O Cemitério de Praga

O Cemitério de Praga Umberto Eco




Resenhas - O Cemitério de Praga


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Wallace 27/10/2012

Chato, mas curioso
Não vou te enganar, não, mas está entre os livros mais chatos que eu já li. É uma leitura mega difícil, um tema bastante e personagens demais... Os capítulos também são imensos e o fato de não existir um tema ou objetivo central deixa as coisas muito mais complicadas, tornando a leitura bem cansativa.
Entretanto, achei muito criativo a maneira como a história é contada. A figura de um Narrador que revela o diário de Simonini onde é contada "a verdade" sobre fatos escusos da história. E as alternações de personalidade em que somos apresentados a Simonini e Dalla Picola também torna mais interessante o livros.
Como sempre, Umberto Eco é extremamente detalhista chegando ao cúmulo de descrever até as receitas dos pratos que o personagem come, isso torna a leitura mais maçante, mas ao mesmo tempo mais real.
Não vou dizer que foi uma das melhores obras que já li do autor por que não foi, mas digamos que eu não me arrependo de ter lido.
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Wes Janson 23/06/2012

Umberto Eco dispensa apresentações.
Umberto Eco é um excelente autor, de uma erudição e inteligência de altíssimo nível. O Cemitério de Praga é mais um exemplo dessa qualidade. Como "Baudolino", ele mistura personagens e fatos reais a um personagem fictício, tornando-o elemento fundamental de passagens importantes da História. Nesse caso a Europa do final do século XIX, mais precisamente Itália e França.
Outro "personagem" importante do livro são os famosos Protocolos dos Sábios de Sião, texto que deu origem a muitos outros que destilavam algum teor de anti-semitismo ou teorias da conspiração, de Adolf Hitler (Mein Kampf) a Dan Brown (O Código Da Vinci). E não podemos esquecer do não menos famoso Caso Dreyfuss.
Não se trata de uma leitura simples, até pelo grande número de passagens e personagens históricos, com várias idas e vindas, mas na sua metade final ele se concentra mais em um assunto e fica mais agradável.
Ótima leitura!
buca 01/08/2012minha estante
Comigo foi o contrário, achei que essa "concentrada" no final em um assunto apenas deixou a leitura mais pesada, preferi a primeira parte, com suas idas e vindas!




Coruja 01/05/2012

Sou fã incondicional do Umberto Eco, do tipo completamente apaixonada que lê de tudo o que a criatura escreve – quer seja ficção, quer sejam tratados de semiótica e crítica literária, se tem a assinatura do homem, estarei na fila para comprar.

Não é assim nenhuma surpresa que tão logo foi anunciado o lançamento de O Cemitério de Praga, eu já estava providenciando a minha cópia antes mesmo de sair a sinopse. Felizmente, do tempo em que vi o livro pela primeira vez (em italiano) e ele ser traduzido aqui no Brasil, não chegou a se passar tanto tempo, de modo que não precisei cometer a loucura de comprar um livro numa língua que não falo.

Por minhas experiências pretéritas com o autor, sei que é preferível esperar traduções. Por mais fluente em inglês que se possa ser, o estilo de Eco muitas vezes mergulha a história no vocabulário da época em que a história se passa e nem sempre é fácil desvendar inglês arcaico... ou neologismos que misturam três ou quatro idiomas. Este título em particular não apresenta tais dificuldades, uma vez que a história se passa já na era moderna (nada de vernáculos medievais).

Ainda assim, Eco nem sempre é um autor fácil de se ler. Mas é um desafio que sempre vale muito à pena – suas histórias são sempre fascinantes, surpreendentes, do tipo que bagunçam sua cabeça até você chegar à última página do mistério.

O Cemitério de Praga não é uma história policial, mas é um grande mistério, um verdadeiro novelo de lã envolvendo dupla personalidade, amnésia, uma busca pelo passado, a construção de uma identidade – ou reconhecimento da mesma. É uma investigação contínua: quem é Simonini e o abade Dalla Picolla, quais são os seus papéis no ninho de conspirações que ele adivinha enquanto procura por si mesmo?

Simonini é o único personagem fictício da história. Nas mais de quatrocentas páginas do livro, ele vai encontrar jesuítas, socialistas, satanistas e espiões e irá construir uma das maiores fraudes da História – os famosos Protocolos de Sião, usados por Hitler para justificar a perseguição aos judeus. Seu caminho cruza com os do revolucionário Garibaldi, Alexandre Dumas e Freud e ele tem uma mão num dos casos de erro judicial mais famosos do mundo – o caso Dreyfus.

A rica paisagem histórica que Eco nos apresenta nos deixa com gostinho de quero mais. Simonini é desprezível, sim, mesquinho, ignorante e preconceituoso; mas é também fascinante em sua capacidade de moldar a verdade, de fazê-la se dobrar aos seus propósitos.

A relatividade da verdade é um tema constante na obra do italiano, bem como a paranóia das teorias da conspiração. Em O Pêndulo de Foucault ele já tinha feito algo parecido – mas lá, as mentiras eram criadas como um jogo e a eventual crença nelas era de um bando de fanáticos; enquanto aqui, Simonini tem plena consciência de que as ilusões que cria são para o grande público, alimentam governos e justificam crimes.

É a mesma premissa da idéia de Hitler da Grande Mentira – e não acho que seja uma coincidência que as palavras que o ditador escreveu em seu Mein Kampf estejam na essência do que Simonini faz – quanto mais colossal o tamanho da mentira, mais fácil que se acredite nela, pois é difícil crer que alguém distorceria a verdade de forma tão absurda.

Uma mentira dita cem vezes torna-se verdade.

É um alerta precioso numa época em que multiplicamos virais nas redes sociais sem ter consciência da veracidade das informações que compartilhamos. As conseqüências podem ser mais do que você barganhou.

(resenha originalmente publicada em www.owlsroof.blogspot.com)
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Sávio 31/07/2017

Confuso
Este foi o segundo livro que li do Umberto. Achei muito confuso e, não raro, tive que voltar e reler paginas anteriores no intuito de não perder o fio da meada.
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Lucas 08/01/2012

Espionagem, mortes, misticismo, ocultismo em fins do séc. XIX
Com seu inconfundível estilo místico e ocultista, Eco está de volta esbanjado seu já consagrado intelecto, mas agora ele está mais comedido. Diferente de outras obras do autor, Eco poupa o leitor de grandes citações em latim ou grandes descrições, caso dos Rosa Cruzes e templários em O Pendulo de Foucault ou dos concílios e linhas filosóficas católicas em O Nome da Rosa.
Em O Cemitério de Praga o autor recria uma Europa em fins do sec. XIX, agitada pelo antissemitismo e pelo movimento de unificação italiano, retrata uma Paris fervilhante, com atentados contra o governo de Napoleão III até pormenores arrepiantes da comuna de Paris. Entretanto, o leitor viverá tais eventos pelos olhos do bastidor Capitão Simonini, um informante e facilitador do serviço secreto francês, uma espécie de agente secreto, como o próprio personagem gosta de se definir, e um grande conhecedor de culinária (sim, o leitor ficará com fome na leitura do livro, isso se entender exatamente o prato sofisticado que o personagem está descrevendo, algo que, de fato, me escapou muito).
Simonini mergulhará no submundo parisiense para obter informações (ou criá-las), aproximando-se, através de engenhosos disfarces, de grandes personalidades de seu tempo, como Joly, Flaubert ou mesmo Freud, ou explorando os famosos esgotos de Paris, escondendo corpos ou tropas governistas...
Com uma trama envolvente, o leitor mergulha nos bastidores de grandes eventos que chacoalharam a Europa, tornando-se o pivô de vários acontecimentos, através de tramas internacionais e, principalmente, missas negras, complôs e assassinatos.
Creio que os estudantes universitários não conterão sorrisos ao ler sobre uma das missões de Simonini: criar uma revolução de estudantes. Para tanto, ele coloca a polícia dentro da Sorbonne, alguma semelhança com algum evento recente? Um trecho fantástico que forçará o leitor, como em toda a estória de O Cemitério de Praga, a meditar sobre o que está lendo e sobre a atualidade.
Prima facie, a obra soa deverás preconceituosa, o personagem principal é um recorte dos pensamentos mais perversos e, digam-se populares, de sua época e, como diria o próprio Umberto Eco: “(...) em uma palavra, ele ainda está entre nós.”
Entretanto, creio que muito do desenrolar da obra careceu de alguma originalidade, vez que, para os leitores de outras obras de Eco, principalmente O Pendulo de Foucault, perceberá uma certa semelhança irritante da metade do livro em diante e, de certa forma, o próprio argumento principal de toda a trama se assemelha em muito com a referida obra pretérita do autor, a qual eu particularmente prefiro: O Pêndulo de Foucault.
A obra de Umberto Eco não é algo que desperte no leitor um entendimento direto, muito menos simpatia imediata, não se trata de um Dan Brown que conquista o leitor com a primeira página através de uma trama que esbanja mistério. Eco traz uma obra com uma trama invejável, mas traz discussões filosóficas, traz fluxos de pensamento e descrições pormenorizadas que rapidamente o distinguem de simples tramas policiais. Recomendo a leitura para aqueles que realmente buscam uma leitura mais densa que o normal, ou mesmo estão querendo conhecer o autor!
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Daniel 01/12/2011

Livro maravilhoso. Recomendo a todos!
wander 30/03/2012minha estante
Livro muito bom, apesar de ainda nao ter acabado de lê-lo. Estou na quarta parte, e o que assusta (ou não), é a forma como desfila de forma exacerbada o preconceito, principalmente contra judeus. Parece que a tônica do enredo é mostrar a quem se interessar a ler que os judeus são a praga do mundo.




Pedro 05/07/2012

Pensei que o início do livro, talvez por erro de impressão do lote do meu livro, o autor lançava mão de estratégias, como inversão e troca das páginas (sim, as páginas do meu livro vieram desconexas, mas só as iniciais, quando ele começa a questionar-se acerca de uma outra identidade) para que ficássemos tão perdidos quanto Simonini.
O livro é um prato cheio para quem, assim como eu, é apaixonado por História, ainda mais das unificações tardias, já que a Itália é bem focada no livro!
A narrativa é lenta, descritivista e persuasiva.
Enfim, antes que eu faça um spoiler, e este não é meu objetivo, o livro é muito bom, porém demorei um tempo para pesquisas mais profundas no que tange alguns acontecimentos abordados.
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andrew_dharma 26/12/2011

A descricao caricatural das etnias chega a ser perversa, mas, o livro e instigante abordando com outras tintas Protocolo de Siao , Macons etc...Por enquanto estou no comeco.
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Grazi 12/09/2020

Realmente um livro trabalhoso de ler.
No início e bem complicado entende o que está acontecendo, mas depois acabei me acostumando com a narrativa do livro e os três narradores.
Uma aula de história disfarçada de obra de ficção.
Acredito que pessoas que não gostam de história, não gostarão deste livro, mas para quem gosta deste assunto, e um prato cheio que desperta várias curiosidades.
Gostei muito deste livro e da escrita do Umberto Eco, apesar de ter sido umas das leituras mais complicadas que já fiz
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Fred 12/11/2012

Não é tudo isso.
Quando li as primeiras resenhas de criticas especializadas, acreditei que este seria um novo clássico da literatura. Umberto Eco deixa a desejar em sua narrativa, acaba por se preocupar demasiadamente com veracidade dos fatos históricos apresentados, perdendo em alguns momentos a profundidade de seu personagem principal Simone Simonini, fato este que fica claro no decorrer do livro. Não é uma leitura ruim porém acredito que será facilmente esquecida.
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Hellen.Zanetti 08/07/2020

Fantástico!
Já havia começado a ler esse livros a alguns anos atrás, e tinha achado a leitura um pouco pesada. Mas, agora consegui extrai o que ele tem de melhor, num paradoxo inexplicável e fantástico.
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Ricardo743 15/04/2024

Meu autor favorito e uma leitura maravilhosa
Minha vida literária se divide em duas fases: antes e depois de conhecer Umberto Eco.

Este é o segundo romance dele que leio, precedido por "O Nome da Rosa".

Minhas expectativas eram extremamente altas e foram atendidas. O livro é excelente e recomendo sua leitura a todos. O contexto histórico diligentemente construído, o mistério do abade Dalla Picola, o protagonista cômico e totalmente indefensável e hipócrita, tudo contribuindo para uma leitura memorável e marcante.

Só um mestre como Eco consegue preparar um livro capaz de me fazer refletir por dias depois da leitura e, simultaneamente, me fazer perder o ar de tanto rir com o nosso "querido" Simonini tentando justificar seu "modo de vida" no diário.

Nota 11/10.
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max lage 11/02/2012

um verdaderio Umbero Eco

O CEMITÉRIO DE PRAGA
ILL CIMITERO DI PRAGA

HUMBERTO ECO
Itália, 2010

Editora Record
Brasil, 2010



Típico romance psicológico, que brinca com histórias de espionagem e se ampara em uma miríades de fatos históricos, se apropria de personagens reais (quase todos loucos de pedra) e que fala da farsa da concepção de um famoso texto anti-semita, o execrável "protocolos dos sabios de Sião".

Como sempre nos livros de Eco você pode se concentrar apenas na história ou desfrutar dos jogos literários e da erudição do autor.

Há três narradores na história, três vozes, que ele inclusive grafa com fontes tipográficas diferentes. Um é o narrador que conta a história, as outras duas correspondem às consciências divididas de seu personagem principal, que ora é Simone Simonini, um sujeito com patente de capitão, falsificador renomado, ora é um abade chamado Della Piccola.

Estes dois dividem um diário, que é lido e interpretado pelo narrador da história.

Freud, o "inventor" da psicanálise, aparece no livro, explicando a Simonini alguns dos aspectos de suas teorias e procedimentos clínicos.

Alexandre Dumas aparece com destaque, assim como o revolucionário Garibaldi, herói das guerras de unificação da Itália moderna.

A história propriamente dita se passa basicamente na segunda metade do século XIX e envolve a vida e os sucessos do notário (tabelião) e falsificador de documentos Simonini. Criado por um avô anti-semita ele cresce e passa a ser educado por padres jesuítas.

Após trabalhar alguns anos para um rico tabelião de sua cidade ele é recrutado pelo serviço secreto piemontês e passa a produzir documentos falsos para os fins todos os fins. Com o tempo ele passa a produzir não apenas documentos avulsos, mas histórias e tramas inteiras, para os mais variados usos e práticas.

As invenções são sempre mirabolantes, envolvendo conspirações cruzadas entre maçons, jesuítas, carbonários, judeus, protestantes, papistas e cristãos, incluindo os mais variados sentimentos anti-clericais, satânicos e anti-semitas.

Os carbonários são sempre citados. É uma associação que atuou na Itália, França e Portugal; anticlerical e libertaria, leva seu nome dos carvoeiros italianos, primeiros membros. Se tratam por primos e tem uma rígida hierarquia de choças, barracas e vendas, tem alfabeto secreto e foi redescoberta em países sulamericanos na década de 80 (mais um delírio da humanidade).

Partindo de sua Piemonte natal ele emigra para Paris. Sua carreira acompanha alguns dos fatos políticos europeus mais importantes da segunda metade do século XIX: as conspirações dos carbonários; as guerras de independência e de unificação italiana; a guerra franco-prussiana; a comuna de Paris; a aproximação entre a França e a Rússia.

Sua "obra prima" é a produção de um documento para o serviço secreto russo que servirá de base, já no início do século XX, dos protocolos de Sião. O interessante neste personagem é que ele parece acreditar nas farsas que produz.

O livro tem o ritmo de uma história de espionagem, algo na linha das conspirações da guerra fria e dos romances de aventura. Há também saborosas descrições gastronômicas, especialmente da culinária francesa; entre um diálogo e outro ele intercala maravilhosas e aparentemente esquecidas receitas medievais e de aparente dificuldades para se realizar, há pelo menos 30 receitas descritas com ingrediente e forma de se fazer; momentos em que o livro dá mesmo fome.

A psicologia freudiana e os mecanismos do inconsciente pairam sobre a trama do livro. Se não é o melhor livro dele ao menos tudo é divertido afinal de contas, o autor é vaidoso intelecutalmente e gosta de tramas eruditas intrincadas.

O livro tem um bom número de ilustrações, reproduções de gravuras antigas, a maioria delas propriedade do próprio Eco. O uso destas ilustrações dá sempre a impressão de uma erudição na pesquisa e de como a trama foi bem feita e é confirmada pelas imagens.
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Lady Lix 29/02/2012

Cansativo demais
Pessoal, tive problemas com o livro. Achei hiper cansativo, parece que não flui. Cheguei à página 89 e parei. Pretendo tentar retomar a leitura, mas está difícil. E olha que eu sou uma leitora voraz...O livro permanece nesse timing até o final?? Abs a todos!
Silvia 03/07/2012minha estante
Olá Lady, eu ainda vou ler, mas estou com medo, muitos abandonaram o livro.




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