Cris 26/02/2020
Leitura mais que obrigatória...
Escolhi uma autobiografia muito famosa, poucas pessoas não conhecem a história de Anne Frank. Seu sofrimento teve início no ano de 1942 quando a garotinha judia de 12 anos ganhou uma agenda de presente e começou a usá-la como se fosse um diário assim que sua família sentiu a necessidade de se abrigar em um esconderijo com mais quatro pessoas. A casa tinha uma entrada clandestina entitulado de "Anexo Secreto". Em seu diário há relatos de tudo o que a menina sentia; desde coisas sem grande relevância pertinentes à sua idade, até a escassez de mantimentos e notícias sobre a Segunda Guerra Mundial atualizados por um rádio também clandestino.
Os anos foram passando e com eles a esperança deu lugar ao desespero, até que, numa manhã de 1944 o sonho de ser escritora, jornalista e tantas coisas mais chegou ao fim. O anexo foi descoberto e praticamente todos foram levados dali para campos de concentração, apenas Otto Frank, pai da menina sobreviveu e decidiu publicar o diário em 1947 a fim de disseminar não apenas o que a Anne sentia mas todos os presentes naquele local.
Muito se fala sobre seus escritos, mas o que precisamos saber é que o diário tem quatro versões: a primeira delas, chamada de a versão "A", é o manuscrito original de Anne sem cortes. A segunda, ou "B", é a versão revisada pela própria Anne assim que ela escutou no rádio que um membro do governo holandês no exílio, pretendia transformar cartas, diários e afins em documentos históricos assim que a Segunda Guerra terminasse, dessa forma a garota decidiu reescrever tudo usando nomes falsos. A terceira, ou "C", é a versão editada pelo pai. Nela, foram omitidos muitos detalhes considerados desinteressantes. Já a quarta e última, a "D", é a versão revista que foi ampliada e lançada em 1995, a "edição definitiva", de mais de 700 páginas, traz os trechos eliminados pelo pai. Enfim, todas essas edições apenas atestam a autenticidade do diário e mantém a história viva ano após ano.
Sinto que é impossível terminar de ler esse livro e não se ver mudado de alguma forma. Anne Frank com pouquíssima idade teve uma visão inteligente e muito madura sobre todos os assuntos que um adulto deveria dominar. Dói em saber que seus ideais não vingaram, mas graças a seu pai, o mundo pôde e ainda pode aprender com sua filha, ela sem dúvida nos ensinou sobre a vida.
Se eu recomendo a leitura? Você ainda tem alguma dúvida rs? "O diário de Anne Frank" não apenas tem que ser lido, ele PRECISA ser lido por todos.
(...) É difícil em tempos como estes ideais, sonhos e esperanças permanecerem dentro de nós, sendo esmagados pela dura realidade. É um milagre eu não ter abandonado todos os meus ideais, eles parecem tão absurdos e impraticáveis. No entanto, eu me apego a eles, porque eu ainda acredito, apesar de tudo, que as pessoas são realmente boas de coração.