Jane Eyre

Jane Eyre Charlotte Brontë




Resenhas - Jane Eyre


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Geyza.Pereira 16/02/2022

Perfeito
Já havia assistido o filme e a série sobre Jane Eyre e sabia que o livro seria bom, mas ele superou todas as minhas expectativas, porque esse livro é maravilhoso! Principalmente para quem gosta de romance de época! Acompanhar a vida da Jane foi fabuloso, que riqueza de detalhes e personagens bem construídos! Simplesmente perfeito! É um dos meus favoritos com certeza!
Joane 16/02/2022minha estante
Ahhh quero tanto mas TANTO ler esse livro!!


Geyza.Pereira 17/02/2022minha estante
Vc vai amar!




Debys 20/06/2021

Clássicos >>>>>>>> Romances de época.
Em Jane Eyre temos um romance narrado pela voz da protagonista, que conversa com o leitor ao longo de todo livro, e irá contar desde os sofrimentos de sua infância até o clímax de sua vida: o encontro com o seu grande amor. Somos apresentados então a um casal incomum, e esta é a grande jogada do romance. Ao invés de mostrar uma protagonista que precisa ser protegida pelo seu amado o que acontece é o inverso:. Ela aprende ao longo do livro a ser uma mulher independente, a pensar por si mesma, e essa indepencia será essencial para o "resgate" da bondade de seu companheiro. Além disso temos a clara oposição entre um personagem feio e mal tratado pela vida e um belo rapaz temente a Deus, mostrando que nem sempre aquilo que é tido como correto e desejável é realmente o melhor caminho a ser seguido.

A única coisa que me incomodou foi o quanto ela era capaz de se anular para agradar os outros. Por ser uma órfã, Jane tinha uma carência muito grande, um desejo de ser aceita que fazia com ela fosse cativada pelos mais simples gestos de humanidade. As várias referências bíblicas também arrastaram a narrativa, mas vejo como um recurso próprio da época em que o livro foi escrito e, por isso, não foi suficiente para rebaixar minha nota.

Um clássico sem clichês, que alterna até mesmo o gênero da escrita, passando por drama, suspense e romantismo, e levantando questões que continuam pertinentes, mesmo depois de 200 anos. Favoritado.
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poplosers 05/04/2021minha estante
essa edição é boa?


Bi Sagen 11/04/2021minha estante
Gosto bastante da tradução da Martin Claret, a leitura é bem fluida. E acho a diagramação ótima, letras bem grandes, e bastante espaço entre as linhas. No final a lombada ficou meio marcada, mas só porque eu abri demais o livro enquanto lia.




may.reader 09/04/2021

Bora panfletar essa mulher minha gente!!!
Sabe aquele livro que você começa ler s nem sequer ter lido a resenha, sem nenhuma espectativa?

Então esse foi um caso, e eu fui surpreendida, e como fui, pensa em um romance de época perfeito!!!!!

"Se chorei, ou se sofri, o importante é que emoções eu senti", e como senti!!

Se você quer ler um romance de época e não sabe por onde começar? Esse livro é uma excelente opção!

Personagens bem construídos e desenvolvidos, escrita fluida, enredo envolvente, plot chocante, simplesmente prefeito!!
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Fabio.Nunes 25/03/2024

E o final flopou
Jane Eyre - Charlotte Brontë
Editora: Zahar, 2018

Abandonem toda a esperança, vós que esperais uma resenha minimamente adequada a esse livro!

Jane Eyre me trouxe tantos sentimentos conflitantes, me fragmentou de um jeito tão pujante, que conseguiu afetar meu humor durante os dias em que o li, principalmente quando o terminei. Poucas vezes tive reações tão fortes a personagens fictícios e a um final de livro. Nunca fiquei tão confuso ao resenhar uma leitura. Explico.

Até o capítulo 36 (o antepenúltimo) sou capaz de dar 5 estrelas, aplaudir de pé e fazer coro a todas as vozes que elogiam de forma apaixonada essa obra.
Após isso, Charlotte decide escolher um final que para mim, foi, no mínimo, assustador, e me causou uma imensa decepção.

Este é um romance vitoriano com fortes traços góticos, publicado em 1847, que nos apresenta a autobiografia de Jane Eyre, desde sua infância: uma mulher sem atrativos físicos, órfã, pobre, mas extraordinária, absolutamente extraordinária! Um ser desde sempre incapaz de aceitar os grilhões que os homens ou a sociedade tentam impôr às mulheres, que anseia pelo mundo que se abre diante de si.

?Milhões estão condenados a um destino mais pacto do que o meu, e milhões se revoltam em silêncio contra ele. Ninguém sabe quantas rebeliões, para além das rebeliões políticas, fermentam nas massas de vida que as pessoas enterram."

Senti de imediato uma identificação com esse ser transgressor, que se liberta por meio de sua capacidade de raciocínio. Cá comigo eu gritava ?isso! vai garota!?.

"Meu olhar percorreu a paisagem e repousou nos picos azuis à distância. Eram eles que eu ansiava transpor; tudo o que ficava aquém de seu círculo de rocha e urze me parecia uma prisão, um exílio."

Não vou aqui enunciar os acontecimentos do livro, ainda que eu entenda que os spoilers neste caso não diminuiriam a grandiosidade dessa obra (até o capítulo 36!). Vou deixar apenas algumas observações.

Charlotte Brontë escreve de forma primorosa, e cria uma personagem feminina tão tridimensional que somos capazes de tocá-la. Brinca com as peculiaridades e conflitos que são parte da personalidade humana. Desde o início já sabemos estar diante de uma escritora extraordinária.
Os elementos góticos e sombrios que permeiam a obra tampouco são colocados ali à toa, funcionando muitas vezes como presságios, não apenas como elementos psicológicos e caracterizações de cenários.
Mas a temática principal da obra é o feminino. Por meio de Jane, Charlotte critica a sociedade dominada pelos homens, que aprisiona as mulheres em funções meramente operacionais, de simples suporte doméstico, sem jamais vê-las com igualdade. Estamos falando do período vitoriano puritanista, onde a religião tem papel fundamental na moral dos indivíduos.

"Das mulheres se espera que sejam muito calmas, de modo geral. Mas as mulheres sentem como os homens. Necessitam exercício para suas faculdades e espaço para os seus esforços, assim como seus irmãos; sofrem com uma restrição rígida demais, com uma estagnação absoluta demais, exatamente como sofreriam os homens. E é uma estreiteza de visão por parte de seus companheiros mais privilegiados dizer que elas deveriam se confinar a preparar pudim e tricotar meias, a tocar piano e bordar bolsas. Insensato condená-las ou rir delas se buscam fazer mais ou aprender mais do que o costume determinou necessário ao seu sexo."

Além disso, conhecemos a selvagem e louca Bertha Mason, uma espécie de antagonista, reflexo metafórico, e par gótico psicológico de Jane Eyre.

Mas o que mais salta aos olhos na obra são os dois momentos em que Jane se vê diante do abuso masculino.
O primeiro abusador, Sr. Rochester (infelizmente o homem que ela ama):

"Jane, precisa ser razoável, ou eu vou mesmo me descontrolar outra vez.
(?)
- Jane eu não sou um homem de temperamento dócil, você se esquece disso: não tolero muita coisa, não sou frio e equilibrado. Se tem pena de mim e de você mesma, ponha o dedo no meu pulso e veja como ele lateja...tome cuidado!?
(...)
?Um mero caniço ela parece, na minha mão! (E ele me sacudiu com a força do seu braço.) Poderia dobrá-la com indicador e o polegar, mas de que adiantaria se a dobrasse, se a arrancasse do chão, se a esmagasse? Considere esse olhar: considere o ser resoluto, selvagem e livre que está por trás dele, desafiando-me com mais do que coragem... Com um grave triunfo. O que quer que eu faça com sua gaiola, não consigo atingi-la... Essa bela criatura!"

O segundo, Sr. St. John (uma das mais odiosas personagens masculinas da literatura para mim):

"Aproveite esse tempo para considerar minha oferta, e não se esqueça de que se a recusar não é a mim que nega, mas a Deus. Por meu intermédio, Ele descortina uma nobre carreira para você, a qual só pode assumir como minha esposa. Recuse-se, e estará se limitando para sempre a um caminho de facilidade egoísta e obscuridade infrutífera. Será incluída entre aqueles que negaram a fé, e que são piores que os infiéis."

Tudo isso nossa protagonista sofre ? e nós com ela, mas se liberta de seus abusadores para, por si mesma, tomar uma decisão sombria e absurda no final, da qual não falarei para evitar spoilers.
Talvez minha decepção seja fruto de puro anacronismo, não nego, mas é duro ler uma obra tão extraordinária, tão libertária para as mulheres, e ver sua protagonista tomar uma decisão que tantas mulheres abusadas tomam hoje em dia.
Regis 25/03/2024minha estante
Li Jane Eyre há uns anos, mas me lembro bem de ter tido o mesmo pensamento, Fábio, o final teria sido mais condizente se a heroína optasse por uma terceira via. As opções disponíveis eram inadequadas para a grandeza da personagem. Parabéns pela ótima resenha, Fábio! ???


Flávia Menezes 25/03/2024minha estante
Uau! Que resenha espetacular, meu amigo! ??
Eu amei ler Jane Eyre, e sua resenha não só me lembrou como foi ler esse romance, mas também me mostrou um lado que na época eu não tinha a mesma maturidade de leitura de hoje, e acabei deixando escapar.
Fantástica e certeira a sua análise dessa preciosidade, e eu sinto que preciso reler, depois de ler sua resenha.
Parabéns! Adorei sua análise subjetiva e crítica desse grande clássico! ????????


Flávia Menezes 25/03/2024minha estante
O final flopou, mas se tivesse sido escrito pela Anne ou pela Emily não teria flopado não! ???
A Charlotte era a mais adepta da ?política da boa vizinhança?. ?????


Fabio.Nunes 25/03/2024minha estante
Exato Regis, talvez seja puro anacronismo nosso imaginar que Charlotte poderia criar um final diferente, mas que fica aquela sensação de decepção, fica. Obrigado pelo elogio.


Fabio.Nunes 25/03/2024minha estante
É mesmo Flávia? Rsrs. Não sabia disso. Apesar de não ter gostado de O morro dos ventos uivantes sei que preciso relê-lo. Não te espanta o quanto a gente amadurece quanto mais a gente lê? Obrigado pelo carinho de sempre minha querida.


Flávia Menezes 25/03/2024minha estante
Verdade, Fábio! ?
E eu também não gostei de ?O morro dos ventos uivantes?, e assim como você eu tenho vontade de reler. Como você disse, quanto mais lemos, mais amadurecemos. E eu ainda engatinho, mas com certeza estou mais madura do que anos atrás. E por isso que foi fantástico ler sua resenha desse clássico.
Sou fã das suas resenhas, Fábio! ?


Fabio.Nunes 25/03/2024minha estante
O fã clube é mútuo! ???


Fabio 25/03/2024minha estante
Que belíssima resenha, Fabão, meu amigo!
Concordo contigo em todos os pontos, sobretudo os que te decepcionaram!
Parabéns, cara!!!


Fabio.Nunes 25/03/2024minha estante
Obrigado Fabão. Bom saber que não fiquei sozinho nas minhas percepções.


Lari ... 25/03/2024minha estante
Estava ansiosa por sua resenha, Fabio!
Mais uma vez você foi excepcional.
Jane Eyre é uma das minhas personagens favoritas da literatura inglesa.
É uma leitura que desperta diversas sensações. Sua análise foi incrível em cada ponto!


Fabio.Nunes 25/03/2024minha estante
Lari, muito obrigado! Jane quase foi o meu crush literário, se não tivesse tomado a decisão que tomou no final rsrs




Priscilla 14/11/2021

Jane tem meu coração!
Por ser um dos meus gêneros literários favoritos, esse romance me prendeu logo na apresentação ao dizer que eu deixaria os lugares mais cedo só para ficar com Jane.
Lido duas vezes em um mesmo ano, não posso deixar de mencionar o quando gostei dessa história (que tem diálogos impagáveis entre o casal rsrs) e dizer aqui que Jane Eyre é a personagem mais cheia de princípios e atitudes que eu já conheci.
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Milena 01/08/2020

"Sou um ser humano livre com minha vontade independente"
O livro "Jane Eyre", escrito por Charlotte Brönte em 1847, narra a trajetória da protagonista que entitula o livro da infância até a vida adulta. Jane Eyre é uma criança órfã que é deixada aos cuidados de familiares que não nutrem qualquer afeto por ela. Mandada para uma escola de caridade, ela se torna uma jovem professora que deixa Lowood para ocupar o lugar de governanta na casa do Senhor Rochester, benfeitor da órfã Adele. Uma aura de romance acompanhado de mistério logo toma conta do livro, no qual observamos a vida de sofrimentos e desgraças que acontecem à Jane Eyre.

A protagonista se estabele como uma personagem forte, de caráter independente, em busca da construção de sua própria identidade e caminho. Minhas únicas críticas ao livro se referem à extensão e à falta da história ter alguns altos e baixos no que diz respeito a prender a atenção do leitor, mas que não são capazes de ofuscar o brilho que o livro traz. Com certeza, é um livro que vale a pena ser lido e que gera uma reflexão sobre o papel da mulher na sociedade do século XIX e como Jane Eyre quebra essa lógica. Maravilhoso!
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tici 21/04/2021

Esse livro é incrível desde à narrativa deliciosa da autora até toda construção da personagem e da sua história. A Jane é, de fato, uma das personagens femininas mais impactantes, fortes e poderosas à sua maneira.
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Carlos Nunes 13/11/2020

Obra-prima da literatura vitoriana
Publicado em 1847 sob o pseudônimo "Currer Bell", esse foi o livro que catapultou Charlotte Brontë para o alto escalão dos escritores vitorianos, pois foi com o sucesso do livro que ela pôde enfim revelar aos seus editores e ao público em geral que a autoria do livro era de uma mulher.
JANE EYRE talvez seja o mais emblemático dos romances vitorianos, pois contém todos os ingredientes característicos da literatura do período, mas em uma única obra. No centro da trama está o romance de Jane e Rochester, mas incrementado por elementos góticos, um forte tom feminista e até um toque de sobrenatural.
Narrado em primeira pessoa, a autora consegue criar uma grande intimidade conosco, à medida que acompanhamos a vida da comum e inteligente Jane Eyre e seu desenvolvimento como indivíduo. É uma personagem bastante forte, que mostra desde pequena uma inteligência bastante desenvolvida e uma grande percepção do que acontece ao seu redor, especialmente as injustiças. E sua jornada é emocionante e cativante. No decorrer de sua vida, ela experimenta muitas vezes a tristeza, de uma forma que faria uma pessoa mais fraca desistir de tudo. Mas também conhece a amizade sincera e o amor, mas o mais significante é mesmo o desenvolvimento de sua independência. Não é à toa que JANE EYRE tornou-se um dos mais conhecidos e amados livros da literatura britânica, com personagens e situações marcantes que ainda hoje estimulam os leitores. Imperdível!

site: https://youtu.be/54s30mL5D0s
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Felipe 08/11/2021

Somos levados, nesse romance, a acompanhar a história da protagonista que dá nome ao livro. Desde a sua infância, em que sofreu diversos maus tratos por parte de sua tia, e seus primos, além do momento em que ela é levada para um internato, onde passa a viver até seus 18 anos.

A partir desse momento, Jane Eyre decide que precisa descobrir novos caminhos, e busca sua independência. Ela passa então a trabalhar como preceptora em Thornfield Hall. Lá ela conhece o Sr. Rochester, dono da propriedade, por quem passa a nutrir uma paixão, um tanto quanto proibida.

Sr. Rochester, para mim, foi insuportável de tolerar no começo. Achei que a Jane se submeteu a muitas coisas, por conta da presença dele. O que não fazemos quando estamos cegos de amar, não é mesmo?!

O final do livro, achei que tiveram coincidências demais, em um curto espaço de tempo. Algo que eu não consegui "engolir". Mas no geral, gostei bastante do todo, principalmente a infância da protagonista.
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manuela 03/05/2021

Jane Eyre
Que livro incrível, eu adorei a escrita da autora e a forma como ela descreve as coisas, principalmente o ambiente e as emoções dos personagens.
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Liny Livros 17/01/2022

É pra chorar com força
Primeiramente que essa mulher arrasa em tudo o que faz, Ela consegue passar os sentimentos da personagem para o leitor, um livro espetacular.
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Bruna1789 28/06/2020

“A maior verdade é que a beleza está nos olhos de quem vê” p.309
É uma narrativa em que a protagonista Jane Eyre, faz uma autobiografia da sua vida, a começar pela sua infância, que foi extremamente difícil, pois ela morava na casa de sua “tia”, os pais dela morreram devido a uma epidemia, e ela ficou aos cuidados de seu tio irmão de sua mãe, que também morreu e fez com que sua esposa Sra Reed prometesse que cuidaria dela, o que subjetivamente não ocorreu, e devidos a acontecimentos em que Jane era insultada e desprezada por ser taxada erroneamente como uma criança desobediente e mentirosa, ela foi mandada à uma escola em Lowood, a partir daí vai se sucedendo acontecimentos, que acredito que se eu escrever vai perder a magia de se ler, até porque ninguém merece levar um spoiler. Mesmo sendo um clássico muito comentado, eu não sabia muito sobre a história e acabei me surpreendendo.
Brontë com essa obra, constrói uma crítica às condições femininas ditadas pelo período vitoriano. Constrói uma protagonista frágil e obediente, ao mesmo tempo passional e insatisfeita com o destino e com o que sofreu, busca ser independente, mas acaba sendo submissa.
"É uma dádiva ver o tempo sufocar os desejos de vingança e silenciar os arroubos de raiva e aversão”. P. 401
Recomendo a leitura para todos que amam um clássico.
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Cílio Lindemberg 30/12/2020

Jane Eyre enquanto jornada de autoconhecimento
BRONTË, Charlotte. Jane Eyre. Tradução: Marcos Santarrita. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1983. 552 p.

Escrito por Charlotte Brontë e publicado em 1847, Jane Eyre se tornou um dos romances mais conhecidos de toda a literatura inglesa e mundial, sendo traduzido para línguas como português, espanhol, francês e até chinês (简·爱)! Seguindo o formato de autobiografia, Jane narra a própria vida desde a infância até a fase adulta, examinando questões como o amor, a liberdade e a igualdade numa história que dialoga muito com a educação pessoal, bem como a liberdade de fazer suas próprias escolhas e de seguir o próprio coração em busca de respostas às perguntas que encontra/fazem parte de sua jornada.

Narrada em primeira pessoa numa linguagem poética, e se estendendo por 38 capítulos, Jane Eyre costuma ser visto como a união de três grandes partes (ou fases) que retratam a vida de Jane. Na primeira, ela é uma criança muito maltratada na casa de sua tia Reed, a qual a envia a um internato; é aí que se inicia a segunda parte. Jane passa oito anos no internato Lowood, 6 como estudante e 2 como professora. Já a terceira fase é quando Jane vai trabalhar na casa do Sr. Rochester, por quem se apaixona, mas com o qual não pode ficar por impedimentos que o spoiler não me deixa contar. >< É também uma obra que traz uma grande riqueza linguística de vozes que não apenas falam de um lugar que ocupam aqueles que as portam, mas também no que se refere a seu uso particular da língua feito pelos personagens ao longo da narrativa. Observa-se também a presença de gêneros textuais diferentes, como carta e música, embora a riqueza literária da obra esteja principalmente concentrada no olhar de Jane, bem como nos diálogos profundos que trava com os demais personagens. *0*

Das minhas citações favoritas, penso que esta dá conta de muito do que penso/faço em minha vida: “Se todo o mundo a odiasse, e a achasse má, mas sua consciência a aprovasse e a absolvesse de culpa, você não ficaria sem amigos.” (p. 87) É isso. Temos liberdade de viver como quisermos, desde que não façamos mal ao outro, e até mesmo de seguir nossos corações, ainda que nos falte incentivo para fazê-lo, o que me lembrou um pouco de “meu corpo, (minha vida etc.), minhas regras.”, e mais ainda da questão do desenvolvimento pessoal, de seguir sua própria jornada, segundos suas intuições e sentimentos, da aquisição de autoconhecimento para estar consciente do que emite ao mundo e do que dele recebe/apreende (e do que faz com isso). Essa tradução é muito especial para mim e eu vou querer reler sempre! Arrisco até a dizer que é minha favorita pro português, muito bem feita, de um estilo que me lembra muito o original, sobretudo na configuração assumida pela poético da prosa. Super-recomendo! ^^
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