Alana 07/12/2020
A Princesinha
Sara Crewe, uma menina rica, trazida da Índia por seu pai, começa a estudar em um internato para moças em Londres. Muito apegada ao pai, pois perdeu sua mãe muito cedo, Sara sofre com a separação, mas segue em frente de maneira muito valente, apesar seus 7 anos de idade. Antes de ir embora, seu pai, o Capitão Crewe, compra tudo do bom e do melhor para a filha e exige que a mesma fique no melhor quarto da escola.
Com tanta riqueza, era de se esperar que Sara fosse uma criança arrogante e birrenta. Mas para a surpresa de todos, ela era totalmente o oposto. Enquanto todos desprezavam e ignoravam a existência de Becky, por exemplo, a criada de pele escura da escola, Sara sempre estava tentando tornar sua vida um pouco mais fácil, conversando e dando presentes.
Logo Sara conquista a todos na escola e vira a menina favorita, todas as colegas a adoravam. Duas pessoas, no entanto, jamais conseguiam gostar dela, sua colega Lavínia e a diretora da escola, Srta. Minchin. Lavínia sentia inveja da popularidade da colega, já a Srta. Minchin, via em Sara a personificação de todos os seus desejos de infância, aos quais ela nunca conseguiu atingir.
Tudo ia bem até o dia do aniversário de 11 anos de Sara, neste dia ela ficou sabendo que seu pai havia morrido e a deixara sem nenhum dinheiro. A Srta. Minchin, cheia de raiva, aceitou ficar "cuidando" dela, agora que estava órfã, mas a obrigou a trabalhar por este sustento. Sendo assim, Sara passou a ser criada da escola, junto a Becky.
Apesar de toda a sua desgraça e pobreza, Sara jamais perdeu seu espírito generoso e humilde. Passava por diversas humilhações por parte de Lavínia e da Srta. Minchin e, mesmo assim, jamais perdia a postura e sua visão otimista da vida. "Quando você não cede à raiva, as pessoas sabem que você é mais forte do que elas, porque é forte o suficiente para conter a sua fúria enquanto elas não são, e elas dizem coisas estúpidas que depois gostariam de não ter dito. Não há nada tão forte quanto a raiva, exceto o que nos faz contê-la; isso é mais forte. É bom não responder os inimigos. Eu quase nunca o faço."
Para fugir de seu luto, esquecer um pouco a fome e sobreviver a todos os abusos que sofria, Sara imaginava que era uma princesa. "Quando as coisas estão horríveis, totalmente horríveis, imagino com a maior intensidade possível que sou uma princesa. Digo para mim mesma: 'Sou uma princesa, e uma princesa fada, e porque sou uma fada nada pode me ferir ou me deixar desconfortável'."
O livro é muito emocionante e a história de Sara é um exemplo de força e superação. Ao final do livro ela tem uma boa mudança em sua desgraça, mas não vou contar para não estragar a surpresa.
Nos anos 90 foi feito um filme baseado neste livro, é meu filme favorito da infância e ter enfim podido ler o livro, foi umas das melhores realizações de minha vida literária. No filme foram feitas diversas mudanças na história (o que sabemos ser uma prática normal), mas as duas obras são maravilhosas, em minha opinião, e o filme continua sendo muito emocionante para mim.