Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres

Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres Clarice Lispector




Resenhas - Uma Aprendizagem Ou O Livro Dos Prazeres


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VANESSA 03/07/2023

Várias aprendizagens
Um livro de crise existencial, descobrimento pessoal e trajetória de uma mulher que busca autonomia. Essa é a história de Lóri uma personagem maravilhosa da Clarice, gostei do livro, não é um livro pra ser lido rápido.
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bardo 28/06/2023

Reler um livro é sempre uma experiência arriscada, a possibilidade de frustração ou de quebra de memória afetiva é grande. Alguns escritores subvertem essa tendência e Clarice é um deles. Na verdade seus livros de um modo geral pedem, exigem e crescem nas releituras. Reler Uma Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres depois de dezessete anos foi talvez uma das releituras mais intensas que já fiz, mesmo para um livro de Clarice.
Com sua proposta aparentemente despretensiosa, não temos exatamente muita ação acontecendo aqui; Clarice nos conta o romance entre Lóri (alias Lorelay) e Ulisses. A maior parte do texto entretanto não tratará do externo, teremos alguns diálogos, mas de um modo geral o que a autora vai nos mostrar é a busca interna de Lóri, seu amadurecimento “guiado” por Ulisses.
Talvez incomode um pouco o leitor a aparente submissão de Lóri a Ulisses, num primeiro momento pode-se pensar que a autora está deixando implícita uma superioridade de um gênero sobre o outro, tal leitura é apenas aparente. O que acontece é que temos duas almas em níveis diversos de desenvolvimento.
A despeito do tema e estrutura enganosamente simples Clarice nos leva com Lóri em uma viagem de autodescoberta e crescimento. São tantas sensações e ideias que a autora joga para o leitor em pouco mais de cem páginas que é de se perder o fôlego. Duas cenas, entretanto, se destacam: a consumação do relacionamento entre os personagens, uma cena bela e simbólica e a talvez mais intensa passagem do livro, o capítulo da festa.
Não é um livro fácil, seu início é um tanto truncado, mas este junto com A Paixão Segundo GH, Água Viva e Sopro de Vida meio que completa os “evangelhos” de Clarice como leituras essenciais da autora.
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ggggggi 26/06/2023

?Uma Aprendizagem? por si só já seria o título perfeito
Confusão mental grande, mas menor do que em Água Viva. Aqui não são as ideias que me confundem, é mais pra a consciência da personagem que me deixa intrigada. Lori é tão complicada que me irrita, nunca conseguiria a decifrar e o mais perto que eu cheguei foi em breves momentos que ela se clareava, quase sempre voltando a estaca zero.
Diferente da Clarice Lispector que eu tinha lido até agora, uma boa experiência por ser diferente do que eu geralmente escolheria, mas talvez não seja tão eu
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AdeusAVersos 25/06/2023

Berna, amor, onde as noites são quietas feito estrelas.
Talvez minha pouca maturidade denuncie meu apego desenfreado pelo livro. Como um feitiço, as palavras adocicadas e a língua gulosa de Clarice me fazem ser criança novamente e desejar incessantemente o gosto uma maçã do amor ou vestir vermelho no inverno, azul na primavera. Ao ler Clarice, me pergunto o que deixei passar. É verdade, o tempo já correu, o vento já levou os sonhos ruins, o trem já partiu da estação. O que ficou? O que remanesce na memória já frágil das feridas de um passado encenado? Do que resta, é possível que se refaça a inocência e dela nasça o amor?

Talvez eu precise reler e mastigar com calma, sem medo de quebrar os dentes, este fruto artifício que Clarice enfeitou ao enlaçar Lóri em si e a Ulisses. Também fundamental é pensar criticamente a obra e o próprio casal, coisa que não farei pois hoje não serei severa, hoje eu quero é...
Craotchky 12/07/2023minha estante
Adorei seu texto!




Jadie 19/06/2023

Profundo
Esse me parece o tipo de livro que precisa de várias leituras pra ser plenamente absorvido... achei fantástico mesmo não entendendo tudo
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bernardohmws 16/06/2023

Eu sou a lóri!
Acho que sou suspeita para falar da clarice. eu simplesmente consigo me identificar com cada personagem que ela cria. saboreei cada página do livro com muita vontade. se eu pudesse descrevê-lo em uma palavra, com certeza seria "amoroso"
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Thaiyna 11/06/2023

Incrível como mulheres não tem sequer uma experiência individual porque a todo momento as ações, pensamentos e víveres de Lori são compartilhados e sentidos por todas nós.
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sofi 11/06/2023

Existência feminina em um livro.
Clarice, por ser mulher e por sofrer tanto quanto nós, descreve perfeitamente um fluxo de consciência após a adolescência, a descoberta do ser mulher e, principalmente, a independência humana. Lindo demais, vai ficar marcado comigo por um tempo, tenho muito pra aprender ali.
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luiyhs 10/06/2023

É um livro totalmente fora da minha zona de conforto, mas de forma alguma é um livro ruim. Depois de ler, entendo as pessoas falando que a escrita da Clarice é pra ser sentida, e não entendida. Eu gostei muito do objetivo que o livro impôs e da forma como foi desenvolvido. Todos temos uma Lóri dentro de nós, e lendo, consegui encontrar a minha.
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Jessie 10/06/2023

APESAR DE...
"Uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de. Apesar de, se deve comer. Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer. Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para a frente..."

Somente a Clarice poderia escrever uma personagem com sentimentos tão profundos sobre o mundo. Me despeço de Lori com muito aprendizado, o de não viver na nostalgia do passado ou na angústia do incerto futuro. Me despeço de Lori, com a mesma ânsia de viver o presente e de se apaixonar pelos prazeres da vida.

"De algum modo já aprendera que cada dia nunca era comum, era sempre extraordinário. E que a ela cabia sofrer o dia ou ter prazer nele. Ela queria o prazer do extraordinário que era tão simples de encontrar nas coisas comuns" ?
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anitalwz 03/06/2023

Esse livro tem umas reflexões tão grandiosas que durante toda a leitura eu só conseguia pensar em como clarice lispector era uma genia.
foi uma verdadeira aprendizagem acompanhar a lori na sua busca de ser.
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Fabio Noret 31/05/2023

Sem palavras
Como tudo o que Clarice escreve me deixa estarrecido, com essa obra não foi diferente. O livro dos prazeres trata de uma temática tão sensível como o prazer e realiza isso de forma bastante bela.

Clarice cria um certo início meio e consumação desse prazer. É como estar numa montanha russa e descer 90 graus direto até o mais profundo do ser humano. Até o mais animalesco possível. Acredito que só consiga dizer isso, por ora.
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iris 31/05/2023

Eu gosto muito da Clarice Lispector. Eu gosto muito da forma como ela escreve. Da forma como ela vê o mundo. Acho que ela é uma das escritoras mais autênticas e geniais que já li, e se hoje eu gosto e aprecio livros e literatura como arte, eu devo isso à ela (e também à professora Amanda, que apresentou para minha turma do 8º ano o livro felicidade clandestina). Eu me identifico muito com suas personagens, com seus pensamentos, e sempre que leio algo de Clarice, chego a me espantar como é que alguém que viveu muitos anos antes de mim e com uma realidade bastante diferente da minha sabe exatamente como eu me sinto com relação à vida e às pessoas.
Porém, apesar de todas essa minhas considerações sobre Clarice e suas obras, infelizmente não foi dessa vez que me afeiçoei com um livro seu. Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres é uma narrativa bastante sensível e intimista sobre autoconhecimento, que traz reflexões brilhantes sobre os mais diversos temas, mas a minha não simpatia com os personagens e com a premissa principal da história fez com que minha experiência literária não fosse a das melhores. Mas, ainda assim, acho que vale muito à pena ler o livro, até porque ler Clarice é sempre uma baita experiência.
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zairapcunha 29/05/2023

Esse livro foi indicação da minha psicóloga. Ainda não entendi 100% o porque, talvez nem chegue a compreender. Mas o tanto que me identifiquei com a personagem e a situação dela para com o rapaz é surpreendente. Há aí uma vontade, um querer, mas prevalecendo a razão acima de tudo. Saber que precisamos primeiro nos encontrar para depois nos doar a alguém. Saber que precisamos primeiro construir coisas como autoconfiança, amor próprio, objetivos que sejam únicos, nossos, para depois poder compartilha-los.

Foi também minha primeira experiência com Clarice. Apesar de a entender como existencialista, ainda não compreendo bem o estilo de escrita dela. Foi muitas vezes poético, filosófico e o final, surpreendente (nada do que esperava, reli algumas vezes para acreditar).

Adorei o livro, espero reler em outro momento daqui alguns anos, depois de passar por outros títulos da autora pretendo voltar a este, com uma visão aprofundada e quem sabe, menos envolvida sentimentalmente com os personagens e sua história para entender com maior amplitude esse livro ao mesmo tempo fácil e complexo.
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