maps e olhar o mapa. Uma delas foram as duas muralhas que já circundaram a cidade e que da pra notar perfeitamente no mapa atual da cidade. Outra foi a divisão da cidade entre A cité, a Universidade e a Cidade.
No entanto a discussão dele sobre a imprensa ter derrotado a arquitetura alugou um triplex na minha cabeça. Basicamente no meio daquele bando de descrição de contruções ele alega que arquitetura era a arte mais importante, porque era majestosa e durável. A idéia que o artista imprimia na sua obra era trasmistida pro público através das construções muito mais fácilmente que música, escrita ou dramaturgia. Era a forma mais fácil de expressão da civilização, visto que era mais acessível ao maior úmero de pessoas e permanecia por muito tempo. Além disso ele diz que as outras artes acabavam sempre estao ligadas a arquitetura atravez das igrejas, sejam a música, a dramaturgia ou a literatura. Mas além disso, que a arquitetura, por levar anos, as vezes mais de um seculo para serem finalizadas, acabavam sendo recortes de vários movimetos artísticos e portanto uma representação da sociedade, mudando junto com ela.
Consigo perceber que Victor hugo não gosta muito da modernidade,e pra eles as obras deveriam permanecer imutáveis, o que era impossível. Ele relaciona isso ao tempo, as guerras, mas pricipalmente a estupidez humana que tem a necessidade de atualizar tudo. È legal ver que essa idéia se mantem até hoje, quando a arquitetura deixa tudo com cara de consultório médico ou loja da Havan e não valoriza as construções das décadas passadas. Tudo é porcelanato e branco.
Mas acima de tudo, ele afirma que foi a imprensa que matou a arquitetura, a logo prazo claro. A máquina de Gutenberg tornou a distribuição do conhecimento muito mais fácil e portanto suplanta a arquitetura como arte mais importante. È interessante ver que o mundo passou por essa transição na distribuição do conhecimento pro mundo, e agora vivemos uma nova transição. A internet suplanta a imprensa e cria toda uma nova forma discutir idéias. Estamos vivendo essa mudnaça e é por isso que é tudo tão turbulento, ainda estamos aprendendo a conviver com essa avalanche de informação. O efeito da imprensa a época deve ter sido o mesmo. Ressalto aqui o momento que ele alega que Lutero deve agradecer a Guternberg ou a reforma protestante não teria tido a relevância que teve.
Também é interessante ver o contexto social da época, o quanto a justiça ainda era um embriãozinho da instituição que seria hj. O promotor ser surdo é uma boa representação de que o povo nunca sequeer teve chance de defesa, seja Quasímodo, Esmeralda ou o prisioneiro da bastilha. Chama a atenção o quanto desigualdade social era forte e o quanto a igreja dominava tudo, os costumes, a cultura, a justiça. Basicamente se misturava com o poder político de forma que uma coisa quase não existia sem a outra. È curioso ver que qualquer mínima coisa fora dos corformes era do diabo e merecia a forca.
Outra coisa que é intrigante é a demonstração da maneira como a população é instável e muda rápido de opinião, torcendo e pedindo a cabeça dos personagens se um momento pro outro. Quasímodo é aclamado como rei dos tolos e no dia seguinte açoitado e apedrejado em praça pública. Já quando salva Esmeralda da forca é novamente reverenciado pela multidão. Esmeralda sofre do mesmo, todos gostam de suas apresentações, mas logo em seguida vibram com seu possível enforcamento, pra logo em seguida aplaudirem quando é salva. Acho que esse comportgamento se mantém até hoje, os cancelamentos da internet acontecem e são esquecidos com uma velocidade impressionante. Tentar agradar ao público ou acreditar na sua admiração é uma armadilha.
Essa leitura foi um mix de sentimentos, eu vibrei, me emocionei, me entediei, fiquei reflexiva, quis proteger quasímodo do mundo e fique impactada como final. Não tem como não se apaixonar por um livro que te leva a tantos lugares. Se eu já amava o filme, agora amo ainda mais essa história.

Marcos Nandi 12/10/2023

Na introdução, ficamos sabendo que quando o livro foi escrito, o autor já tinha uma certa fama e ele só tinha 28 anos. E na introdução, também conta que Victor chegou a ser deputado pelo partido consevador e por causa da revolução de 1830 foi exilado (ficou quase 20 anos em Bruxelas). E depois, foi eleito deputado pela esquerda radical. Junto a isso ele foi senador e um grande entusiasta da arquitetura e um dos mais aguerridos na reforma da igreja que nomeia o livro.

É um livro que demora a ficar bom. Toda a parte que fala do teatro e da arquitetura é INSUPORTÁVEL.

MISERICÓRDIA

Victor Hugo passa umas duzentas páginas falando sobre a arquitetura de Paris. É muito chato.

Diferente do filme da Disney, a história é extremamente trágica. Temos a conhecida Esmeralda, cigana, que desperta amores de todos os homens do livro. Do Cramignole, um filósofo fracassado que se tornará um criminoso, do deformado (e surdo) Quasimodo e claro, do psicopata Frollo que era o pai adotivo do corcunda Quasimodo.

É meio bizarro saber que na história Esmeralda só tem dezesseis anos. E vai se envolver numa relação esquisita com um militar e ser acusada de um crime. Assim, a história se torna um drama de tribunal.

Tay 11/10/2023

Confesso: eu já tentei ler este livro ano passado, mas abandonei. Fiz isso porque simplesmente não conseguia focar na história, ter algum interesse pelo que acontecia, e tal situação foi presente agora nesta segunda leitura. Entretanto, minha vontade de finalizar era maior que meu desinteresse e por isso insisti e terminei. Foram cerca de dois meses de leitura. E tenho alguns comentários a fazer (não assisti o filme da Disney):

- O Corcunda de Notre Dame é um livro sobre um local. O foco não são propriamente as pessoas, mas sim as narrativas de suas vidas que ocorrem dentro e ao redor dessa igreja gótica gigantesca, infestada de simbolismo cultural francês. Por conta disso, várias e várias páginas são dedicadas a descrição desse ambiente e isso, para alguém que não curte descrições extremas de paisagens e afins, é muito cansativo. Você se sente cansado, exausto, e a vontade de pular as páginas é grande.
- Justamente por conta do tópico anterior, é difícil se preocupar totalmente com os personagens da história. Qual é, eles são secundários ali. Se preocupar com suas vidas é 0 importante, tanto que o desfecho do livro pouco me tocou. Na verdade, eu esperava por isso. Não existe muitas camadas em nenhum deles, exceto por um, que foi mais ou menos, na verdade: Claude Frollo. Existem esboços de profundidade em sua história (seu fervor por punição, sua ambição por alquimia, não acreditar na medicina, e como suas ações são totalmente egoístas - tal qual um ser humano de verdade. Na real, o corcunda é 0 trabalhado no livro. Assim como Esmeralda, que se limita em boa parte do tempo a ser apenas uma mulher bonita, perseguida por Frollo - que é o que mais se aproxima minimamente de um personagem principal.
- Acredito fielmente no talento de Victor Hugo, em como ele foi e é importante para a literatura no geral. Quero muito ler Os Miseráveis, mas este aqui não rolou pra mim. No geral, minha experiência não foi das melhores, mas isso não me impede de reconhecer o talento narrativo do autor, que consegue descrever até mesmo o ponto que o sol bate nas estruturas de Notre Dame com algo poético.

Lady.Tisz 28/09/2023

Só sofrimento e desgraça
Eu adoro os livros e a escrita do Victor Hugo, ele sempre faz críticas que podem ser vistas até hoje e faz questão de ligar todas as histórias e personagens em algo só, no fim.

Demorei muito para ler esse livro, mas não porque ele é entediante. Muito pelo contrário, ele cativa desde o início. A história critica diversos problemas da França da época, e relata o país como algo "horrendo"; inclusive a Notre Dame, que é o palco principal da narrativa, simboliza o pensamento de Hugo, pois naquela época não era dada tanta importância aos monumentos franceses.

Outro ponto essencial é a personagem padre, que acaba desenvolvendo uma paixão pela Esmeralda e como ela nega seus sentimentos, ele faz de sua vida um verdadeiro inferno. Victor retrata muito bem o preconceito e a xenofobia na época, representados pelo Quasimodo e a própria Esmeralda.

Livro muito bem desenvolvido, de extrema relevância até os dias de hoje e importante para quem for fazer vestibular (recomendo leitura).

Por fim, a história que mais me emocionou foi a da senhora do sapatinho.

(Aliás, quantos problemas Esmeralda teve que enfrentar só por ser bonita??)

beenary. 12/09/2023

Notre-Dame.
As pessoas são sabem lidar com o feio e o desprezam por não ser agradável aos olhos, mesmo que se saiba de sua origem e de sua história como pessoa. As pessoas não sabem lidar com o belo e o desprezam por ser agradável demais aos olhos, principalmente se não souberem de sua origem e de sua história.

Quasímodo, deficiente físico das mais variadas formas que vão de visão limitada à zero de audição, sempre foi mal visto. Feio, com postura disforme e andar esquisito, perdeu a audição devido sua função como sineiro da igreja - perdeu sua audição de tanto tocar o sino em homenagem às festividades de Notre-Dame, animando o povo.
Em uma dessas festividades, foi nomeado como o Papa dos Loucos e louvado por todos por conseguir fazer a "careta" mais feia do concurso, e pela primeira vez durante toda a sua vida foi lhe dado um palco por ser quem era, mesmo que fosse por puro sarro de sua aparência. Horas mais tarde, Quasímodo é julgado e criticado por essas mesmas pessoas que o carregaram em um assento prestigiado como Papa dos Loucos pela cidade, por um motivo mal interpretado e sequer interrogado.
E ali, por uma justiça surda e desdenhosa, ele foi julgado.

Esmeralda, linda adolescente cigana que domesticou e treinou uma cabra nomeada Djali sempre chamou atenção. Era linda e gostava de se apresentar com sua cabra na praça, mas pessoas de idade a destratavam por preconceitos entorno de sua localidade natal. Prestigiada principalmente por homens, Esmeralda era além de bonita uma garota bondosa. Mas ao decorrer da história, todas as pessoas que a cercavam foram deixando-a a troco de si mesmas, e uma das pessoas que mais a julgava acabou sendo a que tinha mais coisas em comuns com ela.

Tragicamente, Esmeralda foi morta por um crime que não cometeu, sendo o próprio homem por quem fora penalizada por matar um de seus principais carrascos, que nada fez em prol dela.

Quasímodo não era apaixonado por Esmeralda somente por sua beleza, e sim por seu ato de bondade ao ajudá-lo em seu pior estado, enquanto as pessoas que o viram crescer o humilhavam e nada faziam por ele. Ela, entretanto, não o via da mesma forma, mas com certeza era muito grata por tudo o que ele fez por ela. Ela estava, apesar de tudo, afeiçoada a Febo e na esperança de que ele a ajudasse e retirasse sua pena por um crime que ela não cometeu.

Se Quasímodo é Notre-Dame, Esmeralda é a representação de tudo o que as pessoas não entendem, tudo o que torna a população geral mais lustrosa e ignorante, tudo que usam de forma conveniente; os desfavorecidos.

Braguinha 10/09/2023

As aparências enganam
Não se podia esperar menos do autor de “Os Miseráveis”. Mais uma obra-prima, grandiosa, comovente, pungente, tocante, onde as aparências enganam e o povo se deixa enganar, como sempre. Um chamado à reflexão.

rayssadioli 07/09/2023

(vou começar a deixar minhas resenhas registradas no skoob:))
A princípio pareceu desafiador, já que, no início, eu estava perdida e com dificuldade para engatar na leitura (acredito que pela apresentação detalhada de vários personagens e do cenário em que estavam). No entanto, depois de aproximadamente 20%, a leitura fluía cada vez mais, tornando-se mais interessante a cada página virada.
Com relação à história, eu gostei bastante de como Victor Hugo a estruturou. Além de relatar, com detalhes, a rica arquitetura de Notre Dame, achei incrível o desenvolvimento dos personagens principais, sendo o do Quasímodo o que mais me chamou a atenção devido à complexidade do personagem. Além dele, Frodo também é um personagem muito complexo, que se torna um vilão no decorrer da história (achei o arco de vilão do personagem um dos melhores que já li/vi).
Victor Hugo conseguiu provar, com essa história, que não é preciso de um ?final feliz? para uma história ser considerada boa.
*Me diverti muito lendo o reencontro da cabra com PierreKKKKK
O livro em si é excelente. Tirei meia estrela só porque o começo foi confuso pra mim e, como baseio minhas notas na >minha< experiência de leitura, achei que seria necessário retirar meia estrela, o que ainda é uma nota muito boa, que se deu pelo fato de eu ter adorado a história.