O Cemitério de Praga

O Cemitério de Praga Umberto Eco




Resenhas - O Cemitério de Praga


135 encontrados | exibindo 46 a 61
1 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9


Estevo 30/08/2012

Uma surpresa ... Ruim!
Este livro me surpreendeu, infelizmente para o lado ruim. Não sei se o motivo é o estilo de escrita do Umberto Eco ou a história em si que me deixaram bem triste ao concluir a leitura. Demorei mais de uma semana para ler e confesso que não desisti por pouco. Mas, gosto é gosto e talvez você possa gostar do livro.
Janaina @revisora.janainastaciarini 01/11/2012minha estante
Ah, que pena que não gostou... Eu comecei não gostando. Mas como sou muuuito fã do Umberto Eco, me forcei a continuar. Gostei. :)


Estevo 02/11/2012minha estante
Poisé Nina, não curti nada não ... gosto é gosto né, esperava algo beeeem diferente, vai ver pq falam bem do autor, mas não gostei. Valeu pelo feeedback ;-)


Silvia 10/06/2014minha estante
Tbm não gostei deste livro, aliás abandonei, e odeio abandonar um livro, mas sabe ele estava me irritando tanto, mas tanto, que parei de ler.




Peterson Boll 09/10/2014

O protagonista é a perfeita reunião de todos os preconceitos e ressentimentos dos europeus, além de fazer um excelente apanhado da história europeia da segunda metade do século XIX. Os preconceitos europeus aqui explanados, são praticamente a base de "Mein Kampf". Eco mais uma vez dando aula.
comentários(0)comente



Daniel432 28/09/2012

Espionagem, Falsificação e Decepção
O autor, Umberto Eco, é famoso pelo filme O Nome da Rosa, baseado em seu livro de mesmo nome. O filme é simplesmente sensacional!!!

Desta forma, minha expectativa com este livro era grande e, em parte, esta expectativa foi atendida. O enredo envolve muita espionagem, falsificações e aventuras e a forma como o autor expõe as histórias vividas pelo personagem principal foi bastante interessante, uma vez que este personagem apresenta um problema psicológico (dupla personalidade).

Entretanto, acho que o autor se perdeu um pouco quando se tornou muito repetitivo quanto às muitas descrições do interesse dos judeus em dominar o mundo. Tem uma parte do livro (cerca de cinquenta páginas) que poderia muito bem não ter sido escrita.

No geral o livro é bom, mas não foi tudo aquilo que eu esperava!!
comentários(0)comente



A2Lan 29/01/2014

Enterrando o livro no cemitério!
Sinceramente não será uma resenha sobre esse livro, pois se eu tiver que escrever sobre o que se trata, não saberei!

Peço aos fãs acalorados que respeitem minha opinião, levei quase um mês para fazer um esforço sobrenatural para terminar de ler esse livro, terminei e fiquei com cara de ?????

Para o cemitério de Praga, eu colocaria uma flor para enterrar esse livro e ele nunca mais reaparecer, flor de chumbo. Não indico mas respeito quem gostou dele. De uma coisa eu lembro, desnecessário os comentários sobre os judeus, maçonicos e rezas satanistas.
comentários(0)comente



San 21/10/2020

Finalmente consegui concluir a leitura do Cemitério de Praga! É impressionante o vasto conhecimento, talento e criatividade do autor para aliar a rica trama com muitos personagens aos diversos fatos históricos! A leitura é fascinante!
comentários(0)comente



Rodrigo.Cabanne 02/05/2023

Sentimento dúbio sobre o livro, igual ao personagem princi
O livro alterna entre capítulos extremamente viciantes, engraçados e intrigantes e outros capítulos onde a história não se desenvolve de maneira tão fluida. O livro em si é excelente, vale o esforço.
comentários(0)comente



Anna 18/05/2020

O longo caminho ao Cemitério de Praga
Eu recebi a recomendação desse livro há alguns anos de alguém que não me lembro quem foi. Me mostrei otimista e coloquei na lista de livros para se ler, honrosamente o fiz e na verdade nem sei ao certo o que dizer. O livro deve ser bom para algum público específico que eu não faço parte. Achei a leitura chata e cansativa. Eu por pura teimosia terminei o livro, mas não tenho coragem de recomenda-lo porque eu não gostei. Tem alguns pontos que você consegue desenvolver uma leitura tranquila e entender a história . Mas em outros você fica ?catando milho? por assim dizer, de tanto enrosco histórico que o autor vai nos jogando. Enfim, foi um pouco decepcionante é meu primeiro livro de Umberto Eco, e estou meio traumatizada, repensando se devo seguir com os demais livros dele e ter outra perspectiva. Quizás melhor do que do Cemitério de Praga
comentários(0)comente



Vanessa 25/05/2014

Complôs e falsificações
"Simonini conta uma história a um só tempo antissemita, an-ticlerical, antipsicanalística, anticomunista e anticapitalista. O cemitério de Praga é uma alegoria cômica da paranoia e dos complôs que envolveram as revoluções de 1830 e 1848, do Risorgimento italiano e do Caso Dreyfus, na França. O móvel da trama é a elaboração de Os protocolos dos sábios de Sião, uma falsificação que descreve detalhadamente uma reunião totalmente inventada entre os rabinos mais poderosos da Europa no cemitério de Praga, em meados do século XIX, com o intuito de destruir a fé cristã e as instituições do Oci-dente. O documento, publicado em Moscou em 1897, ganhou notoriedade até ser desmascarado por uma série de reportagens do The Times de Londres, em 1925. O jornal descobriu que o texto fora forjado pela Okhrana, a polícia secreta do czar Nicolau II, para justificar a perseguição aos judeus na Rússia." (Revista Época)

Segunda vez que tento ler. Na primeira desisti na página 74.
O livro é interessante, pq usa fatos como pano de fundo para um ficção que envolve complôs, falsificações, assassinatos. Mas em alguns momentos a quantidade de dados históricos deixa a narrativa tediosa. Em algumas partes do livro perdi o fio da miada. Não é um livro fácil de ler, mas fui até o fim. E gostei, com ressalvas.
comentários(0)comente



Arine-san 25/06/2012

Quem parou para ler a sinopse antes de começar a ler essa humilde resenha – de uma singela adolescente dada a escritora - perceberá que as próximas linhas poderão causar algum tipo de confusão e ter duplas opiniões sobre um mesmo fato. Não é proposital. Digo, porém, que o livro, justamente por sua grande confusão histórica, chega a ser genial... E você, menina(o) acostumada a ler Crepusculo e Diário de Vampiros ou ainda Percy Jackson, acho melhor passar bem longe desse titulo.

Ganhei o livro de presente do meu melhor amigo. Confesso, à primeira vista, o meu maior interesse por lê-lo era por causa de sua evidente sinopse confusa. Quando comecei a ler, porém, não esperava que a história fosse tão complexo. Entretanto, o mais intrigante: a maioria dos fatos são verdadeiros, com personagens que realmente existiram, com exceção do principal. E é ai que nasce a genialidade de Umberto Eco, mais conhecido pela sua obra que virou filme (O Nome da Rosa).

Começamos o livro na pele de um certo Simonini, o personagem principal. Um belo dia, no final do século XIX, ele acordou sem saber muito bem quem era, cheio de dúvidas sobre o que fez ou deixou de fazer. Atormentando por diversos fatos estranhos que encontra em sua casa – como uma espécie de corredor subterrâneo cheio de perucas e disfarces -, ele resolve começar um diário onde ele começa a relembrar seu passado. O objetivo disso? Ora, ele utilizava a escrita como uma forma de hipnose, para ligar os fatos do passado e chegar ao por quê de haver tantos fatos estranhos rondando sua vida.

É ai que a pessoa tem que ter muito sangue forte. Por isso digo: fãs de literatura mais fraca, como Crepusculo e etc, é melhor correr longe. No caso desse livro, só sobrevive quem é muito fã de história, e quem não se importa em parar de ler o livro para ir na internet se informar um pouco sobre a unificação italiana e sua situação antes da mesma. Cheio de ironia, Simonini nos conta sua infância, falando do ódio que seu avô nutria pelos judeus e como tudo se corria pela região onde ele nascera. Passamos por sua adolescência, e, por fim, descobrimos como ele chegou no estranho oficio de falsificador profissional de documentos (testamentos, ou qualquer coisa escrita). Ele é do tipo sarcástico e vigarista, que tem como objetivo simples se dar bem. E é com isso na cabeça que ele começa a participar de certas conspirações políticas, com revolucionários como Garibaldi. Após isso, muitas outras conspirações batem em sua porta, e ele participa com prazer – não por gostar de conspiração, mas por amar a vida boa que o dinheiro lhe dava. Ele trabalhou como agente duplo/triplo, participa de conspirações religiosas...

Por isso mesmo, o livro é difícil de ser lido. Quando chega na pág.100 você já não sabe qual é mesmo o objetivo daquilo tudo, se perdendo nas memórias meio confusas do grande Simonini. Por sinal, você só vai entender o titulo do livro lá para a página 200 – ou seja, na metade do livro. O impressionante é que Simonini é uma espécie de conector de toda aquela confusão política que tomou a Itália na época; todos os conspiradores, tanto políticos quanto religiosos, foram conectados por esse simples personagem – cativante, apesar de vigarista de primeira. Simplesmente genial!

O livro é perfeito para quem gosta de história, pois, creia, você se perderá nas lembranças do personagem... Já se você não for amante de história, passe longe; você achará o livro chato e sem sentido, e o personagem estranho – com aquela mania dele de só querer comer e ditar receitas, e odiar todo tipo de contato com mulheres.

Resenha do blog Vicio em Páginas: http://vicioempaginas.blogspot.com/
comentários(0)comente



Filipe Santos 26/01/2012

Maravilhoso!
Um dos livros mais inteligentes e engraçados que eu li nos últimos meses.

Contudo, não é fácil de ler. É necessário que o leitor estude o contexto histórico da narrativa para aproveitá-la ao máximo (assim como outro livro do Umberto Eco: Baudulino).
comentários(0)comente

Alanna Gianin 27/01/2012minha estante
O conteúdo histórico deste livro é imenso! Futuramente pretendo rele-lo pois sei q o entederei mais ainda...
segundo Eco: "Minha intenção era dar um soco no estômago de meus leitores", replicou o semiólogo. "Uma violência que convenceu a outros."




Literatura 18/05/2012

As conspirações, um cemitério e um falsário
Olá, Queridos!

Sei que sentiram a minha falta, mas não se preocupem que a tia Carol está aqui para espalhar amor e alegria entre vós!

uHAUHaUHAUHAuHAUHAuHAUHAuHAUHAuHAUHA, até eu fiquei com medo de mim agora -.-"

Então, voltando ao que interessa, o livro que trago para vocês hoje é o ultimo da primeira leva de livros que o Danilo me mandou (Vem cá seu lindo!), e também foi um dos livros mais complexos que eu já li, e eu leio muito, muito mesmo, até hoje as únicas pessoas que conheci que me superam em numero de leituras é a minha mãe e o Danilo.
Para entender a complexidade de O Cemitério de Praga (480 páginas, Record) é preciso primeiro entender a mente que criou a história. Humberto Eco é famoso pelas suas histórias cheias de enigmas e estratagemas, que levam os leitores a outro nível da imaginação. Eu tenho 25 anos, e o meu primeiro contato com o universo criado por Humberto Eco foi com o filme "O Nome da Rosa", baseado no livro de nome homônimo, escrito por ele.

Ele escreve o tipo de livro que, quando você começa a ler não existe nenhuma dica de qual será o final do livro, você não consegue simplesmente adivinhar o final, coisa rara nos livros dos dias de hoje.

O primeiro alerta a se fazer sobre o Cemitério de Praga, é que ele é baseado em fatos reais.

Então você me pergunta: Carol esse capitão Simonini fez mesmo todas essas coisas?

Minha resposta: Não! Pode ter existido alguém que tenha feito algumas dessas coisas, mas quando eu falo de fatos reais, eu falo da história em si, a história por detrás da história. Os acontecimentos históricos que Humberto Eco usa para ambientar sua trama são reais.

A história fala sobre o Capitão Simonini, um falsificador de primeira, que também faz às vezes de espião. Seu trabalho consiste em inventar histórias, que tenham fundo de verdade ou que seja verossímil o bastante para que quem ler acredite que possa ser real, e também consistem em criar documentos que embasem essa história.

Quer saber mais, vá para o Literatura:
http://bit.ly/Lj8Ap0
Sergio Carla 27/01/2015minha estante
Na minha opinião , como alguns até já disseram , Eco parece estar redigindo uma tese , pois ele torna o livro cansativo com suas detalhações extremas , o que Simonini comeu , o que Simonini pensou , o que Simonini se lembrava do passado e o mesmo para outros personagens . Li o Pêndulo de Foucault e também achei cansativo , e nesse esperava ser diferente mas me enganei ; é o estilo do autor mesmo .




marianasampaio0 13/03/2022

O CEMITÉRIO DE PRAGA
Se os mundos ficcionais são tão confortáveis, por que não tentar ler o mundo real como ficção??; ?Ou, se os mundos ficcionais são tão pequenos e ilusoriamente confortáveis, por que não tentar criar mundos ficcionais tão complexos, contraditórios e provocantes como o mundo real?? ? se pergunta Umberto Eco, no capítulo 6, de ?Seis Passeios no Bosque da Ficção?.

?O Cemitério de Praga?, novo romance do autor publicado há um ano na Europa e na América do Sul, já é um best-seller na Itália, Espanha, Argentina e México. Numa espécie de apêndice no final do livro, chamado ?inúteis esclarecimentos eruditos?, Eco nos diz que os personagens principais dessa história são pessoas que de fato existiram, sendo apenas o protagonista uma ficção. Trata-se de uma colagem com personalidades reais como Alexandre Dumas, Victor Hugo, Garibaldi, Giuseppe Mazzini, Cavour, Sigmund Freud e muitos outros menos conhecidos.


Os principais acontecimentos históricos relatados no livro ? incluindo a unificação da Itália, os ?Protocolos dos sábios de Sião?, o caso Dreyfus e a guerra franco-prussiana ? formam o pano de fundo da carreira de um falsificador que começa a escrever um diário para reconstruir a sua memória falha. Simone Simonini é o escritor principal do diário, a primeira voz, que recebe a colaboração do Abade Dalla Piccol. Simone Simonini é uma figura que sofre de transtorno dissociativo de identidade.

A segunda é uma voz mais confiável cuja procedência não é discernível. Eco tenta criar dessa vez um personagem o mais desprezível possível. Tanto que o livro começa com um discurso retórico contra tudo e contra todos. Então, se você for judeu, alemão, francês, italiano ou gay, as páginas de abertura poderão ofendê-lo, e muito. Os estereótipos preconceituosos de Simonini ou do Abade Dalla Piccola vão sendo jogados, e o leitor começa a perceber o caráter verdadeiramente deformado do protagonista. É no antissemitismo que aparece seu veneno mais forte. E aqui o leitor se vê dentro da história, correndo o risco de se tornar cúmplice de Simonini. ?Só que o ódio aquece o meu coração", diz ele.

As inversões de papel entre o mundo real e o ficcional funcionam no livro de forma inocente e agradável, embora possam ser assustadoramente perigosas, como no caso dos Sábios de Sião?. Estes ?Protocolos? deram sustentação ?documental? para o (reforço do) antissemitismo europeu do início do século XX (era o livro de cabeceira de Hitler, sendo citado inclusive em ?Minha luta?, por exemplo).

Em seu livro ?Seis passeios pelos bosques da ficção? (1994), Umberto Eco faz uma brilhante demonstração de como os ?Protocolos dos Sábios do Sião?, que denunciavam um suposto complô judeu para dominar o mundo, são originários das várias versões deturpadas de cenas de romances rocambolescos como O Judeu Errante, de Eugene Sue, e Joseph Balsamo, de Alexandre Dumas, tendo, no entanto, se tornado ?verdadeiros? para os incautos. ?Cemitério de Praga? mostra, assim, o caráter fabricado e artificial dos fatos históricos, que chegam a despontar como mentiras muitas vezes repetidas.

Simonini, reconhecido por sua habilidade na falsificação de documentos, precisa mostrar serviço aos seus empregadores do governo. Então, chega à conclusão que, se denunciar um complô, sua reputação aumentará bastante: ?O que torna fidedigno um informante da polícia??, ele se pergunta. ?A descoberta de um complô. Portanto, ele deveria organizar um complô para poder denunciá-lo?. Apesar de ficcional, o protagonista reserva semelhanças com muitos personagens reais tanto do passado como do presente.


O livro está recheado de histórias de assassinatos e reviravoltas, temperadas com eventos históricos vistos dos bastidores, e revelações indiscretas acerca dos hábitos de famosos (Garibaldi, Napoleão, Victor Hugo). Há também conspirações sob um pano de fundo de esgotos cheios de cadáveres, abades esfaqueados, navios que explodem em regiões vulcânicas em plena erupção, missas negras, e por aí vai.

A sucessão de idas e vindas da narrativa deixa o leitor um pouco atordoado: hipnose, histeria, magnetismo, teorias da conspiração, tudo junto em uma narrativa muito acelerada, mas com acontecimentos vertiginosamente encadeados. Os maçons se misturam aos satanistas, que por sua vez são confrontados com os anarquistas, os antissemitas, os mesmeristas e os jesuítas, tudo isso costurado pela perspectiva de um diário bastante peculiar de um homem ? Simonini, por delírios esquizofrênicos, nos quais se imagina ser outro homem, o abade Dalla Piccola que, eventualmente, também registra sua visão dos fatos em outro diário.

O fato de existirem falsificadores de história é um dado preocupante. Se pensarmos que tudo isso pode estar acontecendo nesse exato momento vai fazer com que muitos leitores venham a pensar: ?eles estão entre nós...? E o pior, muitos sofrem da tendência de acreditar em tudo o que é dito. Por isso é que o autor nos conta a impressionante história baseado nas citações explícitas de fontes ficcionais que muitas pessoas assumem como verdadeiras.

A paixão de Eco por folhetins, pelo lixo cultural e, claro, pela ignorância humana capaz de acreditar em qualquer coisa, está contida no romance ?Cemitério de Praga?. Temos, então, toda a atmosfera de um folhetim: disfarces, conspirações, fomentação da opinião pública contra um determinado inimigo (jesuítas, maçons, comunistas, mas em especial os judeus, cada vez mais).

O título do livro se refere à cena primordial, envolta em romance. Um encontro de rabinos representando as doze tribos de Israel no referido cemitério onde eles conspiram a dominação do mundo pelas finanças, a ruína do cristianismo e dos valores ocidentais, e para completar, o tiro de misericórdia, a dominação global.

O poder incrível e duradouro dos ?Protocolos? nos diz Hannah Arendt, tem pouco a ver com a mente de seus falsários, mas tudo a ver com a avidez de seus consumidores. E assim a história humana se repete como disse certa vez Marx, na primeira vez, como tragédia, na segunda como farsa. Umberto Eco nos oferece um romance robusto e inteligente que vale a pena ser lido. Um romance que denuncia os falsários e provoca os consumidores.

NOTA: 07/10
comentários(0)comente



mario 25/02/2012

Não é muito fácil ler um livro de Umberto Eco
Este é o terceiro livro desse escritor que me recordo de ter lido. "O Nome da Rosa", decididamente, foi o melhor de todos, pois, até hoje, passados mais de 20 anos da data em que o li, guardo uma ótima impressão sobre ele. O "Pêndulo de Foucault", que li recentemente, foi um pouco decepcionante, talvez porque esperasse algo parecido com a sensação que tive com a leitura do anterior.
Já este "O Cemitério de Praga" resgatou um pouco daquela minha primeira impressão. Ainda que não seja uma leitura fácil, pois é necessária uma grande concentração por parte do leitor para que não se perca nas muitas idas e vindas do livro, a trajetória do amoral protagonista Simonini na segunda metade do século XIX, repleta de eventos e personagens reais da época consegue cativar o leitor, mantendo-o ligado no livro, apesar do estilo "erudito" do autor.
Recomendo a leitura, pois é um bom livro.
comentários(0)comente



Thiago.Reis 26/09/2020

Um livro difícil, mas monumental
Antes de mais nada: é um livro para quem já conhece o autor e seu estilo. A leitura é extremamente rica em históricas, simbólicas e culturais trazidos por meio de diálogos no mais das vezes. Isso torna a leitura difícil, bem difícil. Às vezes é preciso parar e pesquisar um pouco sobre o que o autor está tratando. A característica de ser o romance um diário escrito por uma pessoa com dupla personalidade também não facilita as coisas...
Fato é Eco fez uma pesquisa absurda para escrever esse romance. O nível de detalhamento das tramas é inacreditável. Só que isso custa. O preço é um livro às vezes hermético, como também é O Pêndulo de Foucault e outros dele.
Se quer começar a ler Eco sugiro o famoso O Nome da Rosa. Só parta para outros se gostar desse.
comentários(0)comente



Ricardo743 15/04/2024

Meu autor favorito e uma leitura maravilhosa
Minha vida literária se divide em duas fases: antes e depois de conhecer Umberto Eco.

Este é o segundo romance dele que leio, precedido por "O Nome da Rosa".

Minhas expectativas eram extremamente altas e foram atendidas. O livro é excelente e recomendo sua leitura a todos. O contexto histórico diligentemente construído, o mistério do abade Dalla Picola, o protagonista cômico e totalmente indefensável e hipócrita, tudo contribuindo para uma leitura memorável e marcante.

Só um mestre como Eco consegue preparar um livro capaz de me fazer refletir por dias depois da leitura e, simultaneamente, me fazer perder o ar de tanto rir com o nosso "querido" Simonini tentando justificar seu "modo de vida" no diário.

Nota 11/10.
comentários(0)comente



135 encontrados | exibindo 46 a 61
1 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR