A peste

A peste Albert Camus




Resenhas - A Peste


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Ana 31/07/2021

Atemporal!!!!
O romance A Peste foi publicado em 1947, pouco após o fim da Segunda Guerra Mundial, e conta a história da chegada de uma epidemia à cidade argelina de Orã. O personagem principal é um médico, Rieux, que combate a doença até o momento em que ela se dissipa, depois de muitas mortes. O narrador descreve como a população reage, indo da apatia à ação, e como alguns se expõem a risco para enfrentar a disseminação da peste.
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Arthur 28/07/2021

subestimei um pouco o livro e a leitura inicial, porém, quando se passou umas 30 paginas de leitura, o livro se desenvolve de uma forma que mostra a grandeza do autor, indicaria essa obra pra qualquer pessoa, livro muito bom
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Lukedo 24/07/2021

A Peste
The Plague - Albert Camus (1 reading): 76/100

Existe algo de poético na fragilidade que envolve a vida humana, e essa se torna clara na situação que envolve a trama do livro.

Sinceramente, sempre tive um preconceito com Camus. Toda essa filosofia absurdista, vinda de um ateu materialista, simplesmente nunca fez minha mente.

Fácil imaginar que eu sempre me esquivei de ler qualquer obra dele, porém, ao visitar meus avós, encontrei uma edição datada do natal de 75 na biblioteca do meu avô ? presente que ele recebeu da minha falecida tia-avó, que nunca tive a oportunidade de conhecer.

Então, me coloquei na leitura desse livro por alguns dias, e ele me surpreendeu por não ser um panfleto filosófico do existencialismo disfarçado de romance, mas um livro realmente interessante e consistente.

O início da narrativa nos apresenta Rieux, um médico que eventualmente travará uma espécie de embate contra a peste, na tentativa de salvar o máximo de pessoas possíveis.

A retórica de Camus é seca, o que me leva a acreditar que este é um dos motivos dos quais esse livro atingiu um status "cult". Frases como "sofrem, sem saber porquê" e "a peste é a vida" são recorrentes na narrativa, que mesmo sendo frases que pouco adicionam na descrição, incrementam para a atmosfera do livro.

Personagens como Paneloux, Cottard e Grand são, definitivamente, a melhor parte do livro. Seus dilemas pessoais são narrados de forma magistral. As crises de fé do padre, o remorso de Grand e a felicidade ? e eventual angústia ? de Cottard (que eu diria ser o personagem mais interessante do livro), tornam a narrativa mais interessante até mesmo do que quando é narrado os eventos dos personagens "principais", como Rieux, Tarrou e Rambert.

Os "tramas secundários", que foi a forma que decidi denominar essas sessões, são outra parte interessante do livro. Muitas vezes o narrador descreve eventos que generaliza os cidadãos de Oran, assim vemos reações gerais à epidemia, como crises de fé, rebeliões contra a injustiça e insatisfação com o governo.

A parte alegórica do livro é, também, interessante. A peste mostra o absurdo da vida, que pode subitamente nos pôr de cabeça pra baixo. Clichê, porém bem executada.

No geral, a trama é interessante, mas seus pontos negativos também são gritantes: A retórica de Camus por vezes alterna entre cansativa e prolixa para seca e sem-graça. Existem capítulos que parecem inúteis, e a revelação do último capítulo chega a ser decepcionante, como que se o autor teve a idéia de última hora.

No fim, A Peste é um bom livro, mas a parte mais interessante dele é contrapor-o com a situação que passamos na pandemia de 2020, eu gostaria de ter o lido antes desse evento, pois desde então, essa leitura nunca mais será a mesma. Assim sendo, apesar de não ser um livro perfeito, é uma leitura que eu recomendo para todos.
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Rodrigo 24/07/2021

Ainda que eu tenha gostado mais de "O estrangeiro", "A peste" é o grande livro de Camus, e um clássico da literatura. Na condição de obra atemporal, o livro permite grandes reflexões sobre a sociedade e a alma humana.

Cada um de seus personagens é uma caricatura, quase um tipo ideal weberiano: temos o voluntário bom samaritano, o padre descrente, o sujeito desesperado no ambiente de quarentena e com racionamento de produtos alimentícios, aqueles que querem tirar vantagem da situação, o indivíduo insano que se acostuma e passa a apreciar viver nesse ambiente.

Enfim, sujeitos em busca de justiça em uma situação desesperadora, o que quer que signifique a justiça para cada um deles... E, nesse sentido, importante ressaltar que as decisões políticas nem sempre foram justas (ou ao menos as mais acertadas), seja porque agiam de má fé, por interesses obtusos ou egoístas, por desconhecimento da doença, etc.

Trata-se de uma bela crônica de indivíduos que formaram uma comunidade que lutou contra um inimigo em comum, a peste. No final das contas, mais importante do que o sucesso ou não no enfrentamento da epidemia, da morte ou não de alguns indivíduos, o principal mérito da obra é narrar em detalhes essa situação desesperadora, expor as estratégias dos indivíduos frente à doença, suas interações, e as transformações psicológicas dos personagens que passaram por essa situação.
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ferbrito__ 12/07/2021

Eu já havia lido esse livro e relendo agora lembrei o motivo de ele estar entre meu top 10 livros favoritos. Quando eu li em 2019 nunca imaginaria que em 2020-2021 estaria vivenciando uma situação semelhante a de Riuex, achava uma loucura o descaso do governo com a peste. Mas hoje, em meio a todo esse caos eu percebo o quão verídico esse livro é, mesmo se tratando de uma ficção.
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Dani Carrara 12/07/2021

É impressionante o deja vu que eu tive quando o autor começou a narrar sobre a cidade entrando em quarentena. Assustadoramente real. Recomendo.
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Mario.Marianno 08/07/2021

Os dias de hoje... cem anos atrás.
A similaridade do livro com os dias atuais é surreal. Baseado na experiência europeia da peste bubônica, vemos que as soluções básicas de hoje, foram usadas a mais de cem anos atrás. A frieza com que é conduzida a trama pode ser comparada a frieza quando falamos números de mortos e não os seus nomes. Livro impactante pelo momento que vivemos, demorei a ler mais do que planejei (bem mais!) pois em alguns momentos, era impossível prosseguir.
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Arthur Sanches 07/07/2021

O que Camus faz nesse livro é inacreditável, ainda mais considerando que estamos vivendo um cenário de pandemia. ele descreve com riqueza de detalhes o que é passar por um momento deste. Sem dúvidas uma obra prima.
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skuser02844 06/07/2021

Denso, porém com uma linguagem fluida
Não sei se a leitura no meio da pandemia atrapalhou minha percepção desse livro, mas tá entre meus favoritos da vida.
Quando comecei a leitura, fiquei abismada com as similaridades do que estamos vivendo ainda em 2021. Talvez por isso, eu demorei tanto pra terminar de ler. A escrita do autor é muito fluida e um fato vai levando ao outro. Mas eu me confundi com os personagens, que são todos homens e com nomes em francês. Não é uma crítica, só uma observação inútil. Kkkk

Quero adquirir o livro físico e marcar as páginas pra um dia, quando a atual peste acabar, reler.
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The Bill 16/06/2021

A Peste
Um bom livro, com uma história interessante e até mesmo atual, mas que me agradou.
Comecei a lê-lo pensando em encontrar os principais temas existencialistas defendidos pelo autor, e não me enganei. Com uma considerável densidade filosófica, consegue, na literatura, expressar a crise da liberdade humana, bem como da realidade do sofrimento, angústia e morte.
Um livro cheio de frases marcantes, uma forma de escrever intrincada, mas não menos interessante por estes motivos.
A drama, embora pouco variada, mostra a realidade da peste sofrida por aquele povo, o que faz com que o livro fique mais instigante.
"Agora, sei que o homem é capaz de grandes ações. Mas se não for capaz de um grande sentimento, não me interessa".
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Steph.Mostav 07/06/2021

A revolta
Camus dividiu sua obra em três ciclos e acredito que dois deles são necessários para compreender A peste. O primeiro é o ciclo do absurdo, que reflete sobre o conflito entre nossa necessidade de dar sentido à nossa existência e o caos do mundo, indiferente a ela. Para Camus, a saída a esse questionamento sem resposta é aceitar o Absurdo como parte de nossas vidas e conviver com ele. Exemplos dessa fase são O estrangeiro e O mito de Sísifo, mas A peste também trata desse tema. O segundo ciclo é o da revolta ou rebelião, que trata de toda forma de luta contra a opressão e tudo que desrespeite a condição humana. A questão agora não é somente a consciência do Absurdo, mas o reconhecimento de uma experiência generalizada entre as pessoas e o enfrentamento necessário para superar esse sofrimento. Se no primeiro ciclo o símbolo era Sísifo, agora é Prometeu. E é no contexto do ciclo da revolta que está inserido A peste, este romance de 1947 que descreveu tão bem a época que estamos vivendo em plena pandemia. A doença que afeta essa cidade monótona de tão pacata é a peste bubônica e o que mais interessa não são os personagens e seus destinos individuais, mas sua existência como coletivo. Não que sejam desinteressantes: padre Paneloux e sua crise religiosa; Rambert e sua evolução de egoísta preocupado com seus amores pessoais a voluntário no combate à peste; Grand e seu comportamento obsessivo, reescrevendo a mesma primeira sentença de seu livro várias vezes; Tarrou e sua busca por uma justiça sem vítimas; Cottard e sua progressiva insanidade, completamente confortável no desespero da peste e, da mesma forma, em agonia quando o isolamento acaba; e, finalmente, doutor Rieux, que funciona mais como símbolo da perseverança mantida em tempos difíceis, ainda que com o sacrifício da piedade; são todos personagens incríveis, mas que mais representam ideias que emoções, mais soam como arquétipos que como pessoas. Porém, isto faz parte da intenção de Camus ao tratar do combate comunitário do ser humano contra a crueldade insensível do mundo, que não poupa nem mesmo as crianças. O que resta a fazer quando não nos resta esperança e com isso, não existe futuro, apenas presente? Como manter a estabilidade quando o medo diante do desconhecido é maior que a confiança em si mesmo? Para os que sobrevivem, a resposta foi difícil: pensar antes na vida dos outros que na própria morte, revoltar-se contra o caos em nome do coletivo e não do individual.
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Vitor Y. 07/06/2021

Aos covardes
Primeira obra do Camus que leio. Que obra estupenda. Como não pensar nos tempos de isolamento que estamos vivendo?

Destaco a conversa do médico Rieux ao comentar sobre a ideia de castigo coletivo que o padre Paneloux propagou na igreja:

"[A Peste] Pode servir para engrandecer alguns. No entanto, quando se vê a miséria e a dor que ela traz, é preciso ser louco, cego ou covarde para se resignar à peste."

Enquanto tantos banalizam a morte ("é uma gripezinha"), hão de resistir aqueles que se mantêm próximos à humanidade.
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Aline Medeiros 29/05/2021

Atualíssimo!
Orã, uma cidadezinha pacata, é surpreendida por uma epidemia de peste que transforma drasticamente a vida de seus conterrâneos.

Em tempos de coronavírus, essa leitura não é nada ?leve? e pode impactar a forma de olhar a atual situação em que vivemos.

(?) continuavam a fazer negócios, preparavam viagens e tinham opiniões. Como poderiam ter pensado na peste que suprime o futuro, os deslocamentos e discussões? Julgavam-se livres e jamais alguém será livre enquanto houver flagelos.
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