Dede 12/06/2023último caso do poirot e não podia ser melhorTodos, meu amigo, precisam de uma pitada de perigo em suas vidas. Alguns conseguem isso por meio de outros, como nas touradas. Outros lêem sobre o perigo. Outros vão procurá-lo no cinema. Mas de uma coisa estou certo, muita segurança é incompatível com a natureza humana.
A convite de Poirot, o capitão Hastings retorna ao local da primeira investigação de ambos: a mansão Styles. O tempo passou: o detetive belga envelheceu e está em uma cadeira de rodas, já a antiga mansão foi reduzida a uma mera hospedaria. A visita, porém, se revela mais que um reencontro entre velhos amigos. O instinto de Poirot, ainda afiado, lhe diz que entre os hóspedes há um assassino. E ele precisa que Hastings o ajude a identificá-lo antes que haja mais uma vítima e antes que seu tempo acabe.
Descobri que esse livro foi escrito na década de 40 mas só foi publicado em 1975, 1 ano antes da morte da autora, e achei simplesmente genial. Inclusive, explicou o motivo de tantos ?easter eggs? em outros livros que foram publicados antes dele. Dentre todos os personagens do ?universo? da Agatha Christie, Poirot sem sombra de dúvidas é o meu favorito, então assim que soube do que se tratava o livro, tive que ler. Para mim, foi um livro muito divertido ver como Hastings e Poirot desvendariam o último caso juntos, e por um momento fiquei frustrada achando que eles não conseguiriam resolver. Sobre o mistério, percebi que apesar de diferentes, alguns dos mistérios dos livros da Agatha possuem padrões, o que acaba tornando mais fácil de adivinhar o final. No entanto, dentre os 19 livros que já li dela, esse foi o mais diferente (em relação ao mistério), e apesar de achar difícil de adivinhar, achei o caso muito inteligente. Não vi outras resenhas desse livro antes de escrever essa, mas apesar de achar o mistério em si muito bom, imagino que não seja o favorito de muitas por mostrar diversas vezes um pouco mais ?sentimental? que as demais histórias. Na minha opinião, definitivamente vale a pena.