A peste

A peste Albert Camus




Resenhas - A Peste


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Tay ð· 01/04/2022

Foi como reviver 2020-2022 no ano de 1947, é até assustador.
A leitura foi devastadora mas necessária, foi como reviver a pandemia da COVID-19 desde o início. É desolador ver como a história se repetiu, apenas a doença mudou, foi como reviver 2020-2022 no ano de 1947, é até assustador.

Durante a leitura, são contados detalhes da epidemia, desde quando surgem os primeiros rumores. Podemos ver cidadãos "impacientes com o presente, inimigos do passado, e privados do futuro". Quando a epidemia fica fora de controle e atinge o seu auge, os corpos começam a ser enterrados de qualquer forma, os preços das coisas a subir desordenadamente, os amigos e a família partem sem poder dizer adeus.

Dúvidas, medo, perda lenta de esperança. No final, ver as coisas voltarem ao normal "mas a que podemos chamar um regresso a uma vida normal"? A impaciência de uns poucos põe em risco a vida de milhares de pessoas.

Não é porque as coisas estão a começar a acalmar que devemos esquecer tudo sobre o tempo de sofrimento. As pessoas começaram a morrer depois das coisas terem voltado ao normal, imagine sobreviver no auge da doença e de morrer quando se diz que foi "erradicada".

E por fim pensar que, " viria talvez o dia em que, para desgraça e ensinamento dos homens, a peste acordaria seus ratos e os mandaria morrer numa cidade feliz."

?? P.S. Leitura de março do #monobookclub
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lorena 30/03/2022

ler isso aqui há dois anos teria me poupado muita energia gasta em reagir ao presente enquanto testemunha ocular da história. eu me senti lendo um livro sobre a pandemia de covid que o autor trocou o nome das pessoas pra nao ficar chato. tem até o átila
Matheus 30/03/2022minha estante
Kkkkkkkk




Yoyo 28/03/2022

Mentalmente exausta
Livro do mês de março do #MonoBookclub, esse livro simplesmente transformou meus neurônios em sopa de letrinhas.

Um livro mto difícil para mim, que tem o pai e mãe trabalhando em hospital e foram expostos ao covid desde o começo da pandemia.

Acompanhar os diversos personagens em sua própria epidemia de peste me fez pensar em como a história está fadada a se repetir de tempos em tempos.
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Rafa.Dulce 28/03/2022

Sofrimento da história e da leitura
Ler "A peste" é relembrar todo o sofrimento, a angústia, a dor e a esperança que a humanidade sentiu há 1, 2 anos. Com uma leitura igualmente torturante e inquietante, a epidemia descrita por Albert Camus pode ser comparada a uma guerra, em que homens resilientes lutam contra a dor, o desespero e a morte. Esse clássico da literatura contemporânea foi escrito em 1947, mas parece que foi um testemunho da pandemia da Covid-19.
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LimaJr 16/03/2022

A peste não desaparece nunca
O livro de Camus proporciona uma viagem pelo reino da peste. Não há sensacionalismo, o tema é tratado com a justa sobriedade e gravidade, em cenas do dia a dia de uma cidade empesteada.
Quase sem perceber, o leitor sai da narrativa de pessoas vivendo vidas livres e apenas com preocupações ordinárias e quando menos espera, saberá como é a vida de pessoas aprisionadas pela peste.
Daí, já não há o que fazer senão enfrentar as sucessivas e enormes provações que terão pela frente.
Nem todos vão perecer, mas ninguém será poupado dos sofrimentos que o isolamento e exílio impõem.
Durante a peste, para aqueles que fizerem as escolhas melhores haverá ao menos o aprendizado sobre aquilo pelo qual vale à pena viver, apesar de tudo. Mas quem sabe se estará vivo no dia seguinte?
O Brasil e o mundo experimentaram desafios semelhantes na pandemia de Covid-19. Aprendeu-se muito, mas nem todo mundo aprendeu.
Porém, viver em uma cidade sitiada pela peste impõe sofrimentos e desafios ainda maiores.
Não à toa, frações expressivas da humanidade foram dizimadas nas grandes pandemias de peste em séculos passados.
E nada garante que o mundo se livrou para sempre de novos flagelos. Afinal, a peste não desaparece nunca.
Assim como a peste não anunciou o seu fim em épocas passadas, também não anunciará o dia da sua chegada, nem o tempo que pretende ficar.
Conhecendo e reconhecendo a peste que pode privar um povo de suas liberdades, podemos desde já escolher viver e lutar pelo que realmente importa, embora isso seja algo que só se enxerga melhor depois que se vivencia uma grande calamidade.
A leitura de um romance como A Peste é o mais perto que podemos chegar de tal epifania sem precisar sofrer os horrores da peste.
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Gabriela 16/03/2022

2020 em 1947
"Nada no mundo vale que nos afastemos daquilo que amamos. E, contudo, também eu me afasto, sem que possa saber por quê."

Esse livro é uma pancada atrás da outra. Segundo livro que retirei na biblioteca, e por conta disso não pude encher ele do início ao fim de post-its. Se fosse meu, estaria marcado a cada 5 páginas. Não sei se era intenção do Camus colocar tantas frases de efeito fortes assim, mas não ficou cliché, nem exagerado ou forçado. Elas couberam.

A história sobre uma epidemia obrigando a cidade inteira a entrar em quarentena e lidar com os empecilhos da doença, considerando o grupo e não o individual... Camus deveria ter vivido pra ver seu livro ter um live action.
Depois de ler e achar sensacional, lá pelo final do livro já, descubro que é uma alegoria pro nazismo. Os nazistas invadindo a França. Coisa que eu não fazia a menor ideia quando resolvi ler o livro. Isso significa o que? Que preciso ler novamente.

Os personagens são muito interessantes, cada um representando um "poder" na cidade (religião, justiça, medicina, imprensa e etc). Tem até o maluco que estava feliz com o a epidemia.
O início é sensacional, daqueles que prende. A primeira parte do desenvolvimento eu senti que esfriou um pouco, eu esperava algo mais visceral, e não foi tanto assim. Mas logo depois ele volta a ser excelente. Tenho certeza que o impacto da segunda leitura vai ser ainda maior.
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Ana 15/03/2022

chega a ser assustador o quanto é possível nos enxergar nas situações e, principalmente, nos sentimentos das personagens de Camus - este fato foi o motivo de ficar super envolvida com a narrativa e ao mesmo tempo sentir um pesar que dificultava lê-la com pressa.

*informação aleatória* infelizmente baixei uma versão péssima, mas não tenho dúvidas que ele entrou na minha lista de livros para se ter na estante e a releitura está garantida para um futuro não muito distante.
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sr. felix 04/03/2022

"Mas o que quer dizer isso, a peste? É a vida, nada mais."
Uma cidade pacata é invadida por ratos que morrem aos montes nas ruas. A morte dos ratos dissemina uma peste tortuosa que cresce paulatinamente os níveis de infecção e mortalidade. Uma réstia de homens insatisfeitos se levantam para combater este mal, e tal decisão ergue a coragem da sociedade para juntar-se à luta. Os esforços coletivos foram eficientes em certa medida, diminuindo o suplício de alguns e refreando o galgar indolente da doença. Mas não será surpresa anunciar que a peste vai assim como veio. Cansada de tripudiar sobre a dor e a impotência dos homens, foi ela mesma, a peste, quem tomou a decisão de partir. Mas a precipitação do anúncio não estraga a experiência da leitura, meus caros. Longe disso! Mais importa saber que neste livro o crepitar do desespero e o cheiro acre da morte arrasta-se lentamente através das páginas, toca os dedos do leitor com amargura e sussurra impiedosamente as obscenidades do sofrimento.

Orã, para além de uma cidade, é a representação do próprio mundo. Ainda nas primeiras páginas o narrador nos apresenta uma singularidade dessa cidadezinha que não se restringe somente a ela, mas que é um fato universal: "Em Orã, como no resto do mundo, por falta de tempo e de reflexão, somos obrigados a amar sem saber". Acomodados numa vida em que as futilidades suplanta a deliberação, eles e nós vivemos sem saber por que amamos o que amamos. E é no instante tardio, quando a peste isola a cidade com seus habitantes, causando separação entre os seres amados, só aí, no degredo do objeto de sua afeição, é que a reflexão desprezada chega em forma de angústia. Além disso, em qualquer lugar onde o pensamento sobre o amor é negado, certamente a ideia da morte também será banalizada. E é aí que está, ao menos para mim, a essência do livro. Esquecemos que já nascemos contaminados. Ou fazemos de tudo para esquecer. Todo ser humano é um empestado. A peste é o existir. Existir e saber que deixará de ser. Talvez lutar contra ela seja o nosso objetivo. Mas, convenhamos, não é esta uma luta que já se inicia perdendo?
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Isa 02/03/2022

A peste
Livro importante para o momento em que estamos vivendo hoje, mostra a mesma realidade mas em tempos passados. Só achei a leitura um pouco cansativa, porém com um conteúdo que nos faz repensar sobre o presente.
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Karina252 28/02/2022

Simplesmente perplexa
De fato, esse livro é muito atual, principalmente porque vivemos uma pandemia e algumas guerras.
Com uma narrativa profundamente angustiante, é incrível como o autor narra os acontecimentos na cidade de Or?. Salvo alguns poucos momentos que os personagens encontram algum alívio, a cidade é tomada de aflição, medo e desesperança.
Recomendo muito essa leitura, ela nos faz refletir sobre nossas atitudes e sentimentos, além de ser uma história que continua viva.
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Martony.Demes 24/02/2022

Eis mais outra leitura em 2021: A Peste, de Albert Camus.

Como pode ter observado, Camus tornou-se uma figura cativa em minhas recentes leituras. Primeiro, pela qualidade de suas obras ao mesmo tempo simples e metafórica que nos faz refletir sobre diversos assuntos e bem atuais! Talvez, por entre tantas qualidades, ele foi laureado com o nobel da literatura.

Pois bem! O romance A peste apresenta um cenário de uma cidade, Orã, na Argelia, Terra Natal do autor, que é acometida por uma epidemia (tão atualíssimo em) causada por ratos, a peste. É um cenário de horror: as mortes vão se multiplicando exponencialmente e é preciso que autoridades sanitárias e públicas tomem atitudes severas para combater, inibir e erradicar essa doenca. Onde será que estou vendo esse cenário…

Bem, pesquisei depois que a peste do livro foi inspirada na epidemia da cólera ocorrida na mesma cidade, no século 19. Porém, a metáfora da peste, no ämbito do livro, se refere a guerra, a invasão dos nazistas às cidades ocorrida bem proxima da publicaçao da obra! Os ratos, nesse caso, vestem farda, usam armas mas dizimam da mesma forma! Genial, esse Camus em!?

Não vou citar detalhes da narrativa para provocar os que aqui veem, leiam a obra!

Não obstante, quem quiser dialogar sobre a obra, exponha aí nos comentários sem hesitar.
#camus #leitura #livro #literatura
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Fla 24/02/2022

A Peste
Camus retrata uma epidemia na cidade de Orã na Argélia. Narrado pelo médico Rieux que trata desde os primeiros infectados até personagens próximos, o livro nos faz refletir sobre as relações humanas e é possível fazer várias comparações com a atual epidemia de coronavírus.
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Lari 22/02/2022

Tão atual e necessário
Li que a intenção de Camus com esse livro, publicado em 1947, era com a peste fazer uma metáfora com o nazismo. Sim, consigo entender crítica as opressões, mas fico mais impressionada com um livro de mais de 70 anos conseguiu prever o caos do COVID e as medidas públicas restritivas em decorrência da pandemia. O livro, em forma de relato, é minucioso quanto às medidas drásticas tomadas e os impactos nas pessoas. Achei sensacional, arrependi de não ter lido antes (fiquei levemente paranóica no início da pandemia), mas feliz de ter lido. Está entre minhas leituras favoritas de 2022 já
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Kenia 06/02/2022

"Houve no mundo igual número de pestes e de guerras. E contudo, as pestes, assim como as guerras, encontram sempre as pessoas igualmente desprevenidas."

Em "A Peste" de Albert Camus, primeiro os ratos começam a morrer em Oran, Argélia. Os ratos mortos estão por toda parte, nas ruas, nos degraus das portas, nos porões. Depois os ratos param de morrer, e todos suspiram de alívio, alívio esse que não perdura muito já que algumas pessoas começam a morrer de maneira semelhante.

As pessoas da cidade ficam confusas no início quanto ao que está acontecendo, mas só se incomodam com a sujeira e pedem imediatamente que as autoridades façam algo a respeito. Porém, quando as pessoas começam a morrer, o governo adota uma atitude de "esperar para ver" ao invés de alarmar o público. O Dr. Rieux, nosso protagonista, pede que medidas imediatas sejam tomadas, solicitando uma vacina, pois teme que a doença possa matar metade da cidade. Sua principal preocupação é salvar o maior número de vidas possível.

"Havia os sentimentos comuns, como a separação ou o medo, mas continuavam a colocar em primeiro plano as preocupações pessoais. Ninguém aceitara ainda verdadeiramente a doença."

Isto mostra o poder da indiferença e da negação presentes na cidade, a praga metafórica do romance. Somente quando as coisas tomam maiores proporções e os cidadãos se tornam prisioneiros da peste sob quarentena total, é que eles percebem quão pouca prioridade deram às coisas que mais lhes importavam, sugerindo que é questionável se eles eram realmente "livres" antes da peste.

É nesse momento que o romance lida especificamente com o impacto emocional e psicológico que a peste tem sobre os cidadãos. Muitas pessoas na cidade ficam inquietas, outras recorrem à festas sem hora para acabar, e muitos caem em profundas depressões.

Acompanhamos especificamente um grupo de homens unidos para derrotar a peste assim como afastá-la de si mesmos. Há o melancólico Cottard; o escriturário perfeccionista Joseph Grand; o juiz Othon; o padre Paneloux que critica ferozmente a negligência do povo de Oran e adapta seu sermão para ajudá-los a encontrar a paz; o jornalista Rambert que estava só de passagem pela cidade e acaba sendo encurralado pela peste; o Dr. Rieux, o médico que busca tratar o máximo de pessoas enquanto sua esposa está doente em um sanatório fora da cidade, e Jean Tarrou, um ex-combatente republicano espanhol que sai de casa por abominar a pena de morte e que cria uma força voluntária para derrotar a peste.

A Peste lida especificamente com um surto de doença em uma pequena cidade - e não uma pandemia global. Camus inclui algumas informações médicas sobre a peste: seus sintomas e propagação. Mas o livro é mais sobre como os personagens reagem sob imenso estresse. Ele mostra que somos, em sua maioria, impotentes contra a força bruta da natureza. Alguns dos personagens falam de Deus e da religião, mas a maioria deles tenta buscar sua própria determinação para lidar com os terrores da doença.

"O mal que existe no mundo provém quase sempre da ignorância, e a boa vontade, se não for esclarecida, pode causar tantos danos quanto a maldade. Os homens são mais bons do que maus, e na verdade a questão não é essa. Mas ignoram mais ou menos, e é isso que se chama virtude ou vício, sendo o vício mais desesperado o da ignorância, que julga saber tudo e se autoriza, então, a matar."

Em quase toda a história, foi assustador ler e perceber que o que eles passaram em Oran é bem semelhante ao que estamos passando desde 2020. Quer se trate de desinformação, exagero, estocar e acumular coisas, exploração, etc. É... infelizmente o ser humano nunca muda. Outra coisa é que o tema morte nunca é fácil, nem mesmo para um médico que podemos erroneamente presumir estar mais do que acostumado a isso. E que, quando tudo mais falha, há sempre uma força maior a quem todos nós podemos recorrer.

Bom, se você está à procura de um livro feliz, infelizmente não é este. É sombrio, desanimador, e pode colocá-lo em uma crise existencial. Caso decida embarcar nessa leitura, esteja alertado. Os personagens de Camus tentam dar sentido a suas vidas miseráveis, mas sua resistência contra a peste é um tentativa inútil. Só que embora seja um romance sombrio, A Peste também é estranhamente edificante assim como os romances existenciais podem ser. Nada importa depois da morte, mas isso não significa que a vida não possa ter sentido, um sentido ganho através do amor e da bondade de uns para com os outros.

"O bacilo da peste não morre nem desaparece nunca, pode ficar dezenas de anos adormecido nos móveis e na roupa, espera pacientemente nos quartos, nos porões, nos baús, nos lenços e na papelada, E saiba, também, que viria talvez o dia em que, para desgraça e ensinamento dos homens, a peste acordaria os seus ratos e os mandaria morrer numa cidade feliz."
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