O estrangeiro

O estrangeiro Albert Camus




Resenhas - O Estrangeiro


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doarda 28/08/2023

O Estrangeiro
Meu senhor entenda, eu meti bala neste indivíduo, mas foi por causa do sol!!!
Um daqueles livros que mudam sua mentalidade e te faz pensar, principalmente acerca da filosofia do absurdismo.
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Jubsiu 09/10/2023

Conceitual demais pra mim
Bom, esse livro foi uma leitura didática, então li com 5 pedras na mão e me surpreendi pela escrita ser mais fluída do que esperava. Li ele ja faz umas duas semanas e só não fiz uma resenha antes porque ainda tinha muitas dúvidas sobre a mensagem por trás dele. Depois de uma boa conversa com o meu professor de filosofia, quem falou pra ler o livro, entendi melhor o conceito do livro, a mensagem por trás dele.
A vida deste homem, que na minha cabeça era um bocó por falar "tanto faz" pra tudo, não ligar pra nada o tempo todo, tudo pra ele tava bom, ele não se incomodava com nada e aceitava tudo de bom grado. A reflexão que fiz com a conversa foi: ele era um homem extremamente desapegado, não se lamentava pelo o que ja tinha passado, sentia saudades, claro, mas não se desesperava para sair daquela situação em que se encontrava, que podia ser bem desagradável, aliás. Ele passa a mensagem que o sentido da vida dele, era sempre mudar, nunca se apegava a um lugar específico, o que fazia dele um estrangeiro em todo lugar que ia, nunca tinha um lugar onde pudesse voltar. Isso sem contar que ele fazia o que lhe dava vontade e sempre ciente que, aquilo teria consequências, e estaria disposto a sofrer elas. Desde que estivesse vivendo a vida da forma em que ele achasse sentido.
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lily 30/10/2022

o estrangeiro
é um livro pequeno mas impactante, eu simplesmente amo como o personagem da os detalhes sobre as coisas a sua volta, mínimos detalhes que ele percebe a todo momento e como ele descreve seus sentimentos amorosos por marie de uma maneira mais breve comparado as coisas em que ele observa, é um personagem racional até demais que enfrenta o absurdo cara a cara, estudo filosofia e com certeza é uma obra maravilhosa, muito complementar e essencial pra quem tem interesse no absurdismo de camus ou estuda a corrente filosófica do existencialismo
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José Ricardo 31/07/2013

A Filosofia do Absurdo...
O livro é narrado na primeira pessoa do singular pelo personagem principal, Meursault. A história inicia quando Meursault recebe um telegrama informando sobre a morte de sua mãe. Ele vai ao sepultamento, mas não expressa abalo emocional, tanto que, ao ser questionado por seu patrão sobre a idade de sua mãe, responde: "uns 60 anos". Não bastasse isso, no dia seguinte ao funeral, Meursault inicia um relacionamento com Marie, ocasião em que tomam banho de mar e vão ao cinema, assistir uma comédia.

Meursault leva uma vida comum. Trabalha em um escritório qualquer, tem amigos superficiais, hábitos banais; enfim, vive imerso num quotidiano sem questionamentos de ordem existencial. Ou, como ele mesmo diz: "perdera um pouco o hábito de interrogar a mim mesmo".

A despeito disso, em certa ocasião, de repente se vê envolvido em um crime na praia. O fato resulta em sua prisão e no curso do processo ele não sabe ao certo o que está ocorrendo. Afinal, não entende nada sobre Direito e, por conta disso, naquele ambiente hermético é como se fosse um estranho; um "estrangeiro". Está à sorte da empatia e benevolência de seus semelhantes, os quais, por sua vez, demonstram uma postura muito mais para o individualismo do que para o solidário.

Vale destacar, dentre várias, a passagem em que o juiz reconhece em Meursault o próprio anticristo apenas por ambos não seguirem as mesmas convicções religiosas...

Interessante, também, a fala do jornalista, que fazia a cobertura do caso, quando se aproxima de Meursault e diz: "sabe, tivemos que aumentar um pouco o seu caso. O verão é uma época morta para os jornais. As únicas histórias que valiam alguma coisa eram a sua e a do parricida."

Como se percebe, a obra é repleta de leituras nas entrelinhas, além de ser compatível com a chamada filosofia do absurdo, da qual Camus era adepto.

Para a filosofia do absurdo a vida não tem sentido algum. As pessoas é que buscam sentido nas coisas para aliviarem o sofrimento humano. Mas a vida é só a vida e nada mais. O ser humano, no fundo, não sabe de onde veio, para onde vai ou o quê está fazendo aqui. O ser humano é um "estrangeiro" no mundo e vaga ao acaso e a sorte dos mais variados e aleatórios acontecimentos, os quais não compreende ou detém controle. Não bastasse tudo isso, este mesmo ser humano ainda tem que conviver com seus semelhantes, o que torna a vida ainda mais difícil do que já é.

Albert Camus nasceu na Argélia - e não na França - e recebeu prêmio nobel de literatura por seu legado. "O Estrangeiro" é um livro curto em palavras, mas denso de significados. A dificuldade em compreender seu significado reside em sua própria ausência de significado, assim como ocorre em relação à vida. Este, portanto, é seu maior significado. Neste aspecto, Camus é coerente com seu pensamento: a filosofia do absurdo...
Pedro Sanches 21/09/2013minha estante
É realmente um ótimo livro, e parabéns, adorei a resenha.




gabriel 08/06/2021

Excelente e melancólico livro

Achei um livro bastante intrigante, mas muito bom. O protagonista é um "esquisitão" muito parecido com o protagonista de outro livro, o "A Náusea" do Sartre, mas aqui ele parece refletir menos sobre isso e aceitar mais a sua condição. É um livro marcado por um conformismo muito pronunciado, com o qual nos identificamos muito rapidamente.

São passagens muito bem escritas, algumas são bastante poéticas (ainda que erráticas), seria fácil abrir qualquer página deste livro e extrair algumas ótimas citações e frases, mesmo fora de contexto. É um livro cheio de trechos muito bem sacados.

O protagonista (que, acredito, seria "o estrangeiro", ainda que eu não tenha entendido se ele era um francês na Argélia, ou se ele era argelino) é um tipo antissocial, indiferente e absolutamente blasé, o que é mostrado de maneira já imediata na primeira situação do livro (a morte da mãe). Ele parece não ligar muito, o que terá implicações no desenvolvimento do livro. Falar sobre isso seria revelar um importante spoiler, então não cabe aqui.

Mesmo ele sendo um sujeito frio e indiferente, sentimos uma identificação muito forte com ele, o que é um dos trunfos do livro. A maneira como ele narra as coisas é irregular, parece alguém com o pensamento solto, às vezes uma frase não engata na outra, mas isso é proposital e cria um efeito na leitura. Parece alguém meio fora da realidade falando.

É comum o livro focar em sensações, como o calor do sol, as ondas do mar, o contato dele com a namorada, etc, então o livro é sensorialmente uma experiência muito rica. Ao mesmo tempo em que o protagonista é indiferente ao mundo (e aos homens), ele presta muito a atenção em cheiros, cores, o que não deixa de ser um pouco irônico (ou melhor, "ambíguo" acho que seria a palavra).

Adorei o livro, mas é uma experiência um pouco amarga, inclusive li um trecho ontem antes de dormir e acho que isso chegou a perturbar meu sono, o que raramente acontece comigo numa leitura. É, então, um livro muito tenso, é uma leitura fácil e bonita, mas as características do personagem principal e como ele passa a ser tratado tem um ar muito melancólico e um pouco perturbador.

Vale mencionar também como o autor trabalha a questão do sol, da luz e do calor. Estes são quase que personagens a parte no livro, gerando um grande simbolismo e tensão. Em vários momentos o sol forte aparece, ou pontuando os momentos, ou mesmo servindo de motivação. É uma característica que torna a obra ainda mais ambígua e enigmática.

Na verdade, "o estrangeiro" parece se referir mais à condição do personagem (que seria realmente um "estrangeiro" na sua própria existência) do que ao fato de ele ser de algum país, então acredito que tenha mais este sentido mesmo. Chutaria aí talvez alguma crítica à colonização francesa também (os árabes aparecem em vários momentos, ora como vítimas, ora como "ameaças"), mas isso não fica exatamente claro.

Enfim, um ótimo livro, muito difícil de o compreender num primeiro momento, amargo, melancólico, com várias faces e muito bem escrito. Recomendo-o fortemente.
Amanda 08/06/2021minha estante
ja acabou?!


gabriel 08/06/2021minha estante
não é um livro longo


ana 09/06/2021minha estante
Muito insteressante! Já coloquei em minha lista :)




Gi 20/12/2023

O nada incomoda
Como é possível uma personagem deixar a gente com raiva?
Como pode incomodar tanto a inércia de outra pessoa?
Porque uma pessoa não consegue ser indiferente ao mundo, sem que as pessoas ao seu redor interfiram na sua vida?
Acho que não dá, e este livro é a prova de que o nada incomoda.
Livro incrível e merece releituras anuais, para você refletir sobre sua vida.
Adorei!
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Lih 31/03/2020

Curto, mas muito interessante. O protagonista é um personagem que, ou vai ser amado ou odiado.
Recomendo.
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Diego Santos 22/01/2024

A melhor escrita que já vi na vida. Que autor formidável!
Antes de escrever sobre o livro, vou escrever sobre meus métodos de leitura.
Para que minha cabeça funcione e absorva bem os conteúdos, gosto de intercalar temáticas de livros. Leio um livro de ficção, depois leio um livro de filosofia, ensaio, política ou temáticas da vida real.

Camus tem alguns livros de ensaio, este não é um deles. Porém, por não conhecer sua obra e não ter pesquisado antes, eu não sabia disso. Logo nas primeiras páginas me deparo com uma obra que se vende como ficção. Então "quebrei" o ritmo de leitura que sempre tenho, mas devido à boa escrita, continuei.

Na parte final do livro há o julgamento do personagem, que diga-se de passagem, é bem injusto. Não é um spoiler, seria um spoiler se eu entregasse o contexto.
Este julgamento mostra uma visão incrível do autor acerca do que a sociedade se importa. Mostra quais são os valores que levam em consideração ao julgar alguém.

Para o todo da sociedade, não importa o que você fez, qual crime cometeu, ou o que você faz no seu dia-a-dia. Importa apenas a impressão que você passa, tanto faz o que há na sua cabeça que te leve a passar uma impressão errada.

E dito isso, não consigo classificar este livro apenas como um romance formidável do Camus, e sim como um "Romance Filosófico e reflexivo sobre quais valores nossa sociedade leva em consideração".

Obra prima!
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Daraj 24/01/2021

Até tornar-se estrangeiro de si
Uma leitura que corrói em momentos que emergem muitos questionamentos. Conta-se a história de um homem que aparentemente não sofre e que é indiferente a tudo que lhe acontece. Com Sartre entendemos que todas as escolhas feitas acarretam em consequências. Kierkegaard aponta o sentimento de Angustia que atravessa o ato de escolher. No absurdo de Camus é apresentada a ideia de uma consciência esvaziada perante inumeras cadeias de acaso, das quais são tão simples e muitas vezes independentes de nós, e é por isso que tem-se a postura de conformismo. Assim, diante de um sofrimento que aflinge, o personagem constrói o movimento de racionalização de uma situação até perceber que isso não tem importância, conformando-se. Assim, tornando-se estrangeiro de tudo e de si. Essa é perspectiva do personagem, que dispensa ideologias, religiões e verdades que expliquem o sentido da existência humana.

A personalidade de Mersault é muuito complexa e por vezes contraditória. Vi em algumas resenhas que pra entender melhor a Teoria do Absurdo de Camus as lacunas que ficam em O Estrangeiro são preenchidas com os outros livros do Autor. Então aí vou eu enchendo minha listinha novamente. Por fim, o livro é curtinho, mas os pensamentos que ele alfineta são bem necessários.
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ElisaCazorla 04/08/2015

Qual a diferença entre o cachorro e a mulher que são surrados?
Este livro me atormentou um pouco...ou muito, não tenho certeza. Ainda estou digerindo. No início do livro senti uma certa aversão pelo protagonista, depois senti vergonha por ter me sentido assim com relação à ele. Depois fiquei buscando sentir empatia ou criar algum laço e quando não consegui nada disso me atormentei e me perguntei por que não era possível. Ao final, me deparei com um espelho terrível e com um conflito: a vontade de ser como o protagonista e o pavor de ser como ele. Acho que terei que ler esse livro mais vezes para que ele não persiga meus pensamentos.

Uma obra prima que deve ser lida com cuidado.
Carol Montezuma 04/08/2015minha estante
Merecia mais uma estrela, vai... ; )


ElisaCazorla 04/08/2015minha estante
Coloquei 5 estrelas =] você tem razão =]


Catia.Rissardo 30/08/2015minha estante
Eliza, faço das suas palavras as minhas. Sem tirar nem por.


gs 03/10/2015minha estante
Eu me senti um pouco atormentada também! Parece que todos em algum momentos somos igual o protagonista só não nos damos conta.
Depois de ler este livro eu fiquei algum tempo com aquela sensação de desconforto; mas vale a pena parar pra refletir.




Dry 30/12/2023

"Viverá de uma certa maneira, poderia ter vivido de outra"
Fiquei digerindo esse livro o dia todo, pensando e pensando a respeito de tudo que ocorreu a Mersault, já fazia um tempo que eu não lia algo que me fizesse visualizar a situação como se ela estivesse ocorrendo diante dos meus olhos. No início até 90% da primeira parte, em momento algum consegui me afeiçoar ao personagem, pelo contrário, seu estado de "Não sei, tanto faz" me causava repulsa pela falta de iniciativa perante as pequenas escolhas da vida, ao ponto de me questionar se ia realmente valer a pena terminar a leitura. Mas que bom, vejo agora que prossegui, são tantas as suposições a respeito de Mersault, será que ele tinha algum traço de psicopatia? O que o tornará tão indiferente? São questões que só o autor saberia responder... Mas olhando para a situação na qual se meteu, vemos que não existe uma real explicação para oq se aconteceu, seria um impulso? Também não saberemos... Mas por fim vejo outra faceta de Mersault, quando ele verdadeiramente se dá conta do que está acontecendo com sua vida, de tanto não saber, ele chegou ao ponto que viu seu destino escolhido por outros, digo isso porque diante da sua insensibilidade , acredito que ele não mediu suas atitudes e companhias, ele simplesmente viveu o "deixa a vida me levar, que lhe custou a liberdade, situação na qual fez aflorar nele o seu lado racional, que fica visível quando ele se questiona o pq de não ter lido mais, não ter aproveitado mais certos momentos e até mesmo as memórias de falas da mãe que ele trás a mente. Mersault só passa a ser uma pessoa verdadeiramente interessante após essa tragédia, pois ele mostra que existe sim alguém com quem ele se importa, si próprio. E que de alguma forma seu gatilho encontra-se quando alguém o confronta com a religião.
Elton.Oliveira 30/12/2023minha estante
Esse foi um dos bons livros que li nesse ano !


Dry 30/12/2023minha estante
Emerson, também achei um dos melhores do ano. ?


Wendel 03/01/2024minha estante
O Absurdismo proposto por Camus e visto nesse livro é algo de fazer pensar bastante. Um dos melhores livros que li na vida, a pegada existencialista é sensacional. "Se iremos morrer de qualquer forma, por que irei me preocupar com a morte em si?"




Kelly_kastro 14/09/2023

Intrigante
Eu me sinto um estrangeiro, passageiro de algum trem que não passa por aqui, que não passa de ilusão?.
Achei a leitura fácil do início ao fim, no entanto creio q toda situação poderia ter sido facilmente evitada kkkkk.
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Joao.Gabriel 03/11/2021

Gostei da obra. A escrita é diferente, algo meio único, apesar de fazer companhia pra Hemingway e os autores dessa técnica narrativa. A narrativa é como um diário, onde Meuersault se limita a descrever as coisas no presente. Não tem descrição demais, é ação atrás de ação.

Sobre a questão do absurdismo, dá pra perceber esse conceito todo permeando a trama da história.
Única coisa que me fez tirar meia estrela foi uma defesa óbvia pro protagonista, mas que Camus não usou. Mesmo que o propósito tenha sido deixar Meuersault como culpado, acho que teria sido válido utilizar dessa hipótese.
Recomendo
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Maria16577 28/10/2022

Pra mim foi meio que uma versão pocket de O Processo. Mais simples, mas tão eficiente quanto em demonstrar o quanto o Direito acaba sendo, na prática, mais um jogo vazio de discursos, parcamente fundado em uma visão desesperada do que quer que seja o jeito certo de se demonstrar humanidade. Não me engajei tanto quanto gostaria, mas achei muito bom.
SimoneSMM 29/10/2022minha estante
Vou colocar esse entre os meus próximos


Maria16577 29/10/2022minha estante
É muito bom, e rapidinho de ler!




Marcus Fer 11/05/2021

Excelente obra
Um dos melhores livros que já li até hoje, a escrita é fluída... Apesar de conter palavras incomuns atualmente.
De modo geral os personagens secundários não são tão empolgantes, porém cada um é bem explorado durante a história e ambos são importantes no decorrer da história.
Em contra partida o personagem principal Patrice Mersault é um excelente personagem, em alguns momentos se mostra ser uma pessoa fria, egoísta, até mesmo desumana, é praticamente um sociopata.
Os relatos e sentimentos de Mersault são muito ricos e impactantes, o desenvolvimento da história é imprevisível, todos os pequenos detalhes que aparentam ser até mesmo banais, culminam no glorioso final.
Em partes o livro é bem reflexivo, apresentam dúvidas sobre valores, escolhas, destino e o sentido da vida.

Nota 9/10
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